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xHorticultura

2° Prova

Enxertia Fatores que afetam o pegamento do enxerto:


 Incompatibilidade:
É uma forma de propagação assexuada Fator genético; substância que pode ser
de vegetais na qual se coloca em contato de tóxica no cavalo ao enxerto, não ocorrendo à
duas porções de tecido vegetal que se soldadura;
desenvolvem e originam uma nova planta. Quanto mais próximas as cultivares
Composta por Enxerto (garfo) e Porta- enxertadas botanicamente → família, maior a
enxerto (cavalo). probabilidade de compatibilidade de soldadura.

 Condições ambientais:
Temperatura (menor que 5°C demora a
ocorrer a desdiferenciação) e acima de 30°C a
taxa de respiração é elevada (desidratação) o
ideal é 20-23°C;
Taxa de multiplicação;
Umidade;
Vento (quebra de local de enxertia).
Duas espécies diferentes de variedades
diferentes;  Habilidade de enxerto.
Cavalo também serve para sustentação;
Busca-se resistência a doenças; Utilização:
Na soldadura terá ligação de xilema, Plantas não propagadas por outros
floema e câmbio vascular. métodos;
Pode ou não formar calo na soldadura. Obter benefícios de porta-enxerto;
Citricultura/Citros → Limão “cravo”, Explorar características desejáveis de
tolerância a seca prolongada (déficit hídrico) → cultivares;
usada de cavalo, pode ser usado enxerto de Evitar a fase de juvenilidade.
laranja natal, por exemplo.
São retirados todos os galhos do cavalo; Classificação:
Custo de mão de obra é caro; Época da realização que depende do
Há dificuldade de identificar o câmbio. método utilizado.

Desdiferenciação→ câmbio vascular Método utilizado:


Totipotência → Soldadura  Enxertia de Encostia
1°: definir enxerto e porta-enxerto → 2
estacas;
2°: escolher matriz.

Desdiferenciação seguida de
diferenciação para formação de tecidos
vasculares → Soldadura.

OBS: Pouco usado em escala comercial;


Usado em escala doméstica;
Soldadura Realizado na época de primavera/verão.

 Enxertia de Borbulhia
Borbulhia → Técnica;
Borbulheira → Planta matriz de onde se
retira a gema para a enxertia;
Borbulha → Gema (das regiões mais
apicais da borbulheira).
OBS: Utiliza-se apenas uma gema por
porta-enxerto/cavalo; Utilizada em larga escala.
Realizado na época de primavera/verão.
Tipos de borbulhia: T normal; T invertido; porta-enxerto vizinho; Dificulta a translocação
Janela aberta e Janela fechada. para o ápice, logo, há maior translocação para o
enxerto resultando em seu maior crescimento;
Pode ser cortado após a brotação da gema.

 Enxertia de Garfagem

Retirada da borbulha → incisão no porta- 2 a 3 cm


enxerto → colocação da borbulha no porta-
enxerto → amarrio da fitilha → brotação da gema
(60 à 120 dias para brotação). 1 cm de diâmetro
OBS: Importante que o uso da borbulha
seja imediato quando retirada para não ocorrer
desidratação.
Processo: Garfo sobre o porta-enxerto.
Garfo: é uma mini estaca; É uma porção
T normal tem maior área aberta (em cima)
propiciando entrada de chuva e fungos → O corte de tecido vegetal contendo pelo menos uma
gema.
é de 2 a 3cm e 20 a 25cm de distância da base.
Dois cortes em bisel = cunha ou lança

Tipos de Garfagem:
Fenda cheia: Corte em Omega → acelera
o processo de brotação por ter maior contato.

T invertido há menor acumulo de água no


topo, logo, menos favorável à proliferação de
fungos; Utilizado em Citros → após 3 a 5 meses
da semeadura: Transplantio (mudas com 15 à 20
cm de altura) do tubete para um recipiente maior Feita por exemplo em videiras no BR e
e + 3 meses para enxertia (tempo mínimo: 9 acerola.
meses); Pessegueiro → ± 3 meses; Não é
poliembrionico, logo, pode ocorrer variabilidade. Fenda simples / Inglês simples:
Corte em bisel no enxerto e no porta-
enxerto, assim, câmbio em perfeito contato;
Inconveniente: pode ocorrer quebra na
região da enxertia
Feita por exemplo em Tomateiro.

Janela aberta tem maior área de contato


do porta-enxerto com a gema, é o método mais
trabalhoso e mais caro e é mais usado quando
outros métodos não são eficientes. OBS: Utilizada em larga escala.
OBS: O corte deve ter ± 3 cm e ser feito Realizado na época de inverno/período de
±20 à 25 cm a partir da base para o enxerto não repouso.
enraizar no substrato.
É utilizado um “tutor” que se trata de um
arame que sustenta a enxertia para ela ficar na
vertical.

