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Centro de Tecnologia e Ciências
! Faculdade de Engenharia
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Rio de Janeiro
2013
Juliana Giglio de Andrade
Rio de Janeiro
2013
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Juliana Giglio de Andrade
Aprovado em _____________________________________________________
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Rio de Janeiro
2013
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RESUMO
ANDRADE, Juliana Giglio. A custa de tudo e de todos: Avaliação de adequação dos parâmetros
de desempenho com a atividade de trabalho do comprador de uma empresa de extração de
recursos naturais. Rio de Janeiro, 2013. Monografia (Graduação em Engenharia de Produção) –
Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2013.
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ABSTRACT
Nowadays it is not possible to clearly identify the ability of organizations to estimate the "good
works" when we are looking to a task not standardized, as is the case of the service. Services
are customizable products that depend on factors requirements of each client, which makes the
work activity flexible and complex. In this work we try to investigate a relationship between the
performance evaluation, including the target and intensification of the workload of the buyer of a
company of extraction natural extension. The orientation of the research problem came from the
perceived effects of the intensification of work and long hours that showed work activity. The
ergonomic analysis was used to support the way of research into the understanding of the work
activity. From the observation of the general operation were identified and evaluated
assumptions used in the preparation of the performance parameters of the shopping area that
through statistical tests could not be proven as true. From this analysis, began an investigation
to identify factors intervening work activity that were not considered in the performance
parameters. The results that follow research suggests that intervening factors such as "vendor
lock" and "negotiation" among others, have influence in the variability of work activity, being,
however, not considered in the formulation of process parameters that guide the performance
assessment and direct operational strategies of the buyer. With this disparity in mind, the
intervening factors and their impact on the effect of work intensification was proposed guidance
for organizational design, based on the concreteness of the work activity, which to insert the
actual factors intervening in the activity parameters process of performance evaluation, can
have better influence on the construction of operational strategies and positive impact on
reducing the intensification of workload buyers.
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LISTA DE FIGURAS
132
Figura 21 – Fator de interveniência entrega da requisição para tratamento do comprador
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Figura 22 – Resumo do quadro de metas 139
141
Figura 23 – Exemplo de causo hipotético na construção do lead time do comprador
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LISTA DE GRÁFICOS
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Gráfico 21 – Fatores de interveniência aceite do termo de aditivo e assinatura do
119
contrato na meta de lead time
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LISTA DE TABELAS
Tabela 12 – Resumo das informações coletas nas entrevistas para investigação dos
fatores de interveniência 106
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Tabela 19 – Quantidade de Requisição concluída de aditivo de prazo 167
Tabela 21 –Teste t de duas amostras com variância diferentes para reajuste 169
Tabela 22 –Teste t de duas amostras com variância diferentes para aditivo de prazo 170
Tabela 23 –Teste t de duas amostras com variância diferentes para aditivo de prazo
171
e valor
Tabela 31 – Anova Fator único do comprador 14 e 15 para aditivo de prazo e valor "#$!
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 1
2.4.1!– Jornada! 44
3.1.1– A opção de avaliar a primeira com base no método de estatística t de duas amostras
com variância diferentes 74
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3.1.1.a!– O plano amostral e os resultados dos testes estatísticos da primeira premissa 77
3.2.1 %! A opção de avaliar a segunda premissa com base no método da estatística descritiva:
curtose 88
CONCLUSÕES 156
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INTRODUÇÃO
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mudanças, e os esforços deixam de ser na padronização e passam a ser na
criatividade.
As organizações inseridas na meritocracia da modernização industrial se
mostram despreparadas para avaliar uma atividade complexa, como os serviços, ao
incitar a padronização numa tentativa de simplificação da realidade da atividade de
trabalho.
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premissas, foram identificados fatores de interveniências que posteriormente foram
avaliados quanto o dimensionamento e direcionamento do impacto na atividade de
trabalho. A posteriori da análise dos fatores de interveniência, orientou-se uma
proposta de projeto organizacional com base na realidade da atividade de trabalho e o
objetivo da área.
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entre avaliação de desempenho, incluindo a meta e a intensificação do trabalho.
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continuidade a atividade do comprador no tratamento da requisição. Dentre os fatores
identificados, é possível perceber que alguns fatores classificados como “trabalho
externo” e “trabalho interditado” dependem da ação de outras áreas para sua solução.
Sendo assim, a avaliação de desempenho de um trabalhador deve desconsiderar tais
fatores de interveniência da forma de cálculo usado no lead time (principal item de
controle que mede a meta de trabalho). Em contrapartida, fatores de interveniência
classificados como “trabalho a mais” são introduzidos a atividade do comprador, e
devem ser considerados na elaboração dos parâmetros de desempenho. São os
fatores de interveniência “trabalho a mais”: negociação, retroativo, quadro de
quantidade e preço desatualizado e exigências do fornecedor.
Com base na análise dos resultados que foi construída no projeto de observação
sistemática chegaram-se à uma orientação de uma proposta de um projeto
organizacional. Dentro da análise dos resultados, destacam-se as longas jornadas de
trabalho como forma de compensar a alta variabilidade do lead time entre as
requisições tratadas, e na participação dos fatores de interveniência no lead time foi
possível perceber que se a atividade do comprador resumisse ao tratamento da
requisição conforme previsto no Projeto Fábrica de Serviços, o lead time seria
alcançável perante a meta de trabalho estabelecida.
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rapidez no processo de tratamento da requisição com qualidade mínima.
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CAPÍTULO 1
Para tal pesquisa será lançada mão de uma análise ergonômica do trabalho.
Segundo Guérin (2010), as características da ação ergonômica tem função integradora
da atividade de trabalho permitindo constituir um ponto de vista sobre o trabalho que
esclareça a relação entre as condições, a atividade, e os resultados de trabalho.
“A Ergonomia é mais uma arte que uma ciência, pondo intimamente em relação
a compreensão do trabalho e sua transformação, apoiando-se numa pluralidade de
contribuições de diferentes disciplinas que juntas dialogam entre si e entre elas,
conduzindo ações singulares para cada caso” (GUÉRIN, 2010).
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científicas que se propõem a estudá-lo] mas ele não pertence a nenhuma delas,
requerendo-as todas para reinterrogá-las" (Schwartz, 2000, p.705 apud. Paradela,
2005, p.52) . Dessa forma, a atividade é capaz de promover a “circulação de saberes
entre as disciplinas”, ao mesmo tempo em que é “estrangeira a todas elas” (Schwartz,
2000, p.705 apud. Paradela, 2005, p.52).
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Dentro da Observação Sistemática, o plano de observações consiste em
recolher amostra (tamanho, frequência, origem), observáveis verbais, métodos e
instrumentos de medida a fim de testar a hipótese com base na problemática da
pesquisa.
Foi motivada também pelas conversas informais com os colegas de trabalho que
contavam sobre os problemas enfrentados na área, pela percepção individual da
pesquisadora acerca da organização onde a área está inserida, e o cotidiano do
trabalho que se mostrava improvisado a cada dia devido à diversificação de assuntos
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tratados.
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comprador sem que exista mudanças organizacionais que justifica-se a ação. Sendo
assim, o comprador passa a ter que concluir as requisições mais rápido para alcançar
um lead time esperado cada vez menor, o que evidencia um desequilíbrio causado
entre as exigências organizacionais implícitas (redução do lead time não acontece
oficialmente em meta), e a capacidade de realização da atividade pelo comprador.
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GRÁFICO 1 – Carteira do Comprador da Mesa de Serviços – Fonte: Dados fornecidos pela
empresa
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É possível perceber que o volume de requisições por comprador se manteve com
baixa variação nos meses de janeiro, fevereiro e março de 2012. Como medida
preventiva para evitar a entrega exorbitante de requisições fora do prazo conforme o
acontecido com o aumento de número de requisições nos meses de outubro, novembro
e dezembro de 2011, a decisão foi reduzir o lead time.
Outro motivo que contribuiu para tomada de decisão foi a entrada de um novo
supervisor para Mesa de Serviços no mês de março de 2012. Ao analisar os resultados
anteriores da área ele decidiu por reduzir o lead time não mais em 2 dias como feito
oficialmente entre os anos de 2010 e 2011, mas passou para uma redução de 3 dias
desafiando uma nova conquista de marca de tempo e afirmando-se ser capaz do novo
cargo.
Cabe ressaltar que a redução do lead time do processo só foi identificada durante
uma conversa informal com um comprador da Mesa de Serviços, o que prova que
trata-se de um direcionamento gerencial da decisão não oficial em meta.
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mesmas condições de trabalho é obrigado a regular sua estratégia operativa com a
longas jornadas e intensificação do trabalho para atingir os resultados esperados.
“Sabe como é aqui, todo mundo dá maior gás para alcançar as metas. Trabalhar
com indicadores como o lead-time e SLA não são fáceis, nunca posso deixar de bater
nada. Mas, agora às coisas vão melhorar, vamos ganhar notebooks para continuarmos
trabalhando em casa, assim a mesa vai aumentar a sua produtividade”.
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painel gerencial. Com esse painel, o supervisor compara-os e analisa o desempenho
individual para consolidar o resultado da equipe. Da mesma forma, os trabalhadores da
MDS tem disponível no painel gerencial, seu resultado individual e sua performance
frente a sua equipe.
“Normalmente tenho que ficar além do horário de trabalho para terminar minhas
atividades, porque se não acumula para o dia seguinte e no final não consigo cumprir a
tempo minha carteira (refere-se às requisições atribuídas ao esse comprador). Mas,
tem vezes que o dia está mais tranquilo, quero às vezes sair no horário certinho, às 18
horas, e tenho vergonha de levantar e ir embora, porque ainda está todo mundo
trabalhando (...). Se eu sair, sempre tem um que fala: - O que foi? Está
desestimulada?”.
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Apesar de não ser o problema central que desencadeou a pesquisa, é trivial o
entendimento de como a aprendizagem influência na construção da estratégia adotada
por cada trabalhador ao tratar cada requisição e atingi os resultados. Além de
identificar os principais motivos que levam a alta rotatividade na área.
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elementos responsáveis por um desbalanceamento da carga de trabalho acarretando
sua intensificação.
Em resumo, algumas evidências apontam para intensificação do trabalho, são
elas: longas jornadas de trabalho, menores pausas para necessidades básicas
humanas, desconforto de sair no horário, pressão nos trabalhadores para atingir os
resultados e frequência nas cobranças, redução do intervalo de almoço, e alta
rotatividade.
Nesse sentido, é possível pensar em uma relação direta entre a intensificação
do trabalho e o processo de avaliação de desempenho, sendo um evento ocorrente no
estudo do trabalho ergonômico, citando como exemplo o artigo “Análise Ergonômica do
trabalho em centrais de atendimento telefônico” de Paradela e Duarte (2008) que trata
da sobrecarga de trabalho nas centrais de teleatendimento relacionada a meta de
produção e as causas do disfuncionamento organizacional que impede a avaliação da
eficiência real da atividade de operação.
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CAPÍTULO 2
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A área de compras de manutenção contratual, Mesa de Serviços, situa-se dentro
do escopo de Centro de Serviço Compartilhado, integrado ao Departamento de
Suprimentos na Gerência de Serviços de Suprimentos Sul segregado na gerência de
área, conforme mostra o arranjo organizacional da empresa na figura 2 “Estrutura
Organizacional de Suprimentos”.
No contexto da organização, o modelo de Centro de Serviço Compartilhado
(CSC) da Empresa tem como objetivo ser uma unidade gerencial de processos de
suporte comuns a todas ou a maioria das unidades de negócio da organização com
foco no aumento da performance, resultante da especialização e ganho de escala.
Além de promover a alta qualidade no atendimento do cliente interno e custo reduzido.
As frentes de atuação do Centro de Serviço Compartilhado na empresa são
direcionadas aos processos nos setores de Suprimentos, Recursos Humanos,
Tecnologia da Informação, Serviços Financeiros, Patrimônio e Serviços de Apoio.
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Departamento de
Serviços de
Suprimentos
Gerência Gerência
Gerência Gerência Gerência
Gerência Serviço Gerência Com pra de Com ércio
Serviço de Suporte Global Serviço de
de Suprim entos Serviço de Materiais e Exterior
Suprim entos às operações Suprim entos e
Consolidados Suprim entos Sul Planejam ento (Im portação e
Norte de Suprim entos Arm azéns
de Estoque Exportação)
GAGFR Operational
GASVR GAVIR GAPOR GAXAR GAECR Support
GASIR Procurement
GATCR GABIR GASOR GAITR GAXER and Inventory
Management
GAMLR GAXIR
GASRR GAJIR GALOR Omã
Mesa de
Serviço
GAAMR GAFKR GAXOR
Célula
500K
GAOSR
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De acordo com as diretrizes do diretor da unidade, o Centro de Serviços
Compartilhados tem como objetivo estratégico prover o melhor serviço através da
customização dos serviços e adaptação às necessidades dos clientes, mantendo seu
foco em baixo custo.
