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CONHECIMENTOS INTERDISCIPLINARES
Conhecimentos Interdisciplinares
Gustavo Silva
Sumário
Conhecimentos Interdisciplinares. . ........................................................................................................................3
Introdução.............................................................................................................................................................................3
Desenvolvimento............................................................................................................................................................15
Conclusão........................................................................................................................................................................... 28
Referências........................................................................................................................................................................29
Exercícios............................................................................................................................................................................30
Gabarito...............................................................................................................................................................................40
Gabarito Comentado.....................................................................................................................................................41
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CONHECIMENTOS INTERDISCIPLINARES
Conhecimentos Interdisciplinares
Gustavo Silva
CONHECIMENTOS INTERDISCIPLINARES
Introdução
Fala, galerinha? Preparados para mais uma aula de Língua Portuguesa? Nessa aula enten-
deremos melhor acerca da capacidade humana responsável para estabelecer a comunicação:
a nossa incrível LINGUAGEM. Com ela, somos aptos a transmitir informações seja de forma
verbal ou não-verbal, a primeira, por meio da língua, e a segunda, por intermédio de símbo-
los visuais.
Para falar sobre esse assunto, é importante compreender a linguagem como a toda a for-
ma capaz de transmitir uma mensagem por meio da utilização de signos convencionais, que
têm seu entendimento internalizado no cérebro de cada integrante de determinada comunida-
de, por exemplo, símbolo, placas de trânsito, sinais gráficos. Assim, é de extrema importância
diferenciarmos a linguagem da língua, pois apesar de parecerem sinônimas, essas formas de
interação se divergem. Veja:
O esquema acima ilustra bem essa diferença. A linguagem é abrangente, uma vez que é
responsável por tudo que estabelece comunicação, enquanto, a língua, refere-se apenas a um
fragmento dessa complexidade linguística. A língua é compreendida como parte do patrimô-
nio social e cultural de cada coletividade, em que seus constituintes se relacionam por meio
de signos encarregados de associar um significante a um significado. Difícil? É só pensar em
um círculo grande constituído por tudo que é capaz de comunicar. Pensou? Agora, separe uma
pequena parte desse círculo para a língua. Pronto! Tudo que não pertence ao círculo menor
(Língua) é linguagem, apesar de não fazer parte de uma língua. Ou seja, placas; emojis; gestos;
posturas; comportamentos; ilustrações... Veja:
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CONHECIMENTOS INTERDISCIPLINARES
Conhecimentos Interdisciplinares
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Quadro 2 –Linguagem.
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Como é possível observar no esquema acima, o signo é dotado de duas partes essenciais,
uma delas estabelece a imagem acústica (representação sonora de uma palavra) e a outra é
responsável por retratar o conceito dessa palavra, ou melhor, o que a palavra representa primei-
ra é considerada o significante do signo linguístico, enquanto que, a segunda, refere-se ao seu
significado, observe este novo esquema:
Como é possível observar, agora a imagem da casa é o que o significante representa. Es-
sas partes do signo linguístico são indissociáveis, ou seja, não atuam sozinhas, elas depen-
dem uma da outra para retomar um elemento representativo e fazer a comunicação acontecer,
pois se eu pertenço à determinada comunidade social que se comunique por meio de uma
língua, por exemplo, a Língua Portuguesa, eu vou imaginar o significado quando alguém disser
essa palavra. Sacou? Mas professor, uma dúvida: E se eu não pertenço a essa comunidade
exemplificada? E se eu pertencer a uma sociedade que converse por meio de outra língua? Aí é
fácil, funciona da mesma forma. Porém, nesse caso, o ouvinte receberá outro significante para
representar o objeto. Veja:
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Olhe só! Nesse momento, estamos falando em Língua Inglesa. Agora, uma pergunta: Ima-
gine que você não saiba o que a palavra ou representação sonora H-O-U-S-E significa, você con-
seguiria associá-la com seu significado? Não, né? Por isso que quando não conhecemos uma
língua ou, até mesmo, quando não sabemos falar essa língua, a comunicação é prejudicada.
Se eu moro no Brasil, comunidade social que tem a Língua Portuguesa como meio de comuni-
cação, e viajo para fora, por exemplo, para os Estados Unidos, provavelmente, caso eu nunca
tivesse contato com essa língua, minha transmissão de mensagens seria comprometida, pois,
agora, a comunidade social se comunica por meio da Língua Inglesa e, apesar da significado
ser o mesmo, o significante é alterado. Observe:
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não se confunde com a linguagem, é somente uma parte determinada, essencial dela, indubitavel-
mente. É ao mesmo tempo um produto social da faculdade de linguagem e um conjunto de con-
venções necessárias, adotadas pelo corpo social para permitir o exercício dessa faculdade nos
indivíduos (SAUSSURE, 2006, p. 17).
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“o uso da língua exige sempre o uso de regras e princípios, de seleção de recursos da língua que
sejam o mais possível adequados como marcas e instruções de sentido para a produção dos efeitos
de sentido que se deseja em determinada situação concreta de interação comunicativa” (TRAVA-
GLIA, 1995, p.103).
Desse modo, para que se análise a forma como o indivíduo faz uso da língua, é fundamen-
tal que se considere seu contexto de interação, pois esse definirá a formalidade ou informali-
dade com que o falante precisará atuar. Em vista da temática desse estudo, torna-se pertinente
ressaltar a interlocução que nesse estudo nos interessa acontece entre o candidato e a banca
examinadora por meio de questões de reescritura textual, cujo propósito é predominantemen-
te avaliativo. Com base nisso, o sujeito necessitará demonstrar suas habilidades não apenas
como um mero falante da Língua Portuguesa, mas também como um usuário competente no
uso de suas estruturas lexicais e gramaticais.
O funcionamento da língua portuguesa é regulado por um conjunto de normas que definem
sua utilização de acordo com a norma culta. Em diferentes campos da espera social, essas
abordagens atuam como parâmetros acerca do emprego adequado da língua nas circuns-
tâncias mais formais de comunicação. Em relação a outros tipos de gramática, a gramática
normativa é compreendida por Pereira como “a ciência das palavras e suas relações, ou a arte
de usar as palavras com acerto na expressão do pensamento” (BEZERRA, 2013, p. 04). Desse
modo, observa-se que, apesar de o sistema linguístico funcionar como um contrato social em
que seus membros interagem de forma espontânea, ele apresenta uma padronização para que
haja seu entendimento mútuo entre os falantes.