Dobra do porta-enxerto na região acima


da enxertia serve para que tenha área para
realizar fotossíntese e não sombrear a gema do
Propagação por Estruturas Especializadas: Vantagens
Caule, folhas ou raízes modificadas que Única planta matriz → Várias mudas
funcionam como órgãos de reserva e podem ser Qualidade
usados na propagação das plantas. Facilidade de transporte
Uniformidade
Tipos: Espaço físico
Bulbo → Ex.: Cebola; Alho (junção de
bulbilhos). Desvantagens
Raiz tuberosa → Ex.: Beterraba; Cenoura. Custo elevado → Laboratório e mão de
Tubérculo → Ex.: Batata. obra;
Estolão → Caules aéreos que surgem na Aclimatização → adaptação da planta in
axila das folhas ou na base das plantas. Ex.: vitro para o ambiente.
Morangueiro.
Estrutura do Laboratório
Sala de lavagem e esterilização;
Sala de preparo dos meios de cultura;
Sala de transferência;
Sala de crescimento/cultura.

Sala de lavagem e esterilização: Lavar e


esterilizar frascos e demais materiais; Autoclavar
→ 30 à 40 minutos a 120°C.
Rizoma → Caule modificado, Sala de preparo dos meios de cultura:
normalmente subterrâneo. Ex.: Bananeira. Sala de transferência: Manipulação dos
Rebentos → Brotação que surgem a partir materiais que serão transferidos para os frascos
das raízes, do caule ou dos próprios frutos. → câmaras de fluxo laminar, ligada por ±10
Ex.: Amoreira preta, Framboesa e Abacaxi. minutos antes de começar.
Após colocar dentro dos frascos as
plântulas irão para:
Sala de crescimento/cultura: local onde as
plântulas serão mantidas até a climatização. Fica
exposta à 16h de luz e 18h de escuro à 25-30°C,
UR: 70-80%.

Princípios
Explante: definir
Assepsia: evitar contaminação
Meio de cultura: fornece tudo que o
Micropropagação explante precisa.
Micro: Porções pequenas.
Propagação: Reproduzir; Proliferação. Metodologia
Micropropagar: Definir a parte da matriz. Quatro etapas:
Micropropagação: Porções de tecidos Laboratório:
(explantes) extraídos de uma planta e cultivados 1. Estabelecimento da cultura in vitro:
in vitro sob condições assépticas. Seleção do explante/meio de cultura;
Explante: Qualquer segmento de tecido 2. Multiplicação
vegetal oriundo de uma planta usada no cultivo in 3. Enraizamento
vitro (Ápice caulinar; Folha; Gema). Estufa:
Controle se da através da temperatura, 4. Aclimatização (etapa mais crítica e
luminosidade e umidade. mais propensa à desidratação).