Para isso, o modelo CSC baliza sua estratégia organizacional em diretrizes que
são fundamentais para os serviços prestados, sendo esses:
Cabe ressaltar que cada requisição emitida pelo cliente possui um custo para
área requisitante. Nos casos de devolução, o cliente precisa emitir novamente uma
requisição pagando um novo valor pela emissão. Portanto, ao solucionar problemas
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que se aplica pelas instruções normativas da Empresa a devolução da requisição, a
Mesa de Serviços prioriza o menor custo ao diminuir o número de transações.
Em contrapartida, ao solucionar alguns problemas das requisições emitidas sem
retorná-la para o cliente com os motivos da devolução deixa de alertar quanto aos
possíveis erros na emissão das futuras requisições. Portanto, o cliente passa a ter
baixa ou nenhuma visibilidade dos problemas com o processo de emissão das
requisições que impactam no processo de tratamento, isto é, o requisitante continua
cometendo erros ao emitir requisições.
Portanto, na maioria das vezes, o trabalhador apenas executa o que foi pedido
na requisição sem avaliar a coerência do pedido com o contrato, ou mitigar futuros
riscos com um aditamento insuficiente. Deste modo, em alguns casos podem
comprometer no futuro o tratamento da requisição realizado.
! #"!
2.2 – Processo histórico de criação da Mesa de Serviços
!
Para facilitar o entendimento do projeto organizacional de criação da área e do
escopo da Mesa de Serviços serão descritas as justificativas que levam seu
posicionamento dentro da Gerência de Serviços de Suprimentos Sul e as mudanças
organizacionais relacionadas sua inclusão na gerência.
!
2.2.1 – Posicionamento da MDS na Gerência de Serviços de Suprimentos Sul
!
A Gerência de Serviços de Suprimentos Sul visa atender as demandas de
contratação de serviços de manutenção e operação da Empresa nas localidades da
região sudeste do Brasil, e também as categorias sob gestão.
A gerência é composta por duas regionais e duas áreas de compras com sede
no Rio de Janeiro. As regionais são áreas de compras estrategicamente posicionadas
perto dos clientes internos a Empresa nas operações para facilitar a integração entre
suprimentos e operação, e atender suas necessidades específicas frente a operação
realizada na região. Sendo assim, essas regionais se localizam nos estados de Minas
Gerais e Espirito Santo, sendo respectivamente responsáveis pelas operações de:
Mina, Ferrovia, Pelotização e Engenharia; e Portuária Pelotização e Ferrovia. Já as
duas áreas de compras fixadas no Rio de Janeiro tratam das contratações de serviços
coorporativos, suporte a contratação às categorias estratégicas, Backoffice de
suprimentos e processos de manutenção contratuais (aditivos).
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A primeira mudança na gerência foi o aumento do escopo da área de compras
para suportar uma nova função dentro da Empresa, de gestor de categoria, realizando
as compras e negociações das categorias estratégicas. Desta forma, o comprador ao
tratar de uma contração de categoria estratégica (alto custo e alto impacto no negócio),
utiliza o gestor de categoria como peça fundamental para direcionar o processo de
compras, sendo feita a compra respeitando a estratégia traçada para categoria frente
ao mercado e atendendo as especificações desejadas pelo cliente.
Cabe ressaltar que o gestor de categoria é uma atividade de trabalho que busca
gerenciar constantemente as categorias chaves, de modo a alavancar os resultados
esperados de suprimentos e mantendo um relacionamento próximo ao cliente. Portanto,
a gestão de categoria traz consigo um novo conceito para suprimentos de novas
práticas no atendimento ao cliente e análise das categorias classificadas como
estratégicas. Dentro da empresa, o gestor de categoria atendem as demandas de
contratação de serviços de Manutenção e Operação designadas para Gerência de
Serviços de Suprimentos Sul.
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do tempo, a alta administração observou que se comparassem todas as atividades
atribuídas aos compradores, eles estavam ordenando corretamente as prioridades.
Porém, não por isso, a Gerência de Serviços de Suprimentos Sul poderia não cumprir
suas obrigações com as requisições de “menor peso” a organização, mesmo que elas
exigissem menor tempo de análise.
A nova área foi projetada como modelo fabril para atender ao grande volume de
requisições e desonerar o nível de demanda de requisições. Durante o projeto Fábrica
de Serviços realizado pela área de Projetos e Inteligência junto a Gerência de Serviços
de Suprimentos Sul, ela foi caracterizada como área de compras de “baixa
complexidade” por tratar as requisições ditas como de “processo simples e de fácil
padronização” e ter maior volume com o objetivo de melhorar o nível de serviços e
conseguir o atendimento da requisição no prazo.
Para escolher os tipos de requisições que seriam tratadas na nova área foi
relacionado o volume de requisições por tipo de contratação e analisada a
complexidade de realizar a tarefa comparando com as demais, surgindo assim a
possibilidade a ideia de reunir requisições do tipo manutenção contratual. Sendo assim,
foi possível modelar um plano de ação simples e de baixo custo de ser implantado
como medida de contenção aos atrasos e prejuízos a empresa.
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Chamada inicialmente de projeto de Fábrica de Serviços, a Mesa de Serviços
como o próprio nome diz tem o objetivo de realizar atividades de fácil padronização e
precisas, sem a necessidade da etapa de negociação, de maneira rápida. Dessa forma,
se faz uma analogia entre os trabalhadores que ali trabalham com as máquinas
operadas numa fábrica.
“O cliente não está muito preocupado se você vai entregar uma limousine (carro
de luxo) ou um fusca (carro popular), o que importa que você lhe entregue um carro,
tendo as mesmas características físicas de um carro e sua funcionalidade. Para esse
cliente que normalmente está no local de operação o que ele quer é que seu pedido
seja entregue na data acordada e o produto contratado possua as especificações
descritas por ele.”
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No novo cenário e com uma nova perspectiva de atendimento ao cliente, a Mesa
de Serviços ajudou melhorar a visibilidade do cliente na rapidez dos processos, porém
era necessário também tomar ações nas outras áreas de compras e regionais.
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Serviços, sofreram modificações ao serem incorporadas pela Diretoria de Suprimentos
da Empresa. A decisão foi tomada com base na tendência mercadológica de
desaceleração da China, principal cliente da empresa, e pelo viés de austeridade
orçamentária seguida nos últimos meses pela Empresa.
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área, e consequentemente diminuindo as entregas fora do prazo acordado com a área-
cliente.
Baseado na proposta inicial e os resultados esperados, a equipe de projeto
modelou uma área de compras para realizar os processos de compras considerados
simples e facilmente padronizáveis, de maneira rápida e precisa, chamando-a de
Fábrica de Serviços.
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de menor custo para empresa, sendo esses: jovens e aprendizes de suprimentos.
Dessa forma, a nova área centralizaria as atividades de menor especialização de
compras por um menor custo, e se tornando “escola dos novos compradores” (termo
usado por um membro da equipe atual da Mesa de Serviços para definir o início de
uma carreira em suprimentos na Empresa).
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resultados alcançados pela MDS no ano de 2010, ou seja, a avaliação de desempenho
vista pela meta de trabalho é uma réplica do que se define para outras áreas de
compras “o que é realizar um trabalho bom” para elas.
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outras áreas de suprimentos para o foco de demandas estratégicas e menos
operacionais (incluindo a etapa de negociação com fornecedores).
Em linhas gerais, a Mesa Serviços foi criada para suportar as outras áreas de
compras no quesito de requisição de manutenção contratual, não executando a etapa
de negociação, e sem exigir trabalhadores experiência anterior na área de suprimentos.
Segue abaixo o quadro 1 “Tipo de contratações da Mesa de Serviços” das diversas
atividades que são realizadas na Mesa de Serviços.
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QUADRO 1 – Tipo de contratações da Mesa de Serviços. Fonte: Dados da empresa
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!6.G.H1'65')I-J1'5'*52-N5U-25NG1 ,-./-'012345/.6-65
2.3 "!Gerenciamento da Rotina
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0-6-KGI1'65'01NGI-G1 ,-./-'012345/.6-65
(K354V-25NG1 ,-./-'012345/.6-65
Considerada uma área de suporte a operação da ,-./-'012345/.6-65
&I652'65';5IH.L1'A&;B
Empresa, já que se trata de
*5-URKG5'P12'CSI2R4-')-I-2TGI.P-
atividades de suprimentos, a Mesa de Serviços procura ,-./-'012345/.6-65
atender as necessidades de
*5WR4-I.J-LM1'P12'01NGI-G1'X')I-J1 ,-./-'012345/.6-65
seus clientes internos, principalmente o prazo de entrega,
*5WR4-I.J-LM1'P12'01NGI-G1'X'%-41I de maneira a tornar
,-./-'012345/.6-65
*5WR4-I.J-LM1'K52'01NGI-G1 ,-./-'012345/.6-65
perceptível sua participação e contribuição aos interesses
*5YR.K.LM1'65';5IH.L1'(/G5IN1'A*;(B'P12')5I.G-W52
da empresa, realizando
,-./-'012345/.6-65
transações de contratação de serviços para as operações da empresa.
! $"!
clientes internos é o tempo de processo procurou-se monitorar a velocidade do
tratamento das requisições de manutenção contratual através do lead time.
O último campo da cadeia se refere aos clientes nos quais são representados
por toda área ou individuo beneficiado com o produto ou de alguma forma impactado
diretamente ou indiretamente com o resultado apresentado na entrega final do produto.
! $#!
FIGURA 3 – Descrição do processo da Mesa de Serviços – Fonte: Dados fornecidos pela empresa
! $$!
Um dos problemas mais comuns no tratamento da requisição está ligado ao
insumo fornecido, isto é, a requisição emitida. Problemas como o preenchimento
incorreto ou incompleto dos campos do formulário de requisição, falta de anexos
necessários para a realização do aditamento (como o contrato anterior), informações
contratuais desatualizadas ou justificativa incompleta para o pedido de aditamento são
comumente encontrados nas requisições pelos compradores da MDS.
! $%!
compras de manutenção contratual na sequência lógica dos eventos. Esse sistema
utiliza etapas do processo para dividir a medição do tempo de cada atividade de
trabalho realizada entre os diferentes protagonistas no processo de tratamento da
requisição. A tabela 2 “Etapas do Processo de compras” apresenta as etapas do
processo de tratamento da requisição de manutenção contratual na sequência que se
dá o processo, bem como os seus respectivos responsáveis pela execução.
! $&!
SEQUÊNCIA PROCESSO DE TRATAMENTO DA REQUISIÇÃO
Pegar os anexos disponíveis da requisição no sistema de
1
informação
2 Pegar contato do fornecedor no formulário de requisição
Conferir o Quadro de Quantidade e Preço de modo a verificar
se o valor total do aditivo colocado no formulário é igual o
3
valor total no quadro, e também conferir os preços unitários a
fim de analisar histórico (*)
4 Pedir e aguardar o "de acordo" ao fornecedor
Fazer o Texto Longo e Minuta com base nas informações da
5
requisição e do contrato
6 Pedir assinatura da minuta ao fornecedor
Anexar minuta, texto longo, "de acordo" do fornecedor e QQP
7
(*)
8 Enviar para aprovação da requisição no sistema
Atualizar o valor total do contrato no sistema adicionando o
9
aditivo
10 Receber requisição aprovada pelas alçadas competentes
11 Concluir a requisição no sistema
Enviar e-mail padrão final para o fornecedor informando que o
12
contrato foi aditado e anexando em PDF uma via do contrato
! $'!
A atividade de tratamento da requisição nos casos de aditivos compreende-se por uma
atividade muito mais operacional do que analítica, sendo a principal atividade do
tratamento da requisição envolvendo suprimentos realizar o texto longo e a minuta com
base na análise do contrato. Ainda é possível perceber que o processo tem elo de
interações com outras áreas, principalmente com o fornecedor.
! $(!
Destaca-se como uma das principais características da Mesa de Serviços, o alto
volume de tratamento de requisições. Isso se deve aos tipos de contratações
executadas na área que se resumem em: aditivos, reajuste, regularização, ordem de
serviço e espalhamento de contratos; e o escopo proposto pela MDS ao realizar
atividades que exigem operacionalmente mais do que análise em suprimentos,
voltadas para processo de compras ditas como “simples” e, por isso destina desde o
projeto Fábrica de Serviços uma maior quantidade de requisições a serem tratadas.
#$%&'(!)*+,-+./$,+0$!,+!12345!
#!
