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CONTABILIDADE GERAL
AULA 1

 
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Prof. Alison Martins Meurer

CONVERSA INICIAL

Olá, futuros contadores, contadoras e entusiastas da contabilidade! Sejam bem-vindos à aula!

No decorrer deste material, nós discutiremos inúmeros elementos e operações que implicam o

reconhecimento desses valores na contabilidade das entidades. Veremos como a contabilidade


registra tais operações a fim de representar de forma fidedigna a realidade da organização e facilitar

o processo decisório.

Apesar de todo o conteúdo ser ancorado nos pronunciamentos contábeis (CPC), que possuem

uma linguagem bastante técnica, procuramos simplificar os temas por meio de uma linguagem mais
usual. Além disso, no decorrer da leitura, teremos exemplos de contabilizações, mapas mentais e do

Super Tira-dúvidas, que nos ajudará a compreender os conceitos discutidos, além de exemplos de

questões que mostram como a temática é estudada e abordada em provas do Exame de Suficiência
do Conselho Federal de Contabilidade e em concursos em geral.

E, por falar em expectativas, espero que você faça uma ótima leitura e que este material possa
agregar conhecimento, fazendo com que você se apaixone ainda mais por este ramo do

conhecimento que é a contabilidade! Bons estudos!

CONTEXTUALIZANDO

As operações financeiras fazem parte das operações rotineiras das empresas e são uma forma de

obter rentabilidade advinda da aplicação de recursos da empresa (operações financeiras ativas) ou

como fonte de recurso (operações financeiras passivas). Por vezes, tais operações se configuram
como um instrumento financeiro que demanda, a depender do modelo de negócio da empresa,

tratamentos contábeis específicos. Essas operações financeiras também podem ser classificadas de

forma distinta a depender do prazo (curto prazo e longo prazo) e da forma como os juros são

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calculados (prefixados e pós-fixados). Mas como diferenciar essas operações e como saber os

tratamentos contábeis a serem realizados? Esse é o objetivo desta aula. Vamos aprender um pouco

mais sobre instrumentos financeiros e aplicações financeiras. Em seguida, falaremos sobre


empréstimos e financiamentos e, por fim, veremos como realizar a contabilização desses valores.

TEMA 1 – INSTRUMENTOS FINANCEIROS (IFRS 09 E CPC 48):


CONCEITOS, DEFINIÇÕES E ABRANGÊNCIAS

Em algum momento, você certamente já ouviu falar que a Contabilidade é a “linguagem dos

negócios”. E isso faz sentido, à medida que a Contabilidade consegue traduzir em uma linguagem
monetária todas as transações realizadas entre os diferentes tipos de pessoas, jurídicas ou físicas, que

interagem na sociedade. Quer ver um exemplo disso? Imagine que a loja de roupas Vírus da Grife

tenha adquirido 10 calças jeans no valor de R$ 100 cada, pagas à vista, da indústria de confecções
Indiana Jeans. Agora, imagine que a administradora da Vírus da Grife queira saber a situação da

riqueza da entidade, ou seja, do patrimônio da empresa. Provavelmente ela estará mais interessada

em saber que há R$ 1.000 (10 quantidade x R$ 100 custo) de estoque do que propriamente saber a
quantidade de calças (10 unidades). Na figura 1, é apresentada a transação realizada entre ambas as

empresas.

Figura 1 – Exemplificação da operação realizada à vista entre a Vírus da Grife e a Indiana Jeans

Crédito: Meurer, 2021.

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Observe que no exemplo anterior a Vírus da Grife repassou R$ 1.000 para a Indiana Jeans, e a
última, por sua vez, entregou 10 unidades de calças jeans, e os setores contábil de ambas as

empresas registraram essa informação de forma monetária. Essa é a grande função da Contabilidade:
transformar as diferentes transações que ocorrem na sociedade em uma linguagem comum, a

monetária.

Perceba que nessa transação não ficou nenhuma obrigação pendente entre ambas as

organizações, ou seja, a Vírus da Grife pagou os R$ 1.000 e a Indiana Jeans entregou as calças. Mas
há situações – e elas são muito comuns – em que as transações são realizadas originando obrigações
para uma parte e direitos para a outra envolvida no evento. Imagine o seguinte: a Vírus da Grife

adquiriu tais mercadorias a prazo, logo, a Indiana Jeans teria um direito de receber R$ 1.000 e a Vírus
da Grife uma obrigação de pagar R$ 1.000 para a Indiana Jeans. Portanto, há um contrato

(representado pela duplicata emitida pela Indiana Jeans) de que a Vírus da Grife deverá quitar no

futuro R$ 1.000 referente a essa transação. E pasme (ou não), a contabilidade irá registrar esses
valores.

Mas por que estamos tratando desse exemplo em um tópico que aborda Instrumentos
Financeiros? Ocorre que esses contratos formalizados, que em uma empresa geram um ativo

financeiro e, em outra, um passivo financeiro ou um título patrimonial, são denominados de


Instrumentos Financeiros.   Mas o que é um ativo financeiro, um passivo financeiro ou um título

patrimonial? Vamos dar uma pausa na nossa linha de raciocínio e deixar o Super Tira-dúvidas explicar

esses conceitos:

Tabela 1 – Ativos e passivos financeiros e títulos patrimoniais

Ativos financeiros: são contratos que dão direito ao recebimento de valor monetário ou outro

ativo financeiro (exemplos: duplicatas, contratos de empréstimos a receber) ou até mesmo

contratos que podem ser liquidados com instrumentos patrimoniais (exemplos: cotas e ações) da
própria entidade em uma situação favorável. Exemplos mais comuns de ativos financeiros:

dinheiro, investimentos em títulos emitidos por outras organizações (debêntures, ações) e valores a
receber, como duplicatas e empréstimos a receber, entre outros.

Passivos financeiros: são obrigações que implicam a entrega de caixa ou outros ativos financeiros
para outra entidade. Podem ser contratos que podem ser liquidados por instrumentos patrimoniais

(exemplos: cotas e ações) em uma situação desfavorável. Exemplos mais comuns: duplicatas a

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pagar, fornecedores, empréstimos a pagar, títulos de dívida emitidos (exemplo: debêntures), entre

outros.
 

Títulos patrimoniais: qualquer contrato que seja representado pelo interesse no Patrimônio
Líquido (valor residual) de uma empresa. Exemplos mais comuns: ações, cotas de empresas

limitadas, bônus de subscrição, entre outros.

Crédito: Popicon/Shutterstock.

Apesar de aparentar ser um tema complexo, o nosso dia a dia está rodeado de diferentes tipos
de Instrumentos Financeiros, os quais são representados por diferentes tipos de contratos. Vamos

examinar novamente o exemplo da Vírus da Grife.

