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1) INTRODUÇÃO
3) CONCEITO DE INTERPRETAÇÃO
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- Interpretar significa revelar o sentido e fixar o alcance das normas jurídicas.
4) ORIGEM DA HERMENÊUTICA
- Origem da hermenêutica: nos remete à mitologia grega; Hermes era um Deus sábio e
comunicativo e, por essa razão, foi constituído mensageiro dos deuses; a vontade dos
deuses era oculta, de sorte que cumpria a Hermes revelá-la.
A melhor interpretação, afirmam os autores argentinos, será a que realize esses valores
(justiça e segurança), não pela via da originalidade ou do subjetivismo, que levariam à
arbitrariedade, mas seguindo-se o plano do próprio legislador.
- O texto de Luiz Fernando Veríssimo elucida bem o que se está a tratar, evidenciando
que a interpretação varia conforme as circunstâncias, conforme a região, conforme a
pessoa que está realizando-a.
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PRESUNTO... Em certos círculos espiritualistas serei...
DESENCARNADO. Evangélicos dirão que fui... ARREBATADO. E o
pior de tudo é que para todo governante sou apenas um IMBECIL!!!
E pensar que, um dia, já fui mais EU.” Luiz Fernando Veríssimo.
9) MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO:
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a) Gramatical
- “As palavras constituem-se em ponto de partida inarredável àquele que se dispõe à tarefa
interpretativa.”
- “A disposição legal apresenta-se ao jurista como um enunciado linguístico, como um
conjunto de palavras que constituem um texto. Interpretar consiste evidentemente em retirar
desse texto um determinado sentido ou conteúdo de pensamento.” João Baptista Machado
- As normas jurídicas são veiculadas em enunciados linguísticos, demandando, pois, que o
intérprete realize uma interpretação gramatical desses enunciados.
- Como as normas jurídicas assumem uma forma linguística, de comunicação da vontade
estatal, faz-se necessário que nós as interpretemos.
- Não se deve, contudo, contentar com o método gramatical de interpretação, sob pena de
os gramáticos se tornarem os maiores intérpretes.
- Por outro lado, é necessário considerar que as expressões gramaticais são, no mais das
vezes, ambíguas, reforçando a insuficiência do método gramatical.
b) Lógico
- Uma vez superada a fase gramatical – que é o ponto de partida da interpretação –, o
intérprete deve se dedicar a uma interpretação mais aprofundada, com o propósito de
esclarecer o sentido do texto interpretado.
- A lógica é, em grande medida, utilizada por ocasião da interpretação. Vários preceitos
lógicos auxiliam a atividade interpretativa.
- O método lógico se desmembra em três técnicas de interpretação:
- O método representa o caminho percorrido para se interpretar um texto legal e se obter
um resultado da atividade interpretativa, ao tempo em que as técnicas estão relacionadas
aos instrumentos utilizados pelo jurista nessa empreitada.
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- Interpretação do texto de lei considerando-se o capítulo ou a sessão em que ele se
encontra.
- Interpretação dos ramos do Direito à luz da Constituição Federal.
B) Técnica Histórica: por essa técnica, utiliza-se de eventos históricos que auxiliam na
elucidação do sentido na norma. Essa técnica impõe que seja analisada a legislação
anterior à norma interpretada, bem assim as circunstâncias sociais que orientaram a
elaboração da norma.
- Ex.: Constituição Federal de 1988.
- Ex.: Lei Maria da Penha.
- Ex.: Código Civil de 2002 (personalista – valoriza a pessoa humana), que sucedeu o
Código Civil de 1916 (patrimonialista).
- Essa técnica dispõe que os elementos históricos podem contribuir para clarificar o sentido
de determinado enunciado normativo.
- Art. 5º, LINDB. Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais do direito e às
exigências do bem comum.
- A pergunta que se pretende responder nesse tópico é a seguinte: quais os resultados que
o ato de interpretação pode produzir?
a) Interpretação declarativa
- Tem-se interpretação declarativa quando o sentido da norma coincide com o sentido
gramatical dela. A interpretação, nesse caso, é clara.
b) Interpretação extensiva
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- Situação em que o legislador diz menos do que deveria dizer, competindo ao intérprete
estender o sentido da norma jurídica. Na interpretação extensiva, o sentido da norma
jurídica extrapola o enunciado normativo (não se limita aos contornos do texto normativo).
- Art. 5º, caput, CF. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
c) Interpretação restritiva
- Nessa hipótese, o legislador disse mais do que deveria, cabendo ao intérprete restringir o
sentido da expressão normativa.
- Ex.: casamento é indissolúvel (previsão da CF de 1967).
- Ex.: “proibida a entrada de rinoceronte!”