Você está na página 1de 12

Universidade Wutivi

Arquitectura e Planeamento Físico


Matemática I
1º Ano – Turma 1

Trabalho de Pesquisa

Álgebra Vectorial

Discentes:

Afrodita Karnalov

Anyka Gafurro

Carla Isabel Docente: Maria Lucia

Boane, Abril de 2023


Introdução

No presente trabalho, abordaremos o tema vectores/ a álgebra vectorial, nela os seguintes sub-
temas: operações lineares com vectores, operações linearmente dependentes e linearmente
independentes, vectores em R2 e coordenadas sim vector, módulo sim vector produto escalar de
R3.

Este trabalho tem como objectivos:

• Geral:

- Explicar sobre a álgebra vectorial

• Específicos:

- Dar o conceito de vectores

- mostrar como funcionam as operações lineares com vectores

- como funcionam as operações linearmente dependentes e linearmente independentes


- dar o conceito e exemplos de vectores em R2 e mostrar as coordenadas de um vector

- exemplificar e definir o módulo sim vector e o produto escalar de R3


Vetores

Um vector é uma grandeza física com 4 características: ponto de aplicação, direcção, sentido e
comprimento.Os vectores são denotadas por letras minúsculas: 𝑢, 𝑣, 𝑤, 𝑎, 𝑏, ... Um vector pode
ser definido como sendo:

• um segmento de recta orientado;

• um par ordenado de pontos, no plano ou no espaço que denotamos por AB, onde A é o ponto
inicial (origem) e B é o ponto final (extremidade).

Módulo de um vector:

O módulo de um vector é um número não negativo que indica o comprimento do vector

definido como:

• Se 𝑢=𝑥,𝑦⟹𝑢= v𝑥2+𝑦2

• Se 𝑢=𝑥,𝑦,𝑧⟹𝑢= v𝑥2+𝑦2+𝑧2

Exemplo:

a)𝑢=1,−3⟹𝑢= 12+−32= 10 b)𝑢=2,−1,−2⟹𝑢= 22+12+−22= 9=3

Vectores em R2 e R3

Os vetores em R2 (espaço bidimensional) possuem duas componentes, enquanto os vetores em R3


(espaço tridimensional) possuem três componentes. Vamos discutir cada um deles em mais
detalhes:
Vetores em R2:

Um vetor em R2 é representado por um par ordenado (x, y), onde x e y são as componentes do
vetor ao longo dos eixos x e y, respectivamente. Esses vetores são comumente usados para
representar posições, deslocamentos ou direções em um plano bidimensional. Por exemplo, o vetor
v = (2, 3) representa um vetor com componente x igual a 2 e componente y igual a 3.

Vetores em R3:

Um vetor em R3 é representado por uma tripla ordenada (x, y, z), onde x, y e z são as componentes
do vetor ao longo dos eixos x, y e z, respectivamente. Esses vetores são usados para representar
posições, deslocamentos ou direções em um espaço tridimensional. Por exemplo, o vetor v = (1,
2, 3) representa um vetor com componente x igual a 1, componente y igual a 2 e componente z
igual a 3.

Em ambos os casos, os vetores podem ser manipulados por meio de operações lineares, como
adição, subtração, multiplicação por escalar e produto escalar. As operações específicas para
vetores em R2 e R3 são aplicadas às componentes correspondentes dos vetores.

É importante observar que os vetores em R2 e R3 têm diferentes propriedades e comportamentos


devido à sua dimensão e espaço em que estão definidos. Portanto, é necessário considerar essas
diferenças ao realizar cálculos e operações com vetores em R2 e R3.

Operações lineares com vectores

As operações lineares com vetores envolvem combinações lineares, adição e multiplicação por um
escalar. Vamos discutir cada uma dessas operações:

1. Combinação Linear:
Uma combinação linear de vetores ocorre quando você multiplica cada vetor por um escalar e, em
seguida, soma-os. Seja V um espaço vetorial e v₁, v₂, ..., vₙ vetores nesse espaço.

