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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO

EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO Z

Processo n.º ...

MAGNÓLIA COMERCIAL LTDA, já devidamente qualificado nos autos do


processo em epígrafe, não se conformando com o r. acórdão de fls. ..., por meio de
seu advogado que esta subscreve (instrumento de mandato incluso), vem
respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 105, III,
“a”, da Constituição Federal e artigo 1.02 do Código de Processo Civil de 2015, interpor
o presente
RECURSO ESPECIAL

em face da Fazenda Pública Estadual Z, pessoa jurídica de direito público interno,


pelas razões de fato e de direito aduzidas.
Destarte, requer sejam as anexas razões de recurso recebidas e remetidas ao
Presidente do Colendo Superior Tribunal de Justiça.
Requer, por fim, a juntada do comprovante do preparo, nos termos da
lei.
Termos em que,
pede
deferimento.
Local, data.
Nome e assinatura do
advogado OAB/ ... n.º ....

RAZÕES DO RECURSO

PROCESSO n.º
RECORRENTE:
RECORRIDA:
COLENDO TRIBUNAL,
ÍNCLITA TURMA,
DOUTOS
JULGADORES,
I – BREVE RELATO DO OCORRIDO
A recorrente ajuizou ação anulatória de débito em face da Fazenda Pública do Estado
Z, que por sua vez lavrou indevidamente auto de infração contra a empresa Magnólia
Comercial LTDA por transportar 10 (dez) toneladas de queijo com o acobertamento de
nota fiscal aquém da pauta mínima estabelecida na região.
Contudo, entendeu o juízo de primeira instancia a improcedência do pedido. Após o
julgado, a Recorrente entrou com recurso de apelação, aonde foi demonstrado as ilegalidades
cometidas pela Fazenda Pública do Estado Z e os prejuízos causados a mesma.
Por sua vez, o Tribunal de Justiça do Estado Z proferiu o acórdão negando a
pretensão da Recorrente, em síntese, por entender que há previsão legal no Estado Z para
utilização de pauta de valores, podendo o Fisco se utilizar dela sempre que o preço
declarado pelo contribuinte for consideravelmente inferior ao de mercado.
No entanto, como será demonstrado a seguir, o acórdão recorrido merece ser
reformado.

II – DO CABIMENTO DO RECURSO

a) DO PREQUESTIONAMENTO
Inicialmente, cumpre destacar que o recurso tem cabimento uma vez que o acórdão,
proferido pelo Tribunal a quo, violou expressamente o disposto na lei federal
complementar 87/96, acerca da cobrança da pauta de valores pelo fisco, além de ter sido
ferido o disposto no Código Nacional Tributário em seu art. 148, sendo hipótese de
aplicação do artigo 105, III, “a”, da Constituição Federal.
Além disso, a matéria também foi prequestionada com o cumprimento da súmula 211
desse Superior Tribunal de Justiça.
Portanto, resta comprovado que os requisitos para a admissibilidade e conhecimento
do Recurso Especial.
III – DAS RAZÕES PARA A REFORMA

Primeiro motivo para a reforma do acórdão é a falta de observância dos dispositivos legais
Código Tributário Nacional e Constituição Federal de 1988. Em sua redação, o CTN diz:

Art. 142. Compete privativamente à autoridade


administrativa constituir o crédito tributário pelo
lançamento, assim entendido o procedimento
administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato
gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria
tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar
o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da
penalidade cabível.
Já na CF de 88, em seu artigo 150 :
IV - utilizar tributo com efeito de confisco;
Estes dois artigos demonstram que a Fazenda do Estado Z se valeu do seu poder de cobrança de forma errada.
Ao afirmar que poderia arbitrariamente poderia tributar pelo fato gerador, foi esquecida que não ocorre o
necessário para que esse direito seja concebido pelo Estado, tornando o ato de emitir o auto de infração ilegal.

Entende-se, portanto, que o acórdão merece ser reformado.

IV – DOS REQUERIMENTOS
Por todo o exposto, requer seja o recurso CONHECIDO e PROVIDO para reformar acórdão no
sentido de ... (caso concreto).
Requer, também, a inversão do ônus de sucumbência com a condenação do Recorrido ao pagamento
das custas e honorários sucumbenciais, nos termos do artigo 84 do Código de Processo Civil de 2015.

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