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SLIDE 5- O autor define a agenda como algo importante: São três tipos de
agendas existentes. A primeira é a Agenda sistêmica ou não governamental, que é
aquela que não tem interesse imediato, mas está à espera de uma oportunidade
para competir com as demais agendas (ou seja, ela Consiste no conjunto de
questões que recebem atenção da sociedade e são entendidas como assuntos de
competência das autoridades governamentais.
A segunda é a agenda institucional que possui atenção do governo, contudo, não
está na pauta decisória atual (Conjunto de temas ou problemas considerados
importantes em um determinado momento, como resultado da ação política de
atores como burocratas, movimentos sociais, partidos políticos, mídia, entre outros)
Por fim, a terceira agenda é a agenda decisória, que é aquela que contém os
assuntos em andamento( um subconjunto da agenda governamental que contempla
questões que estão prontas para a tomada de decisão pelos formuladores de
políticas, ou seja, prestes a se tornarem políticas públicas
SLIDE 6- Kingdon (2003), seguindo Cohen, March e Olsen (1972), propõe que o
processo de tomada de decisão nas políticas públicas poderia ser representado pela
confluência de três grandes correntes dinâmicas: a corrente dos problemas
(problems), a das propostas ou alternativas (policies) e a da política (politics).
3° FLUXO- No fluxo político do modelo dos múltiplos fluxos três elementos são
considerados: o clima nacional (national mood), as forças políticas organizadas e as
mudanças no governo (Kingdon, 2003; Zahariadis, 2007). O clima nacional se
caracteriza pelo compartilhamento das questões relevantes na sociedade,
configurando um ambiente favorável para a formação da agenda política. As forças
políticas organizadas referem-se às pressões exercidas por grupos, levando a
consensos ou conflitos na arena política. Por fim, as mudanças no governo
influenciam a agenda tanto de pessoas em posições estratégicas como na
composição do legislativo. Chama-se especial atenção para o início de governos,
considerado o momento mais propício à entrada de demandas que permaneceram
por um longo tempo sem resposta .
Para Kingdon (2003), uma das explicações desta teoria está nas Janela da
Oportunidade, as quais ocorrem da seguinte maneira: Os fluxos estão atuantes
sozinhos e, ao se cruzarem, criam uma oportunidade para mudança e convergência.
Esse choque possibilita uma abertura da discussão de um tema na agenda
governamental e, se as conjunturas forem suficientes, esta janela possibilitará a
construção da política pública. Quando o fluxo de soluções não consegue exercer
influências sobre a agenda, elas não conseguem abrir uma janela de oportunidade
dentro da agenda de governo.
O modelo de equilíbrio pontuado surge para dar conta tanto da estabilidade quanto
da mudança do processo de formulação de Políticas Públicas. Para Baumgartner e
Jones, a teoria do equilíbrio pontuado procura explicar uma observação simples: os
processos são muitas vezes guiados por uma lógica de instabilidade e
incrementalismo, mas às vezes produzem mudanças em grande escala, sendo
assim, os autores pensam em um modelo que possam dar conta desses dois
elementos. Para isso é necessário o feedback positivo que são as ideias inseridas
na agenda e atraem outras produzindo um efeito cascata, com isso haveria dois
eixos para esse modelo, sendo: as estruturas institucionais e o processo de agenda
setting, onde trabalham na perspectivas de que os governos delegam autoridade
para agentes governamentais, em subsistemas políticos. Esses Subsistemas
processam as questões de forma paralela, enquanto os líderes
governamentais(macrossistema) ocupam-se de questões proeminentes de forma
serial. Assim, segundo Baumgartner e Jones, algumas questões permanecem nos
subsistemas formados por comunidades de especialistas ao passo que outras
acabam por integrar o macrossistema, promovendo mudanças na agenda.
É importante para o modelo o conceito de Monopólio de Políticas (Policy Monopoly),
que é quando um subsistema é dominado por um único interesse, tendo duas
características: estrutura institucional definida; e uma ideia fortemente associada
com a instituição e com os valores políticos da comunidade. Para o modelo a chave
da mudança/estabilidade, estaria em verificar como a questão é definida dentro de
um contexto institucional, favorecendo determinadas visões políticas em detrimento
de outras, além disso, é fundamental também o conceito de Policy Image que são
as ideias que sustentam os arranjos institucionais, permitindo que o entendimento
acerca da política seja comunicado de forma simples e direta entre os membros de
uma comunidade e contribuindo para a disseminação das questões, processo
fundamental para a mudança rápida e o acesso de uma questão ao macrossistema.
Existem dois componentes da Policy Image, informações empíricas e apelos
emotivos .
Para um problema chamar a atenção do governo é necessário que sua imagem
ligue o problema a uma solução possível, pois ela intervém fortemente na
transformação de questões em problemas. Além disso, no modelo a disputa para a
criação de consenso em torno de uma Policy Image é fundamental. A autoridade
para decidir sobre as questões é das instituições
Nos subsistemas predominam mudanças lentas, graduais, incrementais (situação
de equilíbrio), mas em alguns “momentos críticos”, o equilíbrio pode ser pontuado
por períodos de rápida mudança, esses momentos têm início quando a atenção a
uma questão rompe os limites do subsistema e chega ao macrossistema político
Ao contrário dos subsistemas, os macrossistemas políticos caracterizam-se por
intensas e rápidas mudanças, diversos entendimentos sobre uma mesma polít ica.
O modelo proposto por Sabatier e Jenkins foi elaborado com o propósito mais
abrangente de encontrar uma explicação para o processo político alternativa ao
modelo das etapas. Nesse sentido, para além de proporcionar uma abordagem mais
integrada dos processos de emergência e de formulação das políticas públicas,
propõe também uma síntese das abordagens top-down e bottom-up da
implementação de políticas. A abordagem top-down defende que um processo
eficaz de implementação requer uma “cadeia de comando” com capacidade para
coordenar e controlar o processo, enquanto que a abordagem bottom-up
valoriza a influência das rotinas e dos procedimentos das administrações
(street level bureaucracy) e dos expedientes utilizados para lidar com situações
de incerteza como um fator determinante para o sucesso ou insucesso da
concretização de políticas.