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A fala trata-se da parte da linguagem subjetiva de cada falante, possui um caráter social
e é estabelecida ao longo do tempo e por diferentes indivíduos, o que a faz ser compreendida
como “ato individual de vontade e inteligência”, tornando-a múltipla e de difícil análise (SAUS-
SURE, 2006, p.22). As mudanças ocorridas na língua precisam ser aceitas pela massa de fa-
lantes para serem incorporadas aos seus documentos oficiais, como as gramáticas, para que
todos os falantes possam assimilá-las. Com base nisso, ocasiões que necessitem de certo
grau de formalidade ou, mais especificamente, aquelas que fazem uso somente da modalida-
de escrita, demandam do emprego da norma padrão. Veja a diferença de língua e fala:
Os conceitos apresentados no esquema acima são indissociáveis, por isso, quis apresen-
tar justapostos assim. A linguagem engloba tanto a língua quanto a fala, essa última é inte-
grante da língua, pois é quando o falante faz uso do sistema de signos para escolher estruturas
linguísticas de comunicação de forma criativa e subjetiva.
Um falante comum da Língua Portuguesa, em termos gerais, possui a habilidade de estru-
turar linearmente um enunciado, em consonância com a gramática da língua, independente-
mente do seu nível de escolarização, por exemplo: “A menina de blusa branca foi a primeira
classificada”. Essa frase que segue, gramaticalmente, a ordem direta da língua (sujeito + verbo
+ complemento) pode ser organizada de outra forma e apresentar o mesmo sentido, como
podemos ver a seguir: “Foi a primeira classificada a menina de blusa branca” ou “A primeira
classificada foi a menina da blusa branca”.
Apesar de ser um entendimento adquirido socialmente, essa estrutura linear ou sucessiva
apresenta-se possível, porque é fundamentada em princípios gramaticais básicos, pois os sin-
tagmas são “conjuntos mínimos que podem se mobilizar, ou seja, mudar de posição no eixo
sintagmático, propriedade esta que lhes confere determinadas funções sintáticas”. Todavia,
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Fonte: https://www.todamateria.com.br/variacoes-linguisticas/
No exemplo acima, é nítido que o rapaz de cabelo loiro está inadequado para a ocasião.
Primeiro porque o contexto, conjunto de circunstâncias que rodeiam um acontecimento, é de
praia. E o que fazemos em uma praia? Como nos vestimos? Como nos comunicamos? Quem
nos acompanha nesse tipo de ambiente? Claro, trata-se de um ambiente de lazer, um ambiente
informal, por isso que falamos utilizando a forma coloquial da língua, nossos comportamentos
são menos controlados, nossas vestimentas são mais leves.
Agora, responda-me: O que há de errado na maneira como ele se comunica? Por que o es-
tranhamento do rapaz que o acompanha? Sim. Se você respondeu que ele deveria utilizar uma
linguagem menos formal para adequar-se ao meio, você está certo! É isso. A fala precisa ser
adequada às circunstâncias de comunicação. Veja outro exemplo:
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Fonte: https://www.researchgate.net/figure/Figura-1-charge-para-atividade-sobre-linguagem-formal-e-informal_
fig1_357294046
Nesse novo exemplo, o que temos é o contrário da situação anterior. Observe o contexto
de comunicação, quais são as circunstâncias que acompanham essa situação? Trata-se de
uma sala de aula, certo? Um ambiente formal. Com quem a comunicação se dá? Qual é o nível
de intimidade com o ouvinte? Nesse caso, qual é o erro do emissor? Sim! O emissor também
comete um equívoco de adequação, pois se comunica com se estivesse em um contexto de
informalidade. Então, as escolhas linguísticas feitas pelo falante deveriam se adequar ao âm-
bito de comunicação.
Como havia dito anteriormente: um falante comum da Língua Portuguesa estrutura gra-
maticalmente uma sentença capaz de transmitir uma mensagem a outro falante apto a com-
preender esse sistema. Apesar desse falante dispor da complexidade linguística dessa língua,
esse fará escolhas únicas ao elaborar um enunciado. Digo ÚNICAS, porque essas escolhas
serem influenciadas por diferentes mecanismos externos como, por exemplo, o contexto de
comunicação, o qual direcionará o nível de formalidade com que o falante precisa proferir
a mensagem.
Um ponto importante a ressaltar é a linearidade da língua, a qual possibilita que os cons-
tituintes de determinada comunidade social transmitem informações por meio do código lin-
guístico. Essa linearidade é compreendida como a forma de organização dos elementos den-
tro de uma sentença, por que não falo: “bonita menina brinca de” ao invés de falar “a menina
brinca de boneca”? Pelo simples fato de que se eu falar a primeira sentença o outro não con-
seguirá me entender, porque eu preciso seguir regras básicas do sistema linguístico para que
a comunicação não falhe.
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Existem diferentes teorias acerca desse entendimento. Como, sem nem mesmo ter conta-
to com o conhecimento científico da constituição da língua, o falante consegue proferir sen-
tenças entendíveis a outros integrantes de um sistema linguístico? E como o outro, o ouvinte,
consegue compreender as enunciações proferidas sem que haja erro na recepção da mensa-
gem? Essas dúvidas são explicadas por diferentes estudiosos da linguagem. Veja a seguir as
concepções de linguistas mais reconhecidos nos estudos linguísticos.
Para Chomsky, na obra Estruturas Sintáticas, essa capacidade de articulação textual in-
trínseca a cada falante de uma língua é explicada pela concepção de gramaticalidade, que se
refere à habilidade de produzir sentenças aceitáveis a um corpo social por meio de um conhe-
cimento implícito, cujas noções linguísticas partem de uma gramática internalizada, a qual não
se confunde com a normativa. Essa distinção se dá pela natureza de aquisição, que ocorre de
forma espontânea naquela e de maneira escolarizada nessa. Além disso, esse estudioso expli-
ca que o membro de uma comunidade linguística dispõe de dois componentes indispensáveis
para a comunicação: a competência e o desempenho, ou seja, todo o conhecimento que o
falante tem acerca de sua língua e o modo como faz uso dele, respectivamente.
Essa abordagem de Chomsky, denominada Gerativismo, opõe-se à teoria estruturalista
desenvolvida por Ferdinand Saussure, pois, para ele, a língua deve ser entendida enquanto
um sistema de regras socialmente adquirido, diferentemente da perspectiva chomskyana, que
concebe a faculdade da linguagem como inata a todos os sujeitos. Dentre essas perspectivas,
torna-se necessário destacar que, apesar de ambas as abordagens apresentam produtividade
para o presente estudo, por enfatizarem a possibilidade de formação de uma infinidade de
enunciados a partir das normas gramaticais da língua, destaca-se a concepção estruturalista
como a noção de maior eficiência para se compreender a habilidade do falante em articular
enunciações por meio do eixo sintagmático de sua língua natural.
