Você está na página 1de 3

COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA E O RECONHECIMENTO DA COLETIVIDADE

Em nenhum lugar da face da terra podemos viver ou fazer nada sozinho, sempre
iremos precisar um dos outros e em se tratando do contexto escolar não poderia ser
diferente. Em uma Coordenação Pedagógica ou o trabalho desenvolvido agrega
habilidades coletivas ou o fracasso é logo ali.
O trabalho coletivo, segundo Cohen (2017) é um excelente aprendizado conceitual
para a resolução critica de problemas. Socialmente, melhora as relações intergrupais,
aumentando a confiança e a cordialidade, ensinando habilidades para atuar, que podem
ser transferidas para muitas situações, inclusive para além dos muros da escola.

Ainda na visão de Cohen (2017) em um trabalho coletivo, existem limitações


óbvias, tanto do ponto de vista técnico/cientifico, quanto do ponto de vista humano e até
mesmo de recursos, mas, o mais importante é que esse senso de coletividade possa
agregar as tentativas aos acertos, os erros as perspectiva de que juntos podemos
corrigir e melhorar o que foi posto em prática até então.
Dessa maneira, Cohen (2017) ainda colabora com a percepção de que a
interação, a conversa e o trabalho conjunto, fornecem aos profissionais de educação,
oportunidades de participar e agir como membros de uma comunidade e aprendizagem,
afinal de contas, somos eternos aprendizes. Nós, profissionais de educação, estamos
sempre dispostos a aprender uns com os outros, para uma melhor performance
educacional.
O Coordenador Pedagógico atuante na escola tende a orientar o seu professor a
acreditar na mudança da sua prática a partir da reflexão. Assim, o professor torna-se
um profissional reflexivo que aprende a observar, inserindo-se a um processo
investigativo diante das dificuldades e das possíveis alternativas.
No que concerne Fuhr (2015) As aprendizagens que ocorrem no cotidiano podem
ser sistematizadas quando forem compartilhadas coletivamente. É nesse espaço de
diálogo que o indivíduo pode retomar o seu papel de sujeito. É importante que o
Coordenador Pedagógico possa transmitir essa percepção ao seu corpo docente, que
essa troca de experiência e conhecimento pode significar uma ressignificação do saber
docente, levando o seu professor e encontrar e planejar estratégias adequadas e
pertinentes que ajudem a aperfeiçoar o seu conhecimento e a sua competência.

Quando há um senso de coletividade inserido na prática da Coordenação


Pedagógica, bem como o reconhecimento das conquistas alcanças por meio das
atividades coletivas, certamente o trabalho da coordenação pedagógica fica mais
perceptível. Em razão disso, sempre que possível, o Coordenador Pedagógico precisa
elogiar o seu corpo docente, destacar a sua participação e dividir os louros das
conquistas.
Notadamente, quando esse reconhecimento não é realizado, ou até mesmo é
negado, o profissional atuante como Coordenador Pedagógico precisa rever seus
conceitos, visto que, não há conquistas individualizadas que se sobressaiam as
conquistas coletivas, então nada mais justo e valoroso do que esse reconhecimento ao
trabalho desenvolvido.
Para Fuhr (2015) A escola torna-se um espaço de formação coletiva, quando
possibilita a criação de redes de conhecimento entre os docentes, com oportunidades
de troca e discussão de experiências vividas, por isso o Coordenador Pedagógico, deve
destacar a importância de criar, na escola, condições que permitam, ao professor,
desenvolver suas competências e habilidades profissionais, a partir de, através de e
para a prática.
A troca de experiências e o trabalho coletivo, torna a escola um laboratório de
troca de informações, onde os professores podem realizar confrontos de diferentes
pontos de vista, e nível de flexibilidade, auxiliando na sua prática docente.

O Coordenador Pedagógico precisa acreditar na escola como um espaço


privilegiado para a formação docente coletiva, onde o conhecimento se constrói na
interação com o outro. Isso nos faz perceber que o professor é antes de tudo, uma
pessoa em evolução, para isso a escola como uma organização institucional precisa
privilegiar atividades de cunho coletivo.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
COHEN, Elisabeth G. Planejando o trabalho em grupo: estratégias para salas de
aulas heterogêneas. Porto Alegre. Editora Penso, 2017.
FUHR, Regina Candida. A construção coletiva na escola como espaço de
formação. Curitiba, Appris , 2015
TODOS OS DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS A CRIATIVA CURSOS LIVRES

Você também pode gostar