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CNPJ: 10.812.

552/0001-58

PLANO DE TRABALHO - ENTIDADE IX RODADA

1 – DADOS CADASTRAIS
ÓRGÃO / ENTIDADE PROPONENTE: CNPJ;

Associação Nossa Voz em Ação 10.812.552/0001-58


ENDEREÇO; ENDEREÇO ELETRÕNICO (E-MAIL);

Av. Presidente Kennedy, 2359 nossavozemacao@hotmail.com


CIDADE: UF: CEP: DDD /FONE:

Olinda PE 53260-640 (81) 3241.4832


CONTA CORRENTE: BANCO: AGÊNCIA: PRAÇA DE PAGAMENTO:

59.242-0 Brasil - 001 2365-5 Olinda


NOME DO RESPONSÁVEL: CPF:

Maurício José Quintino Correia da Silva 716.345.684-00


CARTEIRA DE IDENTIDADE / ÓRGÃO EXPEDIDOR: CARGO: PROFISSÃO:

3.024.573 SSP/PE Diretor Presidente Comerciante


ENDEREÇO: CEP:

Rua Dr. Epaminondas de Melo, 50, Casa Caiada, Olinda – PE 53130-550


2 – DESCRIÇÃO DO PROJETO
2.1 - TÍTULO DO PROJETO:

Construir Saberes
2.2 - IDENTIFICAÇÃO DO OBJETO:

Firmar convênio com a SEDSDH, com a finalidade de executar por 05 meses ações
voltadas para a garantia do direito ao desenvolvimento integral de 80 crianças e
adolescentes, promovendo oportunidades socioeducativas e culturais, a fim possibilitar a
redução da vulnerabilidade social.
2.3 – PERÍODO DE EXECUÇÃO:

INÍCIO TÉRMINO

Início: Após assinatura do convênio e a partir Término: 05 Meses após o recebimento do


da data de liberação do recurso recurso.
3. - JUSTIFICATIVA DA PROPOSTA:

O município de Olinda - Monumento Nacional, Patrimônio Cultural da Humanidade e Cidade


Ecológica - tem uma população de 377.779 habitantes, segundo dados do IBGE, de 2010. A
densidade demográfica é de 9.068,36 hab/km², para uma área de 41,7 Km². Quase a
totalidade dos moradores reside em áreas urbanas (98%).
O Nível de Vulnerabilidade Social (NVS) municipal, que mede a vulnerabilidade da
população, com base nos dados de 2010, está em 0,73 (medido entre 0 e 1, quanto mais
próximo de 0, mais vulnerável).
O Índice de Desenvolvimento Humano – IDHM está em 0,735, incluindo Olinda dentro da
faixa de Alto Desenvolvimento Humano. Segundo o portal Atlas Brasil “a dimensão que
mais contribui para o IDHM do município é Longevidade, com índice de 0,836, seguida de
Renda, com índice de 0,704, e de Educação, com índice de 0,675”. A dimensão cujo índice
mais cresceu em termos absolutos foi Educação (com crescimento de 0,280).
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PLANO DE TRABALHO – ENTIDADE FOLHA 02/12

O IDH-Educação do município está em 0,675 e o Índice de Desenvolvimento da Educação