A Língua Portuguesa apresenta múltiplas possibilidades combinatórias no eixo sintagmá-
tico para se dizer a mesma coisa, que estudadas pelo prisma da Sintaxe, apresentam normas
indispensáveis para a expressão de determinada ideia de acordo com a intenção de quem es-
creve e estrutura o texto. A Sintaxe possui como objeto de estudo a relação entre as palavras
no interior de enunciados verbais, estabelecida ela capacidade de articulação textual do falan-
te, o qual faz uso do léxico disponível em seu repertório de conectivos coesivos responsáveis
por associar as palavras escolhidas dentre as possibilidades existentes em um eixo associati-
vo. Essa compreensão viabiliza ao usuário da língua organizar com eficiência as informações,
mais especificamente, em sua modalidade escrita, em que há um policiamento gramatical
mais significativo.
Assim, os falantes possuem a liberdade de criação de uma infinidade de enunciações para
se expressarem verbalmente. Em meio a essa diversidade criativa, o falante pode enunciar
de diferentes formas uma mesma deia, a partir da (re)ordenação das estruturas sintáticas
pertencentes ao eixo sintagmático e das escolhas lexicais feitas a partir das possibilidades
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Fonte: https://descomplica.com.br/artigo/4-tirinhas-que-irao-acabar-com-suas-duvidas-entre-ambiguidade-e-
polissemia/x8t/
Como havia dito anteriormente: um falante comum da Língua Portuguesa estrutura gra-
maticalmente uma sentença capaz de transmitir uma mensagem a outro falante apto a com-
preender esse sistema. Apesar desse falante dispor da complexidade linguística dessa língua,
esse fará escolhas únicas ao elaborar um enunciado. Digo ÚNICAS, porque essas escolhas
serem influenciadas por diferentes mecanismos externos como, por exemplo, o contexto de
comunicação, o qual direcionará o nível de formalidade com que o falante precisa proferir
a mensagem.
Aqui, observaremos que uma mesma palavra, mesmo que empregada de forma entendível
a outros falantes da língua, pode ocasionar em falha na comunicação. No exemplo acima, o
menino Armadinho profere uma sentença gramaticalmente correta, porém a carga semântica
é alterada a partir do contexto em que se insere. Veja outro exemplo:
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Fonte: https://descomplica.com.br/artigo/4-tirinhas-que-irao-acabar-com-suas-duvidas-entre-ambiguidade-e-polissemia/x8t/
O que fez o garoto chamar o atendente de “porcona”? Será que esse menino entendeu o con-
texto em que a sentença é preferida? Uma placa em meio a uma loja que vende roupas, dentre
elas, roupas íntimas. O que você compreenderia? De fato, se fosse em outro contexto de comu-
nicação a ofensa expressa pelo garotinho faria sentido, por exemplo, caso a moça da tirinha
estendesse a mesma placa em frente a um grupo de pessoas que se rejeitam a tomar banho.
Percebeu a importância de adequação ao contexto? Tanto da transmissão de mensagens
quanto na recepção dessas, é importante observarmos as circunstâncias do momento do fato
ou da situação, pois a comunicação, ou melhor, a língua é heterogênea e variável. Isso pode
ser observado pela quantidade de línguas que existem no mundo todo ou, até mesmo, pela
quantidade de diferenças que existem dentro de um mesmo sistema linguístico.
A Língua Portuguesa, por exemplo, apresenta diferentes variações a depender da região, do
contexto de comunicação, do momento histórico, do grupo em que a mensagem é transmitida.
Provavelmente, minha avó não entenderia se eu mandasse uma mensagem de texto utilizando
gírias que utilizo para me comunicar com meu grupo de alunos de mesma idade. Observe um
exemplo dessas variações contextuais do sistema linguístico:
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Eu posso pertencer a uma mesma comunidade linguística, à Língua Portuguesa, por exem-
plo. Posso me comunicar utilizando o mesmo código linguístico. Mas ainda assim existirão
palavras que, provavelmente, eu não conseguirei descodificá-la. No exemplo acima, é possível
observar que há diferentes formas de se referir a uma mandioca, existem diferentes significan-
tes para um mesmo significado que se distinguem de região para outra dentro do mesmo país,
cuja sistema linguístico é único: a Língua Portuguesa.
Desenvolvimento
Oi, galerinha? Prontos para desenvolver melhor o assunto “Texto e contexto nos signos
verbal e não verbais? Iniciaremos conceituando as partes desse tema.
Você consegue dizer o que é texto? Texto pode ser uma carta escrita a uma pessoa de
outra cidade há algumas décadas. Pode ser uma mensagem enviada a uma amiga pergun-
tando sobre o cinema que combinaram na semana passada. Pode ser a placa de trânsito que
indique dê preferência ou, até mesmo, o gesto da criancinha fofo que sinaliza uma tchau com
as pequenas mãozinhas na hora de ir embora. Tudo isso é texto! Texto é uma produção verbal
ou não verbal que comunica algo por meio de um código em determinado tempo e espaço, de
forma compreensível.
Dessa forma, podemos entender texto como uma manifestação linguística produzida com
o objetivo de comunicar, essa produção acontece em determinado tempo e cenário. Assim,
tudo que rodeia a escrita de um texto faz parte de um contexto, ou seja, elementos como: quem
fala; quem escuta; as ideologias empregadas no texto... Então, pode-se dizer que o contexto in-
fluencia a forma como o texto é escrito da mesma forma que o sentido do texto é influenciado
pelo contexto. Observe novamente a tirinha a seguir:
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Agora, sabendo o conceito de texto e contexto. O que você me diz sobre esse exemplo?
Sabendo que o texto deve ser entendido a partir de suas condições de produção, como você
interpreta essa tirinha? Será que interpretaria da mesma forma que o garotinho?
Primeiro, pensemos: Por que essa placa? Será que se ninguém tentasse trocar esse tipo de
roupas ela existiria? Qual a finalidade da placa? Por que ela está presa à parede de uma loja de
roupa e não está em outro lugar? Essas perguntas nos fazem refletir sobre as condições que
fizeram com que o discurso existisse. O contexto em que o texto foi produzido. Essas teorias
voltadas ao estudo do discurso podem ser compreendidas a partir das análises de um impor-
tante estudioso, Michel Foucault.
O discurso para Foucault é um conjunto de enunciados que provém de um mesmo sis-
tema de formação” (CASTRO,2009, p.117). Sendo assim, existe uma multiplicidade de dis-
cursos de diferentes saberes e diversas condições de existência para que ocorram. Em uma
perspectiva foucaultiana, o discurso, embora se materialize por meio da língua, é exterior a
ela, ao passo que, vai além das estruturas linguísticas e busca compreender as condições
para o aparecimento de um enunciado e não outro, ou seja, considera as determinações
histórico-sociais de produção, as quais denunciam a situação social do sujeito, que é consti-
tuído discursivamente por meio de discursos emergentes na sociedade, que são retomados.
