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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO

EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Autos nº XXX

JOÃO, já devidamente qualificado nos autos do Recurso Especial nº XXX, por seu advogado
infra-assinado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, interpor o presente

AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL

com fulcro no artigo 1.042 do Código de Processo Civil, em face da decisão denegatória
proferida pelo órgão especial do tribunal, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.

Requerendo a juntada das inclusas razões recursais.


Requer, ainda, a intimação da parte contrária para apresentar contraminuta com posterior
remessa dos autos ao STJ.

Termos em que
Pede deferimento

Local, data
Advogado
RAZÕES DO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL

Autos nº: XXX


Agravante: João
Agravado: [nome do réu]
Ação Possessória: [número da ação originária]

EGRÉGIO STJ
INCLÍCITOS MINISTROS

PRELIMINARMENTE
I- DA TEMPESTIVIDADE
O presente recurso é tempestivo, uma vez que o despacho denegatório do Recurso Especial foi
publicado em 27.03.2023, iniciando-se o prazo recursal no dia útil subsequente, ou seja,
28.03.2023. Portanto, o prazo de 15 (quinze) dias úteis para a interposição do presente Agravo
em Recurso Especial se encerra em 18.03.2023, considerando o feriado nacional de 07.04.2023
estando a presente peça dentro do prazo legal.

II- DOS FATOS


O Agravante interpôs Recurso Especial contra o Acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do
Estado de São Paulo, que negou o direito à liminar de reintegração de posse, mesmo que
provado e reconhecido o esbulho possessório ocorrido em menos de ano e dia.
A decisão recorrida fundamentou-se no argumento de que a função social da propriedade deve
prevalecer em relação às regras do Código Civil e do Código de Processo Civil.
O Recurso Especial interposto foi considerado tempestivo, e o preparo foi devidamente
recolhido. Entretanto, o órgão especial do tribunal negou seguimento ao Recurso Especial, sob a
alegação de ausência de prequestionamento.

III- DO DIREITO
Após o tramite processual de praxe, em decisão partida do Órgão Especial do Tribunal, assim
foi negado seguimento ao Resp:
“O Recurso Especial interposto é tempestivo, e houve recolhimento do preparo. Todavia, rejeito
seguimento a dito recurso, uma vez que não comprovado prequestionamento. Intime-se”.
Conforme mencionado, a decisão que negou seguimento ao Recurso Especial está equivocada,
uma vez que houve prequestionamento por meio de Embargos de Declaração, conforme exigido
pelo artigo 1.025 do CPC.
A negativa de seguimento ao Recurso Especial, portanto, afronta o devido processo legal e o
direito ao duplo grau de jurisdição.
Ocorre que o Agravante opôs Embargos de Declaração a fim de viabilizar o indispensável
prequestionamento autorizador de acesso a essa C. Corte, atendendo, assim, ao requisito do
prequestionamento, conforme estabelece a Súmula 356 do STJ.
Dessa forma, a decisão denegatória de seguimento ao Recurso Especial não merece prosperar.

III – DO PEDIDO
Diante do exposto, requer:
a) O recebimento e processamento do presente Agravo de Decisão Denegatória de Recurso
Especial, nos termos do artigo 1.042 do CPC;
b) A reforma da decisão agravada, determinando-se o seguimento do Recurso Especial
interposto, para que seja analisado pelo Superior Tribunal de Justiça;
c) A intimação do Agravado para, querendo, apresentar contrarrazões ao presente recurso.

Nesses termos,
Pede deferimento

CIDADE/UF

ADVOGADO – OAB/UF

NICOLE YUKIE PISCIOTTANO RA 14038434

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