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14.03.

2023

Ações profiláticas em equinos

 Profilaxia são as medidas preventivas para preservação da saúde da população


 Tem objetivo de evitar a introdução de doenças, controlar/evitar doenças existentes,
diminuir os efeitos de doenças, prevenção, controle e erradicação

Vacinação

 Contra as principais doenças infecciosas


 Não é “obrigatório”, porém dentro do mercado equestre é
 A vacina é o patógeno morto/enfraquecido na tentativa do animal reconhecer que
aquilo é um agente patogênico, produzindo anticorpos e guardar na memória, pois em
uma segunda vez que o agente entrar no corpo, a resposta imunológica será mais
rápida
 O soro é o anticorpo pronto
 Nenhuma vacina é 100% (não é porque foi vacinado que não pode ter a doença)
 Reduz morbilidade e mortalidade

Raiva

 Raiva é uma zoonose


 Raiva rural – carneiro, bode, equino (mesmo vírus, porém o hospedeiro foi um animal
da roça)
 100% fatal
 Enfermidade pouco comum em cavalos
 Quem transmite o vírus para o cavalo em sua grande maioria é o morcego hematófago
(que se alimenta de sangue)
 Atinge o sistema nervoso central
 A vacina não é controlada pelo governo, mas será sempre exigida no meio equestre
 O animal deve ser vacinado a primeira vez (primovacinação) com 5 meses
 A vacina deve ser anual
 Uma vez que há um caso confirmado na região, a vacina deixa de ser anual e passa a
ser semestral

Tétano

 Clostridium tétano – exotoxinas


 Neurotoxina tetânica
 Alta morbidade e alta mortalidade
 Tratamento caro e com pouco sucesso
 Sinais patognomônicos
 Principais sinais clínicos: rigidez muscular no corpo inteiro, aparição da terceira
pálpebra, tenta ficar em pé e fica com a cauda levantada (tensa)
 O animal pode convulsionar e ter uma parada cardiovascular
 O tétano deixa o animal sensível (hipersensibilidade)
 Tratamento: antibiótico e soro antitetânico (tentar neutralizar)
 A vacina deve ser anual

Encefalomielite por alfavirus

 É uma doença caracterizada pela inflamação das estruturas do encéfalo e medula,


ocasionando sintomatologia neurológica
 Doença transmitida por insetos hematófagos de depósitos naturais (aves e animais
silvestres) para o cavalo
 Três tipos de vírus: Leste, Oeste e Venezuelana (somos proibidos de vacinar a cepa
venezuelana)
 A transmissão é indireta e ocorre por picada de mosquito
 Sintomas: convulsão, paralisia, incoordenação motora
 O tratamento das encefalites é de suporte, na sua maioria baseado em fluidoterapia,
anti-inflamatórios não esteroidais e corticosteroides
 Não se conhece, até o momento, nenhum medicamento com atuação eficaz com
antiviral para esta doença
 Primeira vacina deve ser feita com 5 meses e o reforço com 6 meses
 Vacinação anual

Influenza

 Não é uma zoonose


 Não tem alta mortalidade, mas tem alta morbilidade
 É o vírus da “gripe equina”
 Acomete o trato respiratório equino
 É altamente contagiosa
 Cuidado com a concentração de animais (um animal com gripe tem alta chance de
transferir para os outros – hípicas, centros equestre)
 Vacinação semestral
 Primeira vacina com 5 meses e reforço com 6 meses
 Pode ser dado a cada 6 ou 4 meses (animais de alto risco de exposição ao agente)

Herpes vírus equino

 Maior causador de abortamentos em éguas


 Não é zoonose
 É uma afecção de trato respiratório (rinopneumonite equina)
 Contato direto ou indireto entre os animais
 Primeira vacinação com 4 meses e reforço com 5 meses
 Vacinação semestral
 As éguas prenhas devem ser vacinadas no 5°, 7° e 9° mês de gestação

Atenção

 Animais novos no plantel devem ser sempre revacinado (mesmo que apresente
histórico de vacinação)
 Reforço em animais adultos
 Se o animal nunca foi vacinado, deve-se pensar que é uma primovacinação e
revacinação um mês após a primeira

Vermifugação

 Não adianta tratar o animal e não tratar o ambiente (tratar o pasto, fazer rotação de
pastagem, recolher o esterco, remédio para o pasto, correção de pastagem)
 Vermes mais comuns: alguns vermes cestoides (vermes chatos) e grupo dos
nematoides (vermes redondos)
 Manejo profilático de parasitas intestinais
 Vermifugação periódicas
 Ideal: vermifugar apenas os animais que apresentam níveis altos de infestação
 Escolha do vermífugo: idade, estado nutricional, grau de exposição aos parasitas e
fatores ambientais (clima)
 OPG – ovos por gramas de fezes
 Nível de ovos aceitável nas fezes – 200 a 300 OPG
 Agrupar potros jovens desde o primeiro mês de vida
 Importante a repetição do produto a casa 60 ou 90 dias regularmente – animais
adultos
 Exemplos:
- Moxidectin – gel oral – 0,4mg/kg – a cada 90 dias
- Ivermectina – pasta oral – 0,2mg/kg – a cada 60 dias
 Vermes chatos
- Palmoato de Pirantel – pasta oral – 6,6mg/kg – pelo menos duas vezes ao ano,
principalmente animais jovens
- Praziquantel – pasta oral – 2,5mg/kg – normalmente associado à ivermectina
 Diferentes produtos oferecem diversos programas de vermifugação
 Cuidado com as dosagens dos princípios ativos no produto
 Aplicação de vermífugo em todos os animais do plantel
 Fazer rodízio de pastagens, limpeza adequada das baias, recolher regularmente fezes
dos piquetes

Controle de ectoparasitas

 Deve-se realizar sucessivos banhos carrapaticidas, a cada 7 a 10 dias


 Carrapatos são hematófagos (se alimenta de sangue)
 Não adianta controlar o problema no cavalo e não tratar o ambiente (se o vizinho não
tratar o seu pasto, será quase impossível controlar)
Dermacentor nitens

 Carrapato de orelho (mais comum na orelha)


 Odor desagradável (miiase)
 Monoxenos
 Perda auditiva
 Mutilado/desfigurado

Amblyomma sculptum

 Carrapato estrela
 Trioxeno
 Equino, capivara, cachorro, humano
 Pernas e abdômen

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