Sabe-se que as ideologias são históricas e sociais e se manifestam no discurso, ao enunciar
o sujeito ocupa uma posição ideológica e suas “as escolhas lexicais e seu uso revelam a
presença de ideologias que se opõem, revelando igualmente a presença de diferentes discur-
sos” (Fernandes,2008, p. 13-14).
Portanto, entende-se o sujeito como constituído pela história em meio às relações de sa-
ber-poder, por isso, o sujeito ocupa uma função, materializada por meio do corpo, que se sub-
jetiva sob determinadas condições que se dão na relação com o discurso. Dessa forma, como
explica Fernandes (2012, p.74) “A relação do exterior com a produção do interior: “no homem o
interior é também o exterior”, pode-se constatar que o sujeito é mutável, à medida que, ocupa
diferentes posição-sujeito e sofre transformações constantes em meio ao corpo social.
Entendeu a importância do contexto para o texto e do texto para o contexto? Esses concei-
tos são totalmente interligados.
Agora que já vimos um pouco de texto, um pouco de contexto e um pouco de signos ver-
bais e não verbais, aprofundaremos nossos estudos relacionando-os. Para começar, observe
a imagem abaixo:
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Fonte: https://www.normaculta.com.br/linguagem-lingua-e-fala-qual-a-diferenca/
O que você pensa quando vê uma placa assim? Provavelmente sua resposta foi “trânsito”,
pois essa placa é comum no contexto do trânsito. Essa placa é um exemplo típico de fusão
entre a linguagem verbal e não verbal, a verbal é nítida: as letras brancas em caixa alta “P-A-R-
-E”. Porém, há outros elementos nela: a cor vermelha e o formato octogonal indicam a obriga-
toriedade da sinalização. Como já vimos, a parte verbal existente na placa refere-se à língua,
enquanto que todo o resto refere-se à linguagem.
Essa placa pode ser compreendida por qualquer pessoa que integra uma comunidade so-
cial, pois foi o seu entendimento foi constituído socialmente por meio das relações estabe-
lecidas entre outros sujeitos. Tudo que constitui essa placa comunica por meio de códigos
inerentes ao sistema linguístico. A cor vermelha remete à perigo, alerta, cuidado, por outro
lado, o formato octogonal indica que essa placa pertence a uma regulamentação de trânsito
cuja compreensão deva ser feita até por quem está de costas a ela, ou ponto importante a ser
observado é a caixa alta das letras, essa maneira com que as letras se dispõem também co-
municam, uma vez que apontam para uma atenção, advertência, grito.
Observe outro exemplo:
Fonte: https://www.estudavest.com.br/questoes/?id=86156
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Nesse exemplo, observa-se que, apesar de não existir nenhum sinal gráfico, é possível de-
ferir dessa placa a proibição de fala. Assim, posso concluir que essa placa é um texto? Você
aprendeu que sim, pois texto é toda e qualquer forma capaz de estabelecer comunicação.
Agora, pensando no contexto de comunicação, onde você imagina que essa placa possa ser
utilizada? Em uma festa? No trânsito? Não, né? Essa placa é comum em lugares específicos,
lugares onde ruídos, sons são proibidos, como em uma biblioteca, em uma sala de cinema ou
em uma palestra. O que podemos concluir a partir disso? Podemos concluir que, assim como
na linguagem verbal, a linguagem não verbal apresenta um contexto de comunicação.
Pode-se concluir a partir disso que a linguagem não verbal é toda a comunicação estabele-
cida sem o uso de sinais gráficos. Observe outro exemplo:
Fonte: https://www.infoescola.com/comunicacao/linguagem-verbal-e-nao-verbal/
Você já chegou em um lugar e se deparou com uma pessoa de cara virada? O que você
entende dessa situação? Essa pessoa precisou proferir alguma palavra para que você enten-
desse que você estendesse o humor dela no dia? Não! Porque a linguagem gestual também
comunica, assim como nas carinhas feitas pelo menininho do exemplo. Essa linguagem utiliza
sinais gráficos? A pessoa com quem me encontrei precisou estender uma placa escrito “Es-
tou com raiva”? Essas formas de comunicação não pertencem à língua, sistemas de signos
linguísticos, mas sim à linguagem, tudo aquilo capaz de transmitir mensagem seja de forma
verbal ou não.
Agora que você já sabe tudo sobre linguagem não verbal, fica fácil de compreender a lin-
guagem verbal, pois essa é tudo que aquela não é. É a comunicação feita por meio de signifi-
cantes, a tentativa de representação sonora por sinais gráficos. Essa linguagem é obtida so-
cialmente nas relações estabelecidas nos contextos de comunicação, por isso que passamos
a nos comunicar na língua em que estamos emersos.
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Também é possível a junção dessas duas formas de linguagem, a verbal e a não verbal.
Essa forma é comum em charges, placas de trânsito, tirinhas... Veja um exemplo:
https://www.normaculta.com.br/linguagem-lingua-e-fala-qual-a-diferenca/
Pronto? Então, vamos lá. Quais são as marcas de linguagem verbal? Isso. Os sinais gráfi-
cos pertences à placa, as palavras: PERIGO e LÍGUIDO INFLAMÁVEL.
E, com relação à linguagem não-verbal? São os elementos que mercam essa forma de
comunicação? Todo o restante capaz de estabelecer comunicação: AS CORES FORTES e O
DESENHO DE FOGO.
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https://ola-comoestas.blogspot.com/2014/02/a-rede-social-do-armandinho.html
Resolva:
Marcas de linguagem verbal:
Além da forma mista de linguagem, essa tirinha possui uma espécie de polissemia, lem-
bra? A gente já viu aqui que polissemia é quando uma palavra pode ser interpretada de dife-
rentes formas a depender do contexto de comunicação. Agora, responda: Qual é o contexto de
comunicação da tirinha? Qual outro sentido a palavra “rede social” pode remeter? De acordo
Vou te dar um tempo para pensar. Escreva:
Pronto?
Vamos lá!
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A produção do enunciado “O senhor não pode entrar na nossa rede social! Ela está lotada!”
se dá, de início, pelo sentido literal da palavra “rede”, objeto que se assemelha a uma cama,
de origem indígena, utilizado para deitar, repousar e/ou dormir, tendo em vista a situação (as
crianças sentadas na rede no segundo quadrinho).
