Você está na página 1de 3

Decida ser feliz neste exato momento

Com a prática da fé, você é capaz de transformar tudo infalivelmente

Escrito: Abertura dos Olhos | Gosho <i>Abertura dos Olhos</i> a ser estudado na reunião de palestra
do mês de Novembro, com base na matéria publicada na revista Terceira Civilização, ed. 578, out.
2016, p. 46

Abertura dos Olhos - Revelação do objeto de devoção em termos de pessoa

Coletânea dos Escritos de Nichiren Daishonin, v. I, p. 229

Cenário Histórico:

Este tratado é um dos cinco principais escritos de Nichiren Daishonin no qual ele revela sua identidade
de Buda dos Últimos Dias da Lei, possuidor das “três virtudes”— soberano, mestre e pais. No segundo
mês do nono ano de Bun’ei (1272), ainda cumprindo pena no exílio na Ilha de Sado e vivendo sob as
mais severas condições, Daishonin concluiu esta obra em dois volumes e a enviou a Shijo Kingo, um
de seus discípulos mais proeminentes de Kamakura e também samurai do clã governante Hojo, em
nome de todos os seus seguidores. Quando Daishonin foi conduzido a Tatsunokuchi, Kamakura, em
1271, Shijo Kingo o acompanhou decidido a morrer ao lado dele, e pessoalmente presenciou o triunfo
do seu mestre sobre a tentativa de execução. O fiel discípulo viajou à Ilha de Sado para visitar
Daishonin no exílio e lhe enviou mensageiros portando materiais de escrita e outros artigos
indispensáveis.
O tratado O Objeto de Devoção para Observar a Mente, escrito em 1273, esclarece o objeto de
devoção em termos de lei, que possibilita a todas as pessoas a atingirem a iluminação.
Já Abertura dos Olhos trata desse mesmo tema, porém, no que se refere à pessoa; ou seja, revela que
Nichiren Daishonin é o buda que estabeleceria o objeto de devoção para que toda a humanidade
atingisse essa condição de vida iluminada. O objeto de devoção incorpora a iluminação de Daishonin
em relação ao Nam-myoho-renge-kyo, a Lei implícita nas profundezas do Sutra do Lótus. Daishonin
escreveu este tratado para encorajar seus discípulos como um testamento e último desejo (CEND, v. I,
p. 301).

Frase 1 do escrito

“Declaro aqui: Não importa que os deuses me abandonem. Não importa que eu tenha de
enfrentar todas as perseguições. Ainda assim, darei a vida em prol da Lei.” (CEND, v. I, p. 293)

Impresso por Vítor Henrique Silva de Paula (156821-3) página 1


Infinita coragem

Essa inspiradora frase do escrito poderia ser chamada de o ápice da Abertura dos Olhos, assim afirmou
o presidente Ikeda, e diz que sempre que lê essa declaração, o espírito sublime de Nichiren Daishonin
e uma infinita coragem e alegria fazem seu corpo estremecer.
Mesmo exilado na Ilha de Sado, Daishonin enxergou seu pleno potencial de buda, assumindo uma
inabalável condição que não é influenciada por fatores externos. Ele continuou a incentivar seus
discípulos, sem se importar com as dificuldades extremas do exílio. Em sua explanação, o presidente
da SGI, Dr. Daisaku Ikeda, salienta que o trecho da frase ¹ do escrito que estamos estudando pode ser
considerado uma das principais fontes de inspiração para a atual ampla propagação do kosen-rufu
mundial: “‘Declaro aqui’, indicando que, embora tenha apresentado várias explicações sobre as
perseguições que o devoto enfrenta, irá revelar o ponto mais importante de todos. E então Daishonin
prossegue dizendo: ‘Não importa que os deuses me abandonem. Não importa que eu tenha de
enfrentar todas as perseguições. Ainda assim, darei minha vida em prol da Lei’”.
O presidente Ikeda afirma que na passagem acima “Nichiren Daishonin revela seu monumental estado
de vida, que se eleva acima das dúvidas e críticas e mostra seu profundo compromisso como devoto do
Sutra do Lótus. Para Daishonin, há algo mais importante que receber ou não proteção. Algo pelo qual
uma pessoa arrisca a própria vida para atingir, mesmo enfrentando os piores obstáculos. E esse algo
tão importante é a consecução do estado de buda por todas as pessoas, o bem supremo, que é o
grande juramento proclamado pelo próprio Shakyamuni no Sutra do Lótus. Em outras palavras, é o
kosen-rufu, a concretização desse juramento. Foi por esse objetivo que Daishonin lutou, por uma
aspiração que vai muito além dos interesses e apegos mundanos que preocupavam as pessoas, a
sociedade e também seus seguidores” (Terceira Civilização, ed. 452, abr. 2006, p. 44).
O título do escrito, Abertura dos Olhos, significa exatamente abrir os olhos. Nele, Nichiren abre os olhos
para seu potencial e o de todas as pessoas a fim de assumir a condição máxima de se tornar o
protagonista e conduzir uma vida baseada na filosofia do Budismo de Nichiren Daishonin. Ao assumir a
terceira presidência da Soka Gakkai, o presidente Ikeda declarou: “‘Apesar de ser jovem e inexperiente,
representando os discípulos do presidente Josei Toda, permitam-me assumir a partir de hoje a
liderança e avançar um passo adiante em direção ao kosen-rufu de comprovação (kegi)!.’1 Foi o
juramento que fiz aos 32 anos sob a foto do meu falecido mestre. Gravei em meu coração as frases
‘Declaro aqui: não importa (...) Ao ler esse juramento seigan de Daishonin, todo o meu corpo é
envolvido por uma majestosa decisão. Que venham as perseguições! Devotarei a minha vida para
enfrentá-las! Sou discípulo inseparável do rei leão do kosen-rufu! Por ele fui treinado! Por essa razão,
nada tenho a temer”’ (BS, ed. 2035, 15 maio 2010, p. B3).
Ele finaliza: “O valor de um juramento não se encontra na beleza das palavras ou no ar solene de seu
pronunciamento, mas sim no ato de mantê-lo por toda a vida” (Terceira Civilização, ed. 451 mar, 2006,
p. 10).