Dada uma lista de vetores v₁, v₂, ..., vₙ e uma lista correspondente de escalares c₁, c₂, ..., cₙ, a
combinação linear é dada por:

c₁v₁ + c₂v₂ + ... + cₙvₙ


Em outras palavras, cada vetor é multiplicado pelo seu respectivo escalar e, em seguida, todos os
resultados são somados.

Vejamos exemplos de combinações lineares em R2 e R3:


Combinação linear em R2:

Considere os vetores v = (2, 1) e u = (1, -3), e os escalares c₁ = 3 e c₂ = -2. A combinação linear


desses vetores é dada por:

3(2, 1) + (-2)(1, -3) = (6, 3) + (-2, 6) = (6 + (-2), 3 + 6) = (4, 9)

Portanto, a combinação linear de 3(2, 1) + (-2)(1, -3) em R^2 é (4, 9).

Combinação linear em R3:

Considere os vetores v = (1, 2, 0), u = (-1, 0, 2) e w = (2, -1, 1), e os escalares c₁ = 2, c₂ = -3 e c₃ =


1. A combinação linear desses vetores é dada por:

2(1, 2, 0) + (-3)(-1, 0, 2) + 1(2, -1, 1) = (2, 4, 0) + (3, 0, -6) + (2, -1, 1) = (2 + 3 + 2, 4 + 0 + (-1),
0 + (-6) + 1) = (7, 3, -5)

Portanto, a combinação linear de 2(1, 2, 0) + (-3)(-1, 0, 2) + 1(2, -1, 1) em R3 é (7, 3, -5).

Esses são exemplos de combinações lineares em R2 e R3, onde os vetores são multiplicados por
escalares correspondentes e somados para obter um novo vetor resultante.

2. Adição de Vetores:
A adição de vetores em R2 (plano bidimensional) e R3 (espaço tridimensional) é realizada
somando-se as componentes correspondentes dos vetores.

Adição de vetores em R2:

Seja v = (x₁, y₁) e u = (x₂, y₂) dois vetores em R2. A adição de v e u é dada por:

v + u = (x₁ + x₂, y₁ + y₂)

Por exemplo, se v = (2, 3) e u = (1, 4), então a adição de v e u resulta em:


v + u = (2 + 1, 3 + 4) = (3, 7)

Portanto, a adição de (2, 3) e (1, 4) em R2 é (3, 7).


Adição de vetores em R3:

Seja v = (x₁, y₁, z₁) e u = (x₂, y₂, z₂) dois vetores em R3. A adição de v e u é dada por:

v + u = (x₁ + x₂, y₁ + y₂, z₁ + z₂)


Por exemplo, se v = (1, 2, 3) e u = (4, 5, 6), então a adição de v e u resulta em:

v + u = (1 + 4, 2 + 5, 3 + 6) = (5, 7, 9)

Portanto, a adição de (1, 2, 3) e (4, 5, 6) em R3 é (5, 7, 9).

Essa é a forma de realizar a adição de vetores em R2 e R3. Lembre-se de que os vetores devem ter
a mesma dimensão para serem adicionados. Método do Paralelogramo: O vector soma é a diagonal
do paralelogramo constituído das imagens geométricas de u e v, donde a origem do vector soma

coincide com a origem dos vectores u e v.

3. Multiplicação por um Escalar:

Seja 𝑢 um vector e 𝜆 um número real. O produto de 𝑢 por 𝜆 é um vector representado por 𝜆𝑢 tal
que:

Se 𝜆 > 0, então 𝑢 e 𝜆𝑢 têm a mesma direcção, mesmo sentido e |𝜆𝑢|= 𝜆•|𝑢|

Se 𝜆 < 0, então 𝑢 e 𝜆𝑢 têm a mesma direcção e sentido oposto e |𝜆𝑢|= |𝜆|•|𝑢|

Se 𝜆 = 0, então 𝜆𝑢 é um vector nulo e 𝜆𝑢 = 0.

