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CASO CONCRETO AÇÃO DIRETA DE INCOSTITUCIONALIDADE.

O ESTADO KWY EDITOU NORMA DETERMINANDO A GRATUIDADE DOS


ESTACIONAMENTOS PRIVADOS VINCULADOS A ESTABELECIMENTO COMERCIAIS,
COMO SUPERMERCADOS, HIPERMERCADOS, SHOPPING CENTER, ESTABELECENDO
MULTAS PELO DESCUMPRIMENTO E GRADAÇÃO NAS PUNIÇÕES ADMINISTRATIVAS,
ALÉM DE DELEGAR AO PROCON LOCAL A RESPONSABILIDADE PELA FISCALIZAÇÃO DOS
ESTABELECIMENTOS RELACIONADOS NO INSTRUMENTO NORMATIVO.

TÍCIO, CONTRATADO COMO ADVOGADO JUNIOR DA CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO


COMÉRICIO, É CONSULTADO SOBRE A POSSIBILIDADE DE AJUIZAMENTO DE MEDIDA
JUDICIAL, APRESENTANDO SEU PARECER POSITIVO QUANTO À MATÉRIA, POIS A
REFERIDA LEI AFRONTA A CRFB. EM SEGUIDA, DIANTE DESSE PRONUNCIAMENTO, A
DIRETORIA AUTORIZA A PROPOSITURA DA AÇÃO JUDICIAL CONSTANTE DO PARECER.

• NA QUALIDADE DE ADVOGADO, ELABORE A PEÇA CABÍVEL:


EXCELENTISSIMO SR. MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL.

Confederação Nacional do Comércio, pessoa jurídica de direito privado,


entidade de âmbito nacional, inscrita no CNPJ sob o nº..., com sede em..., por
seu advogado infra-assinado..., com escritório..., endereço que indica para os
fins do art. 39, I do CPC, vem propor a presente

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE,

com fundamento no art. 102, I, “a”, da CRFB/88 e na Lei nº 9.868/99, em face


da lei..., pelos motivos abaixo expostos.

I – DO OBJETO

Trata-se de norma editada pelo Estado KWY, determinando a gratuidade


dos estacionamentos privados vinculados a estabelecimentos comerciais,
como supermercados, hipermercados, shopping centers, determinando multas
pelo descumprimento, estabelecendo gradação nas punições administrativas.

A lei designa ainda o PROCON como órgão responsável pela


fiscalização dos estabelecimentos que ficam obrigados pela lei em questão.

Irresignada com a possível ilegalidade, a autora propõe a presente Ação


Direta de Inconstitucionalidade

II – DA LEGIMITIMIDADE ATIVA

A Confederação Nacional do Comércio é legitimada especial elencada


no Art. 103, inciso IX.

Trata-se de Confederação nacional de defesa dos comerciários, nos


interesses objetivos e subjetivos. Atentou-se para o imenso prejuízo que a
medida inconstitucional traria a todos os comerciantes do Estado KWY,
impondo-se a propositura da presente Ação como única medida cabível.
Portanto comprovada a legitimidade ativa e estando presente a
pertinência temática, a presente Ação Direta de Inconstitucionalidade deve ser
conhecida.

III – DOS FUNDAMENTOS

A norma estadual é afronta de diversas maneiras a Constituição da


República e 1988.

A Ação Direta de Inconstitucionalidade é meio cabível para sanar atos


normativos que vão a desencontro com a Carta Maior, competindo ao Supremo
Tribunal Federal o Julgamento.

Cumpre ressaltar que se trata de matéria de direito civil, em que


somente a União teria a competência para legislar, por força do Art. 22, inciso I
da CRFB/88.

Isto porque, há clara violação ao direito de propriedade, vez que o


Estado legisla no sentido de ordenar procedimentos em estabelecimentos
privados. O direito de propriedade privada está previsto no Art. 5º XXII da
CRFB/88.

Não pode o Estado legislar sobre o uso da propriedade privada bem


como usurpar a competência de outro ente da federação, razão pela qual a
Ação Direta de Inconstitucionalidade deve ser julgada procedente.

IV – DA MEDIDA LIMINAR

Demonstra-se necessário o deferimento do pedido liminar.

Pelos elementos colacionados na inicial, demonstra-se provas e


elementos de informação capazes de convencer o entendimento dos Doutos
julgadores, tendo em vista a ampla demonstração do direito, presente desta
forma o fomus boni iuris que pode fomentar a suspensão do ato normativo
impugnado até o julgamento final da ADI.

Mostra-se também imperioso que o ato normativo seja suspenso


imediatamente, tendo em vista que os danos aos comerciários do Estado KWY
serão de difícil reparação, presente também o periculum in mora, ensejando a
suspensão da Lei publicada pelo Estado KWY.
V - DOS PEDIDOS

Em face do exposto, a Confederação requer:

a) a concessão da medida cautelar inaudita altera pars conforme o Art. 12 da


Lei 9868/99 e que ao final seja julgado procedente o pedido e declarada a
inconstitucionalidade da norma impugnada;

b) a juntada dos documentos em anexo;

c) que sejam solicitadas informações ao Governador do Estado e à Assembleia


Legislativa estadual;

d) a citação do Advogado Geral da União;

e) a oitiva do Procurador-Geral da República.

Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais) para fins procedimentais.

Termos em que, pede deferimento.

KWY, 31 de outubro de 2023

Waldicler Nishianey Bezerra

OAB n.ºXXXXXXX

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