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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

CAMPUS DE RIBEIRÃO PRETO


CURSO DE PSICOLOGIA
PERÍODO: MATUTINO

RELATÓRIO PARCIAL DAS ATIVIDADE DO


LABORATÓRIO DA DISCIPLINA ANÁLISE
EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO

Carolini Firmino – N72336-7 – PS3B18


Marina Carlos Tostes – G4851D-4 – PS3A18

Relatório entregue como parte das


atividades de avaliação da disciplina
Análise Experimental do
Comportamento, ministrada pela Profa.
Dra. Marta Regina Gonçalves Correia
Zanini, no curso de Psicologia, durante os
meses de fevereiro a março de 2023.

Ribeirão Preto / SP
Abril/2023

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ........................................................................ p. 3
Objetivo . ........................................................................ p. 4
DESENVOLVIMENTO ......................................................................... p. 5
Nível Operante ........................................................................ p. 5
Treino ao Comedouro ........................................................................ p. 7
Reforçamento Contínuo ........................................................................ p. 8
CONSIDERAÇÕES ........................................................................ p. 11
FINAIS
REFERÊNCIAS ........................................................................ p. 12
ANEXOS ........................................................................ p. 13

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INTRODUÇÃO
A análise do comportamento deriva da abordagem behaviorista de Skinner por
razões históricas. Skinner parte da observação de que há ordem e regularidade no
comportamento e o estudo científico do comportamento melhora e completa essa
experiência comum, porque revela cada vez mais conexões entre circunstâncias e ações,
assim mostrando as conexões com mais precisão. Quando Skinner definiu o programa de
trabalho para o desenvolvimento da ciência comportamental, ele viu a análise
experimental do comportamento como parte desse empreendimento. Para ele, o material
a ser analisado vem de várias fontes, das quais a análise experimental do comportamento
é apenas uma delas.
Portanto, não faz sentido discutir a análise experimental do comportamento sem
discutir a análise do comportamento. Na análise experimental do comportamento,
procuram-se relações funcionais entre variáveis, controlam-se as condições
experimentais (variáveis contextuais segundo Staddon, 1973), manipulam-se variáveis
independentes (mudanças no ambiente) e observam-se efeitos sobre variáveis
dependentes (mudanças comportamentais). Em linhas gerais, a Análise Experimental do
Comportamento é a prática em testes e ciência da abordagem psicológica Análise do
Comportamento que tem por base a filosofia do Behaviorismo Radical.
Assim, para comprovar seu conceito, Skinner criou uma câmara de
condicionamento operante, onde é usada para estudar o comportamento animal. A Caixa
de Skinner, como ficou conhecida permite que os pesquisadores estudem o
comportamento animal e a resposta ao condicionamento. Eles fazem isso ensinando o
animal a realizar certas ações (como pressionar uma alavanca) em resposta a certos
estímulos. Quando a ação correta é realizada, o animal recebe apoio positivo na forma de
comida ou outra recompensa. Atualmente com os avanços tecnológicos, a experiência é
feita com um programa virtual chamado Sniffy Pro 2.0.

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Objetivo
A finalidade da disciplina Análise Experimental do Comportamento em suas aulas
práticas é mostrar que, como um rato real, Sniffy pressiona periodicamente a barra na
câmara operante antes mesmo de ser treinado para isso. Então, quando você treina Sniffy
para empurrar a barra, você não o está ensinando a fazer algo que ele não podia fazer
antes, e sim apenas amplificou a frequência da ação. Para treinar Sniffy a pressionar a
barra, é necessário dar a ele comida toda vez que a mesma era pressionada, mas não é um
processo simples de apenas configurar a câmara operante, é necessário usar o reforço
positivo para treinar Sniffy de forma eficaz.
O problema com a comida como reforçador nessa situação é que, mesmo que a
pelota de comida caia na tigela assim que Sniffy pressionar a barra, a comida pode não
ter efeito até que Sniffy a encontre, e ele pode não encontrá-la imediatamente. Para
simplificar, o alimentador da câmara operante emite um som mecânico quando comida é
despachada, assim, transformamos esse som, que não possui poder intrínseco como
reforçador, em um reforçador secundário ou estímulo condicionado ao combinar o som
com a apresentação de comida, de um modo que leve Sniffy a associar o som com o
alimento.

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DESENVOLVIMENTO

NÍVEL OPERANTE
O conceito de nível operante é baseado na relação entre a categoria de resposta e
a categoria de estímulo. Assim, a categoria de estímulo que determina o nível desse
comportamento reforça a categoria de resposta, ou seja, Sniffy tentou obter uma base
comportamental. O propósito é que ele emita mais ações de farejar, limpar-se e levantar-
se (comportamentos reflexos) do que comportamentos como tocar ou apertar a barra que
ainda não foi ensinado.
Sobre a observação:
Nível Operante (Linha de Base)
Data da sessão: 06/03/2023
Horário de Início: 10:29
Horário de Finalização: 10:44
Duração em minutos: 15 minutos
Alunos que realizaram o procedimento no dia:
1. Carolini Firmino
2. Marina Tostes
3
Dificuldades encontradas durante o procedimento:
Houve uma dificuldade de padronização dos comportamentos do Sniffy, uma vez que
os comportamentos reflexos eram muito maiores do que os condicionados.