Multiplicação por um escalar em R2:

Seja v = (x, y) um vetor em R2 e c um escalar. A multiplicação do vetor v por c é dada por:


c .v = (c .x, c .y)

Por exemplo, se v = (2, 3) e c = -2, então a multiplicação de v por c resulta em:

-2. (2, 3) = (-2. 2, -2. 3) = (-4, -6)


Portanto, a multiplicação de (2, 3) por -2 em R2 é (-4, -6).

Multiplicação por um escalar em R3:

Seja v = (x, y, z) um vetor em R3 e c um escalar. A multiplicação do vetor v por c é dada por:


c. v = (c. x, c. y, c. z)

Por exemplo, se v = (1, 2, 3) e c = 3, então a multiplicação de v por c resulta em:

3. (1, 2, 3) = (3. 1, 3 .2, 3 .3) = (3, 6, 9)

Portanto, a multiplicação de (1, 2, 3) por 3 em R3 é (3, 6, 9).

Lembre-se de que cada componente do vetor é multiplicada pelo escalar separadamente para obter
o vetor resultante.

4.Subtração de vectores:

Definimos a subtração de dois vetores de um modo completamente semelhante, a partir do conceito


de oposto. Vamos considerar um vetor diferente de zero (não nulo) . O oposto de é um vetor que possui
mesmo módulo e mesma direção, porém apresenta sentido contrário ao sentido do vetor .

Subtração de vetores em R2:

Seja v = (x₁, y₁) e u = (x₂, y₂) dois vetores em R2. A subtração de v e u é dada por:

v - u = (x₁ - x₂, y₁ - y₂)

Por exemplo, se v = (2, 3) e u = (1, 4), então a subtração de v e u resulta em:

v - u = (2 - 1, 3 - 4) = (1, -1)

Portanto, a subtração de (2, 3) e (1, 4) em R2 é (1, -1).

Subtração de vetores em R3:

Seja v = (x₁, y₁, z₁) e u = (x₂, y₂, z₂) dois vetores em R3. A subtração de v e u é dada por:

v - u = (x₁ - x₂, y₁ - y₂, z₁ - z₂)

Por exemplo, se v = (1, 2, 3) e u = (4, 5, 6), então a subtração de v e u resulta em:

v - u = (1 - 4, 2 - 5, 3 - 6) = (-3, -3, -3)


Portanto, a subtração de (1, 2, 3) e (4, 5, 6) em R3 é (-3, -3, -3).Lembre-se de que os vetores devem ter a
mesma dimensão para serem subtraídos, e a subtração é feita componente por componente.

Vectores linearmente dependentes e linearmente independentes

Em álgebra linear, vetores são considerados linearmente dependentes ou linearmente


independentes com base na forma como podem ser combinados linearmente.

Vetores Linearmente Dependentes:

Um conjunto de vetores é considerado linearmente dependente se pelo menos um dos vetores


puder ser expresso como uma combinação linear dos outros vetores do conjunto. Em outras
palavras, existe pelo menos um vetor que pode ser obtido como uma combinação linear dos demais
vetores.

Por exemplo, se temos dois vetores v₁ e v₂, eles são linearmente dependentes se existirem escalares
c₁ e c₂, não ambos iguais a zero, tais que:

c₁ * v₁ + c₂ * v₂ = 0

Isso significa que os vetores são "redundantes" em termos de sua informação, pois um vetor pode
ser expresso como uma combinação linear dos outros.

Vetores Linearmente Independentes:

Por outro lado, um conjunto de vetores é considerado linearmente independente se nenhum dos
vetores puder ser expresso como uma combinação linear dos outros vetores do conjunto, exceto a
combinação linear trivial em que todos os coeficientes são zero.

Em outras palavras, os vetores são linearmente independentes se a única maneira de obter uma
combinação linear igual a zero é quando todos os coeficientes são zero.Por exemplo, se temos três
vetores v₁, v₂ e v₃, eles são linearmente independentes se a única solução para a seguinte equação:

c₁ * v₁ + c₂ * v₂ + c₃ * v₃ = 0

é c₁ = c₂ = c₃ = 0.
Vetores linearmente independentes fornecem informações únicas e não podem ser expressos como
combinação linear dos outros vetores.
Determinar se um conjunto de vetores é linearmente dependente ou linearmente independente é
um conceito fundamental em álgebra linear e tem aplicações em várias áreas, como geometria,
otimização e sistemas lineares.