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! $)!
Certifica-se pelo gráfico que a Mesa de Serviços possui um volume de
requisições de compras de serviços nos meses em análise superior às demais áreas,
correspondendo aproximadamente 50% do total de requisições atribuídas a gerência.
Outro ponto de vista, o tempo do processo MDS, exigido por meta, para
qualquer atividade, ou seja, sem distinção de valor ou tipo de contratação é 21 dias.
Sendo assim, não faz sentido a determinação do prazo acordado com o cliente variar
com o valor, uma vez que a área consegue entregar qualquer processo em um tempo
pré-determinado e único.
O gerente de controle de metas lembra que a meta de trabalho deve ser
desafiadora, porém factível de ser alcança no período proposto de medição. Nesse
momento, cabe um questionamento quanto o objetivo de ter como faixa de meta o valor
de prazo acordo com o cliente para o tratamento da requisição (SLA) como um
indicador que compõem a meta, já que é evidente a facilidade em atingi-lo, por ter em
! 1 $*!
uso da metáfora para se referir aos contratos de altos valores e importantes para o produto final da
empresa, seja por uma questão da qualidade do produto ofertado ou pela escassez de fornecedores
na categoria avaliada.
indicador de contrapeso (lead-time). O SLA é um indicador proposto para toda área de
suprimentos independente da atividade de trabalho variando com o valor do contrato,
não tendo ajustes para a atividade da Mesa de Serviços.
No entanto, não significa que não exista controle da qualidade das requisições.
O supervisor da MDS e as respectivas alçadas de aprovação analisam o que foi tratado
na requisição, e respondem com aprovado ou reprovado podendo conter ajustes nas
requisições tratadas e verificadas. E em um segundo momento, após a aprovação da
alçada, a requisição é avaliada pela célula de contrato que compara as informações do
termo de aditivo e do contrato com o que foi colocado no sistema. Apesar de
apresentar alguns controles ao longo do processo foram identificados alguns erros que
são cometidos por compradores e não são reprovados pelos gestores, ou apurados na
célula de contratos.
! %+!
colocadas no sistema comparando-os com o formulário de requisição e os (s)
contrato(s) anterior(es).
! %"!
tratamento da requisição. Dentro do universo da MDS, a estrutura organizacional atual
(ano 2012) se distribui da seguinte forma:
! %#!
Por se caracterizar com uma área de alta rotatividade, o tempo médio na função
são alguns meses, sendo singular a cada comprador. Chama atenção da pesquisadora,
a seguinte declaração dada pela gerente de área, que no passado ocupou o cargo de
supervisora:
Ainda assim, percebeu-se que uma parcela da alta rotatividade era de pessoas
que saiam da Empresa por motivos de insatisfação ou desestimuladas com a atividade
rotineira.
! %$!
Ainda assim, dentro da divisão de cargo de assistente I, assistente II e
assistente III, cada nível possui uma faixa salarial diferente. Sobre a divisão
classificatória entre os níveis de cargo, a resposta dada pelos gestores não se
mostraram sólidas, no momento em que cada um disse sobre uma avaliação diferente
usada pela MDS, o que faz desconsiderar qualquer interpretação sobre os planos do
cargo de assistente.
2.4.1 – Jornada
! %%!
atividade de tratamento de requisição respeitando todas as etapas e normas da
Empresa, também tem que cumprir a meta de trabalho da área.
Para não prejudicar os resultados da equipe, e também provar ser capaz de
fazer a atividade da MDS, os novos compradores costumam estender a jornada de
trabalho para conseguir tratar todas as requisições atribuídas diariamente na sua
carteira e mostrar sua dedicação e comprometimento com a Empresa (símbolo de um
trabalhador dedicado).
Outro fator que influencia as altas jornadas acontecem nos últimos meses do
ano devido ao aumento da demanda dos clientes por requisições de manutenção
contratual e o esforço maior para atingir as metas até o período de apuração dos
resultados que costumam acontecer no mês de dezembro.
Quanto o esforço maior para atingir a meta é maior no final do ano devido ao
aumento do número de requisições e para tentar recuperar os meses que os resultados
dos indicadores ficaram abaixo do esperado, com o efeito de compensação entre os
tempos de tratamento.
! %&!
Ao perguntar aos compradores sobre outros motivos que levam a “horas-extras”
na área, eles levantaram outros fatores que impactam na jornada de trabalho. As
chamadas particularidades das requisições, que nada mais é que os fatores que
precisam ser solucionados antes do processo de tratamento e não são previstos na
atividade do comprador. Tais fatores geram o aumento na jornada de trabalho ao
introduzir novas atividades ao comprador na solução de problemas iniciais na
requisição.
Segue abaixo o diagrama de espinha de peixe dos problemas que causam o alto
lead time para os processos da Fábrica.
! %'!
A Empresa não possui um controle de entrada e saída nas áreas administrativas
com sistema de ponto onde consegue verificar o horário de chegada e saída do
trabalhador. Nessas áreas, o uso da catraca impede apenas a entrada de pessoas não
autorizada, tendo simplesmente a função de controlar o fluxo de pessoas. Dessa forma,
impossibilita o uso da frequência dos trabalhadores para provar as longas jornadas de
trabalho que são realizadas na área.
! %(!
condições do dia-a-dia. Entre outras palavras, com base na estrutura apresentada no
sistema carreira e sucessão, cada competência significa:
! %)!
FIGURA 6 – Escala de Avaliação de Desempenho. Fonte: Dados da empresa
Ao final da avaliação 360o é calculada a média das notas dadas para cada
competência e enquadrada entre Baixa Performance, Solida Performance, Alta
Performance. Cada classificação se enquadra nas notas:
! %*!
Aspiração é o quanto o empregado deseja: prestígio e reconhecimento na
organização; progresso e influência; recompensa financeira; equilíbrio entre vida
pessoa e trabalho; prazer no trabalho de modo geral. E o engajamento no contexto de
avaliação do potencial é comprometimento emocional (o quanto o empregado valoriza,
gosta e acredita na empresa em que trabalha); comprometimento racional (o quanto o
empregado acredita que ficar na empresa é de seu próprio interesse); esforço arbitrário
(desejo do empregado em ir “acima e além” do chamado da obrigação; intenção de
ficar (desejo do empregado em ficar na organização).
! &+!
competência e a avaliação do potencial de modo a calibrar as notas de acordo com as
notas dadas pelos participantes.
! &"!
é levada em conta na hora de promover o comprador. Os principais requisitos
avaliados são os resultados entregues principalmente com relação a meta, e a
capacidade de solução de problemas frente aos fatores que influenciam o tratamento
da requisição.
Ainda é comum observar que esses feedbacks informais são mais direcionados
para os compradores inexperientes ou compradores que realizam requisições que
exigem maior preparo em suprimentos, como é o caso do reajuste por fórmula
paramétrica. Essas conversas costumam acontecer no próprio ambiente de trabalho e
próximos aos outros compradores da Mesa de Serviços.
Outro tipo de “feedback” usado na Mesa de Serviços é feito durante uma reunião
não planejada em volta da mesa da gerente que mostra os resultados de cada um e
espera por explicações quando o atraso nas etapas de tratamento de requisições.
Essas reuniões são convocadas quando existem diversos problemas que podem trazer
um mal resultado dos indicadores de desempenho da área.
! &#!
2.5.1 – Remuneração Variável
! &$!
processo de metas contemplado nessa pesquisa a construção e a gestão das metas do
Diretor executivo e Diretor-presidente, pois essas funções são reguladas de acordo
com o disposto no Estatuto Social da Empresa, diferenciando dos demais critérios de
avaliação usados na empresa.
! &%!
que obriga o fornecimento das seguintes informações: fórmula de cálculo, faixa dos
resultados, origem das evidências, responsável pela apuração e frequência das
medições.
! &&!
Sucessão”. O objetivo de realizar o cadastramento é centralizar as informações das
metas de todos os trabalhadores da Empresa em uma única ferramenta, mantendo a
transparência e disponibilização dos dados para conhecimento do trabalhador e seus
gestores.
Cabe ressaltar que além de manter a qualidade das metas e a consistência com
a estratégia da empresa, a auditoria se faz necessário já que os resultados alcançados
tem uma relação direta com a remuneração variável dada a cada trabalhador.
! &'!
processo de alteração da meta costuma acontecer no período de setembro cujos
gestores e empregados discutem se existe a necessidade de alteração da meta diante
o cenário da área ou empresa que não foi previsto no seu estabelecimento. A etapa de
revisão deve sempre acontecer com uma distância do período de apuração para que o
trabalhador tenha chances de atingir os resultados não conquistados.
A decisão de qual área será responsável pelo cálculo dos resultados depende
da significância do impacto na estratégia da empresa e na operação, confiabilidade das
informações ou pedido do cliente.
! &(!
organização. No entanto, os métodos PDCA e SDCA não são obrigatórios. A
recomendação do uso parte do principio que as metas de níveis gerenciais são
estruturadas a partir dos métodos apresentados, e o uso de qualquer metodologia
diferente para o estabelecimento das metas pode ser questionado e analisado sua
veracidade na auditoria, exigindo as evidências para a definição do Plano de Metas.
FIGURA 12 – Métodos para construção dos parâmetros de desempenho. Fonte: Dados da Empresa
! &)!
O último estágio, e não menos importante, previne quanto ao reaparecimento do
problema através da padronização do procedimento. Além disso, como benchmarking é
recapitulado todo o processo de solução do problema para descrever resultados
alcançados e refletir sobre dificuldades encontradas.
Aliado ao PDCA, o método SDCA define os resultados que devem ser mantidos,
ou seja, a meta padrão que deve ser cumprida. Não modificar uma meta de trabalho
pode ser um sinal que mantê-la naquele nível é o essencial para mantê-la a colocação
da Empresa no mercado.
Apesar de ser recomendado o uso dos métodos PDCA e SDCA, eles não são
obrigatórios na Empresa, o que prejudica que todas áreas não utilizem o mesmo
conceito na construção das metas de trabalho. Esse é o caso da Mesa de Serviços que
não restringe a construção da meta de trabalho a nenhum método. Sendo, apenas a
réplica de parâmetros de desempenho já utilizados em outras áreas de compras para
formação da sua avaliação de desempenho.
! &*!
2.5.4 – Composição das Metas da Empresa
G508! G508!
J:E;5@8! A.>50=38!
!
G508!
I24=3=4/8>!
G508!H=28>!
O resultado
FIGURA alcançadodana
13 - Construção meta
Meta final
Final. é particular
Fonte: a cada trabalhador, já que a parcela meta in
Dados da Empresa
! '+!
trabalho de cada trabalhador. Sendo algumas informações necessárias para ter uma
meta delineada, tais como parâmetros de desempenho, fórmula de cálculo, peso na
meta final, unidade de medida, área reguladora responsável por apurar as evidências,
data inicio e data fim onde se compreende o período que a meta está sendo regida,
local onde será recolhida as bases para cálculo da meta, descrição do objetivo daquela
meta para medir a atividade do trabalhador devendo deixar clara sua capacidade de
representar a real atividade de trabalho.
! '"!
da equipe gerenciando os trabalhadores, e tem o papel de tomador das decisões em
primeira instância.
! '#!
Vale ressaltar que existem exceções quanto a composição da meta fim
estabelecida (meta coletiva, meta Empresa e meta individual), portanto fogem a
instrução de avaliação de desempenho dos trabalhadores que executarem atividades
especificas avaliadas pelo comitê de Recursos Humanos, como tendo a avaliação de
desempenho representada por uma personalização da regra apresentada na pesquisa.
! '$!
momento certo, suportar as atividades, manter o controle dos processos das
requisições e gerenciar a equipe e a meta de trabalho.
!
FIGURA 14 – Meta da Mesa de Serviços (ano 2012). Fonte: Dados da Empresa
! '%!
Diante da apresentação da meta MDS, não foram divulgadas o detalhamento
das metas da Empresa para preservar sua imagem e por ser considerada informações
estratégicas e sigilosas. Mesmo assim, pelo painel de metas é possível identificar os
parâmetros de desempenho que regem a meta de trabalho da atividade do comprador
da Mesa de Serviços e os resultados mensais alcançados pela equipe.
C5@/>084.!:/=0.!
C5@/>084.!:L2=:.! C5@/>084.!5@E5;84.! @/E5;=.;!8!:508!O!
5@E5;84.! MG508N! 5KP5EP=.28>!
C5@/>084.!520;5!.! C5@/>084.!@/E5;=.;!8!
:L2=:.!5!8!:508! :508!
Para cada faixa são estabelecidos valores que classificam como foi o
desempenho do trabalhador. Como se sabe o principal objetivo dentro das faixas
possíveis de ser atingida é a meta cinco na qual corresponde a bonificação máxima
dada na remuneração
!
