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● AÇÃO 1 - Leonardo pega a corda, enrola a ponta em seu braço e fica correndo
em volta da quadra olhando o que ele chamava de rabo. Esse movimento
permaneceu por um longo tempo;
● AÇÃO 2 - Leonardo fica correndo pela quadra de um lado para o outro fazendo
dos colegas uma espécie de obstáculos, porém essa brincadeira é feita sem os
colegas saberem que eram seus obstáculos, já que em nenhum momento ele
interagiu com eles ou os convidou para brincar;
● AÇÃO 3 - Mais de uma vez o aluno chega na quadra, constrói uma “casinha”
com os tatames e permanece lá. Hora, deitado, hora na “porta” olhando os
amigos.
O aluno não mantém contato visual constante em sua comunicação, seja com
os colegas, seja com a professora, ao invés de compartilhar o olhar ele esquiva.
Também é frequente observá-lo com o “olhar perdido”, ou ainda “em seu próprio
mundo”, para trazê-lo de volta, às vezes, se faz necessário uma aproximação e
contato visual/verbal mais firme. O aluno se perde em seus pensamentos e vai
acompanhando a aula a conta-gotas, entre momentos de foco e atenção, e momentos
de total distração.
A desorganização é algo presente na vida escolar do aluno.
Existe uma certa expressão excessiva, em alguns momentos, como, por
exemplo: quando a rotina diária é colocada na lousa, Leonardo solta “gritinhos” e
rapidamente pega alguma folha/caderno para anotar. É um dos momentos de foco.
Observo que há um movimento repetitivo que o aluno faz com os cabelos, que
é ficar enrolando a mecha da frente. Menciono isso, pois em outros momentos já havia
me chamado atenção, como se fosse um ritual que ele faz ao se concentrar em algo.
Por fim, em seus aspectos cognitivos, Leonardo demonstra uma facilidade em
memorizar nomes, trechos longos de histórias e conceitos complexos. Demonstra
interesse e conhecimento bastante avançado - considerado sua idade - em temas
como astronomia e biologia, sendo possível dizer que o aluno tem uma certa
genialidade nesses temas.
Leonardo
José Felipe
No aspecto sócio-emocional José é uma criança alegre no ambiente escolar. É
comum vê-lo interagindo com os colegas de sala, além de mostrar proatividade em
ajudar a professora. Nas atividades que exigem o trabalho em grupo o aluno não
apresenta desinteresse nessa relação, porém, tende a ter constantes problemas nesse
convívio. Por exemplo, nas relações estabelecidas o aluno tem atitudes agressivas
com seus parceiros. Algumas físicas - tapas e puxões - outras, verbais - xingamentos.
Nos aspectos cognitivos e de aprendizagem para as áreas de Ciências,
Geografia, Artes e História, o aluno apresenta nível adequado e esperado para a
idade. Frequentemente se engaja nas discussões, é curioso e realiza com empolgação
tudo que lhe é proposto.
Embora o aluno seja engajado é importante pontuar que apresenta uma
dificuldade em estabelecer controles corporais, como, por exemplo: ficar sentado por
muito tempo. Essa característica impede que absorva melhor os conteúdos, além de
gerar transtornos e atrapalhar o andamento da aula.
Rafael Castro
Na rotina escolar o aluno demonstra apatia e desinteresse nas atividades, além
de dormir com frequência durante as aulas - período da tarde. É possível que esse
sono em excesso seja uma combinação de fatores, como: falta de rotina de sono no
ambiente familiar e acesso em demasia a aparelhos eletrônicos - todos os fatores
ditos pelo aluno em conversa.
Rafael, apresenta dificuldades em cumprir regras e combinados, ao ponto de
insistir em uma ação mesmo quando é dito incessantemente para ele parar. Uma
descrição precisa disso é ter que se aproximar do aluno e interromper fisicamente a
ação que ele está fazendo, seja pegando o objeto que está chutando, seja retirando de
sua mão um material que não quer soltar, ou ainda, barrando seu corpo para não ir
em um local indevido. Outro recurso utilizado para se fazer ouvir
é o aumento do tom de voz.
Por enquanto, observo que a trajetória do aluno é marcada por distração nos
estudos, apatia que preocupa e excesso de sono.