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Reconhecer o papel da Revolução Francesa na expansão das ideias liberais.

A Revolução Francesa foi olhada pelos contemporâneos como um acontecimento excepcional.


As suas ideias ecoaram por toda a Europa. Foi alvo da mais entusiástica adesão por parte dos
liberais, que a consideraram um modelo a seguir, ao mesmo tempo que foi objecto da mais
violenta rejeição, da parte dos conservadores, que receavam o seu efeito de contágio.

Quando, em 1792, a França iniciou a Guerra, fê-lo para defender a revolução mas também
para escorraçar os tiranos do poder. É certo que o que era inicialmente uma guerra de
libertação, depressa se converteu numa guerra de conquista, revelando uma pulsão
expansionista.

Ainda assim, em 1811, no auge do poder napoleónico, a França estendera o seu domínio a um
vasto território, a cujos povos se apresentava como portadora de uma mensagem de
liberdade, igualdade e fraternidade, mas também de esperança numa futura
autodeterminação, ideias que foram o mote para uma sucessão de revoluções que, em pouco
tempo, mudaram o mapa político dos continentes europeu e americano.

Relacionar o Congresso de Viena com a criação de condições favoráveis à eclosão


de revoluções liberais e nacionais.

Em 1815, os países vencedores empenhados em restaurar a legitimidade monárquica, impedir


veleidades revolucionárias e apagar a obra da Revolução, reúnem-se no Congresso de Viena de
onde sairia o novo mapa político europeu.

Junto às fronteiras da França foram criados estados-tampão: Confederação Germânica, Suíça,


reino dos Países Baixos, reino de Piemonte e Sardenha de forma a evitar contágios
revolucionários. A Alemanha e a Itália foram arbitrariamente fragmentadas. Rússia, Áustria e
Prússia vão subjugar todas as aspirações independentistas e integrar novos territórios.

Promessas de liberdade feitas aquando das guerras napoleónicas foram esquecidas


juntamente com o princípio das nacionalidades que defendia que a cada povo deveria
corresponder uma nação. Foi por isto que a Santa Aliança (Rússia, Áustria e Prússia) foi
impotente para suster o surto revolucionário e movimentos nacionalistas seguintes.

Distinguir as vagas revolucionárias da era pós-napoleónica.

1: 1820-24, Espanha, Nápoles, Portugal e Grécia (revoluções a derrubar o regime absolutista).

2: 1829-39, ocorreram na França (Luís Filipe torna-se rei), na Bélgica (liberta-se da Holanda), na
Polónia (tentativa de revolta contra o domínio russo), na Espanha e em Portugal (guerras civis).
3: 1848, em França (republicanos alcançam o poder), no Império Austro-Húngaro, na
Alemanha e, ainda, em Itália (diversas revoltas liberais e nacionalistas).

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