Descritivas
Comportamento Menor Taxa Maior Taxa Valor da taxa
acumulada
Pressionar a barra 0 1 4
Levantar 1 6 45
Limpar-se 3 9 85
Farejar 4 9 94

Gráficos:
A Figura 1 apresenta a frequência de respostas registradas de Pressionar a Barra,
Farejar, Levantar e Limpar-se no Nível Operante.

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FREQUÊNCIA DE RESPOSTAS
REGISTRADA NO NÍVEL OPERANTE
Pressionar Barra Farejar Levantar Limpar-se

10
Frequencia de respostas

0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Minutos

Figura 1 - Frequência de respostas registradas de Pressionar a Barra, Farejar,


Levantar e Limpar-se no Nível Operante

Fonte: Própria autoria (Ribeirão Preto, 2023)

A Figura 2 apresenta a taxa acumulada de respostas registradas de Pressionar a


Barra, Farejar, Levantar e Limpar-se no Nível Operante.

TAXA ACUMULADA DE RESPOSTAS


NO NÍVEL OPERANTES
94

85
TAXA DE RESPOSTA ACUMULADA

45
4

PRESSIONAR FAREJAR LEVANTAR LIMPAR-SE


BARRA
COMPORTAMENTOS OBSERVADOS

Figura 2 - Frequência acumulada de respostas registradas de Pressionar a B


arra, Farejar, Levantar e Limpar-se no Nível Operante

Fonte: Própria autoria (Ribeirão Preto, 2023)

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TREINO AO COMEDOURO
O objetivo do treino ao comedouro é fazer com que Sniffy se aproxime do
alimentador quando ouvir seu ruído de atividade. Ao encontrar alimento cada vez que o
comedouro funcionar, fará com que aos poucos a frequência de respostas inatas seja
reduzida e ele comece a aproximar-se do comedouro ao ouvir o ruído. Assim, Sniffy
aprende que apertar o botão emite um barulho que indica a disponibilidade de comida.
Sobre a observação:
Treino ao Comedouro
Data da sessão: 13/03/2023
Horário de Início: 10:47
Horário de Finalização: 11:03
Duração em minutos: 16 minutos
Alunos que realizaram o procedimento no dia:
1. Carolini Firmino
2. Marina Tostes

Dificuldades encontradas durante o procedimento:


Houve dificuldades de manter o Sniffy por perto do comedouro assim como fazê-lo
associar o som da barra ao alimento.

Descritivas
143 pelotas liberadas.

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ESQUEMA DE REFORÇAMENTO CONTÍNUO (CRF)
O reforço contínuo (CRF) ocorre após um novo comportamento aprendido,
definido como uma situação em que uma resposta é sempre seguida por um reforçador.
Essa é uma forma de reforçar o comportamento desejado, observando ao final da sessão
que Sniffy pressiona a barra com mais frequência do que no início da tentativa.
Já a modelagem é definida como um aprendizado gradual no qual o
comportamento da resposta é gradualmente modificado por meio de reforço diferencial.
Esse processo é realizado por aproximações sucessivas de uma resposta objetiva e pode
ser desenvolvido aleatoriamente no decorrer dos acontecimentos diários ou como um
procedimento desenvolvido por um analista do comportamento
Sobre a observação:
Esquema de Reforçamento Contínuo
Data da sessão: 20/03/2023 e 27/03/2023
Horário de Início: 10:39 e 10:28
Horário de Finalização: 11:23 e 11:06
Duração em minutos: 44 minutos e 38 minutos; total: 82 minutos
Alunos que realizaram o procedimento no dia:
1. Carolini Firmino
2. Marina Tostes
3
Dificuldades encontradas durante o procedimento:
Houve a dificuldade de extinguir o comportamento de levantar-se, uma vez que o
mesmo foi associado ao ganho de comida.

Descritivas
Comportamento Menor Taxa Maior Taxa Valor da taxa
acumulada
Pressionar a barra 0 20 735
Levantar 1 16 553
Limpar-se 0 7 139
Farejar 0 13 383

Gráficos:
A Figura 3 apresenta a distribuição frequência de respostas registradas de
Pressionar a Barra, Farejar, Levantar e Limpar-se no Esquema de Reforçamento Contínuo
(CRF) em blocos de 15 minutos de duração.

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FREQUÊNCIA DE RESPOSTAS DO
SNIFFY DURANTE O TREINO CRF
Pressionar a Barra Farejar Levantar Limpar-se

200
TAXA DE RESPOSTAS ACUMULADAS

150

100

50

0
15 30 45 60 75 90 105 120
MINUTOS

Figura 3 - Frequência de respostas registradas de Pressionar a Barra, Farejar,


Levantar e Limpar-se no CRF, em blocos de 15 minutos

Fonte: Própria autoria (Ribeirão Preto, 2023)

COMPARAÇÃO DO COMPORTAMENTO DE PRESSIONAR NO NÍVEL


OPERANTE E CRF
Para realização da comparação do comportamento-alvo para o Sniffy, que é o de
“Pressionar a Barra”, foram utilizados os registros minuto a minuto do Nível Operante e
os 15 minutos finais do CRF.

