Clara Luiza de Oliveira Moreira 2° ano A n° 12

O curta-metragem “Happiness”, de Steve Cutts, retrata uma visão figurada da

sociedade em que ratos se comportam como humanos e, em meio ao estresse causado
pelo dia a dia, a personagem vê o mundo de forma turbulenta. Esse indivíduo parece
sempre buscar uma felicidade inalcançável, e o seu fracasso acaba causando nele um
mal-estar. No mundo real, o mal-estar acomete a todas as pessoas vivas na sociedade,
em especial os adolescentes que muitas vezes não sabem lidar com seus sentimentos. A
desolação que atinge muitos jovens em todo mundo pode ser causada principalmente
pela necessidade de se encaixar em um grupo e a pressão vinda da família e da escola.

Sabe-se que, na adolescência, a maioria das pessoas sente a necessidade de causar

uma boa impressão, e acabam abrindo mão de sua própria personalidade, a fim de se
encaixar em um determinado grupo. A obra de Sigmund Freud, ”O mal-estar da
civilização”, mostra que existe uma contrariedade entre a civilização e as exigências
produzidas pela mesma. Dessa forma, viver em sociedade gera um mal-estar, pois exige
renúncias, não se pode fazer tudo que se deseja e, muitas vezes, isso gera problemas
como a depressão, ansiedade e pânico.

Além disso, a pressão familiar, principalmente no meio escolar, é uma das causas
mais comuns quando tratamos de transtornos mentais, a ideia de que o jovem deve
alcançar uma posição de prestígio é um expoente de peso para o desenvolvimento de
problemas do tipo. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o suicídio é a segunda
causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos no mundo, e a cada 40 segundos uma
pessoa comete suicídio, sendo que 79% dos casos se concentram em países de baixa e
média renda. Diante desse cenário, a grande causa do suicídio é a depressão, que pode
ser potencializada pela pressão que é exercida sobre os adolescentes pelos pais.

É imprescindível, portanto, tomar as medidas cabíveis para impedir o aumento dos

índices de suicídio e depressão entre os jovens brasileiros. Logo, é dever da mídia
organizar campanhas, por meios de publicações nas redes sociais, com o objetivo de
promover a auto aceitação por parte dos adolescentes, e assim, levar à valorização
pessoal e elevar a autoestima dos mesmos. Ademais, a escola tem a obrigação de
fornecer instruções aos pais ou responsáveis, por meio de palestras, a fim de orienta-los
a como aconselhar o jovem em meio às dificuldades da adolescência. Desse modo, os
adolescentes estarão mais preparados para lidar com seus sentimentos e com as
exigências feitas pela sociedade, citadas na obra de Freud.