Básica – IDEB está em 3,6 para o Ensino Fundamental I e 2,9 para o Ensino Fundamental
II. O Portal Atlas Brasil ainda afirma que
“No município, a proporção de crianças de 5 a 6 anos na escola é de 94,91%, em
2010. No mesmo ano, a proporção de crianças de 11 a 13 anos frequentando os
anos finais do ensino fundamental é de 84,90%. Entre 1991 e 2010, essas
proporções aumentaram, respectivamente, em 29,59 pontos percentuais, 40,24
pontos percentuais. (...) Em 2010, 83,60% da população de 6 a 17 anos do município
estavam cursando o ensino básico regular com até dois anos de defasagem idade-
série, tendo este índice aumentado em 10% quando comparado ao ano de 2000”.
Segundo este mesmo portal, cerca de 3,11% das crianças de 6 a 14 anos estão fora da
escola e 3,37% das crianças de 10 a 14 anos estão em situação de trabalho infantil.
Observamos que, apesar do elevado aumento percentual do quantitativo de crianças e
adolescentes frequentando o espaço escolar, a qualidade pedagógica do ensino, bem como
os aspectos socioeconômicos, precisam de constante reflexão e intervenção, visto que a
defasagem idade-série apresentou um elevado aumento, quando a expectativa dos
investimentos realizados apontava para uma redução. Isso pode nos indicar que os
programas governamentais que estimulam a frequência escolar das crianças e
adolescentes têm sido eficientes, já que as crianças e adolescentes estão indo à Escola,
mas o sistema educacional não tem sido eficaz na qualidade e há falta de atrativos nas aulas
e de treinamento adequado para os professores. Portanto, não podemos ignorar que, apesar
de eficientes, estes programas não garantem as condições necessárias para que as
crianças e adolescentes não só permaneçam na Escola, mas tenham seu direito ao
desenvolvimento integral garantido.
Segundo o IBGE, 11,5% das crianças de 0 a 5 anos de Olinda, residem em domicílios com
responsável ou cônjuge analfabeto, aspecto que agrava a problemática econômica e social.
Esta realidade interfere diretamente no desempenho escolar de crianças e adolescentes.
Segundo levantamento apresentado pelo Projeto Atenção Brasil, filhos de pais analfabetos
têm uma chance até 480% maior de ter baixo desempenho escolar quando comparados a
filhos de pais com curso superior completo.
Como se percebe a partir da análise dos dados, há uma grande desigualdade de condições
de vida presentes nos diversos grupos populacionais que coexistem no interior do espaço
urbano de Olinda. Conforme pesquisa do PNUD, cerca de 36,97% da população olindense
estão vulneráveis à pobreza. Portanto, os elevados índices de desenvolvimento econômico
e social não representam a realidade dos grandes bolsões de pobrezas no subúrbio
olindense. E diante deste quadro é possível constatar que a falta de sustentabilidade
familiar, de práticas educativas e a de própria efetivação dos direitos humanos constituem
fatores decisivos para que muitas crianças e adolescentes estejam em situação de risco e
vulnerabilidade social.
Localizado entre os municípios de Olinda e Recife, Peixinhos é o terceiro maior bairro de
Olinda, conforme o Censo Demográfico de 2010. Devido à forma desordenada de ocupação
do espaço, este bairro não fugiu à regra das periferias brasileiras, caracterizando-se pelo
desordenamento que resultou em deficiências estruturais. Problemas como falta de
saneamento básico, energia elétrica irregular, ausência de espaço público para lazer e
serviços de saúde precários, podem ser visto claramente quando andando pelas ruas,
vielas e becos do bairro. Além disso, a presença do tráfico de drogas e da violência
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agravam a situação da comunidade, gerando uma grande sensação de insegurança.

PLANO DE TRABALHO - ENTIDADE FOLHA 03/12

É comum ao assistir os programas de mídia que noticiam a violência, encontrar o bairro de