Gráficos:

A Figura 4 apresenta a distribuição frequência de respostas registradas de


Pressionar a Barra, Farejar, Levantar e Limpar-se no Esquema de Reforçamento Contínuo
(CRF) em blocos de 15 minutos de duração.

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REGISTRO DA RESPOSTA DE
PRESSIONAR A BARRA NO NÍVEL
OPERANTE E CRF
Pressionar Barra Nível Operante Pressionar Barra CRF

15
FREQUENCIA DE RESPOSTA

10

0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
15 MINUTOS FINAIS

Figura 4 - Frequência de respostas registradas de Pressionar a Barra nos 15


minutos do Nível Operante e dos 15 minutos Finais do CRF

Fonte: Própria autoria (Ribeirão Preto, 2023)

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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente relatório tem como objetivo apresentar o processo de treino virtual do
comportamento de pressionar a barra, através do uso do Programa Sniffy Pro versão 2.0.
Com base no desenvolvimento das atividades acredita-se que o objetivo foi atingido.
No entanto, vale tecer algumas considerações. Uma delas, relacionada a
dificuldade de relacionar o que foi aprendido durante a construção do comportamento do
Sniffy de pressionar a barra, uma vez que no programa o comportamento era previsível,
diferente se fosse um animal, com o qual aprenderíamos a como nos portar com um
comportamento inesperado. Assim, a relação com o programa é tida, muitas vezes, como
uma separadora de certas experiências com o real contato bio-sócio-psíquico.
Em contrapartida, o programa Sniffy Pro – 2.0 oferece uma forma acessível e
humanizada de nos proporcionar um acesso prático e rápido aos princípios do
behaviorismo radical, bem como os fenômenos do condicionamento operante e reflexo.
Segundo os criadores do programa, Sniffy seria atraente em recursos financeiros, uma
vez que seu custo é mais baixo, pela facilidade de manuseio e a permissão de economia
de tempo.
Dito isto, houve um grande aprendizado durante o processo de condicionamento
do programa Sniffy Pro 2.0, onde os alunos verificaram na prática como os conceitos
operantes de Skinner atuam sobre o indivíduo. Apesar do distanciamento de uma prática
com seres vivos, o programa oferece uma simulação próxima e adequada em termos de
aprendizagem e tecnologia. Tangente ao aprendizado, finalizo este presente relatório com
uma citação de Burrhus Frederic Skinner, onde o mesmo diz: “Não considere nenhuma
prática como imutável. Mude e esteja pronto a mudar novamente. Não aceite verdade
eterna. Experimente.” (Skinner, 1969, p.VIII).

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REFERÊNCIAS

ALLOWAY, T.; WILSON, G.; GRAHAM, J.; KRAMES, L. Sniffy, o rato virtual:
versão pro 2.0. São Paulo: Thomson Learning, 2006
Todorov, João Claudio e Hanna, Elenice S.. Análise do comportamento no Brasil.
Psicologia: Teoria e Pesquisa [online]. 2010, v. 26, n. spe [Acessado 1 Abril 2023], pp.
143-153. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0102-37722010000500013>. Epub
13 Dez 2010. ISSN 1806-3446. https://doi.org/10.1590/S0102-37722010000500013.
Caixa de Skinner. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Caixa_de_Skinner>.
Acesso em: 1 abr. 2023.
LOPES DE SOUZA, A.; UMENO, M.; BEARARE, K. Programa virtual Sniffy como
recurso de ensino na graduação Sniffy virtual program as an undergraduate teaching
resource. [s.l: s.n.]. Disponível em: <https://unisalesiano.com.br/aracatuba/wp-
content/uploads/2020/12/Artigo-Programa-virtual-Sniffy-como-recurso-de-ensino-na-
graduacao-Pronto.pdf>.
DRA, O.; FABIOLA, A.; SERPA. UTILIZAÇÃO DO PROGRAMA SNIFFY PRO X
LABORATÓRIO DIDÁTICO COM ANIMAIS VIVOS: COMPARAÇÃO DOS
RELATOS DE ESTUDANTES ZICARDI, Érika1; CLEMENTINO, Anna Clara2. [s.l:
s.n.]. Disponível em: <https://frjaltosanto.edu.br/labs/snyffy/artigos/comparativo-labs-
sniffy.pdf>. Acesso em: 2 abr. 2023.
Tomanari, Gerson Yukio e Eckerman, David Alan. O rato Sniffy vai à escola.
Psicologia: Teoria e Pesquisa [online]. 2003, v. 19, n. 2 [Acessado 2 Abril 2023], pp. 159-
164. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0102-37722003000200008>. Epub
03 Out 2003. ISSN 1806-3446. https://doi.org/10.1590/S0102-37722003000200008.

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ANEXOS

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