ORIENTAÇÃO APLICADA

O QUE É A ORIENTAÇÃO?
É uma atividade desportiva que tem como objetivo principal o percorrer de uma
determinada distância em qualquer tipo de terreno, obrigando o participante a passar por
diversos postos de controlo. Esta modalidade consiste na escolha do melhor trajeto entre
pontos marcados num mapa e materializados no terreno através de balizas de Orientação,
procurando cumprir, no mais curto espaço de tempo possível, um percurso sem qualquer
auxílio externo que não, eventualmente, uma bússola. Os atletas dispõem apenas da sua
condição física, capacidade de leitura do mapa e capacidade de concentração para alcançar
os seus objetivos. Antes do início de cada prova, todos os praticantes têm acesso a um mapa
onde verificam os locais que são de passagem obrigatória. No terreno, cada desportista
passa pelo local que está marcado no mapa (balizas) e introduz o seu cartão de controlo
(identificador) numa estação eletrónica que confirma a sua passagem.

ORIENTAÇÃO PEDESTRE
É um dos tipos de orientação, e aquela que se é feita a pé. A orientação pedestre exige
muita resistência e uma grande componente mental dos seus participantes. O orientista
utiliza um mapa, uma bússola e une o desempenho físico com o raciocínio rápido. O
percurso de trajeto é feito em deslocação a pé em ritmo de corrida.
 ENQUADRAMENTO HISTÓRICO
A Orientação tem as suas raízes na esfera militar, e tem a sua origem nos países nórdicos há
mais de um século: é apontada a Suécia, e o ano de 1918, como as origens da Orientação
como modalidade desportiva. As tropas realizavam entre si pequenos exercícios de
orientação que tinham como objetivo principal o reforço dos elos de camaradagem de todos
os elementos e o fortalecimento do espírito de grupo. No entanto, a Orientação como
desporto começou apenas a dar os primeiros passos em 1912, pela mão do Major e líder
escoteiro sueco Ernst Killander, considerado o pai da Orientação. O Major chamou a
atenção de todos os jovens que se afastavam da corrida e do atletismo (as principais
competições da época) e trouxe-os para esta “nova forma de correr”. A Maratona ficou
assim dividida em três provas, onde a disciplina da leitura por carta e a perceção da
Orientação foram adicionadas.
A 25 Março de 1919 deu-se a primeira competição oficial de Orientação, na denominada
"Corrida de Estocolmo", que teve como diretor de prova Ernst Killander. A prova ocorreu
perto de Saltsjöbaden, reuniu mais de 200 participantes e foi organizada pela Federação de
Desportos de Estocolmo. A competição tinha uma extensão de 12 quilómetros e apenas 3
postos de controlo e foi considerada um autêntico sucesso mundial. A partir deste
momento, a Orientação não mais parou de crescer como desporto e atualmente tem
milhares de praticantes em todo o planeta.
QUEM PODE PRATICAR ORIENTAÇÃO? Este desporto é abrangente, todos podem
participar, em Portugal a FPO (Federação Portuguesa de Orientação), criada em 1990,
possibilita acesso ao calendário das provas sejam elas de nível local, regional, nacional ou
internacional, num formato que permite, em simultâneo, a partilha do mesmo espaço de
prática por todo e qualquer indivíduo, com ou sem vínculo federativo, de diferentes níveis
de condição física, masculino ou feminino, jovem ou idoso, portador ou não de deficiência
física, com objetivos competitivos ou apenas recreativos.
 DISCIPLINAS OFICIAIS DE ORIENTAÇÃO

 Orientação pedestre é a disciplina de orientação com maior tradição, tem maior

número de praticantes, tanto em Portugal como a nível internacional;

 Orientação BTT (Bicicleta Todo o Terreno) – Semelhante à primeira disciplina

referida, mas a deslocação é apenas em BTT e apenas por caminhos;

 Corridas aventuras - disciplina da orientação por equipas, com provas de um ou

vários dias com diversas etapas como por exemplo: orientação pedestre, orientação
em BTT, em canoa, manobras de cordas e outros;
 Orientação de precisão (Trail-O) – direcionada para pessoas com deficiência motora,
mas normalmente aberta a todos com grandes potencialidades ao nível da
aprendizagem da orientação, aqui o fator avaliado é a capacidade de leitura do mapa
e interpretação do terreno;

 Orientação em esqui – adaptada a terrenos com neve, tal como orientação em BTT a
orientação apenas se pode realizar nos caminhos indicados no mapa. (Pelas próprias
características do clima não se pratica em Portugal)

OBJETIVOS GERAIS DA PRÁTICA DA ORIENTAÇÃO

 Benefícios inerentes à prática das atividades de ar livre;
 Capacidade de se deslocar individualmente, mesmo em ambiente desconhecido, por
meio de utensílios de orientação;
 Desenvolvimento de hábitos de segurança ativos, construídos pelo próprio
praticante, através de uma grande variedade de situações de incerteza e de risco, e
passivos, assegurados através de instruções e conselhos de outrem com
formação/mais experiência.