Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Lichinga
2023
2
Índice
Introdução..........................................................................................................................3
1. Conceito......................................................................................................................4
Relações específicas..........................................................................................................5
2. Conclusão.................................................................................................................13
3. Referências bibliográficas.................................................................................14
3
Introdução
Desde quando se organizou o Estado e se definiram suas respectivas funções, já existia,
de algum modo, uma Administração Pública, dado a necessidade que teve aquela
organização política de exercer actividade de cunho nitidamente administrativa para
atender concretamente as necessidades básicas da colectividade.
1. Conceito
Relações específicas
A relação com o Direito Constitucional está no fato de alguns de seus princípios
possuírem carácter constitucional e por estarem previstos explicitamente na
Constituição Federal. O Art. 37, caput, da Lei Maior discorre com clareza sobre eles: “A
administração pública directa e indirecta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”. Hely Lopes Meirelles (2014, p.
41) relata que “com o Direito Constitucional o Direito Administrativo mantém estreita
afinidade e íntimas relações, uma vez que ambos cuidam da mesma entidade: o Estado”.
Este age de forma política e também administrativa, esta última aparecendo nos três
Poderes, (Executivo, Legislativo e Judiciário) onde há uma organização administrativa
por parte de cada um deles.
O supracitado autor (2014, p. 41) mostra que "com o Direito do Consumidor o Direito
Administrativo mantém íntima conexão, visto que são normas administrativas que
intervém nas relações do comércio entre vendedor e comprador, visando à protecção do
consumidor".
O mesmo autor afirma que o Direito Municipal tem relação com o Direito
Administrativo em virtude de “ambos operarem no mesmo sector da organização
governamental, diversificando apenas quanto às peculiaridades comunais”. Além disso,
pelo fato de o primeiro utilizar os seus princípios para se organizar e nortear suas
disposições legais.
Para a maior parcela dos autores, constitui o Direito Urbanístico parte do Direito
Administrativo, não detendo, portanto, autonomia. É provável que o Direito Urbanístico
possua determinados princípios do Direito Administrativo.
O Direito Penal é auxiliado por algumas agências reguladoras que ajudam na proibição
de determinados elementos proibidos de estarem nas mãos das pessoas ou de serem
usados por elas. Exemplo disso são as Resoluções da ANVISA que determinam quais
substâncias são proibidas, complementando leis como a lei Nº 11343, de 23/08/2006
(Lei Anti-drogas). Além disso, existem crimes contra a Administração Pública (CP, arts.
6
312 a 327) e disposições penais em outras leis esparsas referentes a actos ilícitos
praticados contra a boa-fé, a moral e os bons costumes da Administração Pública.
Com o Direito Tributário e com o Financeiro o vínculo se dar pelo fato das actividades
tributárias e financeiras possuir natureza administrativa.
Há uma relação intensa do Direito Administrativo com o Direito Civil, devido ao fato
deste abrigar semelhanças em alguns institutos como os referentes a contratos e
obrigações. Além disso, o Código Civil faz referências a elementos que são do Direito
Administrativo como, por exemplo, bens públicos (art. 99), desapropriação (art. 519) e
edificações urbanas (art. 1299 a 1313). Outro vínculo que há é o fato do Direito Civil ter
7
detido por muito tempo os institutos do Direito Administrativo, sendo que, ainda existe
influência daquele neste.
A relação com o Direito Penal se consuma através de vários elos de ligação. Um deles é
a previsão, no Código Penal, dos crimes contra a Administração Pública (arts. 312 a
326, Código Penal) e a definição dos sujeitos passivos desses delitos (art. 327, caput, e
1º, Código Penal). A intersecção se dá também no caso de normas penais em branco,
aquelas cujo conteúdo pode completar-se com normas administrativas.
O Direito do Trabalho é outra disciplina que apresenta alguns pontos de contacto com o
Direito Administrativo. Primeiramente, porque as normas reguladoras da função
fiscalizadora das relações de trabalho estão integradas no Direito Administrativo.
Depois, é de se reconhecer que ao Estado-Administração é permitido o recrutamento de
servidores pelo regime trabalhista, aplicando-se preponderantemente a essa relação
jurídica as normas da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.
Diga-se, aliás, que são intensas essas relações. À guisa de exemplo, todavia, vale anotar
que a teoria civilista dos actos e negócios jurídicos e a teoria geral dos contratos se
aplica supletivamente aos actos e contratos administrativos (vide, por exemplo, o art.
54, da Lei nº 8.666/1993 o Estatuto dos Contratos e Licitações). Numa outra vertente,
destaque-se que o Estado pode criar empresas públicas e sociedades de economia mista
para a exploração de actividade económica (art. 173, 1º, CF). A nova Lei de Falências
(Lei nº 11.101, de 9.2.2005), a seu turno, exclui do regime falimentar aquelas entidades
administrativas.
10
Por último, é de atentar-se para as relações que alguns novos ramos jurídicos mantêm
com o Direito Administrativo. Como exemplo, cite-se o Direito Urbanístico, que,
objectivando o estudo, a pesquisa e as acções de política urbana, contém normas
tipicamente de Direito Administrativo. Poderia até mesmo dizer-se, sem receio de errar,
que se trata de verdadeiro subsistema do Direito Administrativo. O Estatuto da Cidade
(Lei nº 10.257, de 10.7.2001) dispõe sobre vários instrumentos próprios desse ramo,
como as licenças, as obrigações urbanísticas, o estudo prévio de impacto de vizinhança
etc.
Portanto, é visto que o Direito Administrativo possui relações com as outras matérias do
Direito, em virtude de ambos terem em comum alguns elementos responsáveis por esse
vínculo, como por exemplo, os seguintes: semelhanças, dependências,
complementaridades, mesmo objecto, dentre outros. Isto mostra que o Direito
Administrativo é um ramo que tem provável ligação com todos os ramos do Direito e
com a vida na sociedade.
No Direito Administrativo especial são as que versam sobre cada um dos sectores
específicos da administração pública. Os ramos fundamentais do Direito Administrativo
especial são cinco a saber.
- Direito Administrativo-financeiro
12
b) Noção e objecto
c) Método
E qual é o método que deve ser utilizado nesta ciência na ciência do direito
administrativo? Pois é o método jurídico: não é obviamente, o método histórico, próprio
da história, nem o método sociológico, próprio da sociologia, nem o método filosófico,
próprio da filosofia...- mas sim o método jurídico próprio da ciência do Direito. Ciência
da Administração pública como auxiliar do Direito Administrativo
2. Conclusão
O Direito Administrativo faz parte do direito público por excelência, uma vez que
contém uma série de determinações estabelecidas no interesse da colectividade.
Abrange matérias de direito público interno, ou seja, assuntos que tratam da actividade
administrativa, tendo em vista, principalmente, os fins interiores do Estado – em
contraposição às disposições de Direito Internacional Público.
3. Referências bibliográficas
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 31ª ed. São
Paulo: Atlas, 2017.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 31ª ed. Rio de Janeiro:
Forense, 2018.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 38ª ed. São Paulo:
Malheiros, 2012.
MELLO, Celso António Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 30ªed. São
Paulo: Malheiros, 2013.
ROCHA, Sílvio Luís Ferreira. Manual de Direito Administrativo. São Paulo: Malheiros,
2013.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 27 ed. São Paulo: Atlas,
2014.
Vade Mecum Saraiva / obra coletiva de autoria da Editora Saraiva com a colaboração de
Luiz Roberto Curia, Lívia Céspedes e Juliana Nicoletti – 18. Ed. atualizado e ampliado
– São Paulo : Saraiva, 2014.