Vimos que no segundo cenário, a Vírus da Grife comprou a prazo e foi gerada uma duplicata a
pagar para a loja (passivo financeiro) e um direito a receber para a Indiana Jeans (ativo financeiro),

logo, esse contrato pode ser classificado como um Instrumento Financeiro. Na figura 2, é apresentada

essa interação.

Figura 2 – Exemplificação da operação realizada a prazo entre a Vírus da Grife e a Indiana Jeans

Crédito: Meurer, 2021.

Portanto, o instrumento financeiro é o contrato que representa esse tipo de transação. Vamos

analisar outro exemplo. Se a Indiana Jeans adquirisse R$ 10.000 em ações da panificadora Petter Pão

S. A., teríamos também um instrumento financeiro, pois foi gerado um ativo financeiro na Indiana

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Jeans, nesse caso, as ações, que são títulos patrimoniais da Petter Pão S. A. Assim, poderíamos
simular inúmeras outras situações abrangidas pelos instrumentos financeiros.

Um dos desafios para compreender e dominar a temática inerente aos instrumentos financeiros
é a classificação, a mensuração e, consequentemente, o reconhecimento dos mesmos. Algumas
perguntas podem nos guiar nesta missão. Quando falamos de classificação e mensuração, esses dois
atributos são indistintos no processo de análise dos instrumentos financeiros, ou seja, a análise de

como classificar e atribuir valor a este contrato ocorre ao mesmo tempo. Nessa dimensão, estamos
preocupados em responder às seguintes questões: Qual é o tipo de instrumento financeiro? E,
qual é o valor atribuído ao instrumento financeiro? Como resposta, temos que os instrumentos

financeiros são classificados entre aqueles mensurados pelo valor justo por meio do resultado (VJPR),
valor justo por meio de outros resultados abrangentes (VJORA) e, por fim, os classificados e

mensurados pelo custo amortizado (CA).

Mas qual é a diferença entre avaliar um contrato que é um instrumento financeiro por meio do

CA, VJORA ou VJPR? Antes de verificarmos isso na prática, é importante compreender como cada um

desses métodos de classificação e mensuração se diferenciam. Vejamos a explicação:

Tabela 2 – Custo amortizado e valor justo

Custo Amortizado (CA): ativos financeiros mantidos sob um modelo de negócios cujo objetivo é

manter os ativos para receber seus fluxos de caixa contratuais.

 
Valor Justo por Meio de Outros Resultados Abrangentes (VJORA): ativos financeiros mantidos

sob um modelo de negócios cujo objetivo é atendido tanto com o recebimento de fluxos de caixa
contratuais como com a venda dos ativos.

Valor Justo por Meio do Resultado: ativos financeiros devem ser mensurados por meio do
resultado, a menos que sejam mensurados pelo CA ou VJORA.

Fonte: Meurer, 2021. / Crédito: Popicon/Shutterstock.

A definição de à qual categoria o instrumento financeiro pertence depende do que chamamos

de modelo de negócios, ou seja, como a organização tem tratado os instrumentos financeiros

semelhantes historicamente, portanto, não depende das intenções da organização (olhar para o

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futuro), mas sim do seu histórico de procedimentos (olhar para o passado). Agora complicou de vez,

não é?! Vamos descomplicar com um exemplo prático:

Imagine que a panificadora Petter Pão S. A. investiu em 31 de janeiro de 20X0 todo o saldo da

conta Bancos em um título do Tesouro Nacional no valor de R$ 100.000 a uma taxa de rentabilidade
de 0,50% ao mês, sendo que o tempo de resgate desse título será de dois meses. Nesse caso, temos
um exemplo de um contrato no qual a Petter Pão S. A. alocou R$ 100.000, esperando ter um retorno

de 0,50% ao mês, durante dois meses. Historicamente, a empresa não negocia esses títulos de forma
antecipada, ou seja, mantém ele sob seu controle para receber os juros até o final do período. Veja
que, como o modelo de negócios indica que o objetivo da empresa é manter o ativo (título do
Tesouro Nacional) para receber seus fluxos de caixa contratuais ( juros), então esse título será avaliado

pelo custo amortizável. Na Tabela 3 é demonstrado o valor acumulado do título em cada mês.

Tabela 3 – Rentabilidade do título

Mês Data Rendimento Custo Amortizável

0 31/01/20X0 R$ 100.000

1 28/02/20X0 R$  500,00 R$ 100.500

2  31/03/20X0 R$  502,50 R$ 101.002,50

Crédito: Meurer, 2021.

Quando avaliamos um instrumento financeiro pelo custo amortizado, o seu valor será o

montante pago pelo título, menos as amortizações que possam ocorrer, mais ou menos os juros

calculados, menos qualquer redução que possa ocorrer no seu valor recuperável. Traduzindo, nós

estamos preocupados em avaliar o potencial impacto desse ativo financeiro no fluxo de caixa da
empresa por meio da sua capacidade de gerar benefícios econômicos futuros (rentabilidade),

independentemente do valor de mercado desse instrumento.

O valor de mercado é o preço pelo qual esse título está sendo comercializado atualmente.

Normalmente, o valor de mercado equivale ao valor justo.

Saiba mais

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Para mais informações sobre as diferenças entre ambos os conceitos, sugerimos a leitura do

CPC 46 – Mensuração do Valor Justo.

Veja o mês de fevereiro, suponha que o valor de mercado desse título seja R$ 100.600. Como

historicamente a Petter Pão S. A. não tem interesse em vender esse título, mas somente esperar a
data de resgate, o valor do título na contabilidade estará avaliado pelo seu custo no reconhecimento
inicial (R$ 100.000) somada à rentabilidade obtida no mês de fevereiro (R$ 500), então, se torna

indiferente, nesse caso, o valor de mercado do título.

E como é realizado o reconhecimento (lançamentos contábeis) dessa operação? Como a Petter

Pão S. A. realizou uma aplicação financeira de curto prazo, então os seguintes lançamentos contábeis

devem ser realizados:

1 – Na aquisição do título – 31/01/20X0

D – Aplicação Financeira (ativo circulante)                                                        R$ 100.000

C – Banco (ativo circulante)                                                                              R$ 100.000

2 – Reconhecimento da rentabilidade do título – 28/02/20X0

D – Aplicação Financeira (ativo circulante)                                                        R$        500

C – Receita Financeira (resultado)                                                                    R$        500

3 – Reconhecimento da rentabilidade do título – 31/03/20X0

D – Aplicação Financeira (ativo circulante)                                                        R$        502,50

C – Receita Financeira (resultado)                                                                    R$        502,50

4 – No resgate da aplicação – 31/03/20X0

D – Banco (ativo circulante)                                                                              R$ 100.776,94

D – Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) a recuperar (ativo circulante)[1]     R$        225,56

C – Aplicação Financeira (ativo circulante)                                                        R$ 101.002,50

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Tabela 4 – Razonetes

Fonte: Meurer, 2021.

