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Estratégias
para auxiliar na
mudança do paciente

Laura Hofmeister e
Martha Ludwig
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Estratégias para auxiliar na mudança do paciente


Laura Hofmeister e Martha Ludwig

Para darmos início precisamos pensar primeiramente sobre o que é mudança,


olhando singularmente o paciente, já que cada caso deverá ser tratado de uma
maneira específica.

De nada adianta querermos “mostrar serviço” ao paciente aplicando inúmeras


estratégias diferentes que não irão se encaixar especificamente naquele contexto,
por isso é essencial termos uma visão ampla sobre a situação e nos adequarmos às
especificidades necessárias do paciente.

Além disso, a partir de uma visão ampla sobre o contexto iremos diferenciar com
mais facilidade a questão objetivo x comportamento, que nos auxiliará na avaliação
dos parâmetros de mudança. Com um olhar singular sobre o paciente, poderemos
entender em qual estágio de mudança o paciente se encontra e o que seria viável
traçar como meta de comportamento para se atingir o objetivo final.

Fundamentação Teórica

• Modelo Transteórico de Mudança de Comportamento Intencional:


esse modelo estuda os estágios de mudança, ou seja, o quão pronto o sujeito está
para mudar um comportamento. Os estágios são classificados em:

1. Pré-contemplação: quando o paciente não tem intenção de mudar o seu


comportamento;
2. Contemplação: o paciente tem a séria intenção de mudar o seu comportamento;
3. Preparação: o paciente pretende agir para mudar o seu comportamento;
4. Ação: o paciente incorporou um novo comportamento;
5. Manutenção: a ação já acontece e é reforçada para que siga assim.

Em resumo, diz-se que quanto menos pronto o paciente se sentir, mais devemos o
ajudar a pensar sobre o assunto, e quanto mais pronto o paciente se sentir, mais o
ajudamos a planejar e efetivar a mudança.
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• Terapia Comportamental e os procedimentos de aprendizagem:


esse modelo aborda que um comportamento tem mais probabilidade de voltar a se
repetir sempre que ele tiver uma consequência reforçadora.

• Terapia Cognitiva e o foco nos pensamentos disfuncionais:


parte do pressuposto de que os nossos comportamentos e as nossas emoções são
consequências dos nossos pensamentos. Englobam expressões como, por exemplo,
“tudo ou nada” e “já que”.

• Entrevista Motivacional:
esse modelo fala sobre uma forma de conversar, ou seja, trata-se de uma
abordagem de aconselhamento, sobre como conversar com o paciente para que ele
progrida nos estágios do Modelo Transteórico de Mudança de Comportamento
Intencional. Dentro da entrevista motivacional, existem quatro habilidades principais,
são elas: perguntas abertas, reflexões, afirmações e resumos.

Durante a abordagem da entrevista motivacional podemos reverter perguntas


fechadas (Você quer emagrecer? Você quer ganhar massa magra?) para perguntas
abertas (O que você espera do tratamento?), assim, proporcionaremos espaço de
fala e abertura para o paciente e também sentimento de acolhimento.

Para proporcionar as reflexões ao paciente, precisamos captar na fala dele


potenciais motivadores para a mudança. Tudo o que a pessoa fala que possa ser
considerado uma razão ou um propósito para mudança deve ser considerado.
As afirmações são consideradas reforços para garantir a continuidade da mudança.
As reflexões nos auxiliam a escutar o “não dito” por trás de cada frase dita pelo
paciente.

É importante salientar que quando se trata de mudanças alimentares, não podemos


permanecer com pensamentos enrijecidos e tradicionais, visto que não há um
único tipo de mudança que possa ser chamada de correta, e sim inúmeros
tipos de mudanças que devem ser trabalhadas com singularidade para
cada caso.
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Existem dois principais fatores motivacionais para a mudança, são eles:


Motivação extrínseca: está ligada a um objetivo externo, geralmente relacionado
a uma recompensa;
Motivação intrínseca: está ligada a um objetivo interno, associado a algum valor
ou prazer.

Durante a consulta, podemos avaliar os fatores motivacionais do paciente, que são


eles:

Postura
aqui se encaixam tanto posturas corporais quanto posturas verbais.

Referências
razões reais por trás do objetivo e estágio de mudança! Aqui entram fatores como
uma anamnese bem formulada, perguntas básicas, entrevista motivacional e a
criação de uma autoavaliação no paciente.

Um dos principais pontos durante a primeira consulta para entendermos as dores do


paciente, consiste na realização de uma anamnese bem formulada e, para isso,
temos algumas ideias de perguntas que poderão norteá-lo no processo de criação
da anamnese:

O que te traz aqui hoje?


O que, pra você, quer dizer comer bem?
Como você acha que isso irá impactar a sua vida?
Qual o seu nível de comprometimento para essa mudança, em uma escala de 0-
10? Por quê?
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Ferramentas e estratégias
como por isso na prática

Diário Alimentar
serve para ilustrar o dia a dia do paciente para os profissionais envolvidos no caso,
gerar consciência e autoconhecimento no paciente para ele entender suas emoções
em relação a comida.

Roda da Vida
considera-se importante usar principalmente nos estágios de pré-contemplação e
contemplação. Essa ferramenta gera um olhar para todos os lados da vida do
paciente, e não só para a alimentação.

Plano alimentar
não é uma ferramenta essencial, é preciso olhar para cada caso e identificar a
necessidade da utilização. Dependendo do estágio de mudança talvez seja preciso,
sobretudo quando o indivíduo não possui uma rotina alimentar e precisa de
organização. Porém, quando o paciente possui regras rígidas sobre quantidades não
é recomendado prescrever um plano alimentar para que não seja reforçado o
comportamento negativo.

Cronograma de Hábitos
auxilia o paciente a estabelecer metas factíveis. Servem para trazer perspectivas
positivas através da conclusão das metas e entender o porquê do desvio de
comportamento. Não se esqueça de pedir para o paciente escrever as metas em
ordem de dificuldade, isso. auxiliará a entender melhor ainda o estágio em que
ele se encontra.
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Lista de prós e contras


peça para o paciente criar uma lista dos benefícios e desvantagens que ele observa
em relação a um comportamento negativo, por exemplo, a lista de prós poderia
incluir prazer momentâneo, liberação de dopamina e “controle” de uma emoção
complicada, e a lista de contras poderia incluir um sentimento negativo, desconforto,
culpa, mal estar, aumento de peso, vergonha e sensação de não controlar as suas
vontades. Os prós momentâneos são o que irão fazer esse comportamento se repetir
e os contras irão fazer o paciente refletir se vale a pena passar por essas situações.

Planejamento e acompanhamento
é muito importante que o tratamento seja feito de “um passo de cada vez” e que
o profissional não sobrecarregue o paciente com várias estratégias abrangentes.
Crie objetivos gerais e objetivos de cada etapa para facilitar a visualização de
progresso do paciente e reforçar a ele que aos poucos é possível mudar.

Material elaborado por:


Acadêmica de nutrição Raquel Esteves & Yow

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