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Definição:
Tem a tarefa de selecionar, desenvolver e gerir relações com clientes para benefícios
mútuos do fornecedor e do cliente tendo em conta as respetivas competências, recursos,
estratégias e objetivos;
Este mercado é mais pequeno que o B2C, o que facilita a relação entre eles.
Os relacionamentos (fortes) são os principais ativos das empresas. Sem eles não se
consegue vender. O desenvolvimento de relações requer um investimento de tempo
(durabilidade e confiança), dinheiro e recursos e a tarefa do marketeer é maximizar os
benefícios da empresa em função dos investimentos em relações. Só conseguem prestar
com serviço se os seus fornecedores cumprirem a parte deles, ou seja, é preciso ter bons
relacionamentos desde o início ao fim do processo.
Uma venda vai ser sempre resultado da relação das empresas. Dificilmente há compras
isoladas e impulsivas no mercado B2B.
No B2B há equilíbrio entre as duas partes. O cliente B2B está muito bem informado ao
contrário da grande parte do B2C.
Os relacionamentos são os principais ativos de uma empresa. Estes desenvolvem,
integram e exploram as competências, recursos e tecnologias, quer do fornecedor quer do
cliente e formam laços entre pessoas das empresas. Cada um destes relacionamentos tem
benefícios diferentes para a empresa (podem ser rentáveis, gerar desenvolvimento
tecnológico, conhecimentos, etc). No seu conjunto constituem o portefólio de
relacionamentos da empresa.
O marketing industrial não se limita a um conjunto de técnicas que podem ser aplicadas de
maneira mecânica.
Existem várias pessoas envolvidas na compra em marketing industrial - Cada uma tem as
suas opiniões, algumas tentam influenciar outras, algumas fazem informações, outros
tomam decisões.
Síntese
No B2B o background destes gestores é mais técnico! Isto porque a publicidade não
tem tanta importância no B2B do que com os consumidores finais.
Os gestores B2B são muitas vezes aliados das Vendas e acompanham-nos nas visitas
comerciais.
Uma coisa é fazer uma compra de uma T-shirt (em que o fator
cor, por exemplo, pode ter uma importância emocional) e outra coisa é comprar um novo
software, de milhares de Euros, cujo funcionamento afetará várias centenas de pessoas na
empresa;
Essa decisão requer o parecer de muita gente e demorará mais tempo. Por isso será
mais racional/analítica.
5) Base de clientes mais estreita;
No mercado de consumo estamos a falar de milhões de clientes individuais. No
mercado das empresas esse número é muito mais limitado. (B2B – tratamento
personalizado)
Lei de Pareto: Poucos clientes podem representar um valor considerável de volume de
negócios!
A consequência deste fator é que os Compradores têm mais peso que os Vendedores.
Mkt B2B:
Mkt B2C:
Diferenças entre o Marketing (Mkt) B2B e B2C (ao nível do ambiente externo)
10) Tecnologia;
Muitos produtos e serviços B2B lidam fortemente com a Tecnologia
Uma inovação tecnológica que permita a diminuição considerável de desperdício
numa fábrica permitirá ganhos de produtividade aos seus clientes… e a si própria que
irá aumentar consideravelmente as suas vendas
Também no aumento do rácio de vendas é importante o uso de Tecnologia
Através das novas tecnologias os profissionais de vendas B2B fazem apresentações e
interagem com os seus clientes onde quer que estejam e fornecem em tempo real a
resposta chave ao potencial cliente
(Em B2B há uma especialização/ tecnologia avançada e dificilmente copiável)
O estudo dos mercados industriais deve fazer-se ao nível da fileira industrial a que
pertence; no marketing industrial não se deve falar em “estudo de mercado”, mas sim
em “estudos de mercado”;
O conhecimento da procura final (grande consumo) é sempre indispensável;
A situação de uma empresa nos mercados b2b analisa-se em função da distância à
qual se encontra da procura final e da diversidade dos mercados de grande consumo
de que depende.