E se a empresa tivesse a intenção de negociar esse título antes do período de resgate, o que

aconteceria? Então, esse título seria avaliado pelo valor justo por meio de outros resultados
abrangentes (VJORA) e a diferença entre o valor contábil do título e o seu valor de mercado seria

lançada em uma conta de Ajuste a Valor Justo no grupo de Ajuste de Avaliação Patrimonial no

Patrimônio Líquido. Que tal vermos esse exemplo na Tabela 5?

Tabela 5 – Rentabilidade do título e controle do valor justo

Ajuste
Mês Data Rendimento Custo Amortizável Valor Justo
Valor Justo

0 31/01/20X0 R$ 100.000,00 R$ 100.000,00 0

1 28/02/20X0 R$  500,00 R$ 100.500,00 R$ 100.600,00 R$ 100

2  31/03/20X0 R$  502,50 R$ 101.002,50 R$ 101.000,00 (R$ 2,50)

Fonte: Meurer, 2021.

Perceba que, na coluna custo amortizável, são lançados os valores pagos pelo título somado ao

valor da rentabilidade desse título. Já na coluna valor justo é apresentado o valor de mercado do

título e o ajuste a valor justo será a diferença entre ambos os valores. Vamos ver a contabilização

dessa operação:

1 – Na aquisição do título – 31/01/20X0

D – Aplicação Financeira (ativo circulante)                                                        R$ 100.000

C – Banco (ativo circulante)                                                                              R$ 100.000

2 – Reconhecimento da rentabilidade do título – 28/02/20X0


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D – Aplicação Financeira (ativo circulante)                                                        R$        500

C – Receita Financeira (resultado)                                                                    R$        500

3 – Reconhecimento do ajuste a valor justo – 28/02/20X0

D – Ajuste a Valor Justo – Aplicação Financeira (ativo circulante)                       R$        100

C – Ajuste de Av. Patrimonial (patrimônio líquido)                                              R$        100

4 – Reconhecimento da rentabilidade do título – 31/03/20X0

D – Aplicação Financeira (ativo circulante)                                                        R$        502,50

C – Receita Financeira (resultado)                                                                    R$        502,50

5 – Reconhecimento do ajuste a valor justo – 31/03/20X0

D – Ajuste de Av. Patrimonial (patrimônio líquido)                                             R$            2,50

C – Ajuste a Valor Justo – Aplicação Financeira (ativo circulante)                       R$            2,50

6 – No resgate da aplicação – 31/03/20X0

D – Banco (ativo circulante)                                                                              R$ 100.776,94

D – IRRF a recuperar (ativo circulante)[2]                                                            R$        225,56

C – Aplicação Financeira (ativo circulante)                                                        R$ 101.002,50

D – Ajuste de Av. Patrimonial (patrimônio líquido)                                             R$          97,50

C – Ajuste a Valor Justo – Aplicação Financeira (ativo circulante)                       R$          97,50

Tabela 6 – Razonetes

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Fonte: Meurer, 2021.

Por último, e não menos importante, o que aconteceria se a empresa tivesse a intenção de
negociar esse título antes do período de resgate levando em consideração que o seu modelo de

negócios é o reconhecimento pelo valor justo por meio de resultados (VJR)? Nesse caso, a diferença

entre o valor contábil do título e o valor de mercado será lançado em uma conta de Receita com
Ajuste a Valor Justo.

Vamos ver a contabilização dessa operação considerando as mesmas informações da Tabela 6:

Tabela 6 – Contabilização

1 – Na aquisição do título – 31/01/20X0

D – Aplicação Financeira (ativo circulante)                                                        R$ 100.000

C – Banco (ativo circulante)                                                                              R$ 100.000

2 – Reconhecimento da rentabilidade do título – 28/02/20X0

D – Aplicação Financeira (ativo circulante)                                                        R$        500

C – Receita Financeira (resultado)                                                                    R$        500

3 – Reconhecimento do ajuste a valor justo – 28/02/20X0

D – Ajuste a Valor Justo  – Aplicação Financeira (ativo circulante)                      R$        100

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C – Receita com Ajuste a Valor Justo (resultado)                                              R$        100

4 – Reconhecimento da rentabilidade do título – 31/03/20X0

D – Aplicação Financeira (ativo circulante)                                                        R$        502,50

C – Receita Financeira (resultado)                                                                    R$        502,50

5 – Reconhecimento do ajuste a valor justo – 31/03/20X0

D – Despesa com Ajuste a Valor Justo (resultado)                                             R$            2,50

C – Ajuste a Valor Justo  – Aplicação Financeira (ativo circulante)                      R$            2,50

6 – No resgate da aplicação – 31/03/20X0

D – Banco (ativo circulante)                                                                              R$ 100.776,94

D – IRRF a recuperar (ativo circulante)[3]                                                            R$        225,56

C – Aplicação Financeira (ativo circulante)                                                        R$ 101.002,50

D – Despesa com Ajuste a Valor Justo (resultado)                                             R$          97,50

C – Ajuste a Valor Justo  – Aplicação Financeira (ativo circulante)                      R$          97,50

Tabela 7 – Razonetes

Crédito: Meurer, 2021.

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Assim, podemos ver como será o tratamento aplicado aos instrumentos financeiros a depender

do modelo de negócios da empresa. E temos como resumir de forma simples e prática a melhor
forma para a classificação e mensuração desses instrumentos financeiros? Temos sim! Veja o nosso
mapa mental (figura 3), que poderá auxiliar nessa decisão:

Figura 3 – Mapa Mental de classificação e mensuração dos instrumentos financeiros

Crédito: Meurer, 2021.

Pode-se perceber que, dependendo da forma como historicamente esses instrumentos

financeiros são utilizados pela empresa, haverá uma distinção na sua classificação e mensuração. Por

fim, vamos verificar no nosso quadro “Como o tema é cobrado nas provas” como este assunto tem

sido abordado pelas bancas de avaliações.

Tabela 8 – Como o tema é cobrado nas provas

Nas provas...

(Exame de Suficiência – CFC – Consulplan – Prova 2018.2) A empresa Bem-Aventurança adquiriu um instrumento financeiro

para venda futura, com recursos disponíveis na conta bancária, que foi classificado como disponível para venda por R$

50.000,00. Decorrido determinado prazo, rendeu juros no valor de R$ 4.000,00 e passou a ter um valor de mercado de R$
58.000,00. Posteriormente, o referido instrumento financeiro foi vendido a terceiros. Assinale o valor contabilizado na conta

de Ajuste de Avaliação Patrimonial no momento da venda do instrumento financeiro.

