Você está na página 1de 14

Aula Semana de 22/05

Leia:

Curiosidade

Existe brincadeira mais divertida do que conseguir girar um bambolê? Esse brinquedo desafia
meninos, meninas e até os adultos. Ninguém resiste a esse aro giratório! Mas, como terá surgido
esse brinquedo?
O bambolê foi criado no Egito há três mil anos. No início, ele era feito com fios secos de
parreira. As crianças egípcias usavam os bambolês para imitar os artistas que dançavam com
aros ao redor do corpo.
Os primeiros bambolês modernos eram feitos de madeira ou ferro e eram chamados de aro
mortal. Com a criação do plástico polipropileno cristalino, os bambolês ficaram mais leves e muito
mais divertidos.
O bambolê como conhecemos hoje, feito de plástico colorido, foi criado nos Estados Unidos,
em 1958. A invenção foi dos jovens norte-americanos Arthur Melin e Richard Knerr, que eram
donos de uma fábrica de brinquedos.
A ideia de fabricar o bambolê nasceu na Austrália, onde os estudantes de ginástica utilizavam
aros de bambu na cintura durante seus treinamentos. O novo brinquedo foi batizado de hula
hoop e vendeu 25 milhões de unidades em apenas quatro meses.
Em 1958, uma tradicional fábrica de brinquedos lançou o bambolê no Brasil. Desde então, o
brinquedo é sucesso entre as crianças!
Disponível em: http://www.sitedecuriosidades.com. Acesso em: 25/05/16.

Questões c) “[…] foi criado nos Estados Unidos, em


Questão 1 – Identifique a passagem que 1958.”.
explicita o objetivo do texto: d) “Desde então, o brinquedo é sucesso
entre as crianças!”.
Questão 2 – “O novo brinquedo foi batizado
de hula hoop e vendeu 25 milhões de Questão 5 – “O novo brinquedo foi batizado
unidades em apenas quatro meses.”. O de hula hoop e vendeu 25 milhões de
vocábulo Hula hoop aparece em itálico unidades em apenas quatro meses.”. O
porque: elemento sublinhado indica:
a) consiste em um termo pouco usual no a) restrição
Brasil. b) validação
b) apresenta grafia controversa. c) retificação
c) se trata de uma palavra de origem d) ênfase
estrangeira.
d) não foi empregado consoante a sua Questão 6 – Encontra-se registro de
acepção literal. opinião em:
a) “Existe brincadeira mais divertida do que
Questão 3 – Assinale a opção que conseguir girar um bambolê?”.
apresenta uma forma de referência ao b) “Esse brinquedo desafia meninos,
bambolê: meninas e até os adultos.”.
a) ele c) “Em 1958, uma tradicional fábrica de
b) este brinquedo brinquedos lançou o bambolê no Brasil.”.
c) o brinquedo d) “Desde então, o brinquedo é sucesso
d) esse aro giratório entre as crianças!”.

Questão 4 – Identifique a alternativa em Questão 7 – “A ideia de fabricar o bambolê


que a marcação temporal é feita de forma nasceu na Austrália, onde os estudantes de
anafórica: ginástica utilizavam aros de bambu na
a) “O bambolê foi criado no Egito há três cintura durante seus treinamentos.”.
mil anos.”. Identifique os referentes das formas
b) “O bambolê como conhecemos hoje, pronominais sinalizadas no contexto acima:
feito de plástico colorido […]”.
Aula Semana de 22/05

