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ESTUDO DE CASO

ANDRÉIA FONSECA DA CRUZ NASCIMENTO

O trabalho com alunos com baixa visão baseia-se no princípio de estimular a utilização
plena do potencial de visão e dos sentidos remanescentes, bem como na superação de
dificuldades e conflitos emocionais.

Alexandre tem 10 anos, estuda há três anos em uma escola pública. Ele tem baixa visão
causada por catarata congênita. A baixa visão que é uma deficiência que requer a
utilização de estratégias e de recursos específicos. Alexandre usa óculos, caminha com
desenvoltura, discrimina cores, contrastes, identifica objetos, mas não consegue
identificar as pessoas a certa distância, sabendo que o mesmo não consegue identificar
pessoas a certa distancia, isso também pode ocorrer na sala de aula em relação a
distancia do quadro.

Por isso seria viável que Alexandre sentasse na primeira carteira perto do quadro e que
as letras fossem ampliadas pela professora, ele tem destreza para manusear tesouras,
fazer encaixes, abrir e fechar portas, caixas, latas e outros manuseios; tem facilidades
para interpretar textos oralmente, faz aproximação de objetos para conseguir detalhes em
figuras, faz busca visual e monta quebra cabeça. 
Participa de atividades livres na quadra e gosta do recreio, pula corda, faz referências as
brincadeiras, porém se atrapalha ao explicar como elas se desenvolvem ou quais são as
regras do jogo e evita executar tarefas que envolvam escritas.

As atividades de educação física podem ser adaptadas com o uso de barras, cordas,
bolas com guiso etc. Para sanar esse problema seria primordial fazer cartazes em forma
de desenho para orientar Alexandre nas regras dos jogos uma vez que se atrapalha em
tarefa que envolva a escrita. Nesse caso a baixa visão de Alexandre dificulta identificar
pessoas a certa distância, sua letra é grande, bem traçada em caixa alta, não consegue
discriminar letras com traçados finos, lê o que escreve e troca P pelo B. Para estimular o
educando a desenvolver a escrita correta é preciso utilizar jogos e materiais específicos,
tarefas que trabalham com a formação de palavras são as mais aconselháveis, tais como:
forca, caça-palavras, ditados e outras atividades lúdicas.   Os aspectos favorecem a sua
locomoção, a comunicação e a exploração do ambiente, Alexandre vai sozinho para a
escola que fica nas proximidades de sua casa.

Porém os fatores comprometem o processo de aprendizagem e pleno desenvolvimento


de suas potencialidades no trabalho individualizado e o seu comportamento na sala de
aula, se recusa fazer tarefas individuais ou coletivas, costuma dizer que não quer fazer,
fica inquieto e tem sempre um motivo para sair da sala de aula. Ele tem dificuldades em
lidar com rotinas, limites e organização. O aluno nesse estado deve ser estimulado pela
professora e usar a ludicidade e criatividade e dinâmica com os colegas em sala de aula.

No trabalho individual ou em pesquisa faz necessário que o material seja adaptado como;
O tamanho e o tipo das letras é muito importante. O recomendado é começar com fontes
do tipo ARIAL ou VERDANA tamanho 24 e verificar se o aluno apresenta boa
visualização, manter um bom contraste, facilita muito a leitura.

Nas atividades mantenha apenas o que for necessário, evite bordas, desenhos extras que
deixem o material visualmente poluído;

Verifique se a pauta, as linhas dos cadernos estão visíveis ou se o aluno necessita de


cadernos com pautas ampliadas;

A orientação mais importante é sempre perguntar ao aluno como está o recurso, o


tamanho de letra, da pauta do caderno está adequado. Estas orientações são gerais, mas
com certeza auxiliam o aluno nas atividades de pesquisa individual ou coletivo.

Diante das inquietações das professoras, elas consideram a turma muito agitada, precisa
diminuir o número de aluno da sala que Alexandre estuda, a mãe dele deve participar
mais das atividades da escola. Baseado no relato da coordenadora da escola, os
professores devem ter conhecimento das limitações do aluno que tem baixa visão, para
envolvê-lo nas atividades de sala de aula, a escola providenciou a aquisição dos óculos e
de um plano inclinado para Alexandre, em casa ele usa o plano para ler e também tem
dificuldades para escrever. No que se referem aos aspectos positivo é que Alexandre
freqüenta a escola e negativo a falta da presença da mãe com mais freqüência na escola. 
Em relação aos professores seria interessante que ambos participassem de formações
continuada orientando-os como lidar com alunos com necessidade especiais em geral.
Muitos professores não estão preparados para receber alunos com deficiência visual e até
mesmo outras deficiências.

A participação ativa da família é fundamental, porque contribui com informações sobre as


necessidades do educando, seus interesses, como percebe, o que lhe é difícil, como
interage. Nesse processo, a família tem a oportunidade de explicitar suas dúvidas,
ansiedades e frustrações, como também de participar como mediador no processo
educacional do aluno.

É preciso que o professor tenha um olhar afetuoso e atento a seus alunos para assim,
perceber suas dificuldades, respeitar as diferenças e descobrir potencialidades; Que
promova a interação dos alunos com a comunidade escolar; Reflexão sobre seus valores
e crenças em relação à aprendizagem deste aluno. Nunca o deixe parado sem atividades
significativas. Permita que seu aluno seja ele mesmo. Respeite seu tempo. Suas
possíveis dificuldades e potencialidades.

PINHEIROS/ES

2021

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