2.5.5 – Parâmetro de Desempenho
!
Indicadores de Desempenho da Mesa de Serviço
! '&!
efetivo controle sobre o resultado da Fábrica de Serviços, a fim de alcançar as metas
estabelecidas e proporcionar um serviço de visibilidade ao seu cliente buscando uma
aproximação entre as partes, esses indicadores são calculados diariamente por uma
ferramenta desenvolvida pela própria área. O principal objetivo de roteirizar esse
acompanhamento é garantir o máximo controle do supervisor para uma “boa” gestão e
manter o nível de serviço prestado aos seus clientes.
! ''!
e suporte à gestão, hoje a Fábrica de Serviço é capaz de verificar todos os números
que a área oficial dos indicadores disponibiliza sobre seus processos e questionar o
embasamentos dos resultados, quando existe divergência entre as bases.
! '(!
CAPÍTULO 3
! ')!
padronização” e alto volume de solicitações para que fosse possível entregar a
requisição no prazo, e assim melhorar o nível de atendimento oferecido por
suprimentos aos seus clientes.
! '*!
não-técnica, portanto a produtividade desse comprador será duas vezes o peso de
produtividade de uma requisição de alçada 3 e não-técnica (0,91) somado a uma vez o
peso de produtividade de uma requisição de alçada 1 e não-técnica (0,38) tendo como
resultado uma produtividade de 2,2. As tabelas 4.1 e 4.2 , “Peso de Produtividade das
requisições”, apresentam os coeficientes tipo (complexidade), alçada de aprovação
(valor do contrato) e a necessidade de análise técnica utilizados no cálculo da
produtividade.
! (+!
TABELA 4.2 – Peso de Produtividade das requisições (PARTE 2: Não-técnica)
Fonte: Dados da empresa (extraídos da Papex, 2012)
Com base nas tabelas 4.1 e 4.2 “Peso de Produtividade das requisições”, o
“Tipo” descreve o tipo de requisição solicitada para tratamento, que também é usada
para diferenciar o escopo das áreas. No caso da Mesa de Serviços aplica-se apenas o
tipo “baixa complexidade” que será avaliada posteriormente. E as demais áreas de
! ("!
compras são destinadas os tipos concorrenciais e não-concorrenciais (com
negociação). Desta forma, nesta pesquisa, a influência deste fator pode ser
desprezada.
! (#!
Em outras áreas de compras, que tratam requisições do tipo concorrencial,
pode-se inferir que haja uma real necessidade de separar entre técnica e não técnica,
pois o processo de contratação dependente das questões técnicas do serviço solicitado.
! ($!
base nos valores por peso que um comprador ao tratar uma requisição de manutenção
contratual de alçada 2 é duas vezes mais produtivo que outro comprador que realiza
uma requisição de alçada 1.
! (%!
Os possíveis testes de hipótese para comparar a média de duas amostras
diferentes são: Estatística t de duas amostras com variâncias diferentes; e Estatística t
de duas amostras com variâncias iguais. De acordo com Triola (2012), o uso do teste
Estatística t de duas amostras com variâncias iguais não é recomendável para testes
preliminares. Segundo Moser e Stevens (1992 apud Triola, 2012), nota-se que
raramente se conhece que as variâncias de duas amostras são iguais, sendo
considerado um teste de hipótese teórico. Portanto, por medida conservadora é
preferível assumir que as variâncias são diferentes do que igual o que traz mais
exatidão nos resultados encontrados nessa pesquisa.
Ho: X A- XB = 0 LEGENDA:
XA: Média do lead time da alçada A
H1: XA – XB ! 0 XB: Média do lead time da alçada B
Em outras palavras, a hipótese nula (Ho) afirma que em média o lead time das
requisições de manutenção contratual de alçada A e alçada B são iguais, não havendo
diferença do tempo de tratamento da requisição utilizado entre as alçadas. A hipótese
alternativa, representada por H1, diz que existe uma diferença entre a média do lead
time da alçada A e alçada B sugere que os tempos de tratamento de requisição não
são iguais.
! (&!
O resultado do teste de hipótese estatística t de duas amostras com variâncias
diferentes será analisado com base no p-value bicaudal por considerar como hipótese
alternativa a existência de diferença entre as médias das amostras, podendo se
encontrar em um dos extremos da curva amostral. Se p-value bicaudal for maior que o
nível de confiança de (0,05) aceita-se a hipótese nula, e se p-value bicaudal menor que
0,05 rejeita-se a hipótese nula. Outra forma de avaliar a premissa é usando o t crítico e
estatística t, no qual o t crítico determina as extremidades da distribuição da amostra
que se aceita a hipótese nula. Através do valor da estatística t e seu posicionamento no
gráfico possível analisar se pertence ou não a região de aceitar a hipótese nula. Sendo
assim, se estatística t for menor que t-critico se aceita a hipótese nula, e seu estatística
t for maior que t-crítico consequentemente rejeita-se a hipótese nula.
! ('!
No exemplo tratado na a figura 16 “Caso de Teste de duas amostras com
variâncias diferentes”, t estatística se localizava dentro do limite do t crítico o que
significa que se aceita a hipótese nula, ou melhor que não pode rejeitá-la.
Para realizar os testes propostos utilizou-se o Excel para suporte aos cálculos
estatísticos envolvendo o método estatística t de duas amostras de variâncias
diferentes.
! ((!
Período
Amostra
Lead time Janeiro a Junho - 2012
Tipo de Contratação Alçada 1 Alçada 2
Comprador 1 Comprador 1
Comprador 2 Comprador 2
Comprador 9 Comprador 9
Reajuste por fórmula paramétrica
Comprador 13 Comprador 13
Comprador 14 Comprador 14
Comprador 16 Comprador 16
Comprador 2 Comprador 2
Comprador 3 Comprador 3
Comprador 4 Comprador 4
Comprador 9 Comprador 9
Aditivo de Prazo Comprador 10 Comprador 10
Comprador 12 Comprador 12
Comprador 14 Comprador 14
Comprador 15 Comprador 15
Comprador 16 Comprador 16
Comprador 2 Comprador 2
Comprador 3 Comprador 3
Comprador 4 Comprador 4
Comprador 5 Comprador 5
Comprador 9 Comprador 9
Aditivo de Prazo e Valor
Comprador 10 Comprador 10
Comprador 12 Comprador 12
Comprador 14 Comprador 14
Comprador 15 Comprador 15
Comprador 16 Comprador 16
TABELA 6 – Plano amostral para teste da primeira premissa. Fonte: Dados da empresa
6778!
TABELA 7 – Total de requisições tratadas por tipo de contratação em 2012. Fonte: Dados da empresa
! ()!
Os (ii) tipos de contratação escolhidos para teste da premissa foram restritos
aos tipos de contratação mais solicitados pelos clientes por conseguir abranger maior
parte do volume de requisições tratadas pela área dentro dos diversos tipos de
tratamento de requisição que a área se propunha a fazer. Além disso, nem todos os
tipos de contratações do escopo da Mesa de Serviços tem uma amostra significativa
estatisticamente (acima de 30 dados) para ser testada.
!
A tabela 7 “Total de requisições tratadas por tipo de contratação em 2012”
mostra a quantidade de requisições concluídas por tipo de contratação realizada no
ano de 2012, entre os meses de janeiro e outubro. Para o teste proposto foram
selecionados os três tipos mais frequentes: reajuste por fórmula paramétrica, aditivo de
prazo e aditivo de prazo e valor.
!
As amostras de testes foram restritas (iii) as alçadas de aprovação (valor
do contrato 1 (valor de contratação entre $10.000> X ! $500.000) e 2 (valor de
contratação "#$$%$$$!&!'!(!")%$$$%$$$*, já que as requisições solicitadas se concentram
nessas alçadas. As outras alçadas (incluindo alçada 0, alçada 3, alçada 4, alçada 5,
alçada 6 ou7 e alçada diretor) possuem baixo número de requisições tratadas pela
Mesa de Serviços o que não tornaria representativa a análise. Isso se deve ao fato da
maioria das requisições de manutenção contratual se referir a contratos de curto prazo,
isto é, valor de contratação baixo. Como mostra graficamente os resultados da
distribuição entre alçadas por tipo de contratação:
! (*!
Reajuste por fórmula paramétrica (ano 2012)
QUANTIDADE DE REQUISIÇÕES
%++!
334
$&+!
$++!
CONCLUIDAS
#&+!
#++! 156
"&+!
"++! 74 65
&+! 16 12 22
6
+!
Alçada 0 Alçada 1 Alçada 2 Alçada 3 Alçada 4 Alçada 5 Alçada 6 Alçada
e7 Diretoria
$&+!
299
$++!
236
#&+!
CONCLUIDAS
#++!
"&+!
"++!
42
&+! 8 18 3
1 0
+!
Alçada 0 Alçada 1 Alçada 2 Alçada 3 Alçada 4 Alçada 5 Alçada 6 Alçada
e7 Diretoria
! )+!
Aditivo de prazo e valor (ano 2012)
400
QUANTIDADE DE REQUISIÇÕES
350
300
CONCLUIDAS
250
200 172
145
150
100
37
50 7 10 1 0 0
0
Alçada 0 Alçada 1 Alçada 2 Alçada 3 Alçada 4 Alçada 5 Alçada 6 Alçada
e7 Diretoria
!
!
! GRÁFICO 5 – Distribuição de requisições de Aditivo de Prazo e Valor entre alçadas. Fonte:
Dados da empresa (extraídos da Papex, 2012)
! )"!
"5898-:!5;!1<"=:!;!-"3:<!
+,-.-/+01!2+3!
"34"5"!6! "34"5"!7! 717+/!+,-.-/+01!
+/4+0+3!56*!
!Comprador 9 18,8% 13,9% 16,4%
Comprador 15 8,8% 16,0% 12,4%
Comprador 14 12,9% 11,1% 12,0%
Comprador 11(*) 10,6% 9,7% 10,2%
Comprador 16 9,4% 4,2% 6,8%
Comprador 10 5,3% 6,9% 6,1%
89:;6!
Comprador 6 (*) 7,6% 2,8% 5,2%
Comprador 5 2,9% 6,3% 4,6%
Comprador 3 4,7% 4,2% 4,4%
Comprador 4 4,7% 4,2% 4,4%
Comprador 2 3,5% 4,9% 4,2%
Comprador 12 3,5% 4,9% 4,2%
Comprador 8 2,4% 4,2% 3,3% !!
Comprador 13 2,4% 2,8% 2,6% <$:)6!
Comprador 17 1,8% 1,4% 1,6% !!
Comprador 1 0,6% 1,4% 1,0% !!
Comprador 7 0,0% 1,4% 0,7% !!
=$$6! =$$6! !! !!
! Comprador não selecionado uso de outro sistema de informação
(*)
"5898-:!5;!1<"=:!
+,-.-/+01!2+3! 717+/!
"34"5"!6! "34"5"!7!
+/4+0+3!56*! +,-.-/+01!
!
Comprador 9 14,00% 16,50% 15,30%
Comprador 14 14,00% 13,60% 13,80%
Comprador 3 13,00% 9,70% 11,40%
Comprador 10 10,40% 10,20% 10,30%
Comprador 2 7,70% 8,10% 7,90%
Comprador 11 (*) 6,70% 8,50% 7,60% >$:?$6!
Comprador 6 (*) 7,40% 5,10% 6,20%
Comprador 15 4,30% 8,10% 6,20%
Comprador 12 6,00% 6,40% 6,20%
Comprador 4 6,70% 3,40% 5,00%
Comprador 16 4,30% 4,20% 4,30%
Comprador 8 2,70% 2,10% 2,40%
Comprador 5 0,70% 1,70% 1,20%
Comprador 13 1,30% 0,80% 1,10%
=9:8$6!
Comprador 7 0,70% 0,80% 0,80%
Comprador 1 0,00% 0,80% 0,40%
Comprador 17
!
0,00% 0,00% 0,00%
=$$6! =$$6! !! !!
GRÁFICO 8 – Compradores da MDS de aditivo de prazo. Fonte: Dados da empresa
! )#!
!
Padrão
P-value t Estatística
(nivel de Conclusão Conclusão
bicaudal crítico t
confiança)
!
Reajuste Estatística t<
P-value>0,05: t crítico:
por fórmula 0,65 0,05 1,97 0,45
aceita-se a Ho aceita-se
paramétrica
hipótese nula
TABELA 8 – Resultados dos testes usando o método estatística de duas amostras de variância
diferentes – Fonte: Dados da empresa
! )$!
figura 17 “Parâmetros de aceitação para reajuste por fórmula paramétrica” apresenta a
localização da estatística t dentro da região de aceite limitado pelo t crítico.
rejeita
! Aceita-se a Ho !rejeita
Ho Ho
!"#$#%&'()*'+ !"##%&'()*'+
!"#$#!"#%&$'#
#(')*+,-,,.