GRIPE

A vacinação é uma prevenção eficaz Definição A gripe é uma infecção viral que
ataca as vias respiratórias. São três os tipos da gripe: A, B e C, variando de
acordo com suas características estruturais. No entanto, o mais frequente é o
tipo A. As crianças mais novas podem ficar gripadas três ou quatro vezes por
ano. A saliva eliminada durante a tosse e o espirro é a principal responsável pela
transmissão a pessoas suscetíveis. O vírus então se multiplica nas vias
respiratórias e alcança sua concentração máxima nas secreções 2 ou 3 dias
após a contração da infecção. Após cerca de 7 dias, ela deixa de ser detectada,
embora nas crianças infectadas pela primeira vez esse período possa durar
cerca de duas semanas. Quadro Clínico Os vírus da gripe podem ter muitas
manifestações clínicas: de uma infecção sem sintomas aparentes até uma
pneumonia viral grave. Mas os sintomas mais graves costumam estar
associados ao tipo A. O período de incubação varia de 1 a 5 dias. Ela costuma
começar de maneira brusca com faringite, dores de cabeça, calafrios e tosse
seca, febre alta (que tende a ser mais elevada em crianças), dores musculares,
mal-estar generalizado e falta de apetite. Algumas vezes ocorre congestão
nasal, coriza, espirros e irritação dos olhos. A febre começa a baixar após o
segundo ou terceiro dia, e é muito raro continuar até o sexto dia. A tosse e a
fraqueza geral, porém, podem persistir várias semanas após o contágio. 3
Complicações Entre as complicações que podem aparecer, destaca-se a
pneumonia viral, que ocorre em 25% dos casos, especialmente em mulheres
grávidas. O aumento da frequência respiratória, da frequência cardíaca, febre
elevada e diminuição da pressão arterial são mais algumas manifestações que
podem surgir. Uma das complicações mais graves é a Síndrome de Reye, que
aparece em crianças e adolescentes e causa inúmeras mortes. Ela causa
alterações no sistema nervoso central e no fígado. No momento, há indícios de
que ela esteja relacionada ao consumo de remédios como a aspirina; por isso
não se recomenda seu uso em crianças com infecção respiratória. Tratamento
A amantadina pode ser usada para prevenção e o tratamento específico das
infecções produzidas pelo vírus da gripe. Estima-se que o efeito protetor possa
alcançar aproximadamente 75% dos pacientes que tomam esses
medicamentos. Mesmo assim, a vacinação é a medida preventiva mais eficaz -
embora essa eficácia seja relativa - já que evita a doença em 60 a 80% dos
vacinados. É administrada em dose única, mas recomenda-se repetir a aplicação
a cada outono, antes que a epidemia sazonal de inverno comece. Vale lembrar
que ela tende a ser mais eficaz nos jovens do que nos idosos. Quanto à gravidez,
apesar de ela não possuir nenhuma forma de relação negativa com a vacina,
também não é unanimidade entre os médicos.

Disponível em Gripe. Discovery Home & Health. Disponível em


Aula Semana de 22/05

Texto de divulgação científica


O texto de divulgação científica tem o objetivo de popularizar os
saberes científicos. Por meio desse formato, a ciência é
apresentada de modo simplificado a um público leigo.

O texto de divulgação científica é um gênero textual produzido


para pessoas não especializadas. A partir desse texto, um
tema científico é apresentado ao público geral de maneira
simplificada, objetiva e contextualizada. Além de uma
linguagem clara e acessível, esse formato deve ter recursos
visuais.
A divulgação científica é uma ótima estratégia para a democratização
do acesso à ciência.
O texto de divulgação científica é um gênero textual desenvolvido
com o objetivo de levar informações da área científica a um público que
não é especializado, de maneira compreensível, contextualizada e
acessível. Diferentemente das comunicações científicas, que ocorrem
entre profissionais da área, esse texto é direcionado a pessoas que
possuem pouco ou nenhum conhecimento científico acerca de
determinado assunto, mas desejam aprender sobre ele. Para ser
atraente ao público-alvo, além de ter uma linguagem simples, didática
e organizada, um texto de divulgação científica necessita de recursos
visuais.

Resumo sobre o texto de divulgação científica

• O texto de divulgação científica é um gênero textual


produzido para pessoas não especializadas.

• A partir desse texto, um tema científico é apresentado ao


público geral de maneira simplificada, objetiva e
contextualizada.

• Além de uma linguagem clara e acessível, esse formato deve


ter recursos visuais.

• Jargões científicos e termos técnicos devem ser evitados.


