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MEMORIAL DE DEFESA

URGENTE!
Réu Preso – Primário com bons antecedentes

Ação Penal Processo nº XXXX-XX.XX.XX.XXXX

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO


DA 1ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE BELO
HORIZONTE/MG.

"...é melhor absolver


mil culpados do que
condenar um
Aponte o seu celular para este QR CODE e inocente..."
veja o processo na íntegra.

Breve esclarecimento

Excelência, denota-se do memorial apresentado que sua redação foi feita


pelo Promotor X, todavia não foi este quem participou da audiência de
instrução, na qual foram ouvidas vítimas, testemunhas de acusação e
defesa e o depoimento do acusado.

Conforme notado pelo Eminente Julgado, ficou evidente algumas forçosas


vontades dos membros da Guarda em culpar o acusado. Por outro lado,
não foi presenciado pelo Ilustre Promotor a coerência no depoimento das
testemunhas de defesa que trouxeram a verdade real: é impossível o
acusado estar em dois lugares ao mesmo tempo.

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Introdução
João foi processado pela suposta prática do crime de roubo c.c. concurso de
agentes, previstos nos artigos 157, §2º, II e 29, caput, ambos do Código
Penal, respectivamente.

A origem do referido processo se deu em decorrência de uma investigação


de um roubo ocorrido no dia X do mês X de XXXX, às XXh, em um espaço,
estabelecido no Rua/AV X, nº XX, Bairro X, nesta Comarca.

A denúncia fora recebida (fls.


Na manhã do crime, fora
X/x), o juízo acolheu O mandado de prisão foi
subtraído os objetos X e uma
indevidamente o pedido para cumprido enquanto o acusado
certa quantia no valor de XXX
decretação da prisão estava trabalhando.
reais em espécie.
preventiva do acusado.

Foi apresentada resposta à


Durante a instrução
acusação, bem como, foi Designada audiência de
processual fora requerida a
requerido, novamente, instrução, foram ouvidas
revogação da última ratio,
revogação de prisão vítimas, testemunhas e ao
porém o pedido foi indeferido
preventiva, o qual foi final, ouviu-se o acusado.
(fls. X/x).
novamente indeferido.

Passada as fases acima


mencionadas, abriu-se prazo
para alegações finais.

O resultado de toda instrução não abre margem para outra decisão senão a
absolvição do acusado. Devendo, portanto, ser julgada improcedente a
presente ação penal, considerando a não configuração da autoria delitiva

Da negativa de autoria delitiva


Conforme se entende dos autos, mais uma vez insiste a defesa em afirmar
que não é possível definir pelas imagens colacionadas aos autos que são
tatuagens idênticas; da mesma forma, também não é possível afirmar que
as roupas apreendidas dentro do local onde o acusado mora, seja as

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mesmas utilizadas pelo autor fato delituoso. Acompanhe abaixo, os fatos
em ordem cronológica.

Vítimas

É impossível ignorar o fato de que as vítimas X e Y não identificaram o


acusado como autor do crime. Tampouco, constaram à época do delito
qualquer semelhança que levasse o acusado como autor do delito.

Testemunhas

Já com relação às testemunhas, inicialmente à Guarda Civil, não teve


precisão em dizer como chegou à conclusão de que a tatuagem do autor do
crime era exatamente uma "cruz".

Assim, o Guarda Z, disse que abordou o acusado no dia seguinte e


confrontou as características com as quais foram passadas via rede no dia
anterior.

Na casa do Acusado

Na casa de João foram encontradas algumas roupas, as quais forçosamente


estão sendo assemelhadas com as do autor do delito. Ademais, conforme
questionado pela defesa, o próprio Guarda que fez a averiguação na casa
de João afirmou que:

“PROPOSITALMENTE VIROU A BLUSA AO AVESSO PARA


REPRODUZI-LA COMO A MESMA DO AUTOR DO CRIME.”

Observação

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Não é fácil aceitar tal indução, vez que questionado pelo membro do M.P., o
guarda afirmou que se tratava da mesma roupa, mas quando questionado
pela defesa sobre saber se a blusa do autor do crime na imagem estava ao
avesso, disse que:
“NÃO SABIA DIZER.”

O empregador do acusado

No tocante ao depoimento da testemunha, José, empregador de João, foi


preciso em seu depoimento, tendo sido esclarecedor sobre o fato de na
data do roubo João foi trabalhar no horário de sempre, qual seja, das 08h
às 17h.

Vale destacar

No dia seguinte, dia XX/XX/XXXX, o acusado e outro funcionário, Geraldo,


foram trabalhar para limpar uma obra que haviam finalizado, ficaram das
08:30h às 16:25h. Ou seja, é impossível que o acusado estivesse presente
em dois lugares ao mesmo tempo.

Desta forma, não se trata de duvidar do réu, mas cabe frisar que foi

COMPROVADO QUE O ACUSADO ESTAVA


TRABALHANDO NO DIA DO CRIME, BEM COMO QUE JÁ
CONFISSÃO EXPRESSA DE QUE O OBJETO FORA
COMPRADO.

Diante do exposto requer...


A) A absolvição do Acusado crime previsto:

Código Penal B)Código Processo Penal S


u
Art. 29 Art.b 386, incisos III, IV e VII

Art. 157, §2º, inciso II

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sidiariamente, com abrigado no art. 383, §1, do CPP, a
desclassificação do crime de roubo para o crime previsto no art. 189
do Código Penal, receptação na modalidade culposa;

C) Requer, ainda, a aplicação do regime aberto para o cumprimento


de pena.

D) Por fim, ainda em remoto caso de condenação, em face do contexto


e todas as condições favoráveis ao acusado, requer ao D. Juízo a
possibilidade de recorrer em liberdade.

Termos em que,

Pede Deferimento.

Belo Horizonte, 10 de junho de 20xx

ADV/OAB

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