Mercados Industriais
Matérias primas
Bens de equipamentos
Subprodutos Mkt B2B
Consumíveis
Produto final, na cadeia de distribuição
Serviços associados
Consumidor Mkt de consumo
Complexidade Especialização
Incerteza Rentabilidade
Preço
Grau de relacionamento (confiança) COMPRA – ELEMENTO
INDISSOCIÁVEL
Prazos
Processo/Serviço de entrega (serviço mais versátil)
Maior performance
Mais atual
Qualidade
Estes aspetos todos dificultam o processo de escolha. Se for difícil encontrar um fornecedor
com todas estas características deve-se ter uma estratégia para escolher os pontos que mais
valorizam.
o Diferentes clientes podem adquirir o mesmo produto físico por razões diferentes
o Qualidade poderá ter diferentes significados (no B2B a qualidade técnica é mais
relevante, já no B2C a qualidade percebida é mais valorizada pela marca)
o Não se poderão compreender as razões da compra descrevendo as propriedades do
que ele comprou
Finalidade da compra: Trazer lucros para a empresa com a aquisição adequada dos materiais
industriais necessários ao funcionamento da empresa.
Compra eficiente
(Comprar em quantidade pode ser prejudicial porque há produtos com o ciclo de vida curto, o
que também se aplica ao processo de produção.)
1. Qualidade
2. Preço
Preço baixo ≠ boa compra. É preciso calcular o custo final que envolve:
3. Prazo
Elemento fundamental na decisão de compras. Atrasos provocam prejuízos para o
comprador.
A negociação de prazos de entrega e de pagamentos podem fazer grandes diferenças no
fluxo de caixa e no abastecimento do sector de produção.
1. Reconhecimento do problema
Disputadas por:
Ex: não ter capacidade produtiva para responder a todos os pedidos dos clientes – pode ser
pelo material atrasado.
Inclui:
Problemas
Solução
Existem muitas soluções potenciais para cada problema. Para que a solução proposta
possa ter êxito o marketeer deverá ser capaz de:
1. Considerar as suas ofertas como soluções para os problemas dos consumidores e não
pelo seu critério de qualidade do produto;
2. Realizar na prática aquilo que é prometido na oferta.
A oferta
Consiste num package que contém diferentes proporções de produtos físicos, serviços,
aconselhamento, adaptação, logística e o custo que envolve;
Poderá ser fornecida uma diferente oferta para cada consumidor, independentemente de
todas as ofertas incluírem o mesmo produto físico;
Poder-se-á competir e diferenciar mesmo que a componente produto ou serviço sejam
semelhantes;
A qualidade residirá nos termos em que a oferta for adequada à satisfação dos problemas
do consumidor;
Uma oferta poderá incluir um leque alargado de custos e o preço que ele paga pela
compra poderá ser apenas um deles. O cliente poderá ter que pagar custos de adaptação,
formação de pessoal, etc.;
Uma oferta exige interligações e relacionamentos com outros.
Incertezas
Fornecedor
Capacidade de resolução – Desenvolver uma oferta que forneça uma solução para o
problema do consumidor. É especialmente importante para clientes com problemas
complexos, com grandes incertezas;
Capacidade de Transferência – Capacidade efetiva de entrega da oferta ao cliente,
capacidade de realizar a promessa. Envolve custos em logística, serviços, eficiência.
Cliente
Necessidade – Não sabe definir o problema, não sabe qual é a melhor solução para
resolver o problema. Geralmente a solução passa por fornecedores próximos em quem
se confia;
Mercado - Quando a tecnologia muda rapidamente e novas soluções surgem
constantemente, a empresa pode não ter uma relação que forneça a solução ótima e é
até conveniente que não se torne excessivamente dependente de um fornecedor (efeito
de lock-in);
Transação - Uma empresa sabe exatamente qual a oferta que lhe convém, mas pode ter
incertezas se o fornecedor irá corresponder à promessa, quer seja no tempo, com o
preço combinado, com a performance esperada e consistentemente.
(As incertezas deverão ser manipuladas de forma a que se relacionem com as capacidades
dos fornecedores.)
Negociação
Processo de solucionar problemas de compra e venda com acordo mútuo e satisfatório. Na
empresa negocia-se desde o item mais simples até o equipamento mais sofisticado. Para
negociar, o comprador necessita:
o Conhecimento de custos e preços;
o Habilidade no trato com pessoas;
o Saber ordenar factos relevantes;
o Estabelecer a meta do preço justo;
o Ser honesto quanto ao preço justo.
Há 2 vontades diferentes: -Quem vende quer preço alto; - Quem compra quer preço baixo
Para negociar deve-se ter mente aberta. Ambos devem definir um intervalo de preço que
aceitem fechar negócio.
ZONA DE CONCORDÂNCIA
A inflexibilidade na negociação é um erro, temos de ter sempre um “plano B”. Quando não
existir zona de concordância não há negócio.