Agora, vamos supor que não temos contato com a linguagem visual (linguagem não ver-
bal) da tirinha, tentaremos compreendê-la a partir da linguagem verbal: “O senhor não pode
entrar na nossa rede social! Ela está lotada!”. Qual seria a nossa inferência? Com certeza, a
palavra “rede social” nos remeteria ao outro sentido desse signo, um conjunto de dispositivos
capazes de conectar pessoas ou grupos à distância a partir do sistema de internet. Certo? Ob-
servaremos a seguir outro exemplo de linguagem mista: a charge.
Charge
Fonte: https://escolakids.uol.com.br/portugues/cartum-e-charge.htm
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enquanto que o gênero se qualifica por sua função diante da sociedade, são alguns deles: crô-
nica; conto; piada; tira; charge; reportagem...
Os gêneros textuais comuns em nosso cotidiano, utilizados de diferentes formas nos diver-
sos acontecimentos sociais são constituídos por tipos de textos. Por exemplo, uma carta é um
gênero textual, certo? Ela pode ser constituída por descrição, narrativa...
Veja um exemplo:
Caro, aluno.
Hoje acordei com uma saudade enorme. Então, fui até aquela casinha de madeira que
brincávamos quando crianças. Lembra? Aquela moradia pequena de paredes pintadas com
um verde desbotado e de portas de cor marrom. Agora, estou aqui na minha casa sentindo
falta do tempo que não volta mais e, é claro, de você... Volte logo!
Com prazer,
De seu amigo de infância
Will.
No exemplo acima, podemos observar características básicas do gênero carta como, por
exemplo: local e data; corpo da carta; despedida; assinatura do autor. Mas também, é possível
perceber elementos características de dois tipos textuais: o narrativo e o expositivo. O primeiro
pode aparente com o relato de um acontecimento (a infância do destinatário e do remetente),
o tempo e espaço e, os atributos do segundo podem ser observados na descrição que o autor
da carta faz da casa onde brincava quando criança.
Abaixo, apresento exemplos de outros gêneros textuais, veja:
Crônica
Furto de flor, Carlos Drummond de Andrade
Furtei uma flor daquele jardim. O porteiro do edifício cochilava e eu furtei a flor. Trouxe-a
para casa e coloquei-a no copo com água. Logo senti que ela não estava feliz. O copo destina-
-se a beber, e flor não é para ser bebida.
Passei-a para o vaso, e notei que ela me agradecia, revelando melhor sua delicada composição.
Quantas novidades há numa flor, se a contemplarmos bem. Sendo autor do furto, eu assumira a
obrigação de conservá-la. Renovei a água do vaso, mas a flor empalidecia. Temi por sua vida. Não
adiantava restituí-la ao jardim. Nem apelar para o médico das flores. Eu a furtara, eu a via morrer.
Já murcha, e com a cor particular da morte, peguei-a docemente e fui depositá-la no jardim
onde desabrochara. O porteiro estava atento e repreendeu-me:
– Que ideia a sua, vir jogar lixo de sua casa neste jardim!
Fonte: https://www.culturagenial.com/cronicas-curtas-com-interpretacao/
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Conto
A princesa e a ervilha
Era uma vez um príncipe que viajou pelo mundo inteiro à procura de uma princesa verda-
deira para se casar. Depois de muitos meses a viajar de país em país, voltou para o seu reino,
muito triste e abatido pois não tinha conseguido encontrar quem se tornaria sua mulher.
Numa noite fria e escura de inverno, quando o príncipe já pensava ser impossível se casar,
houve uma terrível tempestade. No meio da tempestade, alguém bateu à porta do castelo. O
velho rei intrigado foi abrir a porta. Qual não foi a sua surpresa ao ver uma bela menina com-
pletamente molhada da cabeça aos pés.
A menina disse:
— Poderei passar a noite aqui no seu castelo, senhor? Fui surpreendida pela tempestade
enquanto viaja já de volta para o meu reino. Estou com fome e frio e não tenho onde ficar…
O rei desconfiado perguntou:
— Sois uma princesa?
A princesa respondeu timidamente:
–Sim, senhor.
— Então entrai, pois seria imperdoável da minha parte deixar-vos lá fora numa noite
como esta!
Respondeu o rei, não muito convencido de se tratar mesmo de uma princesa.
Enquanto a princesa se secava e mudava de roupa, o rei informou a rainha daquela visita
inesperada. A rainha pôs-se a pensar e, com um sorriso matreiro, disse:
— Vamos já descobrir se se trata de uma verdadeira princesa ou não…
A rainha subiu ao quarto de hóspedes onde ia ficar a princesa e, sem ninguém ver, tirou a
roupa de cama e colocou por baixo do colchão uma ervilha. De seguida colocou por cima da
cama mais vinte colchões e edredons e, finalmente, a roupa de cama.
Então, desceu a escadaria e dirigiu-se à princesa, apresentando-se, e dizendo amavelmente:
— Já pode subir e descansar. Amanhã falaremos com mais calma sobre o seu reino…
A princesa subiu e deitou-se naquela cama estranha que mais parecia uma montanha! Na
manhã seguinte, a princesa desceu para tomar o pequeno almoço. O rei e a rainha já estavam
sentados à mesa. A princesa saudou os reis e sentou-se. Então a rainha perguntou:
— Como passou a noite, princesa?
A princesa respondeu:
— Oh, a verdade é que não consegui dormir nada naquela cama tão incômoda… senti algu-
ma coisa no colchão que me incomodou toda a noite e deixou o meu corpo todo dorido!
A rainha levantou-se e disse a todos:
— Só uma verdadeira princesa com uma pele tão sensível e delicada é capaz de sentir o
incômodo de uma ervilha através de vinte colchões e edredons.
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A rainha apresentou a princesa ao seu filho. Ele, mal a viu, ficou logo perdido de amores.
Com a convivência no castelo, um se encantou pelo outro e o príncipe pode se casar com uma
princesa de verdade!
Fonte: https://beduka.com/blog/materias/literatura/o-que-sao-contos/
Piada
Na manhã de seu aniversário, uma mulher disse ao marido:
— Sonhei que você me dava um colar de diamantes. O que acha que isso significa?
— Talvez você descubra hoje à noite, respondeu ele.
Naquela noite, o homem chegou em casa com um pequeno pacote e o entregou à mulher.
Ela rasgou o papel de embrulho, ansiosa, e encontrou um livro: O significado dos sonhos.