Peixinhos em alguma manchete, não só pelos constantes acidentes no trânsito, mas pelo
elevado número de homicídio de jovens. Em 2003, Olinda era a cidade que possuía maior
número de gangues na Região Metropolitana do Recife, tendo o bairro de Peixinhos, 12
delas. Apesar de não encontrar pesquisas recentes, a percepção da população é que o
bairro está ainda mais violento devido ao tráfico e uso de drogas pelos jovens, cada vez
mais cedo e com drogas ainda mais danosas.
Outro aspecto relevante deste bairro é a quantidade de crianças e adolescentes presentes
nos espaços públicos, muitas vezes brincando sem o olhar atento dos responsáveis, visto
que alguns destes se encontram trabalhando e não tem com quem deixar seus filhos ou
permitem por negligenciar os riscos.
A atividade de “brincar na rua” não é maléfica para as crianças, quando esta é feita de
forma cautelosa, tendo o cuidado dos responsáveis. Contudo, sabe-se que o tráfico de
drogas é grande e muito comum o recrutamento das crianças e adolescentes para entregar
crack e outros entorpecentes, os denominados “aviãozinhos”. Além disso, a probabilidade
do consumo se iniciar mais cedo é grande, visto a facilidade do acesso.
São incontáveis as armadilhas que o tráfico de drogas oferece às juventudes de periferia.
Essa atividade garante dinheiro rápido, fácil, poder na comunidade e não exige
escolaridade. A situação é conveniente para o mundo das drogas já que, no Brasil, há um
universo de 2,4 milhões de jovens analfabetos e desses 16,73% se concentram no estado
de Pernambuco (PNAD-2010). Excluídos do mercado formal, esses jovens são acolhidos
pelo tráfico de braços abertos, sem a menor distinção.
Outra problemática a ser pontuada é a iniciação sexual precoce, até em forma de violência,
o que na maioria das vezes resulta em gravidez indesejada, além de outras marcas físicas e
psicológicas. E é de conhecimento dos moradores da comunidade a quantidade significativa
de crianças e adolescentes que são exploradas sexualmente, com a conivência dos
familiares, garantindo: (1) o sustento da casa ou até o pagamento de algumas contas; (2) a
realização do desejo de possuir objetos de consumo, constantemente veiculados na mídia;
(3) manutenção de vícios em drogas lícitas e ilícitas etc.
Apesar do tráfico de drogas e a exploração sexual infanto-juvenil, muitas vezes, resultarem
em dinheiro para essas crianças e adolescentes, bem como para os perversos que lucram
com isso, certamente não é uma realidade socialmente aceitável. Contudo, existe outra face
da violência, que se apresenta como um papel furta-cor para a sociedade: o trabalho
infantil1.
Constata-se que a desigualdade social e a ausência de ações públicas efetivas, constituem
fatores decisivos para que as crianças e adolescentes tomem a rua como espaço de
sobrevivência. Estudos revelam que muitas crianças têm a rua como um espaço de
sobrevivência porque vivenciam situações de violência no espaço familiar, tais como o
desemprego e a falta de sustentabilidade. Além disso, muitas vezes são recrutados por
familiares ou conhecidos para trabalharem.

1
A legislação brasileira proíbe qualquer tipo de trabalho para menores de 14 anos. O trabalho a partir dos 14 anos é
permitido apenas na condição de aprendiz, em atividade relacionada à qualificação profissional. E acima dos 16 anos o
trabalho é autorizado desde que não seja no período da noite, em condição de perigo ou insalubridade e desde que não
atrapalhe a jornada escolar.
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Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE 2, Olinda possui


incidência de pobreza de 53,10%, destes 5% são considerados extremamente pobres e
36,97% são considerados vulneráveis devido à baixa renda per capita, segundo pesquisa
divulgada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD3 em 2013.
Alguns justificam: “é melhor estar trabalhando do que roubando”, “é melhor está vendendo
do que pedindo”, “trabalho não mata, dignifica” ou “é melhor estar aprendendo uma
profissão do que aprendendo a ser ladrão”. Contudo desconhecem as consequências da
perda da possibilidade de ter a verdadeira infância e de frequentar a escola. Estas crianças
e adolescentes ficam, muitas vezes, com seu futuro comprometido de forma irreversível.
E é muito comum encontrar no bairro de Peixinhos crianças e adolescentes pedindo
dinheiro ou vendendo produtos diversos em coletivos; catando lixo; embrulhando compras
em supermercados do bairro; carregando compras para as pessoas em carros de mão
lotados de sacolas; vendendo CDs e DVDs pirateados; trabalhando de flanelinha;
trabalhando com familiares ou conhecidos em ramos diversos; fazendo faxinas e
trabalhando como doméstica(o); e até indo trabalhar em semáforos próximos da
comunidade, para limpar para-brisas dos carros, pedirem dinheiro e/ou venderem produtos
diversos. Nesse quadro, a rua passa a se constituir um campo gerador de riscos, pois,
apesar de conseguirem o seu sustento neste espaço, ficam expostos a todo tipo de abuso e
desrespeito.
As questões que mobilizam este projeto são estas situações em que crianças e
adolescentes são privados de direitos básicos, justamente pela condição de pobreza e
miséria de suas famílias. Não se trata apenas de ausência das políticas públicas voltadas
para o desenvolvimento integral, mas uma inadequação às demandas das famílias que
nesses espaços vivem.
Desta forma, analisando todos esses dados e considerando as particularidades do bairro de
Peixinhos, podemos concluir que a necessidade da intervenção é legítima e urgente. Não
só desenvolvendo ações educativas e culturais com as crianças e adolescentes, mas com
os familiares e a comunidade em geral, a fim de conscientizar e sensibilizar para luta pela
prevenção e o fim destes cenários de violências que alcançam as nossas crianças e
adolescentes.
Contudo, é importante destacar que, apesar de ser conhecido por sua violência, Peixinhos
também é reconhecido por suas diversas manifestações culturais, ricas em criatividade e
engajamento social, em várias modalidades artísticas como artes plástica, dança, teatro,
música e literatura. Há inúmeras ações sendo realizadas fora do foco da mídia, mas muito
próximas da população interessada. E são estas identidades/potencialidades do bairro que
este projeto visa fortalecer e desenvolver entre as crianças e adolescentes participantes.
Apesar da dor, do sofrimento e da vergonha da maioria de seus moradores, principalmente
as crianças e adolescentes, esta comunidade tem superado os elevados índices de
violência com arte e trabalho. E é a resiliência daqueles que não desistem, que investem a
sua energia e manifestam a sua grandeza através dos movimentos sociais, culturais,
religiosos e econômicos, que precisa ser valorizada.

