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Resumo 1, Lucas Gomes Cardoso

A Estrutura Simples

A estrutura simples é um modelo organizacional caracterizado pelos seguintes elementos:

“Não elaborada, tipicamente possui pouca ou nenhuma tecnoestrutura e assessoria de apoio, uma
divisão do trabalho maleável e uma hierarquia gerencial pequena” (MINTZBERG,1993). Essa
estrutura apresenta formalização e padronização mínimas e o uso de planejamento de longo prazo e
aplicação de treinamento é negligível.

A coordenação nessa estrutura é feita via supervisão direta e as decisões estratégicas tendem a
estar concentradas nas mãos do dono (CEO), que representa a cúpula estratégica da organização.
Em muitos casos essas organizações são compostas apenas pela cúpula e um pequeno núcleo
operacional.

O curso da informação é livre entre o núcleo operacional e a cúpula. Os funcionários do núcleo


tendem a ser polivalentes, isto é, responsáveis pelo desempenho de diversas funções operacionais
dentro da empresa. O processo de tomada de decisão é ágil devido ao fato de ele ser
desempenhado exclusivamente pelo dono, que tende a ser o único responsável pelo planejamento
estratégico da organização.

Devido ao fato de o futuro do negócio ser incerto, a cúpula é desincentivada a tomar decisões de
longo prazo, o que inviabiliza a existência de um alto grau de padronização operacional.

Por não ter tido tempo suficiente para elaborar de forma complexa sua estrutura administrativa, as
novas organizações tendem a adotar a estrutura simples em seus primeiros anos. De forma
semelhante, durante tempos de crise ou qualquer outra causa de um número grande de incertezas,
esse é o tipo de estrutura que as organizações que surgem tendem a adotar e ao qual as
organizações já existentes tendem a regredir.

A atividade empreendedora costuma se valer bastante da estrutura simples, “combinando quase


todas as suas características(...). A firma empreendedora clássica é agressiva e inovadora,
continuamente se aventurando pelos territórios arriscados que as burocracias temem cruzar.”
(MINTZBERG,1993).

O CEO, por ser responsável tanto pelas decisões estratégicas e pela supervisão da operação, caso
foque demais em uma dessas funções, pode prejudicar o desempenho da outra, o que faz com que a
estrutura seja arriscada por depender fortemente de um único indivíduo ou de um número reduzido
de pessoas. Esses fatos tornam a aplicação de tal estratégia gerencial extremamente limitada a um
escopo de organizações pequenas, que, ao crescer, tendem a descartar o modelo simples e adotar
uma estrutura de burocracia mecanizada.

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