Fonte: https://www.dicionariopopular.com/piadas-curtas-engracadas/
Tira
Fonte: https://ponte.org/me-senti-intimidado-diz-alexandre-beck-autor-de-tirinha-que-incomodou-a-pm/
Charge
Fonte: https://www.otempo.com.br/charges/charge-o-tempo-22-03-2022-1.2638308
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Reportagem
Fonte: https://www.coladaweb.com/como-fazer/reportagem
A LINGUAGEM E A CIÊNCIA
O renascimento foi um importante movimento histórico-social criado no século XVI, que
visava a volta dos ideais clássicos e o rompimento com a concepção teocêntrica da Idade
Média. Essa nova abordagem, ou melhor, essa reaparição da era clássica primava pela volta
do racionalismo, do cientificismo, do individualismo, do antropocentrismo, uma vez que todas
essas movimentações foram cessadas pelas noções medievais. Assim, os quase mil anos de
negacionismo deram lugar a diferentes autores e produções. Na esfera artística, autores como
Leonardo da Vinci e Michelangelo e suas obras A Mona Lisa e A criação de Adão, respectiva-
mente, são de enorme sucesso até hoje. Observe-as:
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O Renascimento científico também foi marcado por grandes descobertas: O polonês Nico-
lau Copérnico, responsável pela negação à teoria da igreja que afirmava a localização do plane-
ta Terra no centro do universo, desenvolveu a tese de que a Terra é apenas um dos diferentes
planetas que giram em torno do Sol. Outro importante estudioso é Galileu Galilei, descobridor
dos anéis de Saturno e dos satélites de Júpiter.
A partir do Renascimento, iniciou-se a era moderna cujas concepções científicas só estavam
começando. No campo linguístico, os estudos iniciados na antiguidade clássica foram retomados,
porém, até então, a linguística, não reconhecida como ciência autônoma, estava inserida em outras
ciências, como a Psicologia e a Filosofia. Foi apenas em 1916, com a publicação do livro Curso de
Linguística Geral de Ferdinand Saussure, que a Linguística passa a ser compreendida como ciên-
cia autônoma capaz de estudar seu próprio objeto de pesquisa, a língua. Desde então, diferentes
estudos voltados ao estudo do sistema linguístico foram desencadeados, como o Gerativismo de
Chomsky e a Análise do Discurso com diferentes autores, dentre eles, Michel Foucault.
Michel Foucault, a partir dos anos 1960, passou a compreender o discurso em uma pers-
pectiva arqueológica, a qual visa a compreensão de enunciados discursivos a partir de seu
entendimento como acontecimento. Como explica Fernandes (2012, p. 21) a noção de arquivo
deve ser entendida como “o conjunto de acontecimentos que ocorreram um dia, mas conti-
nuam a funcionar, a se transformar através da história, possibilitando o surgimento de outros
discursos”, ou seja, trata-se da possibilita de atualização e/ou modificação de um já-dito em
um momento anterior ao aparecimento do novo enunciado.
Com base nisso, a arqueologia Foucaultiana tem como objetivo analisar a regularidade dos
discursos em sua dispersão na história, visto que, os enunciados sempre retomam um já-dito,
atualizando-o a partir das condições singulares em que são produzidos. Portanto, a concep-
ção arqueológica busca responder a seguinte pergunta: “O que o sujeito diz no que está dito?”
(FERNANDES, 2012, p.23), considerando o saber como um produto histórico que fornece con-
dições de possibilidades para a produção de um enunciado.
A partir dos anos 1950, passou-se a considerar o conceito de subjetividade em detrimento da
noção de identidade, em vista da mutabilidade marcada pela sociedade contemporânea. Assim,
o homem deixa de ser pensado por sua estabilidade e considerado a partir de suas constantes
mutações. Essa instabilidade inerente ao sujeito é observada, na medida em que, esse é entendi-
do como produto de uma esfera social, notada por sua heterogeneidade dada pela complexidade
que se materializa nas relações sociais. Com vistas a isso, Michel Foucault compreende que:
É no social que se definem as posições-sujeito, não fixas, marcadas por mutabilidade, e a análise de
discursos deve fazer aparecer esses elementos e explicitar suas formações e transformações histó-
ricas, e também suas implicações e/ou determinações na produção de subjetividade. Não se trata,
seguramente, de pontos fixos característicos dos sujeitos, trata-se de movência, de deslocamentos
e transformações constantes na constituição dos sujeitos e na produção da subjetividade pelos
discursos (FERNANDES, 2012, p.74).
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Com base nisso, aponta-se para duas dimensões de subjetivação, o produto e o processo,
esse último diz respeito às constantes mutações que o corpo do sujeito é passível a enfren-
tar e, a primeira diz respeito às suas características identitárias que o compreende como um
produto acabado e singular. Assim, pode-se constatar a importância da interação social para a
constituição de subjetividade, uma vez que, o sujeito se constitui a partir da “relação do exterior
com a produção do interior” (FERNANDES, 2012, p. 74). Sendo a meio social responsável pela
construção interna do sujeito, como é explicado em:
Conclusão
O falante de Língua Portuguesa possui a habilidade de formular enunciações para expres-
são de ideias de acordo com as suas necessidades comunicativas, o seu domínio sobre as
estruturas léxico-gramaticais torna-se muitas vezes insuficiente em condições específicas de
utilização do sistema linguístico, em que se exige uma competência mais ampla no uso de
regras gramaticais que norteiam o seu funcionamento. A partir dessa concepção, as questões
de reescrita textual em provas de concursos públicos, que visam avaliar a capacidade do can-
didato em reformular enunciações com vistas a preservar o sentido e a correção gramatical
de um enunciado original, demanda o emprego de recursos linguísticos diversos, responsáveis
pela articulação do texto.
Essa competência discursiva dá-se também pelo domínio de recursos sintáticos, visto que
o campo da Sintaxe discute a relação e a ordem das palavras no eixo sintagmático da língua,
em que são feitas combinatórias léxico-gramaticais de acordo com a pretensão do/a falante.
A intenção de quem escreve um texto, em termos dos efeitos de sentidos pretendidos, pode
ser preservada através de múltiplas possibilidades, em que o falante tem a oportunidade de
enunciar uma mesma ideia de diferentes maneiras por meio da (re)ordenação de elementos
linguísticos presentes em seu eixo sintagmático e da aplicação de conectivos coesivos im-
prescindíveis para estabelecer a ligação entre os elementos constituintes do enunciado.
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Presidência da República. Manual de redação da Presidência da República. 3. ed. rev.
e atual. Brasília, 2018.
CHOMSKY, Noam. Estruturas sintáticas. Trad. Gabriel de Ávila Othero e Sérgio de Moura Menu-
zzi. Petrópolis, RJ: Vozes, 2018.
HENRIQUES, Claudio Cezar. Língua Portuguesa: morfossintaxe. Curitiba, PR: IESDE Brasil, 2009.