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a. R$ 4.000

b. R$ 8.000
c. R$ 50.000

d. R$ 54.000

Veja que se houve a movimentação na conta de Ajuste de Avaliação Patrimonial, significa que o instrumento financeiro é

avaliado pelo modelo de negócios VJORA. Portanto, se a empresa adquiriu o instrumento financeiro por R$ 50.000 e esse
instrumento financeiro rendeu R$ 4.000 no período, logo o seu valor contábil é de R$ 54.000 (R$ 50.000 do principal + R$

4.000 de juros). A diferença a ser lançada na conta de Ajuste de Avaliação Patrimonial é de R$ 4.000, ou seja, o valor

justo/valor de mercado, que é R$ 58.000, subtraído o valor contábil, que é de R$ 54.000.


Portanto, o gabarito é a letra A.

Fonte: Meurer, 2021.

Saiba mais

Para mais informações sobre o assunto, sugerimos a leitura do CPC 48, que trata

especificamente de instrumentos financeiros.

TEMA 2 – OPERAÇÕES FINANCEIRAS: INTRODUÇÃO

Para uma empresa realizar seus investimentos, é necessário haver a disponibilidade de recursos
financeiros. Os recursos financeiros de uma empresa podem advir do capital próprio, ou seja, daquele

capital pertencente aos sócios e, também, do capital de terceiros, que representa os recursos

pertencentes a outras pessoas, físicas ou jurídicas, que não os sócios.

A obtenção desses recursos, em especial os de terceiros, pode ser operacionalizada por meio de
operações financeiras que são firmadas no mercado financeiro. Essas operações ocorrem entre

agentes que possuem recursos disponíveis para serem cedidos e investidos mediante um retorno

pré-estabelecido e agentes que necessitam de recursos para investir em suas operações e estão

dispostos a remunerar o capital de terceiros, a fim de poder fazer uso desse recurso.

Vamos a um exemplo prático. Imagine a seguinte situação: Tiphany é proprietária de uma loja de
roupas chamada Tiphanyc Modas. A proprietária da Tiphanyc Modas identificou que a empresa

possui uma excelente oportunidade de expansão das vendas no mercado on-line (e-commerce),

contudo, é necessário um gasto em marketing no valor de R$ 50.000, sendo que, no momento a

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empresa não possui a disponibilidade desse recurso. Nesse sentido, a Tiphanyc Modas pode recorrer

a linhas de créditos para pessoas jurídicas a fim de conseguir captar esses valores e realizar a sua
expansão.

Esse é um exemplo básico de como funciona o mercado financeiro, no qual há uma estrutura de
instituições e instrumentos financeiros que possibilitam as operações financeiras entre diferentes
agentes a fim de promover a liquidez e a alocação de capital. As operações financeiras normalmente

envolvem os agentes deficitários (tomadores de recursos), que são aqueles que buscam recursos em
troca do pagamento de juros pelo capital emprestado, e os agentes superavitários (doadores de
recursos), que são aqueles que cedem os recursos para os agentes deficitários em troca de uma
remuneração de capital.

Assim, como temos agentes deficitários e agentes superavitários agindo nesse sistema, é

possível identificar a existência de operações financeiras ativas e operações financeiras passivas. As


operações financeiras ativas geram para o detentor do recurso (agente superavitário) a entrada de

valores por meio do recebimento de juros. Por sua vez, as operações financeiras passivas ocorrem

quando a empresa utiliza uma fonte de recursos que lhe gera um passivo, sendo que esse passivo é
aumentado pelos juros devidos que representam os custos desse dinheiro obtido ao longo do tempo

(Salotti et al., 2019).

Mas quais são os principais tipos de operações financeiras ativas e operações financeiras

passivas? Entre os principais tipos de operações financeiras ativas, temos os investimentos em títulos

públicos, poupança, certificado de depósito interbancário (CDB), ações, cotas de fundos ou clubes de
investimentos, investimentos atrelados ao rendimento de certificados de depósitos interbancários

(CDI), investimentos em debêntures, entre outros. Perceba que todos os exemplos de operações

financeiras ativas possuem como objetivo a geração de retornos financeiros para a organização.

Por sua vez, as operações financeiras passivas consistem em fontes de recursos para a

organização, que possivelmente geraram um custo para a empresa. Entre os principais exemplos de

operações financeiras passivas, temos os empréstimos, os financiamentos, debêntures emitidas,

desconto de duplicatas, entre outros. Note que as operações financeiras passivas provavelmente

implicam o pagamento de juros para a fonte desse recurso.

Em resumo, por que uma empresa realiza operações financeiras ativas? A resposta é simples:

para investir os seus recursos financeiros a fim de obter uma rentabilidade. E, por que uma empresa

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realiza operações financeiras passivas? Para obter recursos financeiros de fontes a fim de investir em

suas operações e, em troca, a empresa paga juros que remuneram esses recursos. Veja o nosso
esquema ilustrado na Figura 4, que resume as operações financeiras.

Figura 4 – Operação financeira ativa e operação financeira passiva

Fonte: Meurer, 2021.

Note que para quem fornece o recurso, tem-se uma operação financeira ativa, pois o detentor

de recurso receberá juros por disponibilizar o seu capital. Por sua vez, quem toma esse recurso irá
pagar juros, portanto, para o tomador de recurso, tem-se uma operação financeira passiva.

TEMA 3 – APLICAÇÕES FINANCEIRAS DE CURTO E DE LONGO


PRAZO

As aplicações financeiras são valores investidos em títulos de renda fixa ou de renda variável.

Essas aplicações podem ser tanto de curto como de longo prazo. As aplicações financeiras são

direitos a receber de caixa (dinheiro) ou de algum outro ativo financeiro de outra organização. À

medida que uma empresa aplica o seu dinheiro, está confiando os seus recursos a terceiros e,
portanto, passa a ter um direito junto à instituição na qual confiou esses valores.

Iudícibus e Marion (2019) comentam que é importante que as empresas realizem a aplicação do

excedente de caixa a fim de gerar mais dinheiro. Assim, quando houver mais entrada do que saída de
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caixa, é importante que o valor excedente, ou seja, aquele que não esteja sendo utilizado, seja

aplicado em investimentos que possam gerar rentabilidade para a organização.

No mercado financeiro, há uma infinidade de opções de investimentos financeiros e a

classificação dos tipos de aplicações financeiras depende do número de dias que o investidor deverá
aguardar para ter o seu dinheiro disponível para resgate (saque).

As aplicações financeiras mais comuns são em títulos públicos, fundos de investimentos, letras
de câmbio, certificado de depósito bancário (CDB), entre outros. Normalmente, os rendimentos das
aplicações financeiras são tributados pelo imposto de renda, o qual é retido na fonte, ou seja, a fonte
pagadora da rentabilidade desconta o imposto de renda do valor a ser resgatado pela empresa e

repassa esse montante ao Fisco.

