Você está na página 1de 3

Ação de divisão e de demarcação de terras partículas

Disposições gerais: cabe ao proprietário a ação de demarcação, para obrigar o seu vizinho a
estremar os respectivos prédios, fixando – se novos limites entre eles ou aviventando- se os já
apagados;

A Ação de demarcação de terras particulares tem a finalidade de fixar os limites entre os


imóveis confinantes, estabelecer marcos, os limites de cada um, o dono do imóvel que propõe
a ação sobre um imóvel que ele acha que está sendo tomado ou invadido por vizinhos;

A ação de divisão de terras particulares por sua vez, qualquer condômino pode intimar os
outros para manifestar o interesse de atuar em juízo, quanto a competência.

Também cabe ao condomínio a ação de divisão, para obrigar os demais consortes a estremar
quinhões. Conforme o CPC essa divisão de terras pode ser feita por meio de escritura pública

O art 570 diz que podemos pedir as duas, cumular as ações, primeiramente a demarcação
total, o perito vai fixar as divisas as linhas, vai dizer se existe sobreposição ou não. Neste caso é
litisconsórcio necessário, temos que citar todos eles, sob pena de eventualmente ter uma
ineficácia da sentença com relação a quem não foi chamado ou até mesmo a nulidade da
sentença dependendo da situação.

É uma ação do procedimento especial, conforme o art 569, diz que seu objetivo corrigir um
registro equivocado, recuperar meu imóvel invadido pelo vizinho, e diz que o objetivo dessa
ação é a devolução desse espaço, nessas ações é sempre importante pedir a perícia
topográfica, essa pericia determina se ocorreu ou não a invasão, outro ponto a ação de divisão
e de demarcação de terras são duas ações diferentes. o art 574 diz que é necessário juntar a
prova objeto que no caso é a matricula , certidão de propriedade, mas a maior prova que
podemos ter é a prova pericial ,quando o juiz nomeia o perito e ele faz uma planta para que
seja constatada a diferença nas terras, mas quando se trata de um imóvel georreferenciado,
com averbação no registro de imóveis , pode o juiz dispensar a realização de prova pericial,
porque algo feito com computador e satélites tem um grau de proximidade muito maior ,do
que uma prova realizada por pessoas, então esse processo se faz ser mais seguro.

O art 574 a 587 fala sobre os procedimentos necessários para a petição inicial na ação de
demarcação, onde deve ser instruída com os títulos da propriedade, designar-se – á o imóvel
pela situação e pela denominação, descrever-se-ão os limites por construir, aviventar ou
renovar e nomear-se-ão todos os confinantes da linha demarcada. Então tem que se indicar
todos os proprietários que fazem limite com as terras desse proprietário que move a ação de
demarcação.

Qualquer um dos condôminos pode propor essa demarcação, requerendo a intimação dos
demais para, querendo, intervir no processo. Tanto A quanto B ou os dois juntos poderão
propor essa demarcação porque eles estarão defendendo a própria propriedade, se ele
requerer a intimação o condômino vai intervir na condição de assistente litisconsorcial.

A citação dos réus será feita por correios, feitas as citações os réus terão o prazo comum de 15
dias para contestar.

Após o prazo de resposta do réu, observar-se-á o procedimento comum.


Antes de proferir a sentença, o juiz nomeará um ou mais peritos para levantar o traçado da
linha demarcada.

Concluído os estudos, os peritos apresentarão minucioso laudo sobre os traçados da linha de


demarcada, considerando os títulos, os marcos, os rumos, a fama da vizinhança, as
informações de antigos moradores do lugar e outros elementos que coligirem.

A sentença que julgar procedente o pedido determinará o traçado da linha demarcada.

A sentença proferida na ação demarcatória determinará a restituição da área invadida, se


houver, declarando o domínio ou a posse do prejudicado, ou ambos.

Transitada em julgado a sentença, o perito efetuará a demarcação e colocará os marcos


necessários.

O perito assim fará esse laudo descrevendo todo o procedimento efetuado, indicando o ponto
de partida, cercas, rios, a composição geológica dos terrenos entre outras especificidades.

Juntando aos autos o relatório dos peritos, o juiz determinará que as partes se manifestem
sobre ele no prazo comum de 15 dias.

Executadas as correções e as retificações que o juiz determinar, lavra-se á, em seguida, o auto


de demarcação em que os limites demarcados serão minuciosamente descritos de acordo com
o memorial e a planta. A partir da manifestação das partes o juiz pode acolher essa
manifestação e determinar essas correções ou retificações.

Assinado o auto pelo juiz e pelos peritos, será proferida a sentença homologatória de
demarcação.

Então nessa fase todo mundo já se manifestou, os peritos, as partes, o juiz já determinou a
retificação, posteriormente é feita a demarcação e o juiz homologa por sentença.

Art 588 a 598 diz que na ação de divisão a petição será instruída com os títulos de domínio
(propriedade) do promovente e conterá:

- A indicação da origem da comunhão e a denominação, a situação, os limites e as


características do imóvel;

- O nome, o estado civil, a profissão e a residência de todos os condôminos, especificando-se


os estabelecidos no imóvel com benfeitorias comuns

-As benfeitorias comuns, pois no momento da divisão tudo isso será levado em consideração.
Sendo as benfeitorias permanentes não serão computadas na área dividenda.

-Feitas as citações, os réus terão o prazo de 15 dias para contestar.

-Após o prazo da contestação segue o procedimento comum como na demarcação, o juiz irá
nomear um perito para fazer um laudo sobre as construções, as benfeitorias, indicando seus
valores e quaisquer outras informações que possam facilitar a partilha.

-Todos os condôminos serão intimados a apresentar, dentro de 10 dias, os seus títulos, nessa
fase cada um vai defender o seu imóvel.

-O juiz vai ouvir as partes no prazo comum de 15 dias.


-Não havendo impugnação, o juiz determinará a divisão do imóvel na forma que foi proposta
pelo perito. E se houver impugnação, o juiz proferira o prazo de 10 dias, sobre a decisão sobre
os pedidos e os títulos que devam ser atendidos na formação dos quinhões.

Serão condôminos antes da divisão, a partir do momento que transita em julgado são
quinhoeiros por que cada um recebe seu quinhão. Caso os quinhoeiros sofram um desfalque
ele tem direito de buscar dos outros condôminos do processo divisório a composição
pecuniária proporcional ao desfalque sofrido, já aproveitando o mesmo processo. As
compensações podem serem feitas em dinheiro, cumprido o disposto do art 586, o escrivão
lavrará em seguida o auto de divisão, acompanhado de uma folha de pagamento para cada
condômino.

Assinado o auto pelo juiz e pelo perito será proferida a sentença homologatória da divisão.

Você também pode gostar