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ADM II

Principio da legalidade

Duas modalidades da legalidade: vinculação e discricionariedade

Do global ao particular: o principio da legalidade sem froteiras

Traumas- foi uma construção dos autores liberais. Preocuparam-se em dar conteudo ao
principio m

Quando se falava em legalidade falava-se da lei da assembleia. Os liberais se preocuparam pois


entendiam que este principio era a única forma de controlar a administração e proteger os
particulares- estes eram vistos como objetos. Corolário da administração agressiva que
intervinha para por em causa os direitos do particular. Não havia controlo judicial. Os tribunais
administrativos que julgavam a si mesmo- negação do principio da separação de poderes.

Este principio não titulava os interesses dos particulares porque o direito administrativo
considerava que o que era prevista na lei tinha de ser cumprido. O que não estivesse previsto a
administração podia fazer o que bem entendesse. Ou seja essas leis não limitavam a
administração e nem protegiam os particulares. – não temos discricionariedade, mas sim um
arbítrio da administração.

O prof. Freitas do amaral- diz que a administração tem os poderes que constam da lei, mas
antes falava em liberdade da administração.

Principio da reserva da administração- esta faria o que queria e o tribunal não podia controlar-
inadmissível no Estado de direito. A adm cumpre a lei

A lei determina a atuação da administração- dimensão supraconstitucional e a


infraconstitucional. O principio da legalidade tem de ser entendido em termos materiais e ter
amplitude que corresponda a totalidade do direito.

Os atos não são definitivos, a adm usa o direito para satisfazer necessidades coletivas.

Quando a lei expressa a adm tem poderes de autotutela

Um ato que atribui um direito não é executável- não permite execução coativa. A maioria dos
atos não é executório.

Esse principio permite um alargamento do controlo da administração e uma tutela mais


adequada dos direitos dos particulares. A administração passou a ser prestadora e o princípio
da legalidade acompanhou essa evolução.

A administração reguladora é regulada por lei e vai regular…

A doutrina do direito administrativo usa o principio em sentido material- alargar as


modalidades. O que tem vindo a ser defendido é que a legalidade corresponde a ideia de
juridicidade no sentido de contrariedade a lei e ao direito- professor esta de acordo, mas nos
dias de hoje olhando para o cpa (artigo 3º CPA) esta identidade resulta da opção do legislador
que atribuiu em conceito amplo de legalidade. A 2ª parte do artigo integra o poder
discricionário (o poder de escolha tem de resultar da lei) como uma modalidade do principio
da legalidade.
Dimensão sem fronteiras do direito adm- enquadra o principio da legalidade em sentido
amplo. Abrange não apenas a lei, mas tudo o que está para além da lei e para baixo. A questão
que se coloca primeiro é o da constituição. Otto mayer dizia que o Direito Const muda
constantemente e o direito administrativo fica na mesma. Esta dimensão assentava na não
ligação entre constituição e administração. Com o estado social ocorre o oposto- diz se que o
direito administrativo é direito constitucional concretizado.

Outro autor fala em uma dupla dependência dessas áreas. Se o direito adm não concretizar o
que está na constituição, esta falha. Uma logica de interdependência recíproca. Não era assim
na constituição de 1933, mas é assim na Constituição de 1976. O principio da legalidade tem de
incluir essa dupla dependência.

Fala-se também da dupla dependência entre o direito adm. e o direito europeu.

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