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GRUPO Nº 03
DOCENTE
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CAXITO, 2022/2023
ES COLA LICEU EIFFEL Nº 379 CAXITO
CURSO: CIÊNCIAS FÍSICAS E BIOLÓGICAS
Grupo nº 03
Classe: 11ª
Turma: B
Período: Diurno
ESTUDANTES:
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CAXITO, 2022/2023
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como tema figuras de estilo a nível morfossintático, optamos
num primeiro momento por dividi-las segundo os planos de análise linguística: fônico,
mórfico, sintático e semântico.
No entanto, considerado o nosso objetivo maior, que é construir um apoio teórico que
minimize as dificuldades de compreensão desse conteúdo, reestruturamos os planos de
análise, combinando-os. Isto se deve ao fato de, levantados os autores mais relevantes na
Estilística e na Gramática de língua portuguesa no Brasil, ficamos diante de um número muito
grande de figuras, que resulta numa nomenclatura complexa nem sempre compreendida pelos
iniciantes nos estudos do estilo.
ENQUADRAMENTO TEÓRICO
FIGURA é um desvio linguístico. É o afastamento do valor linguístico normalmente aceito;
assume, assim, um novo aspecto para um fim expressivo.
11. Anáfora – é a repetição de um elemento no início de cada frase: “Tudo é silêncio, tudo
calma, tudo mudez” (Olavo Bilac); “Terra da castanha, terra da borracha, terra de beribá,
bacuri, sapoti” (Manuel Bandeira); “Talvez cruze a pena e beba, talvez corte figurinhas, talvez
fume piteira, talvez ria, talvez minta” (Carlos Drummond de Andrade);
“Os vivos são pó levantado, os mortos são pó caído; os vivos pó que anda, os mortos pó que
jaz” (Padre Vieira); “Que calmo o céu! Que verde o mar!” (Olavo Bilac);
oposição): “...para tão longo amor tão curta vida” (Camões); “Longas são as estradas da
Galileia e curta a piedade dos homens” (Eça de Queirós);
significado básico por efeito de uma semelhança. Resulta, portanto, de uma comparação em
que os elementos comparativos não aparecem: “Esta senhora é uma santa” (=é boa como uma
santa); “No dia seguinte com o brotar da aurora” (Mário de Andrade) (=a aurora parece que
brota; a aurora nasce como brota uma flor); “...morrer...quando este mundo é um paraíso...”
(Castro Alves) (=o mundo é como se fosse um paraíso);
2. Comparação ou Símile – consiste no confronto das qualidades ações dos seres, com a
presença dos elementos comparativos: “Respira a alma inocência como perfumes a flor”
(Casimiro de Abreu); “A via Láctea se desenrolava como um jorro de lágrimas ardentes”
(Olavo Bilac); “Ver minh’alma adejar pelo infinito, qual branca vela n’amplidão dos mares”
(Castro Alves); “Iracema (...) que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna” (José de
Alencar);
4. Hipérbole – consiste no exagero de uma ideia e assim conseguir maior expressividade para
enfatizar determinada situação: “Já te disse mil vezes”; “Fez tudo num piscar de olhos”; “Vai
explodir de tanto comer”; “Rios te correrão dos olhos se chorares”; “Roma inteira nadava no
sangue de seus filhos”; “Teus ombros suportam o mundo” (Carlos Drummond de Andrade);
palavra): salário (de sal), secretária (de secreto), sabatinar (de sábado), tratante (de tratar),
famigerado (de fama), marginal (de margem), rival (de rio);
ESTUDANDO AS FIGURAS
Todas as figuras conhecidas que hoje são classificadas em três planos – pensamento,
palavra e construção. Elas ainda podem ser classificadas segundo sua expressividade, quanto:
(1) ao som - melopéia; (2) à estrutura, função e ordem - fanopéia e (3) ao sentido- logopéia.
Exemplificando:
Melopéia: café com pão! Café com pão! Café com pão!
Fanopéia: da laranja, quero um gomo; do limão, quero um pedaço...
Logopéia: embebendo-a de sentimento
No entanto, tais figuras podem ser classificadas como pertencentes a um desses quatro
planos da língua portuguesa conforme o que, por nós, é proposto. A saber, o fônico
(melopéia) o mórfico, o sintático (fanopéia) e o semântico (logopéia).
Figuras fônicas
Tais recursos sonoros podem ser nomeados como recursos de harmonia e serem
subdivididos em:
Figuras Mórficas
Exemplificando:
1. Efeito icônico:
A inversão dos termos faz com que suas classes gramaticais sejam alteradas. Segundo
Mattoso Câmara, esse fenômeno gera o que o autor chama de morfema posicional. Traz
consequências sintáticas, pois o determinado passa a determinante e vice-versa, e disso
resultam efeitos semântico-estilísticos.
AUTOR DEFUNTO
MORFOSSINTAXE s. determinado Adj. determinante
SEMÂNTICA = morto
ESTILÍSTICA Destaque para o autor
Defunto autor
MORFOSSINTAXE s. determinado Adj. determinante
SEMÂNTICA que compõe
ESTILÍSTICA Destaque para o defunto
Efeito indicial:
Caiu-lhe da algibeira
A cigarreira breve
Dera-lhe a mãe. Está inteira E boa a cigarreira.
Ele é que já não serve.
De outra algibeira, alada
Ponta a roçar o solo,
A brancura embainhada De um lenço...
deu-lho a criada Velha que o trouxe ao colo.
Figuras sintáticas
CONCLUSÃO
Nossa comunicação teve como objetivo trazer pequena mostra dos resultados parciais
da pesquisa que se encontra em sua segunda fase e que pretende ainda testar sua proposta em
turmas de Ensino Médio e de graduação.