Forças do comprador
Fornecedor ansioso por fazer negócio (quando não tem uma carteira grande de
compradores pode ser uma vantagem para o comprador porque cede mais rápido)
Comprador tem fornecedor alternativo (Em B2B raramente há ofertas iguais)
Comprador tem tempo disponível
Preço do vendedor está muito alto
Qualidade está abaixo do especificado
O vendedor é desconhecido
A empresa fornecedora é desconhecida (o comprador deve explorar as suas forças)
O Comprador representa uma grande empresa
Forças do vendedor
As táticas competitivas são inúmeras e podem variar de um extremo mais ligeiro (lisonjear) até
um extremo mais agressivo (decisões irreversíveis) e de uma tendência mais ética (firmeza nas
propostas) até à menos ética (manipulação).
Tática Good-guy/Bad-guy
Esta tática é uma forma de manipulação psicológica que reúne táticas cognitivas e
emocionais.
Existem várias variantes desta tática, mas a que é, aparentemente, mais eficaz é na ordem
primeiro o bad-guy e depois o good-guy.
Esta tática pretende levar a contraparte a ser aliciado para fazer negócio comparando as
atuações good-guy/bad-guy.
Esta tática resulta da combinação dos efeitos de contraste, prova social e escassez.
O efeito contraste ocorre quando somos influenciados pelo contraste com outro valor,
quando avaliamos algo. Um negociador pode influenciar a contraparte ao contrastar a
sua proposta com outras mais desfavoráveis.
O efeito prova social ocorre quando as pessoas, em situações ambíguas, se sentem
inseguras nas suas perceções e ações, o que as leva a seguir as reações dos outros (e.g.
confiar nos juízos dos outros para formarmos as nossas próprias opiniões poupa-nos
trabalho).
O efeito escassez advém do facto de sentirmos mais atração por coisas escassas ou que
são desejadas por muitas pessoas.
A predisposição das partes para aceitar soluções conjuntas mutuamente satisfatórias é uma
condição sine qua non para que a negociação integrativa tome lugar.
A network approach
A indústria automóvel desloca parte das suas atividades produtivas para fornecedores de 1º
nível com o objetivo de simplificar as suas operações industriais;
Integração Vertical
É necessário garantir que mesmo as relações nas quais não se está diretamente envolvido
funcionam efetivamente.
Coordenação entre relações - O desenvolvimento das relações de um cliente com os seus
fornecedores mais próximos deverá ser coordenado com as relações destes fornecedores com
outros.
Influência das grandes empresas - Podem ter um papel muito importante no desenvolvimento
geral da rede.
Problemas de uma perspetiva única - Apesar da influência que uma grande empresa possa ter
de uma rede é importante referir que a perspetiva de uma só empresa nunca capta toda a
situação.
1. Pesquisar o mercado
A escolha de um bom fornecedor requer muita pesquisa e paciência. Para ter um resultado
eficaz, será necessário analisar as várias opções e escolher quem atende às necessidades
da empresa.
Recolher o máximo de informação possível e certificar que o fornecedor tenha sinergia
com o negócio da empresa.
Um fornecedor que age de forma ilegal ou vai contra conceitos importantes, como
sustentabilidade ou valorização do colaborador, pode trazer sérios problemas para a sua
empresa.
É fundamental avaliar os preços praticados pelos fornecedores, de modo que haja um
equilíbrio no orçamento apresentado.
Um preço muito alto diminuirá a margem de lucro da empresa, enquanto um valor muito
baixo pode indiciar produtos de baixa qualidade.
Dificuldade de Controlo - É difícil, para uma grande empresa, determinar quem faz parte da
rede e como se desenvolvem os relacionamentos. Não é a única a tentar influenciar o seu
funcionamento.
Por Conteúdo
2. Padrões de recursos - Outras redes são dominadas por um recurso fixo. Ex: A industria
petrolífera.
Os custos para aceder ao recurso são muito elevados por isso é importante maximizar a
sua utilização.
Conhecer os clientes
Conhecer-se a si próprio
Gerir cada relacionamento
Construir e entregar uma oferta dentro de cada relacionamento
Gerir o portfólio de relacionamentos
Gerir a posição na rede
A gestão de relacionamentos
1. Conhecer os clientes
o Deve conhecer exatamente que problemas o cliente tem, se são ou não reconhecidos por
ele;
o Deve saber quais são as suas incertezas.
2. Conhecer-se a si próprio
o Deverá saber quais dos seus problemas a relação com o cliente poderá ajudar a resolver;
o Deverá saber que tipo de competências levará para a relação e se resultam dos seus
próprios recursos ou de outras empresas com as quais tem relacionamentos.
