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Idalécio Lazaro Mário Silvestre

Relatório Final de Monitoria

Relatório de Monitoria e Avaliação para


efeitos de avaliação e culminação do curso
em alusão sob orientação da formadora:
Agnesi da Nélia António

Instituto de Formação Profissional Universal


Maputo
02 De Dezembro de 2022
Idalécio Lazaro Mário Silvestre

Curso: Monitoria e Avaliação

Identificação do projecto: Projecto Habitacional 5 Mil casas para jovens – Intaka


Monitoria: Não Remunerada:

Orientador: ____________________________________

Observações:__________________________________________________________________
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Introdução
Este e um trabalho de monitoria e avaliação da implementação do Projecto de Habitação de
Intaka e que visa rastrear os motivos pelo qual não conseguiu alcançar grande parte dos
objectivos traçados, e os alcançados ainda não se fazem sentir na vida do público-alvo, nem no
progresso das próprias organizações envolvidas, visto que: O principal objectivo do Projecto em
estudo era a construção de 5 mil casas condignas para os jovens funcionários do Estado, recém-
graduados, num período de dois anos.

Desenvolvimento
Período de realização da monitoria: Início: ____/____/_____ Término: ____/____/____
Distribuição da carga horária diária na semana: as actividades de Monitoria e Avaliação tiveram
duração de uma semana e por dia levavam duas (2) horas de tempo.
Avaliação do Projecto com base na Sustentabilidade
Aqui fazemos uma avaliação, onde preocupamo-nos em aferir a dimensão em que os benefícios
de uma actividade podem continuar após término do financiamento inicial.
Oficialmente o Projecto de Habitação de Intaka findou, segundo afirmam a nossa entrevistada:
Illya Casimiro mas, aquando da recolha de dados feita em “Intaka”, quando entrevistada Josina
Cumbe, revelou que, foram construídas apenas 571 casas. Facto que, nos limita avaliar este
projecto sob o ponto de vista da sustentabilidade, pois conforme observam Sitoe & Lumbela
(2013) citando OCDE, a análise da sustentabilidade visa aferir/medir a dimensão em que os
benefícios de uma actividade podem continuar após a retirada/término do financiamento
original/inicial.
Avaliação do Projecto com base na Efectividade
Segundo Sitoe & Lumbela (2013), a efectividade procura responder até que ponto o alcance do
resultado coincide com os objectivos pré-estabelecidos.
Partindo dessa premissa podemos constatar que o Projecto de Habitação de Intaka não foi
completamente efectivo, pois os resultados alcançados não correspondem, na íntegra, aos
objectivos traçados. Ou seja: De acordo com as entrevistas, o projecto alcançou os objectivos de
facilitar a provisão de habitação adequada, de melhorar a qualidade na produção habitacional e de
incentivar a geração de emprego e renda.
O projecto beneficiou mais as camadas sociais com capacidade financeira do que o grupo alvo,
porque a maioria destes não têm acesso as casas devido a falta de oportunidades de emprego ou
salários consideráveis. Os valores cobrados pelas casas são elevados o que dificulta a obtenção de
casas de qualidade pelos funcionários públicos e as classes sociais baixas.
Avaliação do Projecto com base na Eficácia
Na avaliação da eficácia, analisa-se até que ponto os objectivos traçados foram alcançados. Com
este indicador procuramos responder a seguinte questão, até que ponto os resultados que trazem
mais-valia foram alcançados?
No entanto, o Projecto de Habitação de Intaka não conseguiu alcançar grande parte dos
objectivos traçados, e os alcançados ainda não se fazem sentir na vida do público-alvo, nem no
progresso das próprias organizações envolvidas,
Avaliação do projecto com base no Impacto
Partindo do pressuposto que, o impacto é a relação entre alcance de metas e tempo ou, em outras
palavras, é o grau em que se alcançam os objectivos e metas do programa, em um determinado
período de tempo, sem considerar os custos implicados (Cunha, 2008).
Para avaliar o impacto do Projecto de Habitação de Intaka, importa-nos responder as seguintes
questões:
O que aconteceu como resultado da implementação projecto?
A nossa pesquisa consiste na avaliação do Projecto de Habitação de Intaka, que tinha como meta,
a construção de 5 mil casas, no bairro do Intaka. Através das pesquisas por nos realizadas,
constatamos que o número de casas construídas, é de 571 e não 5 mil como previsto pelos seus
implementadores. O Projecto previa a construção de 5 mil casas num espaço de 319 hectares, o
que não se efectivou no Bairro de Intaka.
Assim, é coerente afirmar que o resultado esperado não foi alcançado, e isso suscita a seguinte
questão: Que diferença tiveram as actividades feitas para os beneficiários?
O Projecto Intaka tinha como público-alvo, jovens recém-formados e funcionários do Estado,
contudo, devido ao elevado valor monetário necessário para aquisição de uma casa, são poucos
os jovens recém-formados, e funcionários do Estado que aderiram ao Projecto. Através das
entrevistas realizadas aos residentes do “Condomínio Intaka” foi possível, averiguar que existe
um número considerável de jovens residentes no Condomínio, no entanto, estes jovens não são
necessariamente recém-formados, nem funcionários do Estado. Um dos nossos entrevistados
(Anonimo) afirmou que, mesmo sendo funcionário do Estado a vários anos, não tem capacidade
financeira para adquirir uma casa no “Condomínio Intaka”,
Cronograma:

Actividades Segunda- Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-


feira feira
Levantamento dos
recursos para o
trabalho de campo X X
Entrevistas X X
Avaliação dos dados
das entrevistas X

4- Atividades previstas e não desenvolvidas:


Um dos objectivos do projecto era de “responder ao défice de habitações para jovens e permitir
que funcionários públicos e cidadãos de classe mais baixa possam ter casas de qualidade.” Este
objectivo foi claramente deixado para trás, visto que ainda é possível encontrar jovens recém-
formados e funcionários do Estado na busca de habitação, e uns defendem que esse projecto não
os faz diferença pelos preços, outros reclamam por situar-se bem longe da Cidade Maputo;
“…Fui lá com um irmão que queria se inscrever porque queria casa, e eu próprio como arquitecto
e já fui Director Nacional 15 anos não consegui comprar uma casa ali com meu salário, as casas
não são acessíveis para o grupo alvo, a taxa de ocupação dos imóveis e o pagamento das
prestações não devem estar a responder ao esperado, pode aparecer alguém que tenha posse e
compre mais de uma casa mas o grupo alvo não tem facilidade de acesso” (Zefanias Chitsungo,
cp.)

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