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Aula 21-03

Problema do concurso de causas que concorrem na produção do dano. 3 tipos


- Cumulativo não necessário
A e B conspiram para matar C disparam ambos ao mesmo tempo sobre C
A e B dispararem ambos sobre C produz o dano e tanto A como B contribuíram para
produção do dano, mas qualquer um dos disparos seria capaz de produzir esse dano.
Não seria necessário haver essa cumulação de ações

- cumulativo necessário
Mesmo exemplo- ambas as balas incidem sobre C, mas este tinha um colete a prova de
balas somente para uma. Ambas as balas furam o colete. Se só um tivesse desencadeado
o processo causal o dano não seria produzido
- se o calibre da bala de A por ser maior contribuiu mais para produção do dano e se
provar B pode pedir uma redistribuição do dever de indemnizar
- concurso alternativo
Mesmo exemplo- um dos disparos matou C, mas não há como apurar o responsável,
mas certamente um deles foi causador do dano. Não há prova, não há imputação

A doutrina se encaminha para o sentido de que se não sabemos o processo causal que
produziu o dano não temos um problema de nexo de causalidade, mas sim um problema
de prova ou de possibilidade de imputação ( a imputação do dano é o limite da
responsabilidade)
doutrina em relação as duas primeiras:
- Recorrer ao 497º- responsabilidade solidária. Assumir que é equitativamente
distribuída

Obrigação de indemnizar- é o efeito jurídico de uma situação de responsabilidade


Artigos 562º (acho)
É constitutiva
O evento que obriga a reparação vai ter um impacto na indemnização . Os danos que
vamos indemnizar são resultado da responsabilidade
Obrigação de indemnizar serve o efeito do ressarcimento. Essa obrigação serve para
deslocar o dano da esfera que foi sofrido para a que o direito atribui
É importante o fator de imputação
No regime da obrigação de indemnizar o legislador resolve uma tensão entre devedor
(lesante ) e credor (lesado) através de 3 princípios
1. Reparação integral dos danos 562
2. Princípio da reparação natural ou em espécie que decorre do artigo 566º
A obrigação de indemnizar tutela grandemente o lesado
Artigo 569 conjugado com 498º- produz uma alteração as regras gerais
A quantificação dos danos, a maior parte das vezes, só é possível pelo processo
Este artigo diz que o dano aparece como pressuposto da obrigação de indemnizar
Ter a certeza do dano é diferente da quantificação do dano- este resolvemos no quadro
da obrigação de indemnizar

O devedor tem que reagir contra os pressupostos


Integralidade da indemnização significa que esta tem que ser equivalente ao dano –
563º. Essa equivalência é o limite máximo~
Todo o desvio a essa obrigação vai ter valores inferiores ao dano (ex 494º juízo de culpa
e de proporcionalidade. 2 coisas- poderá não significa que deve; a aplicação deste artigo
tem que ser requerida pelo interessado)
565º- é provisória quanto ao seu montante. Nós aqui temos certeza do direito da
indemnização, mas não temos certeza de que este é o montante devido.

Reparação natural- 566º/1. Como a reparação vai ser feita? Restaurar a situação do
lesado- remove o dano. Esta é a maior forma de remover o dano e o maior ponto de
equilíbrio entre a esfera do lesado e a esfera do lesante. Temos que atender ao dano
real/concreto. Também nos diz os limites: quando esta não é possível (impossibilidade
objetiva- bens infungíveis e insuscetíveis de reparação); quando esta é insuficiente
(neste caso pode-se cumular modos de reparação); casos de excessiva onerosidade
( quer garantir que o custo que traz para o lesante não é desproporcional a vantagem que
traz ao lesado)
566/ 3 critério equitativo – tem valor estimulativo
566/ 2: situação real atual do lesado e situação hipotética atual do lesado
O critério da atualidade é o último momento….
442º, 810º (outros critérios que podem afastar o 566/2)

567- fracionamento não compromete a tutela do lesado


Particularidades da obrig. de indemnizar
805/ 2 al. B
570º resolve um problema de nexo de causalidade

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