!"#$#%&'(*,-. !"##%&'(*,-.
!
!"#$#%"#%&$'#
#('))/+,01.
! FIGURA 18 – Parâmetros de aceitação para aditivo de prazo e valor – Fonte: ELEMENTATY )%!
STATISTICS, TRIOLA (2012)
No tipo de contratação (c) aditivo de prazo, o p-value bicaudal (0,108) é maior
que 0,05 então, aceita-se a hipótese nula. A estatística t (-1,61165) é menor que o t-
crítico (1,9671), portanto confirma-se o aceite da hipótese nula como mostra a seguir a
figura 19 “Parâmetros de aceitação para aditivo de prazo”.
!"#$#%&'+(% !"##%&'+(%
!"#$#!"#%&$'#
#('))/+1//1-
! )&!
3.2 ,!!!A baixa variabilidade da atividade de trabalho na Mesa de Serviços
! )'!
3.2.1 ,! A opção de avaliar a segunda premissa com base no método da estatística
descritiva: curtose
K = Q3 – Q1
2. (P90 – P10)
Cálculo do grau da curtose. Fonte: Estatistica aplicada a gestão empresarial (Bruni, 2011)
! )(!
FIGURA 20 – Classificação da distribuição pelo grau da curtose – Fonte: ELEMENTATY
STATISTICS, TRIOLA (2012)
! ))!
3.2.1.a – O plano amostral e os resultados dos teste estatísticos da segunda premissa
Para o tipo de contratação (i) reajuste por fórmula paramétrica com base no
gráfico Compradores da MDS e quantidade de requisições de reajuste, os compradores
que participaram do teste da segunda premissa são: comprador 1, comprador 2 e
comprador 13.
! )*!
O conjunto amostral completo testado por comprador selecionado encontra-se
na apêndice 2. As tabelas, gráficos e comentários da construção dos resultados
também encontram-se em anexo. A seguir, serão apresentados sucintamente os
principais resultados da análise da curtose, bem como as conclusões deles
depreendidos.
Tamanho da
amostra Grau de
Comprador Conclusão
(requisições de Curtose
alçada 1 e 2)
Leptocúrtica
Comprador 1 122 0,237
0,237< Kteórico
Reajuste Platicurtica
por fórmula Comprador 2 127 0,279 0,279 >
paramétrica Kteórico
Platicurtica
Comprador 13 74 0,308 0,308 >
Kteórico
Aditivo de Comprador 14 Platicurtica
Prazo e e 15 (testado 75 0,264 0,264 >
valor ANOVA) Kteórico
Platicurtica
Comprador 3 61 0,272 0,272 >
Aditivo de
Kteórico
Prazo
Platicurtica
Comprador 9 80 0,267
0,267> Kteórico
Kteórico = 0,263
TABELA 9 – Resultados dos testes usando o método estatisitca descritiva – Fonte: Dados da
empresa
! *+!
paramétrica do comprador 2 e13” representam a curva da distribuição do lead time
por comprador.
! *"!
GRÁFICO 11 – Distribuição da amostra de reajuste do comprador 13. Fonte: Dados da empresa
Pode-se fazer a inferência que se talvez o comprador fosse medido por horas de
trabalho, o comprador 1 também apresentaria uma curva platicúrtica, já que o tempo
! *#!
para realizar cada requisição estaria refletindo as horas de trabalho para o tratamento
da requisição.
Dessa forma, não se pode descartar que no caso do comprador 1, o lead time
médio sofre influência das condições de organizacionais (“hora-extra”), não permitindo
compará-lo com os compradores 2 e 13, já que estão inseridos em realidades de
trabalho diferentes.
Para (ii) aditivo de prazo e valor, o teste foi realizado com base na
combinação das amostras do comprador 14 e 15 que estatisticamente foi comprovada
pelo teste ANOVA fator único que são compradores que desempenhos equivalentes,
conforme o apêndice 2. Ao avaliar a premissa de “baixa variabilidade” para aditivo de
prazo e valor, o resultado apontou para uma curva platicúrtica, como mostra o gráfico
12.
GRÁFICO 12 – Distribuição da amostra de aditivo de prazo e valor do comprador 14 e 15. Fonte: Dados
da empresa
! *$!
Sugere-se realizar futuros testes com uma amostra maior do que a usada, com o
objetivo de verificar se resultado obtido nesse teste se confirma.
! *%!
GRÁFICO 14 – Distribuição da amostra de aditivo de prazo e valor do comprador 9. Fonte: Dados da
empresa
Sendo assim, as curvas apresentadas pelos compradores 9 e 13 são
platicúrticas com dispersão entre os lead times da amostra testada.
Por essa razão, não se pôde sustentar estatisticamente que a atividade da Mesa
de Serviços é de baixa variabilidade, já que independente da amostra e dos
compradores selecionados uma atividade de baixa variabilidade sugeriria uma baixa
variação no lead time do processo.
! *&!
CAPÍTULO 4
!
!
Uma vez que no capítulo anterior foi mestrado que as premissas usadas no
estabelecimento dos parâmetros de desempenho não são comprovadas
estatisticamente, compra investigar alguns fatores de interveniência por trás da real
atividade de trabalho que levam a alta dispersão do lead time e impactam na
intensificação do trabalho do comprador.
! *'!
considerável a distância entre o teórico e o real (Mbumbu Langa 1999 apud Duarte,
1998).
A partir da observação geral, foi possível perceber que para um mesmo tipo de
contratação, compradores da Mesa de Serviços tem métodos de trabalho diferentes
para executar o tratamento da requisição. Com base na atividade de trabalho do
comprador não se pode considerar a mesma é padronizada, tendo em vista que o
comprador tem domínio sobre seu trabalho ao usar métodos singulares para cada
requisição. Portanto, admita-se na atividade de trabalho a autonomia e a flexibilidade
do comprador de decidir a maneira de realizar o tratamento da requisição, “retratando
no seu trabalho como ele a compreende” (Duarte e Figueiredo, apostila de ergonomia).
! *(!
O bloqueio do fornecedor no sistema pode ser originado por diferentes motivos
que denota para cada um, processos de desbloqueio diferentes. Esses motivos são:
qualificação, cadastro do fornecedor, risco financeiro e segurança empresarial. Se o
caso for passível de solução, a requisição é passada para outro comprador da Mesa de
Serviços responsável por suportar o processo de desbloqueio do fornecedor de modo a
evitar – com gerenciamento do processo de desbloqueio - que ultrapasse o lead time
para tratamento da requisição. Esse outro comprador entra em contato com fornecedor
informando o bloqueio e pedindo ao fornecedor que ele siga as orientações dadas pela
área de gestão dos fornecedores.
Dentro dessas condições, procura-se avaliar casos de requisições com lead time
acima de esperado de modo a colocar o comprador nas reais situações de trabalho
onde encontram presentes fatores de interveniência à atividade de trabalho. E ainda,
! *)!
analisar os efeitos dos imprevistos na carga de trabalho e a estratégia do trabalhador
para atingir a meta de trabalho.
! **!
Dentro do universo de requisições de reajuste por fórmula paramétrica foram
analisadas as requisições 1a e 1b feitas pelo comprador 1 e com resultado do lead time
final do processo, respectivamente, 29 dias e 36 dias.
O comprador destacou que esse tipo de caso é muito comum de acontecer, pois
o fornecedor entende como uma porta de entrada para negociar com a Empresa e
trazer seus problemas vivenciados. Muitas vezes, os fornecedores não tem nenhum
contato interno com a Empresa que possa ajudar a resolver seus problemas ou não
sabe a quem procurar o que mostra uma falha da comunicação do setor de
suprimentos com todos os fornecedores.
! "++!
seus direitos contratuais devido situação vivida pela empresa. O resultado da
negociação foi um acordo parcial do reajuste dado ao fornecedor.
! "+"!
Em aditivo de prazo, as requisições 2a e 2b foram realizadas pelo comprador 3 e
os lead time alcançados são, respectivamente, 25 dias e 26 dias.
Ainda no tratamento da requisição 2b, mesmo que o tempo solicitado para aditar
fosse significativamente pequeno, o comprador acionou a área-cliente para esclarecer
os motivos que levavam aquela solicitação. No formulário de pedido de requisição, o
motivo se mostrou insuficiente para o comprador, ao ter como justificativa: “o
fornecedor ainda estava com problemas com a mobilização do contrato quanto aos
itens de segurança, porém a situação já está regularizada.” Questiona-se o tempo que
o fornecedor não teve acesso a empresa e seu impacto no resultado do serviço. Tal
! "+#!
desdobramento de justificativas também acarretou um maior tempo na etapa de análise
do contrato e do pedido.
! "+$!
ele nem sabe direito do que se trata o QQP, quiçá mexer nos valores. Então, eu
mesmo faço os ajustes com base no histórico do contrato porque se for depender do
cliente o meu tempo é estourado.”
Fatores de
Processo Origem
Interveniência
! Aditivo de prazo/ Aditivo
Funcionamento
1- Fornecedor Bloqueado de prazo e valo/ Reajuste
geral
por fórmula paramétrica
Trabalho Externo
2 - Aceite do Termo de Aditivo de prazo/ aditivo
Caso específico
aditivo pelo fornecedor de prazo e valor
Reajuste por fórmula
3 - Negociação Caso específico
paramétrica
4 - Quadro de
Quantidade e Preço Aditivo de prazo e valor Caso específico
Trabalho a mais
incorreto/desatualizado
5 - Exigências do
Aditivo de prazo/ Aditivo
fornecedor/negociação Caso específico
de prazo e valor
não prevista na solicitação
6 - Feriados e dias
Trabalho Interditado Todos Caso específico
emendados
! "+%!
paramétrica e o ajuste do QQP com as atualizações das informações não realizadas
pelo cliente interno na solicitação do aditivo.
O “trabalho interditado” trata dos dias em que o comprador está impedido de dar
continuidade no processo e que conta no tempo total do processo. Os principais fatores
são os feriados e os dias consecutivos e emendados pela empresa que acabam
impactando no lead time das requisições em carteira por considerar para fins de cálculo
do tempo dias corridos.
! "+&!
Ao avaliar os fatores de interveniência acredita-se que as longas jornadas de
trabalho exercidas são um efeito da compensação dos compradores para ponderar o
lead time das requisições, ao passo que uma requisição foi entregue acima do lead
time do exigido por meta, a outras deve ter um tempo de processo menor.
!
!
! O projeto de observação sistemática tem como objetivo testar a hipótese
formulada a partir da identificação de alguns fatores de interveniência que impactam na
carga de trabalho da atividade do comprador da Mesa de Serviços devido o uso de
premissas na meta que não foram construídas sob a perspectiva da realidade da
atividade humana de trabalho.
Para testar a hipótese será realizada uma investigação detalhada para cada
fator de interveniência considerando os compradores da Mesa de Serviços, de modo a
! "+'!
mapear o maior número de casos com lead time acima da meta e assegurar que
nenhum fator é singular a um comprador devido ao método de trabalho empregado,
mas sim à atividade de tratamento de requisição de manutenção contratual.
! "+(!
obtidos frente a meta de trabalho, especialmente quando ultrapassa o lead time
esperado.
A partir das requisições selecionadas para análise, foi construída uma planilha
onde se procuram reunir as informações fundamentais para entender o tratamento de
cada requisição e identificar os fatores que contribuíram significativamente no tempo
final do processo. A tabela 12 “Resumo das informações coletas nas entrevistas para
investigação dos fatores de interveniência” sintetiza as informações que se desejou
coletar através da planilha para identificação e avaliação dos impactos dos fatores de
interveniência e seus objetivos.
! "+)!
com as entrevistas encontram-se distribuídos em tabelas por fator de interveniência
avaliado, e disponível no apêndice 1 da pesquisa.
TABELA 12 – Resumo das informações coletas nas entrevistas para investigação dos fatores de
interveniência.
! "+*!
controlados temporariamente, tendo apenas o histórico de suas ações. Como não
existe outra forma de rastrear o tempo do tratamento por outras áreas externas a MDS,
não muito usual serão consideradas para alguns fatores, a percepção dos compradores
quanto o tempo gasto e argumentos que levem a comprovação do tempo, como por
exemplo, evidências dos e-mails.
! ""+!
Fatores de Interveniência Processo Origem
! 1- Fornecedor Bloqueado
Aditivo de prazo/ Aditivo de Funcionamento
prazo e valor geral
! """!
o que demanda tempo do comprador por ter que analisar cada linha do contrato para
avaliar se aplica ou não o reajuste retroativo.