Independentemente do momento de resgate, os rendimentos gerados pelas aplicações

financeiras são contabilizados como receitas financeiras conforme são gerados, seguindo o regime de
competência. Por exemplo, suponha que uma empresa investiu R$ 10.000 em CDB e houve uma

rentabilidade de R$ 40 no mês. Esse valor será reconhecido como receita financeira, mesmo a
empresa não tenha o resgatado.

Há que se destacar que as aplicações financeiras se diferenciam conforme a origem da sua


rentabilidade. As aplicações financeiras prefixadas possuem retorno conhecido no momento da

aplicação financeira. Já as aplicações financeiras pós-fixadas têm o seu retorno conhecido ao final do

investimento.

Referente à classificação das aplicações financeiras em curto e longo prazo, é comum imaginar

que todos os valores aplicados em investimentos com resgate de até 12 meses após a data de

encerramento do balanço patrimonial do exercício social seguinte sejam contabilizadas como

aplicações financeiras. Nesse sentido, é importante destacar que conforme as normas internacionais
de contabilidade, as aplicações financeiras em títulos de alta liquidez, que são resgatáveis em até três

meses da data de aquisição do investimento e que estão expostas a um risco insignificante de

mudança de valor, são classificadas como equivalentes de caixa, sendo controladas em conta

específica dentro do grupo de disponibilidades.

Por sua vez, as aplicações financeiras resgatáveis após três meses da data de aquisição e até 12

meses após a data de encerramento do balanço patrimonial do exercício social seguinte são

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registradas na conta de aplicações financeiras no grupo ativo circulante.

Por fim, as aplicações financeiras com resgate após 12 meses da data do Balanço Patrimonial do
exercício social seguinte são reconhecidas no ativo não circulante no grupo de ativo realizável a

longo prazo. Vamos ver um exemplo desses diferentes tipos de reconhecimentos de aplicações
financeiras nas demonstrações contábeis da Grendene S. A (figura 5).

Figura 5 – Balanço Patrimonial e Notas Explicativas da Grendene S. A. no ano de 2020

Fonte: Grendene, 2020.

Com base na figura, nota-se que a Grendene S. A. apresenta equivalentes de caixa, e ao analisar

as notas explicativas, é possível perceber que além do valor em dinheiro, há também os depósitos

bancários e as aplicações financeiras de liquidez imediata com resgate de até três meses após a data

de aquisição e com risco insignificante de mudança de valor. Nota-se também que as aplicações

financeiras de curto prazo e de longo prazo são compostas por certificados de depósitos bancários,

cessão de direito de crédito, debêntures, letras financeiras, títulos do tesouro nacional, entre outros
títulos que configuram as aplicações financeiras.

O mapa mental apresentado na figura 6 resume as diferenças entre os tipos de aplicações

financeiras.

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Figura 6 – Mapa mental das aplicações financeiras

Fonte: Meurer, 2021.

Vamos, agora, verificar como este assunto tem sido cobrado em provas de concursos públicos.

Tabela 9 – Como o tema é cobrado nas provas

Nas provas...

(CESPE – 2014 – Câmara dos Deputados – Analista Legislativo – Consultor Legislativo Área IV)
A respeito da contabilidade geral, pública e comercial, julgue o item que se segue.

Equivalente de caixa é o conjunto de aplicações financeiras de curto prazo, conversíveis em um montante conhecido de

caixa e não sujeitas a qualquer mudança de valor.


(  ) Certo

(  ) Errado
As aplicações financeiras classificadas como equivalente de caixa são aquelas resgatáveis em até três meses da data de

aquisição do investimento, que possuem liquidez imediata e que estão sujeitas a um risco insignificante de mudança de

valor. Portanto, a alternativa a ser assinalada é Errado.

Saiba mais

Para mais informações sobre o assunto, sugerimos a leitura do CPC 03 (R2): Demonstração

dos Fluxos de Caixa e do CPC 26 (R1): Apresentação das Demonstrações Contábeis.

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TEMA 4 – EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS DE CURTO E DE


LONGO PRAZO

Os empréstimos e financiamentos fazem parte das operações de financiamentos vinculadas à

tomada de recursos para suprir as necessidades de caixa das empresas ou expandir as suas
atividades. As operações de empréstimos e financiamentos envolvem o ato de o detentor dos

recursos confiar o seu dinheiro em alguém durante um período de tempo determinado e ser
restituído com ou sem acréscimos de juros (Ribeiro, 2017).

Assim, tais operações financeiras representam um passivo para a entidade tomadora desses
recursos, pois são obrigações presentes, derivadas de um evento passado e que para serem

liquidadas exigem a saída de um recurso capaz de gerar benefícios econômicos futuros.

Essas operações normalmente estão detalhadas em contratos formais que estabelecem o valor

do recurso obtido pela empresa, os prazos de pagamento, a forma de liberação do dinheiro, os


encargos a serem pagos, as garantias, a moeda empregada no contrato e, em alguns casos, a

destinação desses recursos.

Os empréstimos e financiamentos podem ser classificados de diferentes formas, como quanto

aos prazos de liquidação (curto ou longo prazo) e frente à forma de definição dos encargos

financeiros (prefixado ou pós-fixado). Referente aos prazos, todas as operações nas quais o prazo de
pagamento seja superior à data de encerramento do exercício social seguinte (data do balanço)

deverão figurar em contas de longo prazo que estão classificadas no passivo não circulante. De forma
contrária, os empréstimos e financiamentos a serem quitados em um período inferior à data de

encerramento do exercício social seguinte (data do balanço) deverão ser lançados em contas de

curto prazo no passivo circulante.

Vamos a um exemplo. A panificadora Petter Pão S. A. adquiriu, em 31 de dezembro de 20X0, dois


empréstimos. O primeiro empréstimo é de R$ 10.000, com juros de 0,50% ao mês e deverá ser

quitado em 10 parcelas com o primeiro pagamento para janeiro de 20X1. Já o segundo empréstimo é

no valor de R$ 24.000, também incide 0,50% de juros ao mês e a primeira parcela deverá ser paga em

janeiro de 20X2. Nesse caso, no Balanço Patrimonial de 20X0, o primeiro empréstimo será

apresentado no passivo circulante, visto que o período de liquidação é inferior à data de

encerramento do exercício social seguinte (data do balanço de 20X1), e o segundo empréstimo irá

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figurar no passivo não circulante, pois o período para a liquidação do empréstimo é superior à data

de encerramento do exercício social seguinte (superior a 31 de dezembro de 20X1).

Mas o que acontecerá se o empréstimo ou o financiamento for pago em parcelas que englobem

datas inferiores e superiores à data de encerramento do balanço do exercício social seguinte? Então
caberá à entidade segregar as parcelas e os encargos financeiros ( juros) de curto prazo alocadas no
passivo circulante e as de longo prazo no passivo não circulante.