2
Disponível em: http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1
3
Disponível em: http://www.pnud.org.br/
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E por ser esta uma realidade complexa, faz-se necessário a atuação do estado, através dos
operadores do Sistema de Garantia de Direitos (SGD) – Conselho Tutelar e CRAS (Centros
de Referência da Assistência Social de Olinda.

PLANO DE TRABALHO - ENTIDADE FOLHA 05/12

E para contribuir com o desenvolvimento integral das crianças e adolescentes de Peixinhos


e adjacências, a fim de promover a garantia de direitos e a superação da vulnerabilidade
social de crianças e adolescentes, a Associação Nossa Voz em ação se compromete com o
desenvolvimento efetivo e de qualidade das atividades propostas. Para isso, propomos a
realização de Oficinas Socioeducativas de Arte e Cultura.
Assim, através destas Oficinas Socioeducativas de Arte e Cultura, propomos a execução de
oficinas de artes visuais. Acreditamos que através da educação artística é possível efetivar
as diferentes formas de aquisição de conhecimento, estimular a fala, desinibir e desenvolver
as expressões e a cidadania ativa, facilitar a comunicação e o aprendizado, proporcionando
a redução de violação de direitos.
Propomos também as Oficinas de informática que é uma importante ferramenta para o
desenvolvimento das atividades de pesquisa e produção dos eixos temáticos, voltadas para
a educação digital.
Já nas Oficinas recreação, esperamos desenvolver habilidades físico-motoras e sócio-
afetivas. A intenção é promover o desenvolvimento físico, psicológico e social, e promover o
convívio coletivo. Na recreação são desenvolvidas atividades que permite à criança a
tomada de consciência da imagem corporal e das próprias possibilidades, satisfaz a
necessidade de movimentos e o desejo de se afirmar, além de propiciar o bom controle da
agressividade.
A atividade de música, presente na vida das crianças desde o nascimento, permite que a
criança aprenda com mais entusiasmo e facilidade, proporcionando um desenvolvimento
pedagógico, emocional e social de forma simples, inovadora e prazerosa. Assim, é de
grande importância que a educação musical, este precioso instrumento para educar,
desenvolver a capacidade crítica, a criatividade, a inteligência e a sociabilidade, esteja
inserida nas atividades do projeto e em todas as áreas interessadas da sociedade. Desta
forma, a atividade de música no Projeto Construir Saberes contará com aulas teóricas e
com a prática de violão e teclado. Para Bréscia (2003, p.81) "(...) o aprendizado de música,
além de favorecer o desenvolvimento afetivo da criança, amplia a atividade cerebral,
melhora o desempenho escolar dos alunos e contribui para integrar socialmente o
indivíduo".
O Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA afirma que “Art. 3º - A criança e o
adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem
prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes (...) todas as
oportunidades e facilidades (...)”. E no seu artigo 71, o ECA destaca que a criança e o
adolescente têm direito a "produtos e serviços que respeitem sua condição peculiar de
pessoa em desenvolvimento". Assim, ciente que “é dever da família, da comunidade, da
sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos
direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária” (artigo 4º do ECA), bem como das dimensões do desenvolvimento que o ECA
propõe em seu artigo 3º - "desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social", a
Associação propõe ser e oferecer este espaço facilitador para o bom desenvolvimento
integral, a fim de que, através de atividades socioeducativas, possamos avançar em ações
de prevenção e erradicação da violação dos direitos das crianças e adolescentes,
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fortalecendo a atuação em rede do Sistema de Garantia de Direitos.