! ""#!
time final, e as possíveis relações entre os fatores de interveniência em uma requisição,
com exceção do fator de interveniência “negociação” que terá seu dimensionamento
analisado pela reconstrução da narrativa dos compradores que tratam as requisições
do tipo reajuste por fórmula paramétrica. Isso porque não se é capaz de medir o tempo
do fator de interveniência “negociação” sem que o comprador descreva a requisição.
Para o fator negociação serão realizadas algumas reconstruções de requisições, na
tentativa de alguma generalização da estratégia e impacto, e conseguir se aproximar
do real tempo gasto na negociação.
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GRÁFICO 15 – Frequência dos casos por fator de interveniência. Fonte: Dados da Empresa
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Com base na quantidade de requisições analisadas por fator de interveniência é
possível perceber que os fatores: fornecedor bloqueado, aceite do termo aditivo pelo
fornecedor e assinatura do contrato, são mais recorrentes no processo de tratamento
de requisições. Em contrapartida, os feriados e dias emendados, retroativo do contrato
e a disponibilização do índice na data-base exigidos em contrato são menos frequentes
e seus impactos não são tão significativos no lead time devido a menor ocorrência.
Cabe ressaltar que o fator negociação não teve sua frequência medida, mas sim
o número de requisições escolhidas para avaliação, devido à inviabilidade da contagem
do tempo na etapa de negociação das requisições de reajuste por fórmula paramétrica.
Para que seja possível avaliar os impactos dos fatores de interveniência sobre o
tempo de processo foi medido a contribuição dos fatores de interveniência no resultado
final do lead time. Em um primeiro gráfico 16 “Média dos fatores de interveniência” foi
usado o cálculo da média dos tempos de cada fator para identificar dentre os fatores de
interveniências, quais os fatores tem maior tempo para solução (em dias), baseando na
amostra de requisições testadas.
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fator maior. Nesses casos onde envolve outras áreas para solução do fator de
interveniência, o resultado do lead time final tende a ser maior devido à interação entre
as áreas e a existência de uma dependência de ações por mais de uma área para o
tratamento.
! ""'!
fatores de interveniência menos frequentes e com alto impacto no lead time final ao
ultrapassar a meta de lead time
! ""(!
Destaca-se em vermelho na matriz de impacto, o fator de negociação que
apesar de não ter sua frequência real disponibilizada nessa pesquisa, se enquadra
como potencial em ser um dos principais fatores de interveniência que geram o
aumento do lead time das requisições de reajuste por fórmula paramétrica. Isso porque
o fator de interveniência negociação apresenta um lead time médio elevado, e a análise
do estudo da etapa de negociação promovida na área mostrar que se trata de um fator
introduzido à prática do tratamento da requisição, portanto de alta frequência.
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GRÁFICO 18 – Participação dos fatores de interveniência fornecedor bloqueado no lead time final. Fonte:
Dados da Empresa
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vinte e um dias para o tratamento da requisição, como mostra o gráfico 19 “Fator de
interveniência fornecedor bloqueado na meta de lead time.”
GRÁFICO 19 – Fator de interveniência fornecedor bloqueado na meta de lead time. Fonte: Dados da
Empresa
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Nesse caso, além da demora do aceite do termo de aditivo pelo fornecedor como
motivo do aumento do lead time existe o acréscimo da negociação contratual.
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GRÁFICO 21 – Fatores de interveniência aceite do termo de aditivo e assinatura do contrato na meta de
lead time. Fonte: Dados da Empresa
Mas, nem sempre as etapas saem como planejadas, existem casos não muito
raros, que o fornecedor leva semanas para enviar o contrato assinado para a Empresa.
De acordo com os compradores entrevistados, a demora da assinatura do contrato
sofre a influência das aprovações internas do fornecedor, no qual o contrato é revisado
e analisado por diferentes membros da companhia terceira. Em alguns casos, além da
! "##!
avaliação do contrato pelos responsáveis pela empresa fornecedora, também é
verificada pelo jurídico do fornecedor de modo a garantir que todos os apunhados
legais resguardam o fornecedor na ação de prestador de serviços.
! "#$!
comprador não passe de sete dias corridos. Com base na opinião dada pelos
compradores, pode-se dizer que seria possível realizar aditivos de prazo e aditivos de
prazo e valor em 14 dias, descontando 7 dias da entrega.
! "#%!
Ao longo das entrevistas foi possível perceber que o fator negociação se
mostrava de maior preocupação dos compradores do que o fator de retroativo devido
ao impacto no tempo final da requisição e sua diversificação pois “cada caso é um caso”
(palavras usadas pelo comprador ao se referir as negociações).
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GRÁFICO 23 – Fator de interveniência Negociação e Retroativo na meta do lead time. Fonte: Dados da
Empresa
! "#(!
Durante a entrevista, os compradores revelaram no primeiro estágio do processo
a estratégia de analisar se trata de um fornecedor de pequeno, médio ou grande porte,
e dependendo dessa classificação a negociação é modificada.
! "#)!
de escopo no contrato, pois a Empresa não terá condições de manter os custos
provenientes do serviço. Por uma análise lógica de custo e beneficio entre receber ou
não o reajuste por fórmula paramétrica, o fornecedor tende a abrir mão do reajuste, o
que se torna a justificativa de redução de escopo, uma poderosa tentativa de coesão e
convencimento.
! "#*!
direcionamento do impacto busca-se avaliar as estratégias usadas pelos compradores
da Mesa de Serviços para alcançar a meta de trabalho, tendo em vista que o lead time,
principal item de controle, é influenciado pelos fatores de interveniência existentes no
processo de tratamento da requisição.
! "$+!
tempo para solução varia, sendo em média sete dias corridos para a liberação do
fornecedor no sistema”.
! "$"!
Assim como no processo de qualificação, o desbloqueio por motivo de gestão de
risco é analisado pela área de risco. Ao chegar o pedido de desbloqueio, a área de
risco pede ao segundo-comprador da Mesa de Serviços responderem algumas
perguntas na ferramenta de suporte a risco sobre a atual situação financeira e
econômica do fornecedor que ajudem na avaliação do risco. Entretanto, a Mesa de
Serviços, como área de suprimentos responsável pelo processo de tratamento, não é
detentora desse tipo de informação e, portanto recorre ao fornecedor para responder
algumas perguntas feitas para a liberação e desbloqueio.
Caso não seja possível conciliar com o cenário atual da carteira com existência
de muitas requisições emergenciais e prioritárias, o comprador prolonga sua jornada de
trabalho seja na Empresa ou em fora do ambiente de trabalho para conseguir “concluir
a requisição o mais rápido”. Ainda assim, nos casos que o desbloqueio é negado ou a
solução está comprometida por alguma entrega no processo, o comprador devolve a
requisição justificando que antes de realizar o tratamento “é necessário o desbloqueio e
não compete a sua atividade realizá-lo”.
! "$#!
O segundo bloco de entrevista trata dos fatores de interveniência assinatura da
minuta pelo fornecedor e aceite do termo de aditivo pelo fornecedor, incluindo os casos
que envolvem negociação não prevista durante o “de acordo” do termo de aditivo.
Junto a esses fatores de interveniência encontram-se presente nas requisições de
aditivos outros fatores, tais como quadro de quantidade e preço desatualizado e
entrega da requisição para tratamento que influenciam na estratégia do comprador na
tentativa de alcançar a meta de trabalho da Mesa de Serviços.
! "$$!
Quando se trata de um aditivo de prazo e valor, o fator quadro de quantidade e
preço é uma peça fundamental para o tratamento da requisição, e a sua desatualização
compromete a continuidade do processo. A solução desse fator de interveniência pode
ser feita pelo cliente interno (processo padrão) ou pelo comprador que deve consultar o
histórico do contrato a fim de identificar no histórico os reajustes.
Já o fator entrega da requisição para tratamento não tem uma estratégia efetiva
do comprador da Mesa de Serviços, pois não depende do comprador a cadeia de
processo anterior a ele, como mostra a figura 21 “Fator de interveniência entrega da
requisição para tratamento do comprador”. A única análise imediata é subtrair o tempo
de entrega da requisição para seu tratamento no lead time final da meta, permitindo
planejar sua atividade com base no tempo disponível para conclusão da requisição.
TIPO DE
CONTRAÇÃO
GESTOR DE
CATEGORIA:
REALIZA PRIMEIRA
ANÁLISE NA
REFERE-SE A SOLICITAÇÃO
UMA
CATEGORIA !"#$%&'$()*")
ESTRATÉGICA? +%,-.'(
Categoria
GERENTE DA ÁREA
CLIENTE: APROVA Estratégica
REQUISIÇÃO
SISTEMA DE
INFROMAÇÃO:
DISPONIBILIZA Categoria não TIPO DE
REQUISIÇÃO PARA Estratégica CONTRAÇÃO
TRATAMENTO DE ÁREA DO TRS:
SUPRIEMNTOS DISTRIBUIÇÃO MESA DE SERVIÇOS:
DAS REALIZA O
REQUISIÇÕES TRATAMENTO DA
PARA AS ÁREAS REQUISIÇÃO
DE SUPRIEMNTOS
REQUISITANTE/ÁREA
CLIENTE: ABRE A
REQUISIÇÃO
!"#$%&'(#%')"&*"%"&#%"#"+'(#$&&,$&-$+*%",$%
Nos casos que o fator entrega da requisição para tratamento ultrapassa sete
dias do lead time final do aditivo, o comprador realiza “hora-extra” para tentar
compensar o excesso de tempo cometido por outras áreas. O fator de interveniência
entrega da requisição para tratamento é intrínseco ao processo de tratamento da
! "$%!
requisição ao ser considerado como parte do lead time final, porém sua demora
excessiva pode prejudicar a meta (lead time) do comprador da Mesa de Serviços.
Deve destacar que o lead time pertence apenas a meta da Mesa de Serviços, e
as demais áreas participantes do processo não são avaliadas pelo tempo final, mas sim
pela qualidade da análise. Ao estabelecê-lo somente como meta da Mesa de Serviços
coloca sobre a responsabilidade do comprador toda a rapidez do processo, como se
dependesse única e exclusivamente de sua atividade para realizar os pedidos feitos
nas requisições, o que não é verdade com base nos fatores de interveniência
identificados. Mediante o cenário deixa-se transparecer a confrontação de objetivos
entre as áreas que são regidas por diferentes parâmetros de desempenho. Dessa
forma, questiona-se se o real objetivo esperado pela área de Suprimentos no processo
de tratamento da requisição de manutenção contratual é a rapidez?
! "$&!
CAPÍTULO 5
A proposta baseia-se na ideia de que devem existir dois lead time: lead time final
e o lead time do comprador. O lead time final refere-se ao tempo total do processo a
partir da criação da requisição até a conclusão do tratamento pela área de compras. Já
o lead time do comprador, mais especifico, é usado para medir a atividade de trabalho
do comprador durante o tratamento da requisição.
! "$'!
objetivos e estratégias da organização e comparando o resultado com outras
organizações.
Para o controle efetivo do processo, como um todo, o lead time final passa a não
ser mais uma responsabilidade dos executores do processo, tais como: comprador,
gestor de categoria ou analista do TRS, e tem atribuição em meta aos gerentes gerais
das áreas envolvidas. Esses gerentes além de ter o papel de gerenciar o processo, tem
poder e domínio para intervir no processo quando algum fator não planejado é tratado,
e impactando no lead time final.
Dessa forma, o lead time final é composto pelos tempos individuais de cada área
envolvida no processo de tratamento da requisição. O uso do lead time final como meta
de trabalho coletiva (comum entre as áreas envolvidas no processo) revela para todas
as áreas que o foco é a rapidez do atendimento, e todos tem contribuição no resultado
do lead time final.
! "$(!
Já o lead time do comprador tem o objetivo de medir o desempenho individual
do comprador na sua atividade de trabalho, o objetivo é conseguir avaliar o tempo
gasto na principal etapa do processo, tratamento da requisição de manutenção
contratual. Apesar da proposta do item de controle ser simples, não é trivial medir a
atividade de trabalho do comprador da Mesa de Serviços, tendo em vista que existem
diversos fatores de interveniência que influenciam no resultado do lead time. Sendo
assim, a construção do lead time do comprador baseia-se na singularidade do impacto
de cada fator de interveniência na atividade de trabalho, como mostra a tabela 12
“Características dos fatores de interveniência no lead time do comprador”.
INTRISECO INTRISECO
PROJETO ORGANIZACIONAL
PROJETO ORGANIZACIONAL
FATORES DE INTERVENIÊNCIA
FATORES DE INTERVENIÊNCIA AO AO
PROCESSO PROCESSO
LEAD TIME DOLEAD
COMPRADOR
TIME DO COMPRADOR
Fornecedor Bloqueado
Fornecedor Bloqueado ! !