Impresso por Vítor Henrique Silva de Paula (156821-3) página 2


Frase 2 do escrito

“Eu serei o pilar do Japão. Eu serei os olhos do Japão. Eu serei a grande nau do Japão. Este é o
meu juramento, e jamais renunciarei a ele!” (CEND, v. I, p. 293)

Um ensinamento que dignifica

Os presidentes Tsunesaburo Makiguchi e Josei Toda se levantaram e fizeram o juramento de realizar o


kosen-rufu nos Últimos Dias da Lei e atualmente o Ikeda sensei cumpre seu juramento propagando o
budismo para a felicidade de toda a nação.
O presidente Ikeda sempre nos incentiva a vivenciar nosso juramento e fazer essa prática para si e
para os outros. “O Budismo Nichiren é um ensinamento que empodera as pessoas ajudando-as a
mudar, pois elas deixam de pedir passivamente auxílio para os próprios problemas e sofrimento e se
sentem a partir de então mais capazes de oferecer apoio e incentivo aos outros, transformando-se em
pilares, olhos e grandes naus do mundo. No Budismo Nichiren, cada pessoa se torna um agente de
mudanças. Se cada um for o pilar, os olhos e a grande nau da construção da paz e da felicidade,
suscitará uma magnífica civilização global notabilizada pelo radiante florescer da filosofia do respeito ao
próximo” (BS, ed.2.394, 4 nov. 2017, p. B2).
Ao lermos a decisão de Nichiren Daishonin em ser o pilar, os olhos e a grande nau do Japão,
propagamos a filosofia budista e, junto com os três presidentes, fizemos com que esse juramento seja
vivenciado por todos os associados da SGI pelo mundo.
“Em seus primórdios, a organização era depreciada pela sociedade japonesa como um ‘bando de
pobres e doentes’. Sem se deixarem deter, nossos membros lutaram para compartilhar o Budismo
Nichiren com as pessoas [shakubuku]. Eles sentiam imenso orgulho de dedicar a vida à nobre missão
de concretizar o kosen-rufu e o ideal de Daishonin de “estabelecer o ensinamento correto para a
pacificação da terra”. As pessoas se lançavam à prática budista desesperadas para transformar o
carma individual de pobreza, doença, discórdia familiar ou de outros problemas. Com o tempo,
passavam a também orar pela felicidade das outras pessoas, e a agir em benefício delas e da
sociedade. Compartilhando alegrias e tristezas com os companheiros da organização, pouco a pouco
foram despertando para sua missão como bodisatvas da terra”, enfatiza o presidente Ikeda (Ibidem).

Brasil Seikyo - Edição 2441


Retirado de http://extra2.bsgi.org.br/extranet/estudo/palestra/conteudo/?edicao=4415

Impresso por Vítor Henrique Silva de Paula (156821-3) página 3

Você também pode gostar