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Caro cursista,
Bons estudos!
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DESENVOLVIMENTO DOS CONCEITOS E CONTEÚDOS A PARTIR DA PROBLEMATIZAÇÃO
Estamos nos encaminhando para a parte final da nossa proposta (faltando apenas a Aula 6).
Aqui, no desenvolvimento, vamos nos utilizar mais da tipologia textual dissertativa e
argumentativa. Iremos dissertar sobre a temática escolhida, defender a sua relevância para o
ensino de história, considerando, inclusive, o ano de escolaridade, trazendo vozes de autoridade
que reforcem o ponto de vista assumido por nós. Por isso, caro cursista, é de fundamental
importância termos em mente os objetivos e a problematização expostos anteriormente.
Resumindo: No item problematização e objetivos, nós apresentamos a situação-problema. Aqui,
no desenvolvimento, nós iremos dissertar sobre esta situação, lançando mão de teóricos que
abordem a temática.
Considerando a prova discursiva de 2020, foram disponibilizadas entre 10 e 25 linhas para o item
foco desta aula. Dessa forma, devemos saber utilizar muito bem esse espaço evitando
digressões, discutir sobre pontos que não foram nem expostos na problematização e objetivos.
Por isso, caro cursista, é importante que você entenda este item como sendo dependente do
item de problematização ([...} a partir da problematização). Uma falha gravíssima na prova seria
você não desenvolver a problematização exposta anteriormente.
Pois bem! Repare que neste item nós temos “desenvolvimento dos conceitos e conteúdos a
partir da problematização. Quais conceitos e conteúdos perpassam a temática escolhida? Uma
boa ajuda é dada pelo próprio edital da seleção. Ele nos traz conteúdos que devem estar
presentes na sua temática (é claro que não são todos, mas você deverá identificar aquele ou
aqueles que são contemplados a partir da situação problema destacada anteriormente).
Nunca é demais lembrar:
a) A construção do conhecimento histórico:
• as concepções de fato histórico, as relações entre experiência e conhecimento histórico;
• o conceito de documento histórico, suas formas, usos e funções na construção do
conhecimento histórico e no ensino/aprendizagem da história;
• a narrativa na produção do conhecimento histórico, diferenças e conexões entre narrativas
historiográficas e narrativas didáticas.
b) Os tempos históricos:
• as variações sociais e culturais das percepções do tempo;
• as relações entre passado, presente e futuro e as concepções de história;
• as durações e ritmos do tempo histórico - permanências, rupturas, diacronias, sincronias;
• as formas, usos e funções de calendários e periodizações no ensino/aprendizagem da história.
c) História, memória e identidade:
• as relações entre memórias individuais e memórias sociais na construção do conhecimento
histórico e no ensino/aprendizagem da história;
• os deveres de memória, direitos de esquecimento e a escrita da história;
• a educação patrimonial no ensino/aprendizagem do conhecimento histórico;
• usos e funções da história nos processos de construção e reconhecimento de identidades
individuais e coletivas.
d) Ensino de história, cidadania e diversidade cultural:
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• as relações entre política, usos do passado e da memória nos processos de divulgação e
apropriação do conhecimento histórico;
• práticas e dilemas dos currículos de história na abordagem da diversidade cultural e das
pluralidades identitárias na atualidade;
• as mídias sociais e o exercício da cidadania, seus impactos e desafios para o ensino da história.
Uma vez identificados os conteúdos e conceitos que serão contemplados na aula, cabe falar
sobre eles, destacando a relevância deles para o ensino de história.
É neste momento que as suas leituras teóricas ajudarão você a argumentar a favor desta
temática. Então, perceba: não basta trazermos uma situação-problema que será abordada em
sala; não basta dizermos quais conteúdos serão abordados a partir desta temática. Temos de
desenvolver estas ideias. Falar mais sobre a situação-problema, citar estudiosos sobre o assunto,
relacioná-la a conteúdos e explicar estes conteúdos.
Vamos voltar ao modelo que estamos utilizando em nossas aulas.
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Destacam-se na proposta desta aula as relações entre política, usos do passado e da memória
nos processos de divulgação e apropriação do conhecimento histórico. Entendemos que se a
História está condicionada às determinações sociais, como observa Michel de Certeau em “A
escrita da História”, a memória além de ser documento é monumento.
A utilização das memórias daqueles que presenciaram o regime militar no país vai ao encontro
do apresso pela memória, salientando um novo regime de historicidade marcado pela
valorização das lembranças que têm no presente o seu próprio fim, o que Hartog, em “Regimes
de historicidade: presentismo e experiência do tempo” denomina de regime presentista.
Ao utilizarmos relatos orais como fontes documentais para esta aula, temos em mente a
pluralidade do tempo, visto como material de análise aberto a múltiplas leituras. Consideramos
a importância de se discutir a emergência de questões relacionadas à memória e à justiça sobre
os casos de violação dos direitos humanos.
Abraço!