A DESCONSIDERAR
A DESCONSIDERAR
NO LEAD NO LEAD
TRABALHO TRABALHO
" "
TIME DO COMPRADOR/
TIME DOTEMPO
COMPRADOR/ TEMPO
Aceite do Termo
EXTERNO EXTERNO Aceite
de Aditivo
do Termo
pelo
defornecedor
Aditivo pelo fornecedor INTERROMPIDOINTERROMPIDO
DURANTE DURANTE
SOLUÇÃO SOLUÇÃO
Assinatura daAssinatura
minuta pelodafornecedor
minuta pelo fornecedor " "
Retroativo doRetroativo
contrato (retroativo
do contrato
ao (retroativo
reajuste) ao reajuste) ! !REQUISIÇÃO
CONSIDERAR NO
DA
CONSIDERAR
TRATAMENTO
DA
DO
NO TRATAMENTO
REQUISIÇÃO
TIPO DO TIPO
REAJUSTE PORREAJUSTE
FÓRMULA POR FÓRMULA
Negociação
TRABALHO ATRABALHO A Negociação ! ! PARAMÉTRICA PARAMÉTRICA
MAIS MAIS
Quadro de Quatidade
Quadro dee Preço
Quatidade
incorreto/desatualizado
e Preço incorreto/desatualizado ! !
CONSIDERAR NOCONSIDERAR
TRATAMENTO
DA REQUISIÇÃODADO
NO TRATAMENTO
REQUISIÇÃO
TIPO DO TIPO
Exigências doExigências
fornecedor/negociação
do fornecedor/negociação
não prevista na
não
solicitação
prevista na
dasolicitação !
requisiçãoda requisição !
ADITIVO (PRAZOADITIVO
E VALOR)
(PRAZO E VALOR)
Entrega da requisição
Entrega dapara
requisição
tratamentoparadotratamento
compradordo comprador " "
A DESCONSIDERAR
A DESCONSIDERAR
NO LEAD NO LEAD
TRABALHO TRABALHO
INTERDITADO Disponibilização
INTERDITADO Disponibilização
do indice na data-base
do indice naexigido
data-base
em contrato
exigido em contrato ! !
TIME DO COMPRADOR/
TIME DOTEMPO
COMPRADOR/ TEMPO
INTERROMPIDOINTERROMPIDO
DURANTE A DURANTE A
PARALISAÇÃO PELOS
PARALISAÇÃO
EVENTOS PELOS EVENTOS
Feriados e dias
Feriados
emendados
e dias emendados ! !
TABELA 14 – Características dos fatores de interveniência no lead time do comprador.
Fonte: Pesquisa
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Na formação do lead time do comprador, cada fator de interveniência
classificado como “trabalho a mais”, de reponsabilidade da ação do comprador, está
associado a um tipo de contratação. Sendo assim, os fatores “retroativo do contrato” e
“negociação” serão considerados no lead time do comprador quando se tratar de uma
requisição do tipo reajuste por fórmula paramétrica; o fator “quadro de quantidade e
preço desatualizado” será introduzido na contagem do lead time nos casos envolvendo
aditivo de valor sem alteração do preço unitário; e o fator “exigências do fornecedor/
negociação não prevista na solução da requisição” se encontra presente nos aditivos, e
nesses casos serão contados no lead time do comprador. E os demais fatores de
interveniência tratados nesse pesquisa por não ser de ação do comprador para sua
solução no processo de tratamento da requisição foram desconsiderados no lead time
do comprador.
! "$*!
No “trabalho externo” trata-se dos fatores de interveniência cuja ação depende
do fornecedor. Em especial para “fornecedor bloqueado”, as ações são realizadas pelo
fornecedor e pela área de gestão de fornecedores que o orienta na entrega da
documentação e realiza o desbloqueio no sistema. Dessa forma, é possível perceber
que o comprador não tem ação sobre esses fatores de interveniência. Portanto, para
fins de cálculo do lead time do comprador, o tempo de solução dos fatores de
interveniência classificados como “trabalho externo” devem ser desconsiderados.
! "%+!
métodos de trabalho diferentes e tempos finais também diferentes. A figura 22
“Resumo do quadro de metas” mostra os tipos propostos de metas de lead time do
comprador de acordo com o tipo de contratação, aditivos e reajuste.
! "%"!
um tipo de contratação. Como no caso proposto, o comprador marcará o que está
tratando na requisição e o mesmo deve guardar comprovantes da ocorrência dos
fatores em anexo a cada requisição no sistema, tais evidências pode ser: e-mail entre
comprador e fornecedor para os casos que envolve negociação; erro no quadro de
Quantidade e Preço ou e-mail informando o documento desatualizado ao cliente de
área; e no caso retroativo datas que comprovem a necessidade do pagamento do
retroativo.
! "%#!
Imagine que um comprador da Mesa de Serviços tenha realizado quatro
requisições, sendo duas de reajuste, uma requisição de aditivo de prazo e valor e
outra requisição de reajuste e aditivo de prazo valor. A meta do lead time do
comprador para cada requisição foi baseada no tipo de contratação e fatores de
interveniência apresentados, conforme mostra a figura 23 “ Exemplo de cálculo para o
caso hipotético analisado”.
FIGURA 23 – Exemplo de causo hipotético na construção do lead time do comprador. Fonte: pesquisa
! "%$!
ajudam no controle da atividade do comprador de tratamento da requisição, chamados
de itens de verificação.
Falconi (2004) define item de verificação como sendo os principais fatores que
afetam seus itens de controle prioritário, no qual também se refere nessa pesquisa
como item de controle ou indicadores de desempenho.
! "%%!
trabalho do comprador ao propor em meta um conjunto de indicadores para representar
a real atividade de trabalho.
! "%&!
descumprimento de etapas do processo de tratamento, e no mais ir contra as diretrizes
de suprimentos para conseguir entregar no tempo exigido. A atual meta de trabalho da
Mesa de Serviços, peça fundamental da avaliação de desempenho, é formada por
parâmetros de desempenho que subavalia a atividade do comprador.
Quadro final
Parâmetro de desempenho Forma de Cálculo
Média dos tempos: Tempo de
tratamento da requisição + tempo
Lead time do Comprador
de solução do fator de
VELOCIDADE
interveniência
DO
Quantidade de requisições entre no
PROCESSO
prazo acordado com o cliente/
SLA
Quantidade total de Requisições
tratadas
Quantia monetária economizada na
SAVING
negociação ( reajuste do contrato)
QUALIDADE Número de vezes que as
DA operações da empresa foi
REQUISIÇÃO % OPERAÇÕES COM
interrompida por problemas no
INTERRUPÇÃO
manutenção do contrato tratada
pela Mesa de Serviços
! "%'!
O indicador de desempenho lead time do comprador visa medir o tempo da
atividade do comprador no tratamento da requisição e o tempo da realização das ações
necessárias pelo comprador para solução dos fatores de interveniência classificados
como “trabalho a mais”. O resultado do lead time do comprador é baseado na média
dos tempos finais por requisição.
Para identificar algumas possíveis distorções provocada pelo lead time, ao usar
a média dos tempos gerando baixa visibilidade da dispersão dos resultados, decidiu-se
por usar o SLA. Assim, evita-se que algumas requisições sejam muito longas e outras
muito curtas, mas na média estão atingindo a meta de trabalho. Para isso, o SLA
estabelece uma faixa de variação possível de ser cumprida e atender as necessidades
do cliente, o que o torna um “indicador de contrapeso” a um efeito de compensação
dos tempos causado pela forma de cálculo do lead time. A forma de cálculo do SLA é a
quantidade de requisições entregue no prazo sobre o total de requisições realizadas.
Cabe ressaltar que para o cálculo do SLA, o indicador baseia-se no prazo acordado
entre suprimentos e cliente, no qual pode variar de acordo com as características da
requisição, sendo o mínimo trinta dias ao contar da aprovação da requisição pelo
gerente da área cliente.
! "%(!
concretamente identificar se o cliente está sendo atendido e se os serviços prestados
estão sendo prejudicados por alguma complicação no tratamento. Ao estabelecer o
“número de operações com interrupção” como indicador de desempenho, propõem que
a estratégia operativa do comprador para conseguir alcançar a meta seja priorizar na
sua atividade os casos de requisições mais críticos para Empresa com base na data de
termino do contrato com o fornecedor. Como sugestão a meta de trabalho para esse
indicador não pode ser diferente de zero, mostrando como importante e impactante é a
paralização da operação para a empresa.
! "%)!
O resultado do comprador foi apresentado na figura 15 “ Exemplo de construção
das metas”. Em vermelho trata-se os resultados insatisfatórios para o alcance da meta
de trabalho. No entanto, no panorama geral dos resultados da atividade de trabalho do
comprador foi “bom” (no sentido de “trabalho bom”), apesar do SLA não ser atendido e
o lead time do comprador ter sido ultrapassado com base no previsto em meta para a
requisição 1, os resultados da qualidade do serviço foi atendido. Sendo assim, não
houve paradas na operação devido ao alongamento do tempo de tratamento da
requisição, e o resultado do saving ser de 100% do valor do contrato provavelmente é
resultado do maior tempo de negociação.
! "%*!
O indicador “diretorias atendidas” refere-se a quantidade de diretorias da
Empresa atendidas pela Mesa de Serviços ao realizar o tratamento das requisições
solicitadas pela área-cliente. Portanto, o item de controle mede a participação da Mesa
de Serviços, como área de suprimentos, nos processos da empresa. Desse modo,
esse indicador deve ter seu uso descartado, pois não ajuda a medir a velocidade ou a
qualidade do processo ou fornecer análises que ajude no entendimento do processo de
tratamento de requisição desempenhado pelo comprador.
O lead time relativo é responsável pelo controle do lead time final tendo em
vista a necessidade de prazo exposta no formulário de requisição, resumindo esse
indicador é um termômetro da capacidade da área de atender a necessidade real do
cliente. Como para qualquer tipo de transação feita por compras existe um acordo
interno de prazo entre suprimentos e a área-cliente é importante deixar claro que o lead
time relativo tem o papel de medir se o prazo pedido pelo cliente para conclusão do
tratamento na requisição é atingível ou não. Sendo assim, é um indicador de rotina que
mede o atendimento da necessidade real de prazo do cliente, retirando de uma visão
genérica e padronizada do SLA. Sendo assim, ele pode ser considerado um indicador
de rotina.
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resultados que serão alcançados. Portanto, os dois indicadores serão usados como
indicador de rotina.
! "&"!
transformou o individuo em instrumento de trabalho da maneira mais abstrata que pode
existir do trabalho.
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“A Ergologia aborda a atividade humana de trabalho reconhecendo-a como
singular e complexa. Face à esse enigma, "o conceito de atividade se "refrata" em cada
uma das [disciplinas científicas que se propõem a estudá-lo] mas ele não pertence a
nenhuma delas, requerendo-as todas para reinterrogá-las" (Schwartz, 2000, p.705).
Nesse sentido, o conceito de atividade em seu sua dimensão singular atrai as
disciplinas que sobre ela versam em uma relação de duplo sentido: enquanto força que
convoca essas disciplinas para ampliar a própria "substância conceitual" da atividade e
enquanto realidade singular que reinterroga essas mesmas disciplinas quanto a seus
fundamentos e práticas.” (Schwartz , 2000, p.705 apud Paradela 20).
De acordo com Arsenon (1998, apud Figueiredo 2002 apud Andrade 2009), o
desenvolvimento de um projeto adequado a meta de trabalho revela-se como um
aspecto de difícil abordagem, considerando-se que sua identificação deve resultar de
um processo de profundo exame da organização referindo-se a visão, estratégia e
missão.
Vale ressaltar que não foi objetivo dessa pesquisa dimensionar a meta de
trabalho ao estabelecer os resultados esperados por cada indicador de desempenho,
pois depende da identificação e entendimento da estratégia da empresa. Além disso,
seria necessário mais tempo de pesquisa para ser capaz de propor um
dimensionamento das metas de trabalho. Contudo, deve-se levar em conta algumas
considerações no dimensionamento do impacto dos fatores de interveniência na
atividade desempenhada pelo comprador e a diversidade de processos encontrados
! "&$!
por tipo de contratação realizado. Além disso, os resultados da participação da
atividade de trabalho “tratamento da requisição” e dos fatores “trabalho a mais” no lead
time final da requisição devem ser considerados no estabelecimento do lead time do
comprador, já que tratam de casos reais vivenciados pelo comprador no exercício da
sua atividade e são impostas como casos extremos onde o lead time foi ultrapassado,
tendo em vista um lead time de vinte e um dias.
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! "&%!