SAUSSURE, Ferdinand. (Org.). Curso de linguística geral. Charles Bally. Issac Nicolau Salum;
trad. Antônio Chelini, José Paulo Paes, Izidoro Blikstein. 27. Ed. São Paulo: Cultrix, 2006.
MASCARENHAS, Felipe Truccolo; STURM, Ingrid Nancy. A Língua Portuguesa nos concursos
públicos, 2014.
NASCIMENTO, Elvira Lopes. O estudo da Sintaxe. In: NASCIMENTO, Elvira Lopes. Língua Portu-
guesa VI: concordância e regência. Curitiba: IESDE BRASIL S.A, 2009, p. 51-67.
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EXERCÍCIOS
Observe o texto a seguir para responder as questões:
“No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu,
e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia
emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaber-
ta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua
a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem
caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a
minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e
não caí nenhuma vez.
Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono da livraria era tranquilo e
diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração baten-
do. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia
seguinte. Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do “dia seguinte” com ela
ia se repetir com meu coração batendo.
E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo indefinido, enquanto o fel
não escorresse todo de seu corpo grosso. Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera
para eu sofrer, às vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se quem
quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra.
Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. Às vezes ela dizia: pois
o livro esteve comigo ontem de tarde, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei
a outra menina. E eu, que não era dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando sob os meus
olhos espantados.
Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua re-
cusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina
à porta de sua casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa, entre-
cortada de palavras pouco elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho o fato de
não estar entendendo. Até que essa mãe boa entendeu. Voltou-se para a filha e com enorme
surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler!”
(Trecho do conto Felicidade clandestina, de Clarice Lispector).
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acedia ao meu sonho intenso de ser uma moça – eu mal podia esperar pela saída de uma
infância vulnerável – e pintava minha boca de batom bem forte, passando também ruge nas
minhas faces. Então eu me sentia bonita e feminina, eu escapava da meninice.
Mas houve um carnaval diferente dos outros. Tão milagroso que eu não conseguia acreditar
que tanto me fosse dado, eu, que já aprendera a pedir pouco. É que a mãe de uma amiga minha
resolvera fantasiar a filha e o nome da fantasia era no figurino Rosa. Para isso comprara folhas
e folhas de papel crepom cor-de-rosa, com as quais, suponho, pretendia imitar as pétalas de
uma flor. Boquiaberta, eu assistia pouco a pouco à fantasia tomando forma e se criando. Em-
bora de pétalas o papel crepom nem de longe lembrasse, eu pensava seriamente que era uma
das fantasias mais belas que jamais vira.
(Trecho do conto Restos de Carnaval, de Clarice Lispector).
006. (INÉDITA/2022) O contexto em que o texto foi produzido reflete na história da se-
guinte forma:
a) A alegria de carnaval demonstra um contraste com a vida da garotinha da história, que é triste.
b) A alegria de carnaval se compara com a vida da garotinha, pois trata-se de uma vida feliz e
equilibrada
c) A tristeza do carnaval não se compara com a vida da garotinha, que é contente.
d) A tristeza do carnaval demonstra um contraste com a vida da garotinha da história, que é feliz.
e) Nenhuma das alternativas.
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015. (INÉDITA/2022) Assinale a alternativa correta sobre a sentença: “Texto é qualquer estru-
tura que constitua comunicação”.
a) Está errada. Pois para ser considerado texto, é preciso que haja palavras.
b) Está correta. Pois o texto é tudo que comunica por meio de palavras.
c) Está correta. Pois texto é tudo que comunica seja de forma verbal ou não.
d) Está errada. Texto é uma estrutura com palavras.
e) Nenhuma das alternativas.
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Veja a tirinha:
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Observe a tirinha:
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026. (INÉDITA/2022) Marque a alternativa que apresenta todos os recursos linguísticos em-
pregados na tirinha:
a) Somente linguagem não verbal
b) Linguagem verbal
c) Recursos visuais, gestuais e palavras escritas.
d) Recursos visuais e gestuais.
e) Nenhuma das alternativas.
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030. (INÉDITA/2022) Acerca das condições de produção de um enunciado a partir de seu con-
texto e sobre os estudos da linguística enquanto ciência. Marque a alternativa que demonstra
a correta explicação dessa temática.
a) É um estudo foi marcado por grandes descobertas: O polonês Nicolau Copérnico, respon-
sável pela negação à teoria da igreja que afirmava a localização do planeta Terra no centro do
universo, desenvolveu a tese de que a Terra é apenas um dos diferentes planetas que giram
em torno do Sol.
b) Estudo realizado por Chomsky, explica que cada falante de uma língua é explicada pela con-
cepção de gramaticalidade, que se refere à habilidade de produzir sentenças aceitáveis a um
corpo social por meio de um conhecimento implícito, cujas noções linguísticas partem de uma
gramática internalizada, a qual não se confunde com a normativa.
c) Chomsky explica o membro de uma comunidade linguística dispõe de dois componentes
indispensáveis para a comunicação: a competência e o desempenho, ou seja, todo o conheci-
mento que o falante tem acerca de sua língua e o modo como faz uso dele, respectivamente.
d) Com base nisso, a arqueologia Foucaultiana tem como objetivo analisar a regularidade dos
discursos em sua dispersão na história, visto que, os enunciados sempre retomam um já-dito,
atualizando-o a partir das condições singulares em que são produzidos.
e) Nenhuma das alternativas
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GABARITO
1. b
2. a
3. b
4. c
5. a
6. a
7. b
8. a
9. c
10. b
11. b
12. c
13. d
14. a
15. c
16. a
17. c
18. a
19. d
20. a
21. c
22. a
23. b
24. a
25. a
26. c
27. e
28. c
29. a
30. d
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GABARITO COMENTADO
Observe o texto a seguir para responder as questões:
“No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu,
e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia
emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaber-
ta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua
a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem
caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a
minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e
não caí nenhuma vez.
Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono da livraria era tranquilo e
diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração baten-
do. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia
seguinte. Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do “dia seguinte” com ela
ia se repetir com meu coração batendo.
E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo indefinido, enquanto o fel
não escorresse todo de seu corpo grosso. Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera
para eu sofrer, às vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se quem
quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra.
Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. Às vezes ela dizia: pois
o livro esteve comigo ontem de tarde, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei
a outra menina. E eu, que não era dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando sob os meus
olhos espantados.
Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua re-
cusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina
à porta de sua casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa, entre-
cortada de palavras pouco elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho o fato de
não estar entendendo. Até que essa mãe boa entendeu. Voltou-se para a filha e com enorme
surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler!”
(Trecho do conto Felicidade clandestina, de Clarice Lispector).