Aula Semana de 22/05

• Um texto de divulgação científica é composto por título,


introdução, desenvolvimento e conclusão
https://youtu.be/jGgZgBNlEEg Vídeo aula

Quais são as características do texto de


divulgação científica?

Esse formato de texto é produzido para um público leigo, com o


intuito de inclui-lo no debate sobre temas que podem impactar a sua
vida ou a sociedade em que vive. Sendo assim, o texto de divulgação
científica deve ter as seguintes características:

• Linguagem clara e simples: o público-alvo não pode ter


dificuldades para entender o assunto abordado. Logo, é
imprescindível adaptar o nível da linguagem e, se for preciso,
fazer uso de analogias. Além disso, termos muito técnicos e
jargões próprios da área científica devem ser evitados para
não gerar problemas de compreensão.

• Contextualização: é importante que as pessoas entendam


como aquele assunto está presente em seu dia a dia ou
conectado a outros aspectos de sua vida.

• Objetividade: trabalhos da área científica normalmente são


muito detalhados e extensos, pois precisam seguir padrões
específicos tanto para a produção quanto para a publicação
das pesquisas. Contudo, uma pessoa que escreve textos de
divulgação científica deve focar nos elementos mais
relevantes para o público, para não tornar o texto cansativo.

• Recursos visuais: além do texto escrito, é imprescindível que


sejam incluídos elementos como imagens, gráficos,
infográficos, ilustrações, entre outros, para tornar o conteúdo
mais atrativo visualmente.

• Rigor científico: o texto deve estar embasado em fontes


confiáveis e, apesar da linguagem mais simples, deve ser
Aula Semana de 22/05

desenvolvido com cuidado para que os fatos sejam


assegurados.

Estrutura do texto de divulgação científica

O layout do texto, bem como a fonte e o seu tamanho, dependerá do


local em que a produção será veiculada, podendo ser em um jornal, um
boletim, uma revista, um folheto, entre outros. No entanto, a estrutura
adotada na composição do texto de divulgação científica é a mesma
do texto dissertativo, que exige introdução, desenvolvimento e
conclusão. Isso ocorre porque esse gênero textual exige uma
apresentação lógica da temática e uma organização que guie o leitor
na descoberta das informações. Assim, é esperado que um texto de
divulgação científica tenha:

• um título chamativo que indique com clareza o assunto que


será abordado;

• um parágrafo de introdução, no qual o tema será apresentado


e contextualizado, mostrando por que ele é importante e
como ele está relacionado à nossa sociedade;

• o desenvolvimento da temática, em que estão inclusas não


apenas as informações relevantes, atualizadas e necessárias
que se deseja divulgar, mas também as exemplificações;

• a conclusão, que é uma parte de retomada dos pontos mais


importantes, de reafirmação da relevância do assunto e de
exposição dos resultados da pesquisa, se for o caso.

Importante: Um texto de divulgação científica deve ter embasamento


científico. Por isso, é imprescindível guardar as fontes consultadas,
mesmo que elas não entrem na versão final do trabalho.

Como se faz um texto de divulgação


científica?

O primeiro passo é a escolha do tema sobre o qual se deseja falar.


Nessa escolha, é importante considerar as temáticas que, de fato, são
Aula Semana de 22/05

relevantes para a sociedade e que podem ser traduzidas para uma


linguagem acessível. Infelizmente, não são todos os estudos científicos
que podem facilmente ser transmitidos de forma simplificada e
atrativa.

O segundo passo para o desenvolvimento do texto de divulgação


científica é a pesquisa, que deve ser feita em fontes confiáveis. Para
essa busca, considere artigos científicos, livros e revistas
especializadas. Também é possível usar sites, desde que eles sejam de
instituições confiáveis. Jamais utilize informações que não possuem
referências bibliográficas.

O terceiro passo é a organização das informações coletadas ao longo


da pesquisa. Selecione as ideias principais sobre o tema e, caso deseje,
anote-as em tópicos. Depois, esboce um rascunho do seu texto,
acrescentando o modo como essas informações estão relacionadas e
as conclusões da sua pesquisa.

