Você está na página 1de 14

REVISÃO DOS PONTOS DE MAIOR

DIFICULDA NO TRABALHO POEMA E


POESIA
Linguagem Literal
• É quando aquilo que falamos ou escrevemos não
tem outro significado por trás. O que está posto
nas palavras corresponde a como “realmente as
coisas são”.
• Exemplo: O mar está poluído.
• É linguagem literal porque realmente o mar está
poluído. Não há um outro significado por trás
disso. A frase fala objetivamente de como está a
situação do mar. E “mar” significa “mar” mesmo
(grande extensão de água salgada; oceano), não
outra coisa.
Linguagem Figurada
• É quando aquilo que falamos ou escrevemos tem
outro significado por trás. O que está posto nas
palavras NÃO corresponde a como “realmente as
coisas são”.
• Exemplo: A vida é um mar de emoções.
• É linguagem figurada porque a vida não é realmente
um mar. Isso quer dizer que a palavra “mar” foi usada
com um significado diferente daquele mais comum,
mais usual. Então, nessa frase, “mar” não significa
“grande extensão de água salgada”. O que ela pode
significar tem relação com as características do “mar”:
muito grande, muda muito, tem coisas boas e ruins.
EU POÉTICO
• O eu poético (ou eu lírico) é a voz que fala no
poema, equivale ao narrador em textos
narrativos (lembrar que o narrador pode ser em
1° ou 3° pessoa). É a voz que se expressa e revela
um dado ponto de vista, um dado perfil.
• No poema O sapo, de Ferreira Gullar, que lemos
no trabalho sobre Poema e Poesia, o eu poético é
o sapo, pois é ele que manifesta seu ponto de
vista, expressa seus sentimentos.
Eu poético
• Com base no que é dito no poema O sapo, podemos
descrever o eu poético que ali se manifesta.
• Quando o poema diz que o sapo fala mais que João do
Pulo, sabemos que o sapo é falador, tagarela. Podemos
concluir mais características do sapo com base nessa
informação: é simpático, extrovertido.
• Ele afirma que é bom de pulo e bom de papo. Ele tem uma
visão positiva dele mesmo, parece ter boa autoestima.
• Ele afirma que toca contrabaixo e trabalha numa orquestra
de sapos que toca em festas. Então, podemos concluir que
ele é músico, que tem colegas, que conhece diferentes
lugares.
• Ele afirma que toca em qualquer festa e diz que tem e-mail.
Então ele não é acomodado, está procurando trabalho e
sabe usar tecnologia. Parece um cara bem descolado.
Eu poético
• Quanto mais percebemos características do eu
poético, mellhor podemos fazer uma leitura
expressiva do poema, que é diferente de uma
leitura comum. Isso, além de termos uma
compreensão mais profunda sobre o poema.

