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❤ INFECÇÃO x IMUNIDADE
Doença bacteriana é proporcional a quantidade de microrganismo e, a
depender dos fatores de virulência deste microrganismo atrelados às
características imunológicas do indivíduo
- Disposição de fatores de virulência do microrganismo
- Características da imunidade de cada indivíduo
Agressão x Bactéria
Agressão associada a uma bactéria está,diretamente, associada aos produtos
do seu metabolismo. Onde haverá a liberação de toxinas = exotoxinas
(produzidas tanto por gram + quanto por gram -) e a própria resposta
imunológica poderá contribuir para a agressão.
Defesas imunes inatas, quando ativadas, vai culminar com início de processo
inflamatório através da liberação de citocinas = favorecendo indução do
processo inflamatório para que haja resposta rápida e localizada a fim de
conter o processo infeccioso que está iniciando
R.I INATA favorece o controle de infecção bacteriana, por meio da
fagocitose, e ativação do sistema complemento por meio da via
alternativa e da lectina, febre e proteinas de fase aguda PCR[proteina C
reativa]
R.I celular em torno dos linfócitos T, principal tipo de linfócito capaz de atuar
frente às bactérias é o LTCD4;
Quando TCD4 é ativado, (condição para ativação é ter MHC II com
fragmentos de bactérias presentes) → este se torna ativo respondendo a
essa reação com liberação de citocinas → a partir dessa ativação, esse
TCD4 pode ser categorizado em grupos diferentes, sendo: TH1; TH2;
TH17 → o que faz com que o TCD4 quanto ativo seja reconhecido com
diferente categorizações é o tipo de citocina → e, o que faz com que
produza citocinas de diferentes tipos é o tipo de microrganismo
Célula TCD4 a
depender da
condição vai
produzir um tipo
de citocina
específico para
otimizar a
resposta/ defesa;
TCD4 entende
que precisa
produzir mais
Thayane Oliveira
R.I INATA dispõe de principais mecanismos para controlar uma resposta por
bactérias extracelulares, como: fagocitose, ativação do complemento por via
alternativa através do reconhecimento dos PAMPs, na via alternativa tem
ativação de MAC, formação de opsoninas e anafilotoxinas que recrutam células
para o local de infecção
- R.I INATA contribui para inflamação por conta das citocinas; Mas a
inflamação pode favorecer destruição celular, mas é um processo
necessário
R.I INATA é efetiva nas bactérias intracelulares, pois a bactéria está dentro do
macrófago uma vez que ela invadiu para infectá-lo; Quando o macrófago está
doente, ele secreta citocina (diferente de quando ele fagocita) que é a IL-12,
que vai encontrar um receptor na superfície da célula NK (útil contra vírus) → a
bactéria intracelular age de modo similar aos vírus → como resposta a essa
ativação do NK, ele pode exercer 2 eventos contra tal bactéria:
1. responde a reação produzindo mais IFN-γ, que vai agir sobre o
macrófago doente no intuito de aumentar produção de elementos
tóxicos (derivados do O2, que são substâncias microbicidas capaz de
destruir o microrganismo fagocitado), a fim de contribuir no controle e
às vezes até erradicação da bactérias
2. NK pode destruir diretamente o macrófago infectado, não é efetivo
Pode ter os dois eventos ocorrendo concomitantemente
IFN-γ só é produzido quando macrófago emite sinais de citocinas (IL-12, que só
é produzido quando estiver doente)
E, além disso, na R.I. ADQUIRIDA a célula doente pode apresentar o
microrganismo para o TCD4 que responde produzindo mais IFN-γ no
intuito de aumentar o poder de produção das espécies reativas do O2
Thayane Oliveira
Macrófago doente pq a
bactéria invade, e a
sinalização ocorre por DAMP
Condição para TCD8 se
tornar ativo é apresentação
por MHC I
Mesmo tipo de infecção a
participação e ativação tanto
de TCD4, quanto TCD8 são
características associadas a
evasão, a condição que permite com que a bactéria no interior de um fagocito seja
apresentada e ativada no TCD4 é que ela se ligue MHC II, se o mycobacterium está
dentro do fagossoma do macrófago ele é processado e apresentado ao MHC II, mas se
tem um macrófago infectado por cepas de mycobactérias que invade tanto o
fagossoma, mas tbm escapa para o citoplasmas, essas serão processadas e apresentadas
via MHC I e terá ativação de TCD8 também.