Vamos analisar um exemplo com este caso. A panificadora Petter Pão S. A. adquiriu, em 31 de
dezembro de 20X0, um terceiro empréstimo no valor de R$ 30.000, com juros de 0,50% ao mês, a ser
quitado em 24 parcelas, sendo a primeira com vencimento para janeiro de 20X1. Nesse caso, a

empresa deverá identificar quais parcelas estão englobadas no curto prazo e quais parcelas são
abrangidas pelo longo prazo para, então, realizar o reconhecimento desses valores de forma

segregada no Balanço Patrimonial.

A Figura 7 apresenta uma linha do tempo que indica como as parcelas devem ser separadas em

curto e longo prazo.

Figura 7 – Linha do tempo para classificação em curto e longo prazo

Fonte: Meurer, 2021.

Nota-se que no exemplo anterior, das 24 parcelas do empréstimo, 12 foram classificadas no

passivo circulante, por serem de curto prazo, e outras 12 foram classificadas como passivo não

circulante, por serem de longo prazo. A contabilização de tais operações serão detalhadas em tópico

adiante.

Referente à classificação dos encargos financeiros, os empréstimos e financiamentos com juros

prefixados são aqueles em que as taxas de juros do contrato são conhecidas previamente. Nesse
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sentido, o tomador do empréstimo ou do financiamento sabe exatamente quanto pagará de

encargos financeiros ao longo do contrato. Por sua vez, os empréstimos e financiamentos com juros
pós-fixados são aqueles em que a taxa de juros é definida com base em índices de inflação e demais
indexadores, como a taxa básica de juros (Selic).

Nesse sentido, as taxas pós-fixadas expõem a entidade às oscilações de valores a serem


desembolsados e isso tem impacto direto na forma de mensuração e reconhecimento dos valores na

contabilidade. Na figura 8 é apresentada uma síntese de ambas as formas de incidência de encargos


sobre os empréstimos e financiamentos.

Figura 8 – Diferença entre empréstimos e financiamentos prefixados e pósfixados

Fonte: Meurer, 2021.

É importante destacar que o tipo de empréstimo e financiamento adquirido, bem como o seu

prazo de pagamento, geram impactos diretos na contabilização desses valores. Por isso, adiante é

realizado o detalhamento da forma de contabilização dessas operações.

TEMA 5 – FORMAS DE CONTABILIZAÇÃO

Agora que já sabemos os tipos de aplicações financeiras, empréstimos e financiamentos, vamos


verificar como é realizado o reconhecimento desses valores na contabilidade.

5.1 APLICAÇÕES FINANCEIRAS PREFIXADAS

A Vírus da Grife possuía R$ 70.000 em caixa, seus administradores decidiram adquirir em

31/01/20X1 um título prefixado com resgate para dois meses a um custo de R$ 70.000, sendo que o

total a ser resgatado em 31/03/20X1 é de R$ 80.000. Nesse sentido, a receita financeira é de R$

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10.000, sendo R$ 5.000 relativos a cada mês. Portanto, os lançamentos contábeis a serem realizados

são os seguintes:

1 – Na aquisição do título – 31/01/20X1

D – Aplicação Financeira (ativo circulante)                                                          R$ 80.000

C – Banco (ativo circulante)                                                                                R$ 70.000

C – Receita financeira a apropriar (ativo circulante – redutora)                              R$ 10.000      

2 – Reconhecimento da rentabilidade do título – 28/02/20X1

D – Receita financeira a apropriar (ativo circulante – redutora)                               R$   5.000

C – Receita Financeira (resultado)                                                                       R$   5.000

3 – Reconhecimento da rentabilidade do título – 31/03/20X1

D – Receita financeira a apropriar (ativo circulante – redutora)                              R$   5.000

C – Receita Financeira (resultado)                                                                       R$   5.000

4 – No resgate da aplicação – 31/03/20X1

D – Banco (ativo circulante)                                                                              R$    77.750

D – Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) a recuperar (ativo circulante)[4]     R$      2.250 

C – Aplicação Financeira (ativo circulante)                                                        R$    80.000

Tabela 10 – Razonetes

Crédito: Meurer, 2021.

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Como estamos diante de um título prefixado, no qual a rentabilidade é conhecida

antecipadamente, é possível adotar dois padrões de contabilização. O primeiro, recomendado por


Iudícibus e Marion (2019), foi adotado nesse exemplo, em que a rentabilidade da aplicação financeira
é incorporada ao valor da aplicação financeira (R$ 10.000 que foram somados ao valor do título de

R$ 70.000), sendo a contrapartida à conta de receita financeira a apropriar que é uma redutora do
ativo. A receita financeira a apropriar será utilizada como contrapartida à conta de resultado de
receita financeira quando houver a apropriação da receita.

O segundo método, mais simples e menos acurado, consiste em reconhecer na conta de


aplicação financeira somente o valor de aquisição do título e, nos meses que houver a apropriação do

valor da receita financeira, realizar o débito na conta de aplicação financeira e o crédito na conta de
receita financeira. Esse método foi utilizado no primeiro tema, quando exemplificamos os

lançamentos contábeis referentes aos instrumentos financeiros.

Cabe destacar que realizamos o lançamento do Imposto de Renda Retido na Fonte e lançamos

na conta de Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) a recuperar do grupo ativo circulante, pois

empresas do regime tributário lucro real e lucro presumido podem deduzir esse valor do imposto de
renda a ser recolhido para o Fisco. Se a Vírus da Grife fosse do regime tributário Simples Nacional,

então não haveria a possibilidade da dedução desse valor e o lançamento do imposto de renda seria
realizado a débito contra uma conta de despesa com tributos.

Tabela 11 – Contas redutoras

Contas redutoras: são também denominadas de contas retificadoras e são utilizadas para ajustar

o saldo do ativo, passivo, patrimônio líquido ou das contas de resultados a fim de propiciar uma

informação mais fidedigna acerca da realidade da empresa. Essas contas têm natureza contrária ao
grupo ao qual pertencem, se do ativo, sua natureza é a crédito, se contas do passivo, sua natureza

é a débito, e assim por diante. Como exemplo de contas retificadoras, temos os encargos ou juros
a transcorrer, receita financeira a apropriar, depreciação acumulada, capital a integralizar, entre

outras.

Fonte: Meurer, 2021. Crédito: Popicon/Shutterstock.

5.2 APLICAÇÕES FINANCEIRAS PÓS-FIXADAS

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Agora, vamos analisar um exemplo de contabilização de um título com rentabilidade pós-fixada.

Considere que a Vírus da Grife possuía R$ 70.000 em caixa, seus administradores decidiram adquirir
em 31/01/20X1 um título pós-fixado com resgate para dois meses a um custo de R$ 70.000, sendo
que a rentabilidade é atrelada à taxa de rendimento do CDI (Certificado de Depósito Interbancário).