Seleção do explante/meio de cultura →


após o estabelecimento se inicia a Multiplicação
→ em seguida da multiplicação o objetivo é a
formação de raízes → logo é a adaptação das
mudas após a transferência da condição in vitro
para ex vitro.
Utilização  Declividade → área não pode ser
Propagação rápida, quantidade e 100% plana, nem muito “inclinada”. Área ideal
qualidade; com menor declividade → 2 a 5%.
Limpeza clonal → Quando a planta esta  Luminosidade → área ensolarada
com algum problema (doença) que não foi e arejada, a instalação da edificação sentido
resolvido com produtos químicos. N-S.
Micropropagação auxilia na clonagem de  Distância da área de plantio →
plantas sadias. mais próximo possível da área de plantio.
Brotação em solução (por 1h); Retirada  Solo → mudas em raiz nua: Boa
camadas iniciais (broto); Ápice caulinar em drenagem.
hipoclorito de sódio; Retirada de primórdios
foliares. Tipos de Viveiros - quanto à duração
Explante de bananeira e de oliveira oxida Viveiros permanentes: caráter fixo →
em contato com a luz. produção por vários anos;
Algumas mudas podem ser feitas a poda Viveiros temporários: produção durante o
foliar, exceto orquídea. período determinado;
OBS do viveiro temporário: O
investimento é menor e tem estrutura mais
Viveiro simples.
Área onde estão concentradas todas as Ambos os tipos de viveiro não devem se
atividades de produção de mudas vegetais. diferenciar no quesito qualidade de produção.
Destina-se à produção, ao manejo e
proteção das mudas até que tenham idade e Quanta proteção de sistema radicular
tamanho suficientes para serem plantadas no 1. Viveiros com mudas em raiz nua:
local definido Considerar as propriedades físicas e
 Séc. XV até a 2° Guerra Mundial químicas do solo;
→ caráter artesanal. Mudas retiradas com raiz nua (em alguns
 A partir 2° metade Séc. XX (anos casos, o torrão pode acompanhar a muda →
70) → tecnologias modernas: quando não se tem a possibilidade de ser
automatização → “fábrica de retirado totalmente porque pode danificar as
plantas”. raízes).
Ex.: Mudas florestais.
Importância sócio-econômica OBS: Esta é vendida sem recipiente (se
 Desenvolvimento da região; tornando uma vantagem, por ter menor custo
 Mão-de-obra. com isto). Produzida em canteiros suspensos
(não é muito bom, pois pode danificar as raízes
Infraestrutura na hora da retirada da planta do local) ou
diretamente no solo.
 Exigências legais 2. Viveiros com mudas em recipientes:
 Tamanho e tipo de viveiro Menor necessidade de água;
 Nível tecnológico Utilização da mesma área por vários
 Espécies anos/substrato.
 Quantidade de mudas
 Regularidade de oferta Estruturas e controle das condições
 Método de propagação ambientais
 Destino das mudas  Produção: Céu aberto ou Ambiente
 Espaço físico protegido;
OBS do espaço físico: Área produtiva →  Seleção da estrutura: Necessidade
40% → canteiros; da cultura;
Área não produtiva → 60% → caminhos,  Condições climáticas;
ruas, edificações.  Recursos disponíveis.
Instalação dos Viveiros e áreas de produção Ambiente protegido = cultivo protegido
Escolha de local OBS: barreira interposta entre o topo da
 Facilidade de acesso → Mercado cultura e a atmosfera. Modificação no ambiente.
consumidor;
 Água → abundantemente e de boa
qualidade (análise para saber nível de cloro);
Estufa 100 cm². Depósito de 100 L/dia
Principais mudanças no clima em ambiente adequado; Custo mais caro que telado. Este
protegido modelo pode ser dobrada as laterais para
 Redução da radiação solar ventilação;
 Proteção de chuva Modelo Capela → Regiões de altas
 Proteção de vento precipitações; Facilidade de construção; Mais
↓ 30% transpiração comum de plástico;
 Maior umidade relativa
 Aumento da temperatura média Estufa de vidro: maior risco e mais caro;
*Ganho térmico (↑ temperatura máxima ≈ Modelo MultiCapela → 100% coberta com
1,6 a 3,1°C). plástico.
Modelo Dente de serra; Londrina e
Vantagens Espanhola.
 Maior regularidade de produção;
 Abrigo
 Produção e qualidade dos Efeito guarda-chuva
produtos; Abrigo ≈ Estufa
Usos: Cultivo de espécies frutíferas em
Culturas dispõem Culturas protegidas dos zonas de clima frio.
de condições + danos provocados
ambientais mais pelos ventos e chuva  Telado
favoráveis excessiva Casa de sombra;
Postes de madeira, concreto ou metal,
coberto por sombrite;
Aumento de rendimento e da qualidade.
Custo mais barato se comparado com a
estufa.
 Controle de pragas e doenças: Tipos de Tela:
menor demanda de produtos Telas de sombreamento → Porcentagem
químicos. do sombreamento de luz (18 a 80%); Cores:
Ambiente coberto = evita a "lavagem" dos Preta (“sombrite”), branca ou aluminizada;
produtos. Sombrite: quanto mais fechado + caro.
Facilidade de instalação de armadilhas Ex.: 80% é mais caro que 50%.
anti-insetos. Aluminizada: reflete parte da radiação
 Economia de água solar, limitando o acumulo de calor/carga térmica.
Barreira de vento Tela anti-insetos e pragas → conforme
+ necessidade, em casos de culturas propícias á
Redução da radiação solar pulgões, por exemplo, citricultura.
+ Usos: Proteção de sementeira;
Maior umidade relativa do ar Aclimatização de mudas oriundas de cultivo “in
vitro”.
Redução da evaporação do solo e da  Túnel
transpiração das culturas (≈30%) Suporte de sustentação semi circular
(flexível);
 Menor risco de perdas por Mais simples e mais barato que o modelo
intempéries. em arco;
 Maior conforto e segurança para o Cobertura de filme plástico;
trabalhador Tipos de túnel:
Túnel baixo: 0,6 a 0,7 m de altura e 1,0 a
Tipos de estruturas 1,20 m de largura; Ideal para mudas, sementeira
 Estufa (casa de vegetação) e culturas de porte menor;
Estrutura parcial ou completamente Túnel alto: mais de 2,20 m de altura e 4 a
fechada; 6 m de largura; Ideal para culturas de porte
Cobertura com materiais transparentes, maior; maior ventilação.
como: plástico, vidro, filmes plásticos e telhas de Uso: Proteção de sementes.
policarbonato;
Produção em várias épocas do ano; Cobertura morta do solo ou Mulching
Aliado na produção e manutenção de Distribuir sobre a superfície do solo uma
mudas e proteção dos funcionários. camada de palhas ou outros resíduos vegetais
Modelos de estrutura: entre as linhas das culturas ou apenas até a
Modelo Teto em Arco: Resistência ao projeção da copa das plantas.
vento e aproveitamento da luz → posicionamento
Proteger a cultura e propicia melhores
resultados.
Cobertura do solo:
Palhada;
Plástico: Preta; Prata; Branco/Preto (mais
cara; não tem tanto acumulo de calor, pois, parte
da radiação solar é refletida.).
OBS: É preciso estudar qual melhor
cobertura para cada cultura.

Cobertura do solo com plástico


Uso de plástico: filme plástico na
superfície do solo criando uma barreira física à
transferência de calor e vapor de água entre o
solo e a atmosfera.
Objetivos:
Controle de plantas espontâneas;
Isolar o solo da cultura;
Elevar T° do solo;
Economia de água: Menos de 21% de
Evaporação da água do solo → maior eficiência
do uso da água

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