CONCLUSÕES
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da atividade de trabalho do comprador e a avaliação de desempenho. A partir da
observação do funcionamento geral da Mesa de Serviços e do sistema produtivo de
suprimentos foi possível identificar no projeto organizacional da área, Fábrica de
Serviços, duas premissas usadas na elaboração dos parâmetros de desempenho que
podem influenciar a atividade de trabalho e sua carga.
Com base nos testes realizados, usando métodos estatísticos para avaliação,
não se pôde comprovar que as premissas usadas na elaboração da meta de trabalho
são verdadeiras. Na primeira premissa, os resultados mostraram que a média das
amostras de lead time das requisições para diferentes alçadas testadas são iguais, não
havendo diferença do peso de produtividade com base no valor de contratação entre as
alçadas testadas 1 e 2 . E a segunda premissa, através das análises gráficas e o
coeficiente de dispersão (curtose) resultou na alta dispersão do lead time das
requisições, e portanto não trata-se de atividade de baixa variabilidade.
! "&'!
Como dito por Paradela (1999) , “a meta de trabalho deve ser associada a
atividade de trabalho, e não o oposto”. No caso da Mesa de Serviços, mais se
assemelha com a contrapartida feita por Paradela, de que a meta de trabalho foi
definida, e a partir da definição dos resultados e da forma de medir o desempenho do
comprador, a atividade de trabalho sofreu regulações para se adaptar as exigências
impostas, sem ao menos levar em consideração a capacidade do individuo de realizar
a atividade ou os disfuncionamentos organizacionais encontrados no processos
tratamento da requisição que impactam na atividade de trabalho. Essas regulações na
atividade de trabalho para atingir a meta de trabalho leva aos efeitos percebidos
levantados na problemática de pesquisa.
! "&(!
interveniência, como assinatura da minuta pelo fornecedor, entrega da requisição para
tratamento do comprador, disponibilização do índice na data-base exigido em contrato
e exigências do fornecedor/negociação não prevista na requisição que também são
responsáveis por contribuir no aumento do tempo final do tratamento da requisição.
A partir dos casos que envolvem a solução do fator de interveniência por outras
áreas da empresa e pelo fornecedor para que seja possível dar continuidade no
tratamento da requisição fica evidente que a atividade de tratamento de requisição
realizada pelo comprador é interconexa a outras atividades no qual cria-se um
relacionamento entre área em prol de um feito, a conclusão do tratamento. Sendo
assim, pode-se dizer que a Mesa de Serviços é uma área de “não é tão baixa
complexidade”, que no sentido de provocar a discussão na pesquisa faz referência ao
conceito usado na premissa de projeto da MDS. Assim, prova-se que a Mesa de
Serviços trata-se de uma área de não baixa complexidade, o que diretamente vai
contra a todos os conceitos, projetos e ideias elaboradas pela organização envolvendo
a atividade de trabalho da Mesa de Serviços.
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Sobre o ponto de vista da ergonomia foi avaliado o direcionamento do impacto
das requisições estudadas de modo a entender a estratégia usada pelo comprador
para conseguir atingir, na média, o lead time final exigido em meta. Para manter o lead
time individual dentro da meta, o comprador reordena as requisições a serem tratadas
de modo a escolher para tratamento imediato as requisições “mais fáceis” para
conseguir terminar antes do esperado e compensar o lead time. Outra estratégia
usada são as longas jornadas de trabalho para conseguir atingir a meta estabelecida.
A proposta baseia-se na ideia de que devem existir dois lead time: lead time final
e o lead time do comprador. O lead time final refere-se ao tempo total do processo a
partir da criação da requisição até a conclusão do tratamento pela área de compras. E
o lead time do comprador, mais especifico, é usado para medir a atividade de trabalho
do comprador durante o tratamento da requisição.
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Para a proposta da elaboração dos parâmetros de desempenho foi desenvolvido
a ideia do que significa “o bom” da atividade de trabalho do comprador, indo a favor do
que se espera da atividade de trabalho e o foco da área. Na Mesa de Serviços dizer
que a requisição foi atendida com base nas necessidades dos clientes quer dizer
entregar a manutenção do contrato sem que cause problemas na operação da
Empresa. Então, “o trabalho bom” é aquele que é realizado o tratamento da requisição
conforme a necessidade do cliente sem que as atividades operacionais do serviço
prestado seja interrompido.
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para se adaptar ao dinamismo do meio ambiente. Nessa “nova era”, as atividades de
trabalho, principalmente relacionadas a serviços, tomam formas mais robusta e
complexas incorporando maiores variabilidade dos resultados do produto fim (produtos
customizáveis) para o atendimento das necessidades de seus clientes. Dessa forma,
no pós-industrial, perde-se o conceito do que é padrão ao mudar a essência da
atividade de trabalho. Não fazendo mais sentido nesse caso medir a eficiência
unidirecional ao comparar com um padrão não existente.
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trabalho, os compradores realizam longas jornadas de trabalho para tentar “ganhar
tempo no tratamento da requisição”. Assim, os compradores ao realizar “hora-extra”
absorvem as deficiências do processo compreendidas pelos fatores de interveniência
identificados e desconsiderados na elaboração dos parâmetros de desempenho. Seria
então, essa organização dita como “eficiente” (resultados esperados meta de trabalho
alcançados) frente as diversas ineficiências presentes no seu processo e do projeto
organizacional? E ainda seria um equivoco nos questionar sobre a eficiência da
organização vista que se insere num contexto pós-industrial no qual a atividade é
flexivel e complexa?
Portanto, não importa o que seja necessário para alcançar os resultados, seja
através das “hora-extras” ou intensificação do trabalho, o que importa são os resultados
“a custa de tudo e de todos”. A visão de uma cultura organizacional voltada para
“metas agressivas” (no sentido dos danos causados na atividade do trabalhador) no
qual somente importa é o resultado efetivo do lucro, pensar se os indicadores usados
são os adequados ou o melhor para avaliar o trabalhador não faz sentido. Mas, apenas
! "'#!
se esses indicadores juntos são capazes de alguma forma, seja ela qual for, atingir o
objetivo da empresa. Portanto, são essas as organizações atuais ditas como “boas”?
Os trabalhadores despendem seus esforços para atingir um resultado esperado?
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frente a imposição de uma meta de trabalho “impossiveis de ser atingidas” sem a
presença desses efeitos, portanto é um ponto a ser desenvolvido no futuro.
!
!
!
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
!
ANDRADRE, C. NETO, H.; Avaliação de desempenho de sistemas
metroferroviários sob a ótica da qualidade dos serviços prestados aos
usuários: aplicação metrô do Rio de Janeiro. Dissertação de Mestrado. Rio de
Janeiro: COPPE/UFRJ, 2009.
BARRY K.; GARY R.. “Homogeneity of Variance in the two-sample means test”.
American Statistician Association, 1992.
! "'&!
GOLDRATT, E.M.;COX, J. A Meta – Um Processo de Melhoria Continua. São
Paulo, Nobel, 2a edição, 2003.
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ANEXOS I
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FATORES DE INTERVENIÊNCIA: NEGOCIAÇÃO E RETROATIVO
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FATORES DE INTERVENIÊNCIA: ACEITO DO TERMO DE ADITIVO E ASSINATURA DA MINUTA
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APÊNDICE 1
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! A identificação dos compradores que mais trataram requisições por tipo de
contratação só foi possível após levantar a quantidade de requisições feitas por cada
comprador com no período de janeiro a outubro de 2012, dando origem as tabelas 1, 2 e
3.
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TABELA 18 – Quantidade de Requisição concluída de reajuste. Fonte: Dados da empresa (extraídos
da Papex, 2012)
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TABELA 19– Quantidade de Requisição concluída de aditivo de prazo. Fonte: Dados da empresa
(extraídos da Papex, 2012)
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TABELA 20– Quantidade de Requisição concluída de aditivo de prazo e valor. Fonte: Dados da
empresa (extraídos da Papex, 2012)
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• Reajuste por fórmula paramétrica
Amostra do lead time das requisições concluídas de reajuste por fórmula paramétrica
alçada 1:
Amostra do lead time das requisições concluídas de reajuste por fórmula paramétrica
alçada 2:
Resultado:
Hipótese Nula e Hipótese Alternativa:
Ho: X1 - X2 = 0
H1: X1 - X2 ! 0
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• Aditivo de Prazo
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Resultado:
Hipótese Nula e Hipótese Alternativa:
Ho: X1 - X2 = 0
H1: X1 - X2 ! 0
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Amostra do lead time das requisições concluídas de aditivo de prazo e valor alçada 1:
Amostra do lead time das requisições concluídas de aditivo de prazo e valor alçada 2:
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Resultado:
Hipótese Nula e Hipótese Alternativa:
Ho: X1 - X2 = 0
H1: X1 - X2 ! 0
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APÊNDICE 2
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• Reajuste por fórmula paramétrica
a) Comprador 1:
17,3688524
média 6 q1 12
desvio 7,70586408
padrão 6 q3 21 k 0,237
p10 9
n 122 p90 28,0
TABELA 24 – Resultado da curtose para reajuste do comprador 1. Fonte: Dados da Empresa
Tanto pelo gráfico como pelo grau de curtose pode-se dizer que a curva do operador
1 é uma leptocúrtica concentrando os tempos de ciclo bem próximos. Para provar mais
uma vez que trata-se de uma leptocúrtica foi feita o mesmo teste usando apenas a
amostra referente a alçada 2 por reunir oitenta e nove requisições das cento e vinte e
duas requisições tratadas. Ao realizar o mesmo teste com uma parte da amostra do
mesmo operador verificou mais uma vez que o operador 1 apresenta na sua atividade
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uma curva leptocúrtica, o que leva a pensar que a premissa de baixa variabilidade é
correta.
média 17,88764045 q1 13
desvio
padrão 7,811599273 q3 21 k 0,200
p10 9
n 89 requisições p90 29,0
TABELA 25 – Resultado da curtose para alçada 2 de reajuste do comprador 1.Fonte: Dados da Empresa
b) Comprador 2:
19,3385826
média 8 q1 11,5
desvio 0,27
padrão 10,7704908 q3 26 k 9
p10 7
n 127 p90 33,0
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c) Comprador 13
23,8648648
média 6 q1 8,25
desvio 23,6782054
padrão 7 q3 35,75
p10 6 k 0,308
p90 50,7
n 74
TABELA 27 – Resultado da curtose para reajuste do comprador 13. Fonte: Dados da Empresa
! "&$!
• Aditivo de Prazo
a) Operador 3 e Operador 9
Pare averiguar se os dois compradores poderiam fazer parte de uma única amostra
foi realizado o teste ANOVA FATOR ÚNICO de maneira a comparar seus desempenhos
na atividade.
RESUMO
Som
Grupo Contagem a Média Variância
14,311475 20,5846994
Operador 3 61 873 41 5
118,706329
Operador 9 80 1484 18,55 1
ANOVA
Fonte da F
variação SQ gl MQ F valor-P crítico
3,9092
Entre grupos 621,770 1 621,770 8,1435 0,00498 3
Dentro dos 76,351
grupos 10612,88 139 3
TABELA 28 – Anova Fator único do comprador 3 e 9 para aditivo de prazo. Fonte: Dados da
Empresa
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a) Comprador 3
média 14,3114754 q1 11
desvio 0,2727272
padrão 4,49969392 q3 17 k 7
p10 10
n 61 p90 21,0
b) Comprador 9
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GRÁFICO 28 – Distribuição normal da amostra de aditivo de prazo do comprador 9. Fonte: Dados
da empresa
b) Compradores 14 e 15
Para dar continuidade ao teste da premissa de baixa variabilidade para aditivo de
prazo e valor é necessário aplicar o teste ANOVA FATOR ÚNICO de maneira a
comparar os desempenhos dos compradores na atividade e avaliar se as amostras
individuais dos compradores 14 e 15 podem ser unidas.
Hipótese Nula e Hipótese Alternativa:
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Anova: fator único
RESUMO
Som Variânci
Grupo Contagem a Média a
53,0360
Operador 14 37 713 19,27027 3
150,253
Operador 15 38 739 19,44736 9
ANOVA
Fonte da
variação SQ gl MQ F valor-P F crítico
0,58796586
Entre grupos 1 1 0,58796 0,00574 0,9397 3,9720
Dentro dos 7468,69203
grupos 4 73 102,3108
Total 7469,28 74
TABELA 31 – Anova Fator único do comprador 14 e 15 para aditivo de prazo e valor. Fonte: Dados da
Empresa
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média 19,36 q1 13
10,1561220
desvio padrão 2 q3 24,5 k 0,2638
p10 8
p90 29,8
n 75
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A6<1/B!C4260!24!,5>7/0!
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