- Quando que frente a infecção por bactérias intracelular tem participação
de TCD8?? Quando, por mecanismo de evasão = fator de virulência,
essas bactérias escapam do fagolisossoma e caem no citosol, assim será
processadas e apresentadas via MHCI e terá ativação de TCD8
- O que determina se o microrganismo vai ser processado e apresentado
via MHC II ou MHC I é a localização do microrganismo (alguns pode
infectar o fagossoma e o citoplasma, favorecendo a apresentação de
ambos MHCs)
❤ MYCOBACTERIUM
PPD (prova tuberculínica) exame que mede a presença de produtos da resposta
imune celular, associados ao TCD4
- São bacilos aeróbios, não formadores de poros
- Imóveis, não possuem flagelos
- Não possui cápsulas
- Não produzem toxinas
- Maioria dos casos de tuberculose são pulmonar
- São bactérias do tipo BAAR (bacilos álcool ácido resistente)
Pct com suspeita de tuberculose, com amostra biológica o escarro ele
pode ser tanto semeado em meio de cultura e além da cultura tem um
exame, que é a prova primária de identificação por mycobacteria que é a
coloração de Ziehl-neelsen → bactérias pertencentes a esse gênero da
Mycobacterium, quando adicionado substância alcoólica elas não se
descora por serem resistentes = coloração de Ziehl-neelsen do tipo BAAR
quer dizer que é específico do gênero Mycobacterium e não tuberculose
- São bactérias Gram +
- Parede celular rica em lipídios
↪ Resistentes a antibióticos usuais, prescritos para tal condição; O que
interfere nessa resistência é a questão do abandono do tratamento por
parte do paciente
↪ Crescem lentamente; isso pode impactar tanto no início de sintomas
após aquisição, quanto em relação ao resultado dos exames que pode
dar negativo devido a esse crescimento lento
↪ Resistência à resposta imune do hospedeiro, em especial os
mecanismos microbicidas dos fagócitos, favorece a persistência do
microrganismo
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● ETIOLOGIA E PATOGENIA
➥ TUBERCULOSE
Agente etiológico: Mycobacterium tuberculosis
É uma bactéria, intracelular facultativo (pode sobreviver extracelular)
- Infecção: interação de fatores exógenos → exposição ao bacilo por aerossol
O que vai definir a condição da infecção, ou seja, se entrar em contato com
bacilo, vai resolver o problema; Se, vai tornar a condição latente ou, Se o bacilo
vai ser reconhecido e desenvolver com o passar do tempo (demora anos pois o
crescimento do mycobacterium é muito lento) depende de:
↪ Contato com um paciente infectante (como estava a condição? alta
carga? tinha sintomas??)
↪ Duração do contato
↪ Infectividade do bacilo; associa-se ao tipo de cepa
↪ Ambiente onde ocorreu esse contato; em relação ao presídio é pq é um
ambiente úmido, pouca luminosidade, fechado logo é propício para
desenvolvimento do mycobacterium
↪ Pessoas doentes com baciloscopia (exame feito com escarro) positiva
+; pois se deu positivo a carga de bacilos presentes é extremamente
consideráveis
↪ Estabelece preferencialmente nos pulmões pela disponibilidade de O2,
já que elas são aeróbias, mas existe outras formas de tuberculose
↪ Manifestação primárias → doença ativa logo após o contato/
exposição; raro devido ao sucesso da vacina BCG
↪ Manifestação pós primária → exposição em que o bacilo foi contraído
mas a R.I foi suficiente para erradicar ou contê-lo e estabelecer forma
latente
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● FORMAÇÃO DO GRANULOMA
Granuloma num primeiro momento é um mecanismo útil para conter a
infecção e evitar forma clínica da doença
- Reação padrão granulomatoso é o padrão de reação inflamatória crônica
(pois tem persistência de inflamação em torno dos macrófagos
infectado)
- Predomínio de macrófagos com aparência célula epitelioides ou do tipo
células gigantes
- No centro do granuloma é compreendido por maior número de
macrófagos
- Na periferia, tem o recrutamento de células T, principalmente TCD4 do
tipo TH1 porque é intracelular;
- Com o passar do tempo + crescimento do granuloma pode sofrer fibrose
e processo de calcificação, o granuloma ao se calcificar as bactérias ao
redor vão sofrer carência nutricional.
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➥ HANSENÍASE
Agente etiológico: Mycobacterium leprae
Não se encontra mais a lepra igual era frequente anos atrás;
- Não possui fatores de virulência presença de flagelos, mas dispõe de algumas
características que explica o motivo de causar doença que é o tropismo por
células da pele e SNP
- Presença de manchas onde há perda de sensibilidade por conta do
ac.micólico ter a possibilidade de infectar as células de Schwann culminando na
desmielinização
- Manifestações clínicas da lepra dependem da reação imune do paciente a
bactéria
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❤ TREPONEMA
Fase de latência não tem evidência de sintomas
VD é específico de treponema, pode dar um falso positivo para sífilis
Bactéria de forma espiralada = espiroquetas delgadas → por ser muito delgada
há uma dificuldade para observação com coloração gram e giemsa
- Testes rápidos e provas sorológicas
- de forma geral são ‘’Gram-negativo’’ na parede celular é evidenciado LPS
porém, são discretos = poucos na superfície
- Espécies treponêmicas que causam doença humana: Treponema
pallidum (com três subespécies) e Treponema carateum
- São sensíveis a penicilina
Em relação ao gênero, a diferenciação de várias espécies se dá pelas suas
características epidemiológicas
● TREPONEMA PALLIDUM
Virulência da bactéria está pautada principalmente na sua capacidade invasiva
associada a motilidade
- Diferentes tipos de adesinas permite que ela se fixe e colonize
- Maioria das lipoproteínas não é exposta na superfície da membrana
externa → ausência de antígenos espécie-específicos = escape RI
- Hemolisinas e hialuronidase → facilita a infiltração perivascular
- Camada de fibronectina, mecanismo de evasão/ protege contra a
fagocitose
- Dose infectante baixa quer dizer que, não precisa ter contato acentuado
com um número de bactérias
- Destruição tecidual resulta principalmente da resposta imune do
hospedeiro à infecção – processo inflamatório e recrutamento de células
do sistema imunológico inato e adaptativo da circulação sanguínea ao
local da infecção
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Categorização da sífilis
São as diferenças clínicas e imunológicas que vão repercutir nos estágios da
sífilis.
