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MÉTODOS ESPECÍFICOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS

O MÉTODO E OS MÉTODOS
O termo “método(s)” é muito usado de forma incorreta em diversas
colocações porque método(s) em si são níveis distintos sobre determinada
referência e complexidade filosófica. Sendo assim, dividido e complementado
em diversas finalidades, nas distribuições do que se refere à método(s) forma-
se uma amplitude ideológica. Em primeiro ponto, o método de abordagem,
dividido em 4 métodos conceituais:

Método indutivo: é o raciocínio que, após considerar um número suficiente de


casos particulares, conclui uma verdade geral.

Método dedutivo: contrário ao indutivo, é a modalidade de raciocínio lógico que


faz uso da dedução para obter uma conclusão a respeito de determinada ideia.

Método hipotético-dedutivo: consiste na construção de conjecturas baseada


nas hipóteses, isto é, caso as hipóteses sejam verdadeiras as conjecturas
também serão.

Método dialético: é um método de diálogo cujo foco é a contraposição e


contradição de ideias que levam a outras ideias e que tem sido um tema central
na filosofia ocidental e oriental desde os tempos antigos.

Forma-se também etapas mais concretas dentro do universo do(s)


método(s), contrapondo além das formalidades abstratas citadas acima,
métodos concretos esses em que as ciências sociais estão interligadas: os
métodos de procedimento.

MÉTODO HISTÓRICO

Estuda as atuais formas de vida social, as instituições e os costumes


têm origem no passado, é importante pesquisar suas raízes, para compreender
sua natureza e função. Investigar acontecimentos, processos e instituições do
passado para verificar sua influência na sociedade de hoje, pois as instituições
alcançaram sua forma atual através de alterações de suas partes
componentes, ao longo do tempo, influenciadas pelo contexto cultural particular
de cada época.

MÉTODO COMPARATIVO
Este método realiza comparações com a finalidade de verificar
similitudes e explicar divergências. É usado tanto para comparações de grupos
no presente, no passado, ou entre os existentes e os do passado, quanto entre
sociedades de iguais ou de diferentes estágios de desenvolvimento. Permitindo
assim, analisar o dado concreto, deduzindo dos elementos constantes,
abstratos e gerais.

MÉTODO MONOGRÁFICO
Consiste no estudo de determinados indivíduos, profissões, condições,
grupos ou comunidades, com finalidade de obter generalizações. O método
equivale em respeitar a “totalidade solidária” dos grupos, ao estudar, em
primeiro lugar, a vida do grupo na sua unidade concreta, evitando, portanto, a
prematura dissociação de seus elementos.

MÉTODO ESTATÍSTICO
Significa a redução de fenômenos sociológicos, políticos, econômicos
etc. a termos quantitativos e a manipulação estatística, que permite comprovar
as relações dos fenômenos entre si, e obter generalizações sobre a natureza,
ocorrência ou significado. Conclusivamente, fornecer uma descrição
quantitativa da sociedade, considerada como um todo organizado.

MÉTODO TIPOLÓGICO
Tem um formato muito próximo ao comparativo; o pesquisador cria tipos
ou modelos ideais, construídos a partir da análise de aspectos essenciais do
fenômeno. A característica principal do tipo ideal é não existir na realidade,
mas servir de modelo para a análise e compreensão de casos concretos,
realmente existentes. Exemplificando: um estudo de todos os tipos de governo
democrático, do presente e do passado, para estabelecer as características
ideais da democracia.
MÉTODO FUNCIONALISTA
Em geral, o método funcionalista estuda a sociedade do ponto de vista
da função de suas unidades, isto é, como um sistema organizado de
atividades. A sociedade como uma estrutura complexa de grupos e indivíduos,
reunidos numa trama de ações e reações sociais; de outro, como um sistema
de instituições correlacionadas entre si, agindo umas em relação às outras.
Exemplificando: a averiguação da função de usos e costumes no sentido de
assegurar a identidade cultural de um grupo.

MÉTODO ESTRUTURALISTA
Equivale a investigação de um fenômeno concreto, eleva-se, a seguir,
ao nível abstrato, por intermédio da constituição de um modelo que represente
o objeto de estudo, retornando por fim ao concreto, dessa vez como uma
realidade estruturada e relacionada com a experiência do sujeito social. O
método estruturalista caminha no concreto para o abstrato e vice-versa,
dispondo, na segunda etapa, de um modelo para analisar a realidade concreta
dos diversos fenômenos.
A diferença primordial entre os métodos tipológico e estruturalista é que
o “tipo ideal” do primeiro inexiste na realidade, servindo apenas para estudar a
mesma, ao passo que o “modelo” do segundo é a única representação
concebível da realidade. Exemplificando: o estudo das relações sociais e a
posição que estas determinam para os indivíduos e os grupos, com a finalidade
de construir um modelo que passa a retratar a estrutura social onde ocorrem
tais relações.

TÉCNICAS DE PESQUISA DA SOCIOLOGIA


Documental – Divide-se em dois tópicos: fontes primárias e fontes
secundárias:
 Fontes primárias: arquivos públicos e particulares, livros de tombo
(igreja), etc.
 Fontes secundárias: obras, jornais, revistas, que direcionam a tal razão
da pesquisa.
Sociometria: Equivale a descrição quantitativa das relações interpessoais
visando descobrir, principalmente os padrões de liderança.
História de vida: obter de diversas formas os dados referentes ao indivíduo
de foco na pesquisa, de todo o percorrer da sua vida.

Entrevista: O diálogo direto entre pesquisador e informante, que através do


mesmo alcançará as informações necessárias, dividida em: dirigida e livre
(não dirigida). Dirigida quando segue um roteiro de conversação; livre
quando o entrevistado traz espontaneamente as informações durante a
conversação.

Questionário: É um diálogo de modo indireto com o pesquisado. São


perguntas organizadas pelo investigador e respondidas pelo informante.

Formulário: Parecido com a técnica anterior, entretanto, o investigador pode


ampliar os dados fornecidos pelo informante.
Observação: dividida em dois tópicos: sistemática e participante.
Sistemática: Quando se observa os fenômenos de seu interesse no
grupo que acolheu para a pesquisa. Direta, quando pessoalmente observa;
ou indireta quando a observação é feita por terceiras.
Participante: Quando o pesquisador se incorpora no espaço/grupo da
pesquisa/estudo, tento a livre concepção de revelar ou não sua condição de
pesquisador/observador.

Cartográfica: Quando dentro da pesquisa se usam desenhos, mapas,


tabelas, para tornar dados complexos da pesquisa.

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