PLANO DE TRABALHO - ENTIDADE FOLHA 06/12

4. – OBJETIVO GERAL E OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

4.1 – GERAL

Contribuir para a garantia do direito ao desenvolvimento integral de 80 crianças e


adolescentes, promovendo oportunidades socioeducativas e culturais, a fim possibilitar
a redução da vulnerabilidade social.

4.2 – ESPECÍFICOS

1- Promover Oficinas de Arte e Cultura em Geral - Artes Visuais;


2- Promover Oficinas de Informática;
3- Promover Oficinas Arte e Cultura em Geral - Recreação;
4- Promover Aulas de Música – teórica e prática de violão e teclado.
5- Promover reuniões com as famílias, visando o fortalecimento de vínculos;
6- Articular o acesso aos serviços socioassistenciais e de garantia de direitos,
através do trabalho de uma rede interinstitucional.

5. - METODOLOGIA:

A metodologia e procedimentos a serem adotados no desenvolvimento dos trabalhos


fundamentam-se, inicialmente, nos princípios contidos na Declaração Universal dos Direitos
da Criança, da Organização das Nações Unidas, como também na Política Nacional dos
Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes, considerando principalmente os princípios:
1. Da igualdade e direito à diversidade: No atendimento as crianças não serão feitas
qualquer discriminação de raça, cor, sexo, orientação sexual ou religião;
2. Da proteção integral: A fim de assegurar as crianças plenas condições para o seu
desenvolvimento integral, promovemos atividades de diferentes áreas do conhecimento, de
forma a integrar as diversas dimensões formadoras do ser humano, pois acreditamos que
isso é fundamental para a ampliação e garantia dos demais direitos sociais, possibilitando a
redução da vulnerabilidade pessoal e social. Este projeto considera o homem como ser
multidimensional, e acredita que a educação - integral, integrada e integradora - deve
responder a esta multiplicidade de exigências do indivíduo e do contexto em que vive.
3. Da intersetorialidade e trabalho em rede: Com uma atuação em conjunto com as escolas
e órgãos de defesa (Conselho Tutelar e CRAS) e dialogando sempre com a família e
comunidade, não só é possível ter o diagnóstico das carências, mas, sobretudo, de suas
forças para superar essas carências.
Assim, este projeto fundamenta-se também no pressuposto de que a participação
comunitária será fator preponderante para a realização com sucesso deste projeto,
mediante a integração da Associação com os diversos atores sociais interessados. É a
partir destes entendimentos que a Associação Nossa Voz em Ação deverá atuar, a partir de
dois eixos básicos: (1) Atuação interdisciplinar na sede da Nossa Voz, com atividades de
várias modalidades e acompanhamento pedagógico e social para as crianças e
adolescentes; (2) Parceria com escolas do bairro de Peixinhos, visando atender à demanda
de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade pessoal e social.
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PLANO DE TRABALHO - ENTIDADE FOLHA 07/12

O projeto é divulgado nas escolas próximas a Associação e pelo bairro de Peixinhos,