Coordenadas de um vector

As coordenadas de um vetor são os números que descrevem a posição do vetor em um sistema de


coordenadas.

Em um espaço vetorial tridimensional, podemos representar um vetor como uma seta que começa
na origem (0,0,0) e termina em um ponto (x,y,z) no espaço tridimensional. As coordenadas do
vetor são então os números (x, y, z) que descrevem sua posição no espaço.

Em geral, para representar um vetor em um sistema de coordenadas, precisamos escolher um


conjunto de vetores básicos que são linearmente independentes e que geram todo o espaço vetorial.
Esse conjunto de vetores básicos é chamado de base do espaço vetorial.

Por exemplo, em um espaço vetorial bidimensional, podemos escolher os vetores unitários i e j


como base. Qualquer vetor no plano pode ser representado como uma combinação linear desses
vetores básicos:

v = ai + bj,

onde a e b são os coeficientes da combinação linear. As coordenadas do vetor v são, então, os


números (a, b).

Em geral, em um espaço vetorial n-dimensional, podemos escolher uma base composta por n
vetores linearmente independentes. Qualquer vetor no espaço pode ser representado como uma
combinação linear desses vetores básicos, e as coordenadas do vetor são então os n coeficientes
da combinação linear.

Produto escalar de dois vectores

Produto interno ou produto escalar

Definição : O produto interno dos vectores 𝑎 e 𝑏 é um número igual ao produto dos comprimentos
destes vectores multiplicado pelo co-seno do ângulo 𝜃 formado entre eles. Isto é

𝑎.𝑏 = 𝑎 𝑏 cos𝜃.

Propriedades

P1: 𝑎.𝑏=𝑏. 𝑎. O produto interno goza da propriedade comutativa


P2: 𝛼𝑎 𝑏 = 𝛼 𝑎. 𝑏 𝛼 ∈ 𝑅. O produto interno goza da propriedade associativa relativamente à um
factor numérico 𝛼 ∈ 𝑅

P3: 𝑎 + 𝑏 . 𝑐 = 𝑎. 𝑐 + 𝑏. 𝑐. O produto interno goza da propriedade distributiva relativamente à soma


de vectores.
P4: 𝑎. 𝑎 > 0 se 𝑎 ≠ 0 e 𝑎. 𝑎 = 0 𝑠𝑒 𝑎 = 0

Produto interno ou produto escalar


P5: Dois vectores 𝑎 𝑒 𝑏 são ortogonais sse o produto interno destes for igual à zero i.e. o ângulo
formado entre eles é do tipo 𝑘𝜋 + 𝜋2, pois

𝑎.𝑏=𝑎𝑏cos𝑘𝜋+𝜋2 =0.

P6: Dois vectores não nulos 𝑎 𝑒 𝑏 formam ângulo agudo se e só se o

produto interno destes for positivo. Isto é se 0 ≤ 𝜃 < 𝜋2 então 𝑎. 𝑏 > 0

P7: Dois vectores não nulos 𝑎 𝑒 𝑏 formam ângulo obtuso se e só se o produto interno destes for
negativo. Isto é se 𝜋2 < 𝜃 ≤ 𝜋 então 𝑎. 𝑏 < 0

Propriedades Geométricas de produto escalar

Algebricamente, o produto escalar de dois vetores é formado pela multiplicação de seus


componentes correspondentes e pela soma dos produtos resultantes. Geometricamente, é o produto
das magnitudes euclidianas dos dois vetores e o cosseno do ângulo entre eles.
Conclusão
Neste presente trabalho, concluímos que a álgebra vectorial é um processo que consiste em
combinações de vectores que podem ser: adição, subtração, multiplicação e divisão de vectores,
desta forma, vimos que existem rectas de vectores (R2;R3) e produtos escalares e módulos dos
mesmos.

Em álgebra linear, os vectores são considerados linearmente dependentes e linearmente


independentes com base na forma como podem ser combinados linearmente.

Você também pode gostar