- Primária, Secundária e terciária
- Períodos de latência - Sífilis latente
✓ Sífilis recente: Diagnóstico até um ano
depois da infecção
✓ Sífilis tardia: Diagnóstico realizado após um
ano
SÍFILIS PRIMÁRIA
1º ano de evolução
- Desenvolvimento imunitário na sífilis
não tratada
- Infecção inicia quase que imediatamente após o contato
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Quando não
devidamente
tratadas se
disseminam
via corrente
sanguínea e
sistema
linfático
SÍFILIS SECUNDÁRIA
Doença disseminada – evidências clínicas 4 a 8 sem. após cancro
✓ Estado semelhante ao de uma síndrome gripal
✓ Lesões denominadas condiloma plano ou roséola sifilítica
- Podem ocorrer em dobras úmidas da pele e podem se desenvolver
erosões na boca e em outras superfícies mucosas
SÍFILIS LATENTE
Não possui lesões visíveis;
Não apresenta sintomas ou sinais clínicos, mas causa danos nos órgãos
infectados
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SÍFILIS CONGÊNITA
A infecção do feto pode ocorrer em qualquer fase gestacional ou estágio da
doença materna.
- Disseminação da bactéria, o T. pallidum da gestante infectada por via
placentária
Dois estágios:
- Sífilis congênita precoce ou recente: manifestações clínicas se
apresentam logo após o nascimento ou até 2 anos de vida
- Sífilis congênita tardia: após os 2 anos
No primeiro trimestre o bebe está em formação e não é capaz de desenvolver
resposta, além disso a passagem de Ac materno é praticamente nula; se ocorre
a transmissão nessa fase tem ineficiência total do sistema imune do bebe
Já no final da gestação, haverá capacidade imunológica de atuação do bebe
- IgM da mãe não atravessa placenta, se apareceu no bebe confirma a
doença
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● TESTES TREPONÊMICOS
- CONFIRMATÓRIO para um teste não treponêmico reagente
- São úteis em que os testes não treponêmicos apresentam pouca
sensibilidade como na sífilis tardia.
- Em 85% dos casos, esses testes permanecem reagentes durante toda a
vida nas pessoas que contraem sífilis
- Teste rápido seja positivo ou não e não aparecer linha controle o exame
não é validado, já que o controle é quem valida tal teste (apresenta no
reagente e não reagente)
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● EPIDEMIOLOGIA
Os seres humanos são os únicos hospedeiros naturais
✓ Transmissão por contato sexual direto ou congenitamente
✓ Alto risco de se contrair a infecção pelo HIV, uma vez que a entrada do vírus
é facilitada pela presença das lesões sifilíticas
❤ DOENÇA MENINGOCÓCICA
Agente etiológico: Neisseria meningitidis (meningococo)
A bactéria pode estar presente na condição de meningites…
- A meningite bacteriana é uma condição clínica grave
Doença meningocócica não necessariamente é meningite, são sinais e sintomas
associados a presença da bactéria
- Termos estruturais é diplococo gram-negativo;
- Aeróbia, imóvel
- Apresenta cápsula de superficie que dispõe de antígenos de superfície; a
depender da composição dos componentes antigênicos da cápsula da
bactéria tem a classificação do meningococo em 12 sorogrupos, sendo os
principais: A, B, C, Y, W e X já que estes estão associados ao poder de
ocasionar doença invasiva
- Apresentam ainda, classificação em sorotipos e sorossubtipos
- Reservatório é o homem
- O local de colonização do microrganismo é a nasofaringe
- A colonização por vezes é assintomática
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● MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
- Inflamação nas membranas (meningite) e infecção generalizada
(meningococcemia– disseminação da N.meningitidis na circulação);
podem ocorrer isoladamente ou associadas
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● DIAGNÓSTICO
- Punção do líquor; Cultura: padrão ouro → consegue identificar o gênero;
mas leva tempo para sair o resultado e enviar para bacterioscopia
- Bacterioscopia caracteriza a estrutura = diplococo gram-negativo