contudo a divulgação boca a boca é a mais realizada. Em virtude do projeto já está em
funcionamento, os pais ou responsáveis interessados comparecem a Associação e inclui o
nome da criança ou adolescente na fila de espera. Com o surgimento de vagas, o
responsável é contatado. Com a confirmação da adequação do perfil do participante ao
projeto, os responsáveis se dirigem a Associação com as cópias das documentações
solicitadas para o preenchimento de formulário e assinatura dos Termos de Autorização de
Uso da Imagem e Voz.
Em caso de infrequência não justificada, os educadores sinalizarão para a coordenação a
ausência da criança e/ou adolescente. O responsável será, então, contatado por telefone.
Caso o participante não retorne as atividades, a equipe técnica realizará visita domiciliar,
oferecendo, quando necessário, atendimento psicossocial a família. Se a ausência persistir,
o participante é desligado do projeto e abre-se nova vaga para os que estão na fila de
espera.
No planejamento e desenvolvimento das atividades, os profissionais buscam contribuir para
que os processos educacionais ofertados promovam uma formação que contemple o
desenvolvimento de competências sociais, cognitivas e afetivas, pautadas por valores de
inclusão e de protagonismo social. Assim, são oferecidas a todas as crianças atividades de
Música (teclado e violão), Oficina de Artes Visuais, Oficina de Informática e Oficina de
Recreação. Estas atividades estão disponíveis para a participação no contra turno escolar,
durante a semana, e nos finais de semana, em dias e horários alternados, conforme o
interesse e disponibilidade de vagas.
As atividades são organizadas utilizando a metodologia de projetos. Desta forma são
planejadas por um período máximo de três meses, direcionadas a uma temática em comum
e estruturadas considerando as especificidades de cada ação, a fim de que ao final do
projeto ocorra uma culminância expositiva (apresentações culturais, feiras de conhecimento,
campanha educativa, exposições etc.) como resultado final do projeto. Para este projeto
serão trabalhados os seguintes eixos temáticos: Educação Financeira e Educação
Ambiental. Em cada projeto pedagógico, buscamos desenvolver atividades lúdicas e
diálogos educativos de modo a promover conhecimento.
O planejamento macro das atividades (ordem dos tópicos e culminância) será realizado em
conjunto com os profissionais, a fim de que ocorra uma maior e melhor integração das
ações. Contudo, as especificidades, o operacional, de cada atividade deverão ser
planejadas pelos profissionais de cada atividade, sob a supervisão da coordenação
pedagógica. No planejamento deverão ser observados os seguintes itens: eixo temático,
tópico do eixo, objetivo, passo a passo (ação e duração) e resultado esperado. No
instrumento de avaliação deverão constar estas informações, bem como a impressão do
profissional e dos sujeitos de ação.
As culminâncias estarão a cargo dos educadores, bem como o planejamento deste
momento, e serão consideradas as demandas, anseios e sugestões das crianças e
adolescentes. Este ato deverá acontecer na última semana de trabalhos de cada eixo,
podendo ser realizado em 01 a 05 dias, e contará com a participação da família e da
comunidade.
Segundo Oliveira, ao abordar o trabalho com projetos na construção do conhecimento,
valoriza-se uma prática pedagógica que estimula a iniciativa dos participantes através da
pesquisa, desenvolve o respeito às diferenças pela necessidade do trabalho em equipe,
incentiva o saber ouvir e expressar-se, o falar em público e o pensamento crítico autônomo.
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PLANO DE TRABALHO - ENTIDADE FOLHA 08/12

A metodologia de projetos torna-se então um apoio para uma proposta educacional


correlacionada com a afetividade e o ensino e a aprendizagem, já que permite o trabalho
com grupos cooperativos, cria condições para que os participantes experimentem suas
descobertas, desenvolvam a confiança na própria capacidade de aprender e tomar decisões
(fazer escolhas apropriadas na vida).
A construção das atividades será referenciada nos 04 pilares da educação de Jacques
Delors (2010), tendo como objetivo o desenvolvimento integral dos participantes por meio
de situações de aprendizagem que promovam o conhecimento, o fazer, o conviver e o ser
cidadão.
E a fim de promover o fortalecimento da convivência familiar e comunitária das crianças e
adolescentes, visando a sua proteção, socialização e os vínculos afetivos – relacionais e de
pertencimento, serão desenvolvidas atividades para as famílias e comunidade, em conjunto
com os órgãos de defesa, tais como: (1) Reunião – 01 encontro mensal, com 2h, com os
pais ou responsáveis, a fim de apresentar informações sobre o trabalho realizado com as
crianças e adolescentes; (2) Culminância das atividades pedagógicas.
E para continuar contribuindo com a garantia de direitos da criança e do adolescente,
proporcionando a redução da vulnerabilidade pessoal e social, a Associação Nossa Voz em
ação se compromete com o desenvolvimento efetivo e de qualidade das atividades
propostas. Além disso, a instituição está comprometida em dar à devida assistência a
demanda das escolas públicas, do Conselho Tutelar, do CRAS – Centro de Referência da
Assistência Social, proporcionando a retaguarda necessária. Sabemos que estamos
atendendo a uma pequena parcela de uma grande demanda que há em nosso município,
mas temos certeza que estaremos formando multiplicadores, futuros cidadãos que terão
uma visão diferenciada da realidade que o cerca, como também influenciando outras
entidades a olharem com outra perspectiva para estas crianças e adolescentes.