Ouça aqui a diferença entre uma leitura comum


e uma leitura expressiva
Poesia X Poema
A poesia se apresenta como um conjunto de
características que podem aparecer em
diferentes tipos de texto. Por exemplo, a poesia
tem a ver com brincar com as palavras (rima,
ritmo, repetições, sonoridade, linguagem
figurada, usar as palavras de um modo "especial",
que chama a atenção) e, dependendo de como
essa brincadeira é feita, vai resultar em diferentes
tipos de texto: poema, música, adivinhas,
parlendas, cirandas, acróstico ...
POESIA POEMA
• PROCESSO • RESULTADO
• JEITO DE FAZER ARTE • TEXTO QUE TEM/É ARTE
• CARACTERÍSTICAS PRESENTES
EM OBRAS • É A OBRA PRONTA
• VÁRIAS FORMAS DE BRINCAR • É A BRINCADEIRA QUE
COM PALAVRAS: RESULTA DAS VÁRIAS
• RIMA FORMAS DE BRINCAR COM
• RITMO PALAVRAS
• SONORIDADE • APRESENTA VERSO E
• REPETIÇÕES ESTROFE.
• LINGUAGEM FIGURADA
• IMAGENS
• EU POÉTICO
• TROCADILHOS
UMA COMPARAÇÃO
• A POESIA É O CONJUNTO DE ELEMENTOS QUE
USAMOS E COMO OS ORGANIZAMOS PARA CHEGAR
EM UM RESULTADO, DO MESMO MODO COMO A
CULINÁRIA.
• A CULINÁRIA É UM CONJUNTO DE CONHECIMENTOS
SOBRE ELEMENTOS (ALIMENTOS) E COMO ORGANIZÁ-
LOS (MODO DE PREPARO). JUNTANDO AS DUAS
COISAS, PODEMOS TER PRATOS MUITO VARIADOS.
• POR EXEMPLO, COM CREME DE LEITE E OVOS,
DEPENDENDO DO QUE MAIS COLOCAMOS NO
PREPARO, PODEMOS FAZER UM PUDIM OU UMA
MASSA CARBONARA.
UMA COMPARAÇÃO
• A POESIA É SEMELHANTE À CULINÁRIA: TEMOS
OS ELEMENTOS (AS PALAVRAS) E O MODO DE
PREPARO (RIMA, LINGUAGEM FIGURADA,
IMAGENS, REPETIÇÕES DE SONS, RITMO,
TROCADILHO). DEPENDENDO DE COMO
ORGANIZAMOS ESSES ELEMENTOS E DO QUE
MAIS ACRESCENTAMOS, VAMOS TER DIFERENTES
TEXTOS, MAS A POESIA VAI ESTAR NELES COMO A
CULINÁRIA ESTÁ NOS DIFERENTES PRATOS QUE
SE PODEM CRIAR.
E O GOSTO?
• GOSTAR OU NÃO GOSTAR DE UM DETERMINADO
PRATO DE COMIDA É UMA QUESTÃO PESSOAL.
DO MESMO MODO, GOSTAR OU NÃO DE UM
POEMA TAMBÉM É PESSOAL.
• MAS O MEU NÃO GOSTAR NÃO SIGNIFICA QUE O
PRATO EM SI OU O POEMA EM SI NÃO SÃO
BONS, NÃO TÊM SEUS MÉRITOS.
• E AINDA HÁ O FATO DE QUE PODEMOS MUDAR
NOSSA OPINIÃO SOBRE UMA COMIDA OU UM
POEMA A DEPENDER DAS EXPERIÊNCIAS QUE
TEMOS EM RELAÇÃO A ELES.
E O GOSTO?
• ENTÃO, NÃO PODEMOS USAR NOSSO GOSTO PESSOAL
PARA DIZER SE UM POEMA É BOM OU NÃO.
• E MAIS DO QUE SERMOS CAPAZES DE DIZER SE
GOSTAMOS DE UM POEMA OU MÚSICA, O
IMPORTANTE É SERMOS CAPAZEZ DE COMPREENDER O
QUE HÁ NESSES POEMAS E MÚSICAS E
CONSEGUIRMOS EXPLICAR POR QUE GOSTAMOS OU
NÃO GOSTAMOS.
• NÃO PODEMOS CONFUNDIR COMENTAR
CRITICAMENTE UM TEXTO COM EMITIR APENAS
OPINIÕES PESSOAIS SOBRE ELE: GOSTEI, É LEGAL, É
MANEIRO. NO QUE ISSO CONTRIBUI PARA APRENDER?
E O GOSTO?
• TODOS TEMOS PREFERÊNCIAS PESSOAIS. MAS JÁ PENSOU
COMO SERIA O MUNDO SE AS PESSOAS JULGASSEM TUDO
APENAS COM BASE EM SEUS GOSTOS PESSOAIS?
• NO MEU CASO, SE TUDO DEPENDESSE DO MEU PRÓPRIO
GOSTO, DEIXAVA DE EXISTIR COMIDA COM CREME DE
LEITE, TODO MUNDO IA TOMAR CAFÉ E CHÁ SEM AÇÚCAR,
NÃO EXISTIRIA BOMBOM RECHEADO. E ISSO PRA FICAR SÓ
NO CAMPO DA COMIDA.
• ENTÃO, TEMOS QUE INTERAGIR COM AS PESSOAS E OS
TEXTOS CONSCIENTES DE QUE O NOSSO GOSTO SER
AGRADADO OU NÃO É UM PONTO A CONSIDERAR, MAS
NÃO O MAIS IMPORTANTE QUANDO O OBJETIVO É
APRENDER, CONHECER PONTOS DE VISTA DIFERENTES,
TIRAR ALGO DE PROVEITOSO MESMO QUE SEJA CHATO.
Referências consultadas
ANJOS, Roselene dos. Poemas e poesias. São
Paulo: Global – Instituto Ayrton Senna, 2011.

AZEVEDO, Ricardo. Ninguém sabe o que é um


poema. São Paulo: Ática, 2005.

JOSÉ, Elias. A poesia pede passagem: um guia


para levar a poesia às escolas. São Paulo:
Paulus, 2003.

Você também pode gostar