O quarto passo é a escrita do seu texto de divulgação científica.


Defina o público-alvo e, a partir disso, desenvolva o seu trabalho na
linguagem adequada. Escreva a introdução de maneira a apresentar o
tema central e a sua importância. Nessa parte, uma boa estratégia é
fazer algumas perguntas, que serão respondidas ao longo do texto. Já
no desenvolvimento, exponha o assunto de forma clara. Vale usar do
bom humor, de exemplificações práticas e de analogias.

Na conclusão, apresente os principais resultados, reafirmando por que


o assunto é importante. Se necessário, acrescente as referências e, ao
final, pense em um título chamativo que represente o assunto
abordado no seu trabalho.

Importante: Lembre-se de que é preciso adequar o vocabulário do


seu texto para o público-alvo, pois o excesso de termos complexos e
científicos pode gerar dificuldade de compreensão e,
consequentemente, desinteresse do leitor. Para antecipar problemas
nesse sentido, tente reler o seu texto como se você fizesse parte do
público-alvo.

O quinto passo é a revisão do seu texto. É comum que, devido à


correria, sejam cometidos alguns erros de gramática, de ortografia, de
Aula Semana de 22/05

coesão e de coerência. Por conta disso, a etapa da revisão textual é


importantíssima, pois é nesse momento que o texto poderá ser relido
e ajustado. Verifique se os seus parágrafos estão bem-organizados e
conectados, se todas as ideias apresentadas estão claras e coerentes e
se a linguagem que você utilizou está apropriada.

O último passo é a formatação do layout. Nessa etapa, você também


acrescentará os recursos visuais ao seu texto, que podem ser imagens,
ilustrações, gráficos etc. Para evitar problemas de direitos autorais,

Texto enciclopédico é gênero discursivo que apresenta, de


maneira organizada e sistemática, as informações sobre
determinado conteúdo do conhecimento humano. O uso da 3ª
pessoa do discurso se faz necessário para marcar a
impessoalidade do texto sem a presença de juízo de valores.

Artigo enciclopédico:
características, estrutura
e exemplo
Um artigo enciclopédico é um texto que segue o formato
tradicional usado nas enciclopédias. Esses artigos têm a
particularidade de lidar de forma concisa com questões individuais
de forma autônoma. Sua função é fornecer uma visão geral do
tópico selecionado para informar uma ampla gama de leitores.

Nesse sentido, o artigo enciclopédico difere de outros textos


acadêmicos por sua “popularização”. Os artigos acadêmicos são
escritos para pesquisadores, cientistas e estudantes da área. Em
vez disso, a enciclopédia é projetada para o público em geral. Eles
servem para fazer uma primeira abordagem a um tópico.

Esses resumos ou compêndios de estudos existentes têm uma


longa tradição de cerca de 2000 anos. A palavra enciclopédia é
derivada do grego enkyklios paideia que traduz o ensino geral.
Aula Semana de 22/05

Originalmente, referia-se a um círculo ou sistema completo de


aprendizado, ou seja, uma educação integral.

Atualmente, o artigo enciclopédico é muito popular no mundo das


redes virtuais. As enciclopédias eletrônicas são mais interativas,
acessíveis e interessantes.

Os textos não são acompanhados por imagens, animações, vídeos


e música. Além disso, eles oferecem opções avançadas de pesquisa
e links da Internet.

Características de um artigo enciclopédico

Descritivo

O artigo enciclopédico é descritivo. As informações contidas neles


são mais longas e detalhadas do que as obtidas na maioria dos
dicionários.

Diferentemente desses, que se concentram na linguagem e nas


palavras, o foco desse tipo de texto é a descrição e explicação dos
conceitos ou fatos a que se referem.

Exato

Geralmente, o artigo enciclopédico é o produto de pessoas com


conhecimento e experiência no assunto. Em muitos casos,
estudiosos especialistas trabalham juntos para investigar e
organizar enciclopédias sem erros. Seu objetivo a alcançar é
objetividade e neutralidade em todos os tópicos.