3. Gerir cada relacionamento
o Fazer uma simples venda envolve tempo e custos quer para o cliente quer para o
fornecedor mesmo antes da venda ter lugar. Para recuperarem estes custos as empresas
deverão negociar durante um período de tempo;
o Um fornecedor poderá ter poucos clientes potenciais para a sua oferta por isso terá que
investir em tempo e esforço nestes ao longo do tempo.
Aprender:
Investir:
Adaptar:
Confiança e Comprometimento:
Distância:
Poder e dependência:
Deverá avaliar a sua dependência face aos clientes. Em que é que essa dependência é
baseada. Deverá decidir se reduz a dependência investindo nos seus recursos ou em
outros relacionamentos;
Deverá também planear exercer o seu poder no curto prazo ou no longo prazo. Ex:
pode aproveitar a dependência alterando o preço.
Conflito:
Comunicação
Contribuem com o maior volume de vendas, mas não necessariamente com o maior lucro, isto
porque os clientes podem aperceber-se da sua importância e forçar os preços ou exigir
constantes adaptações.
Já não contribuem com o nível de lucros do passado, poderá dever-se a alterações nas
exigências, concorrência, ou à falha do fornecedor em fazer as necessárias adaptações.
É o extremo da anterior e inclui relações de longo prazo que ficaram inertes. Estas relações
podem ser baseadas numa oferta e numa forma de interação que foi estabelecida há muito
tempo atrás e que era nessa altura adequada. É típica dos funcionários mais antigos que
valorizam a interação com velhos amigos.
São as relações que têm potencial para um crescimento futuro. Contudo não é provável que
sejam rentáveis no presente devido ao investimento na relação e no desenvolvimento da
oferta.
Esta poderá ser uma categoria muito grande em vários portfolios. Os clientes nesta categoria
são pequenas empresas ou clientes novos do fornecedor. Tem exigências limitadas e
geralmente nenhuma vê a outra como importante no seu portfólio. Os clientes podem usar
estes relacionamentos para manter o fornecedor principal “nas suas mãos”
Categoria 7 – Os abandonados
O cliente terá sempre uma diferente perspetiva do propósito da relação (para que é a
relação, porque é que ele deverá contribuir, porque é que nós deveremos contribuir, o
que devemos receber,…)
Se nós pensamos que a relação é importante, a outra parte pode pensar que é menos
importante e vice versa;
O cliente tem sempre outras relações e irá avaliar a nossa com base na experiência
que tem nessas relações;
As relações envolvem tempo. Para se receber valor no futuro deverão ser feitos
investimentos no presente;
As empresas têm uma grande memória dos relacionamentos.
O marketing-mix Industrial
Produto
Consumíveis: são os produtos necessários ao funcionamento dos equipamentos (ex: óleo para
as máquinas).
A construção de ofertas
Produto: Os produtos em si mesmo podem não ter valor; só terão o valor resultante da
solução de um problema. Os produtos estão em contínua mutação.
Logística:
Adaptação: Acontece quando o fornecedor faz uma mudança a um elemento da sua oferta
que normalmente não faria a outros clientes.
Marca industrial
Apenas parte do problema é resolvido pela oferta; pode ocorrer devido a problemas de custo
dos fornecedores ou mau diagnóstico do problema. Os clientes terão de aceitar esta
inadequação por um longo período se não estiverem disponíveis melhores ofertas ou então
tentar descobrir outros fornecedores.
Oferta = Problema
Poderá ser vista como qualidade ótima, mas poderá falhar na criação de relacionamento
porque não demonstra comprometimento.
É crescente serem mais ambíguas o que faz com que o poder dos fornecedores aumente e que
a dependência dos clientes em tecnologias externas aumente.
Foco no problema
Este tipo de política implica que o fornecedor se concentre num único tipo de problema e que
desenvolva um número de ofertas que resolvam esse problema de maneiras diversas (Ex: A
Xerox refere-se a ela própria como “the document company”, fornecendo uma variedade de
ofertas na reprodução de documentos);
A empresa constrói uma gama de ofertas baseadas nas suas competências de produto ou
tecnologias (ex: Apple).
Foco no relacionamento
1. Ciclo de compra 1
É provável que o cliente olhe primeiro para as suas relações na procura de soluções para
os seus problemas.
