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Não é permitida a delegação do poder de polícia aos particulares, salvo os atos de mera

execução ou salvo os ciclos de consentimento e fiscalização. O poder de polícia é


próprio do poder público.
De acordo com o art. 78 do CTN, do Superior Tribunal de Justiça e da Suprema Corte
do STF (ADI nº 1.717), somente os atos de poder de polícia referentes a fiscalização e
consentimento são passíveis de delegação à particulares, sendo indelegáveis os atos
de ordem de polícia e de caráter sancionatório de atividade típica do Estado a uma
entidade privada, em regra, nenhum particular está habilitado a exercer o poder de
polícia, apenas os particulares investidos como agentes públicos podem exercê-lo.
Segundo o posicionamento do STF no âmbito do RE nº 633.782/MG, é constitucional
por meio de lei, às pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da Administração
Pública indireta, em sociedade de economia mista, de capital social majoritariamente
público que prestem exclusivamente serviço público de atuação própria do Estado e em
regime exclusivo não concorrencial. Tal decisão não se trata de delegar esses poderes
a empresas particulares que não façam parte dessa administração, somente às
prestadoras de serviço público onde não sejam exploradoras de atividade econômica.
Aqui, o STF, defende que desde que seja para fins de fiscalização, sanção de polícia
com o consentimento, não teria impedimento. Proibindo somente em questão da ordem,
em sentido legislativo e quanto aos particulares, somente poderiam exercer em
questões de atividades acessórias, de apoio e não o poder de polícia propriamente dito.

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