Portanto, os lançamentos contábeis a serem realizados são os seguintes:

1 – Na aquisição do título – 31/01/20X1

D – Aplicação Financeira (ativo circulante)                                                          R$ 70.000

C – Banco (ativo circulante)                                                                                R$ 70.000      

Em 28/02/20X1, foi verificado que a rentabilidade do CDI rendeu R$ 700 para a Vírus da Grife.

2 – Reconhecimento da rentabilidade do título – 28/02/20X1

D – Aplicação Financeira (ativo circulante)                                                        R$         700

C –  Receita Financeira (resultado)                                                                   R$         700

Em 31/03/20X1, foi verificado que a rentabilidade do CDI rendeu R$ 800 para a Vírus da Grife.

3 – Reconhecimento da rentabilidade do título – 31/03/20X1

D – Aplicação Financeira (ativo circulante)                                                        R$         800

C – Receita Financeira (resultado)                                                                    R$         800

4 – No resgate da aplicação – 31/03/20X1

D – Banco (ativo circulante)                                                                              R$    71.162,50

D – Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) a recuperar (ativo circulante)[5]     R$         337,50 

C – Aplicação Financeira (ativo circulante)                                                        R$    71.500

Tabela 12 – Razonetes

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Fonte: Meurer, 2021.

Perceba que a contabilização de uma aplicação financeira pós-fixada não envolve a conta de
receita financeira a apropriar, visto que no momento da aquisição do título, não é conhecida a sua

rentabilidade e, portanto, o reconhecimento da receita ocorrerá diretamente na conta da aplicação


financeira em contrapartida a uma conta de receita financeira.

5.3 EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS PREFIXADOS

Já sabemos que os empréstimos e financiamentos prefixados são aqueles em que os encargos


financeiros são conhecidos no momento da concessão dos recursos. Portanto, se a Vírus da Grife

adquirir um empréstimo de R$ 100.000 em 31/12/20X1 para ser liquidado em três meses, incidindo

R$ 4.000 de juros por mês (R$ 4.000 x 3 = R$ 12.000 de juros no total), os lançamentos contábeis
realizados nesse tipo de operação serão os seguintes:

1 – Na aquisição do empréstimo – 31/12/20X1

D – Bancos (conta movimento) (ativo circulante)                                               R$ 100.000

D – Encargos financeiros a transcorrer (passivo circulante – redutora)                R$   12.000

C – Empréstimos a pagar (passivo circulante)                                                   R$ 112.000     

2 – Apropriação dos encargos financeiros de janeiro – 31/01/20X2

D – Despesa financeira (resultados)                                                                 R$     4.000

C –  Encargos financeiros a transcorrer (passivo circulante – redutora)               R$     4.000     

3 – Apropriação dos encargos financeiros de fevereiro – 28/02/20X2

D – Despesa financeira (resultados)                                                                 R$     4.000

C –  Encargos financeiros a transcorrer (passivo circulante – redutora)               R$     4.000

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3 – Apropriação dos encargos financeiros de março – 31/03/20X2

D – Despesa financeira (resultados)                                                                 R$     4.000

C –  Encargos financeiros a transcorrer (passivo circulante – redutora)               R$     4.000

4 – Liquidação do empréstimo – 31/03/20X2

D – Empréstimos a pagar (passivo circulante)                                                   R$ 112.000

C – Bancos (conta movimento) (ativo circulante)                                               R$ 112.000

Tabela 13 – Razonetes

*Considere que a empresa possuía R$ 20.000 de saldo na conta banco.


Fonte: Meurer, 2021.

Perceba que da mesma forma que nas aplicações financeiras prefixadas, nos empréstimos e

financiamentos prefixados também é utilizada uma conta redutora que permite a apropriação dos

juros de forma mais acurada. Portanto, apesar de ter sido reconhecido R$ 112.000 de empréstimos a

pagar, a conta redutora de encargos a transcorrer indica que desses R$ 112.000 há um total de R$

12.000 a ser reconhecido no decorrer do período como despesas financeiras.

5.4 EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS PÓS-FIXADOS

No caso dos empréstimos e financiamentos pós-fixados, os encargos financeiros são conhecidos

de forma posterior, seja a cada período determinado em contrato ou somente no momento da

liquidação da obrigação. Portanto, no caso de empréstimos e financiamentos pós-fixados, o uso da

conta de empréstimos e financiamentos a transcorrer torna-se inviável.

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Suponha que a Vírus da Grife tenha contratado um empréstimo de R$ 100.000 em 31/12/20X1

para pagamento em parcela única após seis meses, sendo que a taxa de juros do período é de 3% e a
inflação foi de 2% (31/12/20X1 a 30/06/20X2). Os lançamentos contábeis serão os expostos a seguir:

1 – Na aquisição do empréstimo – 31/12/20X1

D – Bancos (conta movimento) (ativo circulante)                                               R$  100.000

C – Empréstimos a pagar (passivo circulante)                                                   R$  100.000    

2 – Liquidação do empréstimo – 31/06/20X2

– Cálculo das despesas financeiras

R$ 100.000 x 2% de inflação = R$ 102.000

R$ 102.000 x 3% de juros = R$ 105.060

– Reconhecimento da despesa financeira

D – Despesa financeira (resultado)                                                                   R$      5.060

C – Encargos financeiros de empréstimos a pagar (passivo circulante)                 R$      5.060

– Pagamento do empréstimo e dos encargos financeiros

D – Empréstimos e financiamentos a pagar (passivo circulante)                         R$  100.000

D – Encargos financeiros de empréstimos a pagar (passivo circulante)                 R$      5.060

C – Bancos (conta movimento) (ativo circulante)                                               R$  105.060

Tabela 14 – Razonetes

Fonte: Meurer, 2021.

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A depender das práticas contábeis da empresa, pode ser interessante separar a despesa

financeira em subcontas que evidenciem o valor dos juros separado da variação monetária provocada
pela inflação. Essa informação também pode ser exposta em notas explicativas.

Tabela 15 – Como o tema é cobrado nas provas

Nas provas...

(FBC – 2014 – Exame de Suficiência do Conselho Federal de Contabilidade)


Uma Sociedade Empresária contraiu, em 30.6.2014, um empréstimo, para pagamento em 6 meses, no valor de R$24.000,00.