Além disso, esses artigos têm alta confiabilidade quando


comparados a outras fontes de informação. A razão para isso é
que eles estão sujeitos a avaliação permanente. Entre as
ferramentas usadas para avaliá-las estão estatísticas, revisões
periódicas e edição.
Aula Semana de 22/05

Simples

O artigo enciclopédico é frequentemente usado como fonte de


referência. Portanto, seu estilo e organização devem permitir uma
pesquisa eficaz.

Se eles são muito extensos, é muito comum que as informações


sejam divididas em várias seções. O autor deve garantir que o
leitor encontre o conhecimento desejado de maneira rápida e fácil.

Além disso, o idioma usado nesses artigos é simples. Isso inclui o


vocabulário e a estrutura da frase. O uso de um vocabulário
simples também implica o uso de definições precisas.

Variado

As informações apresentadas em um artigo enciclopédico podem


ser de vários tipos. O tipo e a largura do material também podem
variar. Da mesma forma, o alcance do público a que se destina é
geralmente bastante amplo. Os artigos são escritos para usuários
de diferentes formações educacionais

Além disso, cada texto explora profundamente algum assunto e é


frequentemente acompanhado por ilustrações, mapas, gráficos e
fotografias. Isso torna a aquisição de conhecimento mais fácil e
agradável.

Em relação ao formato, as enciclopédias não estão mais limitadas


ao formulário do livro. Atualmente, eles podem ser obtidos no
formato CD-ROM e, além disso, estão totalmente disponíveis
online.

Estrutura

Dependendo de vários fatores, a estrutura de um artigo


enciclopédico pode variar. Entre os fatores que afetam, podemos
citar a extensão do texto, o público-alvo, o formato da
Aula Semana de 22/05

apresentação e outros. Alguns de seus elementos mais frequentes


são descritos abaixo.

Tabela de conteúdo

Muitos artigos enciclopédicos, especialmente se tiverem um


comprimento considerável, começam com um esquema temático.
Esse esquema destaca os subtópicos importantes que serão
discutidos no texto. Pretende ser uma visão geral e, portanto, lista
apenas os títulos principais. Glossário

Quando eles são muito especializados, esse tipo de texto


geralmente possui um glossário. Esta seção contém termos
importantes para entender o artigo e que não são familiares ao
leitor.

Relacionado: Linguagem formal: características e exemplos

Parágrafo introdutório

O texto de cada artigo enciclopédico começa com um parágrafo


introdutório. Em alguns casos, até dois parágrafos são usados para
definir o tópico em discussão e resumir o conteúdo do artigo.

Desenvolvimento

O desenvolvimento deve ser mantido dentro de um número


limitado de palavras, portanto deve ser conciso. Alguns desses
artigos contêm citações e notas para apoiar os fatos.

As explicações devem ser simples, evitando o jargão técnico. Além


disso, a organização do texto e sua apresentação devem se adaptar
ao tema.
Aula Semana de 22/05

Referências cruzadas

Os artigos enciclopédicos são estipulados para ter referências que


direcionam o leitor para outros artigos. Essas referências cruzadas
geralmente aparecem no final do texto.

Sua função é indicar artigos que podem ser consultados para obter
mais informações sobre o mesmo assunto ou outras informações
sobre um assunto relacionado.

Fontes de referência e bibliografia

A seção de referências ou bibliografia aparece como o último


elemento de um artigo. Esta é uma lista dos materiais consultados
pelo autor ao preparar o texto.

Isso pode ser acompanhado pelas recomendações do autor dos


materiais mais adequados para uma leitura mais aprofundada
sobre o tópico em questão.
Aula Semana de 22/05
Leia este texto|1|
Aula Semanade
de divulgação
22/05 científica produzido pelo biólogo e professor Fábio
Carvalho. Neste trabalho, a temática principal é apresentada em tom de curiosidade, ao
mesmo tempo que possui um caráter informativo. Por meio desse texto, o leitor percebe
que, mesmo não gostando de baratas, elas são importantes para o equilíbrio do
ecossistema.

