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A CONDIÇÃO
AGOSTO 2022
FEMININA EM
AS TRÊS
MARIAS
GRUPO 9: Alessandra Pinheiro, Daniel
Souza, Fernanda Araújo, José Fabrício
Affonso, Linda Dantas
TEMAS
01 Biografia
04 A condição feminina
BREVE BIOGRAFIA
denúncia social como instrumento para apontar e questionar a realidade, principalmente a região
Assim, o ano de 1930 acelerou as tendências contemporâneas, e, por isso, as transformações culturais,
políticas e sociais que são heranças dos fatos ocorridos na década de 30.
Contexto Histórico
Ela e o Modernismo
O projeto literário do romance de 1930 tinha por objetivo revelar a realidade socioeconômica
Rachel foi militante comunista, e, permaneceu presa por três meses em 1937, perseguida pela
ditadura. A autora teve seus livros incinerados na Bahia por serem avaliados como revolucionários.
Contexto Histórico
1. Regionalismo nas obras
Rachel de Queiroz
Rachel de Queiroz lançou um olhar feminino sobre o sertão, surgiu no Regionalismo como a única mulher a
figurar entre escritores da geração de 1930. A tensão crítica é uma particularidade da obra racheliana, em que
discute os conflitos sociais.
O resgate da brasilidade acontece no decorrer do romance e revela o regionalismo principalmente na minissérie
produzida pela rede Globo Memorial de Maria Moura, em que a personagem aparece como uma heroína, e,
comparada com uma epopéia, o romance torna-se uma representação da realidade brasileira, vivida por homens
e mulheres do nordeste brasileiro.
O primeiro romance regionalista: "O Quinze":
A Três Marias
Publicado em 1939, a obra nos traz a história Maria
Augusta (Guta), Maria da Glória e Maria José. Através do
olhar da protagonista, Guta, temos acesso a a Glória olhou para mim, eu olhei
adolescência das amigas, que se conhecem num para Maria José. Sorrimos. "As três
internato feminino dirigido por freiras, até o início da vida
Marias!" As três Marias bíblicas?
adulta.
As três estrelas do céu? A classe
achou graça, o apelido ficou. Nós
mesmas nos orgulhávamos dele,
sentíamo-nos isoladas numa
trindade celeste, aristocrática, no
meio da plebe das outras.
(QUEIROZ, p. 22, 1992)
MARIO DE ANDRADE
"Este livro de Rachel de Queiroz é uma festa humana, naquele melhor sentido em que a beleza e
a arte são sempre um generoso prazer. Festa completa e complexa, em que, dentro da libertação
contemplativa e criadora, temos conosco sempre uma alma de carinho, alegre e dolorosa,
profunda, sofredora, compassiva, grave" - passagem tirada da obra O empalhador de passarinho
(1944)
A condição feminina
O ESPAÇO - CONFINAMENTO RELIGIOSO
E A CONDIÇÃO SOCIAL
A repressão propagada
pela religião
O ESCAPISMO: MEMÓRIA E
IMAGINAÇÃO
Num ambiente restrito, os recursos para fugir dessa realidade oscilam
entre a memória e a imaginação.
As jovens encontram na prática da recordação, o aconchego e a
saudade dos tempos anteriores a entrada do internato. Por vezes,
idealizam a reminiscência, distorcendo os fatos.
“No exílio em que se encontram, as mulheres confinadas no colégio
interno remontam um espaço que, na verdade, existe tão-somente no
desejo de suas mentes.” (MARQUES, p. 93, 2010)
O ESCAPISMO: MEMÓRIA E
IMAGINAÇÃO
A imaginação, por sua vez, induz as personagens a sonharem com
castelos e príncipes, com vidas idealizadas em outros lugares.
No entanto, as fantasias são sempre fundadas em situações que
terminam em casamento e a formação familiar. É a mentalidade
patriarcal estabelecendo seu domínio, uma vez que não conseguem
visualizar outra saída que não a estabelecida pela sociedade burguesa.
"Dessa maneira, tal evasão traz, em primeiro plano, a figura masculina como elemento
facilitador da fuga do claustro. [..] é o homem que tem a chave para a libertação do
feminino" (MARQUES, p. 94, 2010)
Tentativas de mudar
sua condição
Além das evasões pela memória e pela
imaginação, outra maneira de libertar-se do
claustro era pela fuga em si do convento em
que viviam.
Desfecho das três personagens