Foi descontada, no ato da liberação do referido empréstimo, a importância de R$2.000,00, a título de juros relativos ao

contrato de empréstimo.
a) DÉBITO          Bancos Conta Movimento – Ativo R$22.000,00

DÉBITO             Juros a Transcorrer – Passivo R$2.000,00


CRÉDITO           Empréstimos a Pagar – Passivo R$24.000,00

b) DÉBITO             Bancos Conta Movimento – Ativo R$24.000,00

CRÉDITO           Juros a Transcorrer – Passivo R$2.000,00


 CRÉDITO          Empréstimos a Pagar – Passivo R$22.000,00

c) DÉBITO            Bancos Conta Movimento – Ativo R$24.000,00


CRÉDITO          Despesas Financeiras – Resultado R$2.000,00

CRÉDITO          Empréstimos a Pagar – Passivo R$22.000,00


d) DÉBITO             Bancos Conta Movimento – Ativo R$22.000,00

DÉBITO             Despesas Financeiras – Resultado R$2.000,00

CRÉDITO           Empréstimos a Pagar – Passivo R$24.000,00


A empresa possui uma obrigação de curto prazo no valor de R$ 24.000, visto que os recursos foram adquiridos via

empréstimos. Nota-se que houve o desconto de R$ 2.000 referente aos juros da operação, o que implica na entrada de R$
22.000 na conta bancária (R$ 24.000 empréstimo - R$ 2.000 juros = R$ 22.000 depositados na conta bancária). Como os

juros devem ser reconhecidos ao longo dos meses seguindo o regime de competência, então os R$ 2.000 deverão ser

reconhecidos inicialmente na conta de Juros a Transcorrer, que é uma conta redutora do passivo.
Portanto, o gabarito é a letra A.

TROCANDO IDEIAS

Vimos, nesta aula, as classificações e os tratamentos contábeis direcionados para aos

instrumentos financeiros, aplicações financeiras, empréstimos e financiamentos. Nesse sentido,

procure as demonstrações contábeis de uma empresa listada na bolsa de valores Brasil, Bolsa, Balcão

[B]3 e apresente um exemplo de aplicação financeira reconhecida no Balanço Patrimonial da

organização. Esperamos a sua participação em nosso fórum.

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NA PRÁTICA

1. A indústria de calçados Meu Sapato Favorito aplicou no dia 28/02/20X1 a quantia de R$

100.000 em um ativo financeiro mensurado ao custo amortizado e que será resgatado


após 12 meses. Sabe-se que o título possui uma rentabilidade de 1% ao mês e que em
31/03/20X1 o título possuía um valor de mercado de R$ 101.500. Com base nessas
informações, assinale a alternativa correta referente às contas patrimoniais em

31/03/20X1:
a. A conta de aplicação financeira possui um saldo de R$ 101.500
b. Houve o reconhecimento de R$ 1.500 na conta de ajuste de avaliação patrimonial
c. Houve o reconhecimento de R$ 1.500 de receita financeira

d. A conta de aplicação financeira possui um saldo de R$ 101.000


e. A conta de aplicação financeira possui um saldo de R$ 100.000

2. Realize a associação entre os modelos de negócios de instrumentos financeiros e as suas

características:
I. Custo amortizado

II. Valor justo por meios de outros resultados abrangentes (VJORA)

III. Valor justo por meio do resultado (VJR)


( ) Modelo aplicado em ativos financeiros que não são mensurados pelo custo amortizado

nem pelo valor justo por meios de outros resultados abrangentes.

(  ) Modelo aplicado para ativos financeiros mantidos sob um modelo de negócios cujo

objetivo é atendido tanto com o recebimento de fluxos de caixa contratuais como com a

venda dos ativos.

(  ) Modelo aplicado para ativos financeiros mantidos sob um modelo de negócios cujo
objetivo é manter os ativos para receber seus fluxos de caixa contratuais.

3. Avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.

I. O reconhecimento das receitas financeiras a transcorrer das aplicações financeiras para

títulos prefixados é importante e viável.

PORQUE

II. Torna a informação contábil mais acurada e é possível, pois para títulos prefixados, há
como identificar a rentabilidade do título no momento da sua aquisição.

a. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa

correta da I
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b. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I

c. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa


d. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira
e. As asserções I e II são proposições falsas

O gabarito para as atividades propostas pode ser consultado ao final deste material.

FINALIZANDO

Aprendemos nesta aula que há inúmeros tipos de instrumentos financeiros e estes são
classificados e mensurados de acordo com o modelo de negócio da entidade. Vimos também que as

operações financeiras fazem parte do dia a dia das organizações e são capazes de gerar instrumentos
financeiros para a organização. Adiante, aprendemos os diferentes tipos de aplicações financeiras,

empréstimos e financiamentos e também como realizar a contabilização dessas operações.

Recomendamos que você realize a leitura dos CPCs sugeridos, revise o material, resolva os exercícios
propostos e continue buscando conhecimento nesta área tão envolvente que é a contabilidade!

REFERÊNCIAS

CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis. (R2) – Demonstração dos Fluxos de Caixa.

Aprovado pela Deliberação CVM, 641, 2010.

______. 48 – Instrumentos financeiros. Aprovado pela Deliberação CVM, 763, 2016.

GELBECK, E. R. et al. Manual de Contabilidade Societária. 1. ed. São Paulo: Gen/Atlas, 2018.

GRENDENE. Informações Financeiras. 2020. Disponível em:


<http://ri.grendene.com.br/PT/Informacoes-Financeiras/Demonstracoes->. Acesso em: 24 jun. 2021.

IUDÍCIBUS, S. de.; MARION, J. C. Contabilidade Comercial. 11. ed. São Paulo: Gen, 2019.

RIBEIRO, O. M. Contabilidade Comercial. 19. ed. São Paulo: Saraiva, 2017.

SALOTTI, B. et al. Contabilidade Financeira. 1. ed. São Paulo: Gen/Atlas, 2019.

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23/02/2023 19:10 UNINTER

GABARITO

1. Como o ativo financeiro é mensurado ao custo amortizado, então não há reconhecimento da

variação do valor justo desse ativo. Portanto, em 31/03/20X1 somente será reconhecida a
receita financeira de R$ 1.000 em contrapartida à conta de aplicação financeira. Logo, o
gabarito é a letra D, pois no ato da aquisição do título, foi realizado um débito na conta de
aplicação financeira no valor de R$ 100.000 e em 31/03/20X1 foi realizado outro lançamento a

débito de R$ 1.000 em aplicação financeira, totalizando um saldo final de R$ 101.000.


2. A sequência correta é III, II, I.
3. A assertiva I é verdadeira, pois para títulos prefixados é importante e é possível reconhecer a
receita financeira a transcorrer, visto que ao conhecer a taxa de retorno de forma antecipada, é

possível identificar a rentabilidade dessa aplicação e, consequentemente, definir o valor da


receita financeira a transcorrer, tornando a contabilização mais acurada. Portanto, o gabarito é a

letra B.

[1] Alíquota de 22,50% sobre o rendimento, visto que o título foi resgatado com menos de 180

dias.

[2] Alíquota de 22,50% sobre o rendimento, visto que o título foi resgatado com menos de 180

dias.

[3] Alíquota de 22,50% sobre o rendimento, visto que o título foi resgatado com menos de 180

dias.

[4] Alíquota de 22,50% sobre o rendimento, visto que o título foi resgatado com menos de 180

dias.

[5] Alíquota de 22,50% sobre o rendimento, visto que o título foi resgatado com menos de 180

dias.

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