QUEM QUER CASAR COM A DONA BARATINHA?

Após se deparar com uma barata, muitas pessoas entram em pânico só de pensarem na possibilidade de uma
“infestação”. Nesse momento, é possível que você, algum familiar ou conhecido já tenham pensado em como seria
bom acabar com todas as baratas do mundo. Mas, seria uma boa ideia? De primeira, pode até parecer que sim,
mas será que podemos mesmo acabar com as baratas? Então, vamos falar um pouco sobre estes insetos. Bom, não
dá para chamar estes insetos exatamente de bonitos e fofos, mas eles são muito importantes.

Para começo de conversa, é bom saber que existem cerca de 5 mil espécies diferentes de baratas, que pertencem
à ordem Blattodea. As baratas urbanas, estas que vivem nas cidades e dentro da sua casa, representam apenas
cerca de 1% desse total. Um dado interessante revelado por um estudo é que, na cidade de São Paulo, existem
cerca de 200 baratas por habitante! O tamanho das baratas também é bastante variado, desde espécies com apenas
alguns milímetros até as maiores, que podem chegar a cerca de 10 cm de comprimento (que ocorrem na Austrália).

As baratas são organismos muito importantes em ambientes silvestres e mesmo nos ecossistemas urbanos. Elas se
alimentam de restos de animais mortos (inclusive humanos), fezes, detritos e material vegetal. Além disso, são
presas de animais como lacraias, aranhas, escorpiões, aves, ratos e morcegos. Por isso, o desaparecimento das
baratas causaria um desequilíbrio no ecossistema. Como se alimentam de animais mortos, ajudam na
decomposição desses animais devolvendo os nutrientes presentes nesses cadáveres ao ecossistema; e como presas
de outros animais, a extinção das baratas poderia causar efeitos negativos nas populações dos seus predadores.

Agora, um fato curioso sobre as baratas: você sabia que estes insetos também fazem parte da dieta humana? Em
muitos países, especialmente na Ásia, as pessoas comem baratas! Na China, por exemplo, é comum encontrar
espetinhos de baratas. E elas são um ótimo alimento, ricas em gorduras e carboidratos, e também uma ótima fonte
de cálcio!

Outra curiosidade sobre as baratas é sua longevidade. São animais que surgiram há cerca de 300 milhões de anos.
Sobreviveram à extinção em massa que extinguiu os dinossauros, há cerca de 65 milhões de anos! Além disso,
suportam cerca de 20 vezes mais radiação do que o homem. No entanto, são tão suscetíveis a um ataque nuclear
quanto os humanos. A diferença é que, por viverem em galerias subterrâneas e terem seus ovos protegidos por
uma cápsula, as baratas poderiam ter mais chance de sobreviver a esse tipo de ataque.

As baratas também têm um jeito bastante interessante de se comunicarem entre elas. Cientistas descobriram que
bactérias presentes nas fezes das baratas emitem cheiros que atraem outras baratas. É assim que uma barata avisa
a outra sobre uma fonte de alimento, por exemplo. E, por isso, as baratas tendem a ser vistas em grupos. Pode
Aula Semana de 22/05

parecer engraçado ou até mesmo nojento estudar baratas, mas a verdade é que estes estudos são importantes, pois
podem ajudar no desenvolvimento de inseticidas mais específicos e no controle desses insetos, que, afinal, por
viverem em esgoto e lixo urbano, também podem ser vetores de doenças.

Agora que você conhece um pouco mais sobre as baratas, elas não se tornaram um pouco mais atraentes? E será
que acabar com elas continua sendo uma boa ideia? O que você acha? Que tal estudar e conhecer mais sobre elas
e sobre outros insetos, e também sobre os outros animais e plantas que existem no nosso país e no mundo? Seja
curioso! Conhecer é a melhor forma de preservar nossa biodiversidade!
Texto publicado originalmente no boletim Desbaratando a Biologia, uma iniciativa do curso de Ciências Biológicas do Instituto
Federal Goiano/Campus Rio Verde.

Você também pode gostar