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Se seus emissores pronunciam frases como: “A gente vai na festa” ao invés de “Nós
vamos a festa” ou “Os menino é chato” não indo de acordo com a concordância
verbal, o linguista estudará a fala da mesma maneira, uma vez que ele não está aqui
para determinar o que é “incorreto” ou “correto” e sim analisar as variedades
dialetais. Já que a língua não é a mesma para todos, ela muda de acordo com a
região, condição econômica, faixa etária, dentre outros fatores que não permitem
uma visão homogênea da mesma. Porém, a locução que não pode ser
compreensível para os falantes, logo é descartada por eles e não será objeto de
estudo para os linguistas, como: *A festa vamos nós ou *É chato menino os.
Para Perini a gramática possui três finalidades, sendo a primeira: precisa fornecer
uma série de regras que distingam as sentenças da língua que pertencem das que
não pertencem à língua. Em segundo lugar, é necessário que a gramática
proporcione uma análise para cada frase da língua, por exemplo: “Os meninos são
chatos.” Os meninos = Sintagma Nominal; são = verbo; chatos = adjetivo; são
chatos = objeto direto. E por último, a gramatica deve fornecer uma interpretação
semântica. Isto é, qual o agente da ação? Qual a qualidade dada a um determinado
substantivo? O nome da pessoa é do sexo masculino ou feminino? Dentre outros
questionamentos.
Ao longo do texto, o linguista cita com frequência o fato que a gramática normativa
legisla, impõe a empregabilidade da língua padrão para aqueles habituado a língua
coloquial. Ao contrário da visão do linguista, que se preocupa em “observar os fatos
e a construir teorias que os descrevem e expliquem”, para ele a língua coloquial é
tão importante quanto a padrão, - não diminui a importância da primeira língua ser
aquela falada pela massa e a outra por um grupo elitista, sendo ele considerado
mais prestigiado socialmente por falar de acordo com as imposições da norma
padrão, já que, não é o dever da linguística.
Sendo assim, é necessário que o linguista analise aspectos da língua que não serão
comuns ao português, porém, o autor em seu texto nomeia “universais da
linguagem” traços comuns que podem existir a todas as línguas. Segundo o
linguista, as universais não são incluídas na gramática e sim na “gramática geral”, no
qual, o esqueleto gramatical básico presente em todas as línguas humanas, as
universais estão na fase inicial dos seus estudos.
Diante disso, o capitulo apesar de ser breve ele contém informações necessárias
sobre a gramatica normativa e a crítica de um determinado grupo sobre ela, além,
das singularidades de cada língua. No entanto, por mais que Mario Alberto Perini
tenha dado necessárias considerações, o tema foi abordado de maneira prolixa,
fazendo com que o texto tenha sido passado, de forma, estendida. A ideia central do
texto foi apresentada já em suas primeiras páginas, tornando dispensável partes que
não compunham o desenvolvimento da tese, mas sim repetiu a ideia central.
Todavia, a leitura é fundamental para compreender conceitos básicos da Gramática.
Referências Bibliográficas