5.1 ATIVIDADES PROPOSTAS

Atividades Descrição
Carga Horária: 03 horas semanais de oficinas por participante.
Oficinas de Artes
1 Período: Durante todo o projeto nas segundas, quartas e quintas.
Visuais
Atendimento: 80 (oitenta) crianças e adolescentes
Carga Horária: 01:30 horas semanais de oficinas por participante
Oficinas de
2 Período: Durante todo o projeto nas sextas.
Informática
Atendimento: 80 (oitenta) crianças e adolescentes
Carga Horária: 03 horas semanais de Oficina por participante
Oficinas de
3 Período: Durante todo o projeto nas terças e quintas.
Recreação
Atendimento: 80 (oitenta) crianças e adolescentes.
Carga Horária: 01 hora semanal por participante.
4 Aulas de Música Período: Durante todo o projeto aos sábados.
Atendimento: 80 (oitenta) crianças e adolescentes.
Carga Horária: 02 horas mensais
Reuniões com as
5 Período: Durante todo o projeto em data a ser marcada posteriormente
famílias
Atendimento: familiares dos participantes.
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PLANO DE TRABALHO – ENTIDADE FOLHA 09/12

5.2 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DAS ATIVIDADES

Meses
Atividades
Mês 01 Mês 02 Mês 03 Mês 04 Mês 05
Oficinas de Artes Visuais X X X X X
Oficinas de Informática X X X X X
Oficinas de Recreação X X X X X
Aulas de Música X X X X X
Reuniões com as famílias X X X X X

6. – METAS E RESULTADOS ESPERADOS:

6.1 – METAS:

1- Realizar 03 Oficinas semanais de Artes Visuais para 80 crianças e adolescentes;


2- Realizar 02 Oficinas semanais de Recreação para 80 crianças e adolescentes;
3- Realizar 01 oficina de informática semanal para 80 crianças e adolescentes;
4- Realizar 01 aula de música para 80 crianças e adolescentes, em violão e teclado;
5- Promover 01 reunião mensal com as famílias dos participantes.

6.2 – RESULTADOS ESPERADOS:

 Frequência efetiva de 85% das crianças e adolescentes nas oficinas e atividades;


 100% das reuniões com os familiares.

7. – CAPACIDADE INSTALADA:

7.1 – Recursos Humanos:

04 membros da Diretoria Executiva (voluntários);


01 Técnica de Enfermagem (prestadora de serviço);
01 Cozinheira (voluntária);
09 Auxiliar Administrativo (voluntários);
02 Serviços Gerais (voluntário);
01 Recepcionista (prestadora de serviço);
10 Apoios (voluntários);
02 pedagogas (prestadora de serviço e voluntária);
02 professoras (prestadora de serviço);
03 psicólogos (prestadora de serviço e voluntário);
01 Fisioterapeuta (prestadora de serviço);
01 Terapeuta ocupacional (prestadora de serviço);
01 professora de informática (prestadora de serviço);
01 professora de Balé (prestadora de Serviço);
01 professora de música (prestadora de serviço);
01 Instrutor de informática (prestador de serviço);
03 educadoras sociais (prestadoras de serviço com vínculo na prefeitura de Olinda);
01 Educadora de referência (prestadora de serviço)
01 arte educadora (contratada pela prefeitura de Olinda).

7.2 – Instalações Físicas: 01 sala da diretoria;


01 salão central; 01 sala de fisioterapia
05 salas de aula; 01 sala de terapia ocupacional;
02 laboratórios de informática (adulto e infantil); 01 copa;
01 almoxarifado; 01 Depósito;
01 sala de espera; 04 banheiros;
01 sala de atendimento; Hall;
01 sala da coordenação; Quintal.
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PLANO DE TRABALHO - ENTIDADE FOLHA 10/12


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7.3 – Equipamentos
7.2 – Instalações Físicas:

01 salão central; 25 Computadores;


05 salas de aula; 04 notebooks;
02 laboratórios de informática (adulto e infantil); 15 ventiladores;
01 almoxarifado; 04 ar-condicionados split;
01 sala de espera; 01 Freezer vertical;
01 sala de atendimento; 01 Fogão industrial com 04 bocas e
01 sala da coordenação; forno;
01 sala da diretoria; 01 Geladeira;
01 sala de fisioterapia 03 Telas para Data Show;
01 sala de terapia ocupacional; 02 Data Show;
01 copa; 02 TVs;
01 Depósito; 01 Máquina Fotográfica;
04 banheiros; 07 extintores;
Hall; 01 balança;
Quintal. Equipamentos específicos de
7.4 - Mobiliários
fisioterapia;
Livros, brinquedos e jogos;
110 Cadeiras plásticas; 01 bebedouro;
09 Mesas plásticas; 2 Micro system.
184 Cadeiras escolares;
27 carteiras escolares;
02 Móveis com capacidade para 15 computadores;
01 balcão de madeira;
04 quadros brancos;
06 Estantes de ferro;
07 Arquivos;
12 Birôs;
03 garrafões de água;
01 Tablado de aproximadamente 30 m2;;
01 palco com 10 blocos para apresentações.

