PROCESSO COLETIVO

AULA 04 – Quarta Onda

Renovatória. Evolução do
Processo Coletivo no Brasil.

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 1. Quarta Onda Renovatória de Acesso à Justiça.
1.1. Fatores Determinantes.
Processo Internacional
Fatores
Integração Regional
Determinantes
Acesso à Justiça
Internacional
1.2. Empreendimentos da quarta onda.
Cortes Internacionais de Direitos Humanos
• Estes esforços de internacionalização não
surgiram no bojo do processo de integração
regional, mas por meio da proteção
internacional dos direitos humanos.
• Trata-se de uma vertente de internacionalização
que escapa ao direito comunitário, isto é, não
pressupõe a existência de níveis de integração
em comunidade.
A internacionalização jurídica torna-se um
dos pilares do processo de integração.
A formação dos blocos regionais exige o
atendimento dos conflitos que se formam.
O acesso à uma justiça internacional
tornou-se uma das marcas do final do
século XX e talvez se torne o maior avanço
do século XXI..
Internacionalização típica do processo de
integração
• É um dos pilares do processo de integração
regional.
• Surgiu no bojo do direito comunitário.
• Pressupõe a equiparação do status jurídico dos
estados que se propõem à criação de blocos
regionais.
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1.3. Relação de subsunção entre as ondas renovatórias.

Esforços de
distribuição

Esforços de
coletivização

Esforços de
otimização

Esforços de
internacionalização

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2. Quadro Comparativo das Duas Classificações.

Classificação Classificação Postulado

Original Proposta Atendido

Assistência Judiciária Esforços de Aumentar o número de

Gratuita Distribuição jurisdicionados

Legitimação dos Ruptura com a relação

Esforços de
Direitos processual
Coletivização
Transindividuais individualista

Melhoria da qualidade
Esforços de
Novo Enfoque da prestação
Otimização
jurisdicional

Esforços de Integração jurídica

–
Internacionalização internacional

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3. Cronologia das Principais Leis Coletivas do Brasil.

• Criada desde as ordenações do reino, servia

Ação Popular apenas para combater atos do poder público.

• Nascimento material do processo coletivo no

Ação Civil Pública Brasil. Lei n.º 7.347/85.

• O processo coletivo foi recepcionado pela atual

CF/88 ordem constitucional.

CDC • Potencialização do processo coletivo.

Tentativas de código de • Dois anteprojetos: USP + IBBB e UERJ + Estácio

processo coletivo de Sá.
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 4. Fases Evolutivas do Processo Coletivo no Brasil.
Absoluta Predominância
Individualista da Tutela
Jurídica
• Surgiu uma ação
individual com vocação
para a defesa de direitos
difusos: A ação popular.
• 1. Lei da ação popular (lei
4.717/65) trouxe duas
inovações: a) a coisa
julgada secundum
eventum probationis e b)
a legitimação para o
cidadão.
• 2. Lei da Política Nacional
do Meio Ambiente (lei
6.938/81) trouxe duas
contribuições: a)
responsabilidade civil
para agentes poluidores
do meio ambiente e b)
legitimidade para o MP
postular ação de defesa
do meio ambiente.
Proteção Fragmentária dos
Tutela Jurídica Integral,
Direitos Transindividuais ou
Irrestrita e Ampla ou
Proteção Taxativa dos
Tutela Coletiva Holística
Direitos Massificados
• Surgiu a ACP (lei • Inaugurada com a CF/88,
7.347/85) que se tornou a que reconheceu os
mais importante das direitos difusos e
ações coletivas. coletivos como direitos
• 1. A decretação de fundamentais e ampliou a
nulidade ou a anulação tutela para “outros
de atos lesivos ao direitos difusos e
patrimônio público por coletivos” (art. 129, III),
meio da ação popular, superando a antiga
• 2. A ACP para a proteção taxatividade material.
de vários direitos
transindividuais
especificamente
considerados: meio
ambiente, consumidor,
bens e direitos de valor
estético, histórico,
turístico e paisagístico.
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 5. Natureza Jurídica dos Direitos Transindividuais.
a) Suma Diviso.

Direitos Individuais e Direitos

Direito Público e Direito Privado
• Direito Público: Estado X
Indivíduo. Relações verticalizadas.
• Direito Privado: Indivíduo X
Indivíduo. Relações
horizontalizadas.
Coletivos
• Direitos individuais: indivíduo X
indivíduo.
• Direitos Transindividuais: grupo de
pessoas X indivíduo/ grupo de
pessoas X estado.

b) Organização técnica.

Direito Privado

Suma Diviso Processo Individual

Direito Público
(Processo)
Processo Coletivo

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 6. Classificação do Processo Coletivo.
a) Quanto ao Sujeito.
Ativa
Ação Coletiva
Passiva
1.ª Corrente
• Não existe no direito brasileiro ação coletiva
passiva. Os adeptos desta noção, entre eles
Dinamarco, sustentam que, além de não
haver previsão legal no sistema, que só fala
em legitimado ativo (art. 5º, LACP), não
haveria quem pudesse representar a
coletividade-ré.
• Há quem representa a coletividade-autora,
mas não a coletividade-ré.
A coletividade é autora. Toda ação
coletiva é ativa.
A coletividade pode figurar também no
polo passivo das ações coletivas.
2.ª Corrente
• Ada Pelegrini Grinover. Há sim ação
coletiva passiva. É inspirada na defendant
class action do direito norte-americano. Não
é o fato de não ter previsão legal que
impede o reconhecimento do instituto no
sistema. Sua admissão decorre da
interpretação de todo o sistema. De fato, a
grande dificuldade de se admitir a ação
coletiva passiva está em se identificar quem
representaria a coletividade-ré. Esta
representação deve ser analisada
casuisticamente e deve recair
preferencialmente sobre os sindicatos e
associações de classe.
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 Observações importantes e exemplos:

• Não é o fato de não ter previsão legal que impede o

reconhecimento do instituto no sistema. Não tinha
Ausência de previsão legal previsão da exceção de preexecutividade no CPC/73.
Sua admissão decorria da interpretação de todo o
sistema.

• Ação do governo para impedir a greve da polícia

Greve da Polícia Federal federal. A coletividade foi ré pelo sindicato dos
policiais federais.

• Ação para impedir greve de metroviários. MPT entra

Greve dos metroviários
com ações coletivas para impedir esta greve.

• Se o juiz achar que aquele sindicato não representa

Negativa de
adequadamente a categoria, ele vai procurar,
representatividade
casuisticamente, quem representa.

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 b) Quanto ao Objeto.
Especial Comum

• O processo coletivo especial é aquele • É composto por todas as ações para a

dedicado ao controle abstrato da tutela dos direitos difusos, coletivos e
constitucionalidade das leis e atos individuais homogêneos não
normativos em geral. relacionadas ao controle abstrato de
• ADI, ADC e ADPF são ações coletivas constitucionalidade.
propriamente ditas. • É um conceito residual. São todas as
• Elas promovem o controle abstrato do outras menos aquelas três acima do
direito coletivo, porque o processo coletivo especial.
pronunciamento da constitucionalidade
ou inconstitucionalidade se dá em tese.
• Estas ações coletivas especiais não são
estudadas aqui, mas sim por meio do
direito constitucional.

ACP

Principais Ações
Ação Popular
Coletivas

Ação de Improbidade
Administrativa
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