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Alternativa correta letra B, pois apesar de apresentar prestígios de descrição, o texto de Clarice
Lispector “Felicidade Clandestina” tem predominância da tipologia narrativa, com enredo, tem-
po, espaço e personagens.
Letra b.
Alternativa correta letra A. A obra “Felicidade Clandestina” é um conto, pois trata-se de uma
história curto que gira em curto de um único clímax e acontecimento.
Letra a.
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c) que a garota estava mentindo, pois, de forma maldosa, queria intensificar a vontade da ga-
rota de ler o livro.
d) que a garota estava mentindo, pois estava lendo o livro e não queria emprestá-lo.
e) Nenhuma das alternativas.
A alternativa correta é a letra A. As características do conto são: narrativa curta com poucos
personagens, tempo e espaço, com introdução, desenvolvimento e conclusão e clímax único.
Letra a.
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006. (INÉDITA/2022) O contexto em que o texto foi produzido reflete na história da se-
guinte forma:
a) A alegria de carnaval demonstra um contraste com a vida da garotinha da história, que é triste.
b) A alegria de carnaval se compara com a vida da garotinha, pois trata-se de uma vida feliz e
equilibrada
c) A tristeza do carnaval não se compara com a vida da garotinha, que é contente.
d) A tristeza do carnaval demonstra um contraste com a vida da garotinha da história, que é feliz.
e) Nenhuma das alternativas.
A alternativa correta é a letra A. Pois a história conta a triste realidade da garotinha que sofre
com problemas familiares e financeiros.
Letra a.
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d) Sentimentos felizes, pois, apesar de sua mãe estar doente, a época de carnaval se sobressaia.
e) Nenhuma das alternativas.
A alternativa certe é a letra A. A história do conto Resto de Carnaval apresenta uma contradição
entre os sentimentos intensos na vida de Clarice Lispector: a felicidade de estar passando por
sua época favorita, o carnaval. E a triste pelo agravamento do estado de saúde de sua mãe.
Letra a.
Alternativa correta é a letra C. Restos de Carnaval é um conto, pois trata-se de uma história
curto que gira em curto de um único clímax e acontecimento.
Letra c.
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A alternativa correta é a letra B. Pois, apesar de não apresentar linguagem verbal, a tirinha
transmite uma ideia.
Letra b.
A alternativa correta é a letra C, pois tudo que comunica sem a presença de palavras é consi-
derado linguagem não verbal.
Letra c.
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A alternativa correta é a letra D. Pois tudo capaz de transmitir uma mensagem seja de forma
verbal ou não verbal é comunicação.
Letra d.
015. (INÉDITA/2022) Assinale a alternativa correta sobre a sentença: “Texto é qualquer estru-
tura que constitua comunicação”.
a) Está errada. Pois para ser considerado texto, é preciso que haja palavras.
b) Está correta. Pois o texto é tudo que comunica por meio de palavras.
c) Está correta. Pois texto é tudo que comunica seja de forma verbal ou não.
d) Está errada. Texto é uma estrutura com palavras.
e) Nenhuma das alternativas.
Alternativa certa é a letra C. Texto é tudo aquilo que apresente sentido completo
Letra c.
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Veja a tirinha:
A alternativa correta é a letra C, pois é uma afirmação errada acerca do entendimento da tirinha.
Letra c.
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a) Recursos visuais.
b) Palavras escritas
c) Palavras faladas
d) Recursos orais
e) Nenhuma das alternativas
A alternativa correta é a letra A, pois é a única opção que apresenta a forma correta de com-
preensão da tirinha.
Letra a.
Observe a tirinha:
A alternativa incorreta é a letra D, pois a questão pede a única alternativa que não condiz com
os recursos linguísticos empregados na charge.
Letra d.
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Veja a tirinha:
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A alternativa correta é a letra C. Depreende-se da tirinha que a mulher não gostou da linguagem
empregada pelo homem no segundo quadrinho. A linguagem utilizada pelo homem assus-
tei a mulher.
Letra c.
A alternativa correta é a letra B, pois a questão pediu a única alternativa que não condiz com a
linguagem da tirinha.
Letra b.
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026. (INÉDITA/2022) Marque a alternativa que apresenta todos os recursos linguísticos em-
pregados na tirinha:
a) Somente linguagem não verbal
b) Linguagem verbal
c) Recursos visuais, gestuais e palavras escritas.
d) Recursos visuais e gestuais.
e) Nenhuma das alternativas.
A alternativa correta é a letra C, pois se trata da opção que melhor engloba os recursos que
comunicam na tirinha.
Letra c.
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A alternativa correta é a letra A. “A língua não se confunde com a linguagem, é somente uma
parte determinada, essencial dela, indubitavelmente. É ao mesmo tempo um produto social
da faculdade de linguagem e um conjunto de convenções necessárias, adotadas pelo corpo
social para permitir o exercício dessa faculdade nos indivíduos” (SAUSSURE, 2006, p. 17).
Letra a.
030. (INÉDITA/2022) Acerca das condições de produção de um enunciado a partir de seu con-
texto e sobre os estudos da linguística enquanto ciência. Marque a alternativa que demonstra
a correta explicação dessa temática.
a) É um estudo foi marcado por grandes descobertas: O polonês Nicolau Copérnico, respon-
sável pela negação à teoria da igreja que afirmava a localização do planeta Terra no centro do
universo, desenvolveu a tese de que a Terra é apenas um dos diferentes planetas que giram
em torno do Sol.
b) Estudo realizado por Chomsky, explica que cada falante de uma língua é explicada pela con-
cepção de gramaticalidade, que se refere à habilidade de produzir sentenças aceitáveis a um
corpo social por meio de um conhecimento implícito, cujas noções linguísticas partem de uma
gramática internalizada, a qual não se confunde com a normativa.
c) Chomsky explica o membro de uma comunidade linguística dispõe de dois componentes
indispensáveis para a comunicação: a competência e o desempenho, ou seja, todo o conheci-
mento que o falante tem acerca de sua língua e o modo como faz uso dele, respectivamente.
d) Com base nisso, a arqueologia Foucaultiana tem como objetivo analisar a regularidade dos
discursos em sua dispersão na história, visto que, os enunciados sempre retomam um já-dito,
atualizando-o a partir das condições singulares em que são produzidos.
e) Nenhuma das alternativas
Alternativa correta letra D. O estudo científico das condições de produção de enunciados in-
fluenciados pelo contexto é feito por Michel Foucault, e outras grandes estudiosos, por meio
da análise do discurso.
Letra d.
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Professor da SEDF. Professor de cursos para concursos e da rede privada. Formado em Letras – Português
com especialização em alfabetização e letramento.
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