8. –MONITORAMENTO, AVALIAÇÃO E INDICADORES DE RESULTADOS:

8.1 – MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO:

O Projeto Construir Saberes será monitorado, acompanhado e avaliado pela coordenação da


Associação Nossa Voz, a qual recorrerá às crianças e adolescentes participantes e seus respectivos
responsáveis, para avaliar os resultados na performance das mesmas no dia-a-dia, e os
profissionais envolvidos para monitorar o andamento das atividades.
As atividades do projeto serão avaliadas de forma quantitativa e qualitativa, a partir dos indicadores
e resultado esperado. No processo de planejamento dos projetos pedagógicos, serão definidos os
instrumentos de avaliação que deverão contemplar o eixo temático, tópico do eixo trabalhado,
objetivo da atividade, passo a passo (ação e duração), resultados esperados e as impressões do
profissional e dos sujeitos de ação.
Além dos indicadores quantitativos (frequência e atividades realizadas), cada resultado esperado
possui indicadores que serão acompanhados e registrados pelos profissionais de cada atividades, o
que resultará no relatório técnico do Projeto.
Este projeto também será monitorado tecnicamente e acompanhado financeiramente pela equipe
técnica do Todos com a Nota – Módulo Solidáio, através do relatório técnico e financeiro, o qual será
entregue na conclusão das atividades.
Além disso, o projeto também conta com a participação de um Núcleo Gestor, formado pela
Associação e parceiros deste projeto, CRAS – Centro de Referência da Assistência Social e
Conselho Tutelar, com a finalidade de gerir o projeto em seu contexto técnico.

PLANO DE TRABALHO - ENTIDADE FOLHA 11/12


CNPJ: 10.812.552/0001-58

8.2 – INDICADORES DE RESULTADOS:

- 85% das crianças e adolescentes atendidos pelo projeto;


- 75% dos familiares participando das reuniões.

9. – PLANO DE APLICAÇÃO DOS RECURSOS:

DESCRIÇÃO DA ESPECIFICAÇÃO UNIDADE DE VALOR


TIPO CÓDIGO QUANT. VALOR TOTAL
DESPESA DO ITEM MEDIDA UNITÁRIO

01 Oficineira de Arte
Mês 05 750,00 3.750,00
e Cultura – Recreação
01 Oficineira de Arte
33.90.39 – Serviços Serviços de e Cultura – Artes Mês 05 750,00 3.750,00
Custeio de terceiros de terceiros de Visuais
pessoa jurídica* pessoa jurídica
01 Instrutor de Música Mês 05 750,00 3.750,00
01 Instrutor de
Mês 05 750,00 3.750,00
Informática
SUBTOTAL
15.000,00

9.1 – QUADRO GERAL DE DESPESAS:

QUADRO GERAL

CUSTEIO R$ 15.000,00

INVESTIMENTO R$ 0,00

TOTAL GERAL R$ 15.000,00

9.2 – TOTAL GERAL:

R$ 15.000,00 (quinze mil reais)


Sendo:
R$ 15.000,00 (quinze mil reais) - Recurso do Todos com a Nota – Solidário (Concedente)

PLANO DE TRABALHO - ENTIDADE FOLHA 12/12


CNPJ: 10.812.552/0001-58

10 – REPRESENTANTE LEGAL DA INSTITUIÇÃO:

Local e Data Responsável

11 – PARECER TÉCNICO (preenchimento pela secretaria - SEDSDH)

__________________________________ __________________________________
Local e Data Responsável pelo parecer técnico

12 – APROVAÇÃO PELO CONCEDENTE (preenchimento pela secretaria - SEDSDH)

Aprovado,

Recife, _______/_______/ 2015 ____________________________________________________


Secretário de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos

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