Aqui o fornecedor:
Ou cresce porque o cliente cresce
Ou cresce porque a sua quota aumenta
Ou cresce porque surgem novos negócios na relação
Apesar deste ciclo de compra estar subjacente a um princípio compra de costume é
importante que:
O fornecedor desenvolva e inove no cumprimento da oferta. Pode envolver
investimentos na produção ou nos serviços.
Os problemas do consumidor podem mudar e por isso as ofertas competitivas terão de
se desenvolver
2. Ciclo de compra 2
Acontece quando o consumidor ou fornecedor procuram um novo relacionamento.
Envolve mais investimento e incertezas do que o ciclo de compra 1.
As novas relações são uma fonte de crescimento óbvia para o fornecedor.
Preço
Os clientes b2b estão melhor informados e têm uma perceção mais racional dos preços;
Uma elasticidade diferente da procura do preço;
O poder de compra é muito mais forte do que no grande consumo, pelo que os preços são
muito negociados;
Os fornecedores são, por vezes, “banqueiros”.
A luta pela quota de mercado também se concentra no preço;
As estratégias de preços dos diferentes concorrentes são interdependentes;
O preço praticado por uma empresa funciona como referência, tanto para o que o
mercado está disposto a pagar como para o que os concorrentes vão cobrar.
O preço de um produto é uma função:
do facto do valor do produto ser percebido ou potencial;
da utilidade dos vários atributos para o potencial cliente;
de outras opções à disposição do cliente.
Um comprador estará disposto a pagar um preço mais alto por um produto se melhorar o
funcionamento e a sua lucratividade;
Os clientes corporativos costumam usar o leasing como uma alternativa ao financiamento
de uma grande compra, porque é mais fácil pagar em pequenas parcelas do que gastar
grandes quantias.
Nos mercados consumidores, poucas vezes um produto é puramente funcional, havendo
orgulho e satisfação em possuir esse item. Nos mercados de negócios, todos os itens são
comprados porque atendem a um propósito específico.
O preço de aquisição de um produto industrial adquirido é apenas um dos vários custos
avaliados pelos compradores. Um cliente, ao comprar uma máquina produtiva, deve
considerar os custos e benefícios da vida útil da compra.
Venda ou aluguer
Preços de catálogo
Cost plus
Preços sujeitos a concurso
Modos de tarifação
Preços de catálogo
O fornecedor divulga uma lista de preços
Esta lista pode ser acompanhada por variações, conforme as quantidades compradas e as
modalidades de pagamento
Não exclui a possibilidade de uma negociação entre as partes
Cost plus
O preço é fixado a partir dos custos suportados pelo fornecedor, somando o montante
destinado a cobrir despesas fixas e a margem do fornecedor.
Distribuição
Funções da distribuição:
diminuir os custos;
maximizar a quota de mercado, volume de vendas e lucro;
otimizar o retorno dos investimentos específicos em sistemas de distribuição;
satisfazer as necessidades dos clientes em termos de informação técnica, disponibilidade e
adaptação do produto, bem como de serviço pós-venda, de modo a obter vantagens
competitivas;
manter fontes de informação do mercado.
o Os canais de distribuição dos produtos industriais são em geral mais curtos que os
utilizados para os bens de grande consumo.
o São normalmente constituídos pela força de vendas da própria empresa, distribuidores
(independentes ou exclusivos) e representantes da empresa (ou agentes).
o As condições que levam à escolha de agentes são semelhantes às que levam à escolha
de utilização da força de vendas da empresa. No entanto, os agentes representam
vantagens em termos de custos, mas eventuais inconvenientes em termos de
controlo.
o Canais de distribuição industriais:
O fabricante pode utilizar as suas forças de venda para vender diretamente ao
consumidor industrial;
pode vender a distribuidores industriais, que por sua vez venderão aos
consumidores industriais;
pode vender através de representantes do fabricante ou vendedores da marca;
pode utilizar esses representantes para vender através de distribuidores
industriais.
o A opção entre a utilização de todos estes canais, alguns ou apenas um deles, prende-se
com o tipo de produto em causa, com as opções estratégicas da empresa, e até
mesmo com as características do mercado e dos próprios clientes.
o A venda direta é mais frequente;
o Importância da força de vendas:
Faz sentido quando os compradores estão muito concentrados, as transações
são significativas em termos financeiros e/ou os clientes necessitam
informações de carácter técnico ou que os produtos sejam adaptados.
O contacto direto entre o vendedor e o cliente facilita a negociação de preços e
condições de venda, tendo em consideração as ofertas da concorrência e as
necessidades de cada cliente.
Facilita a troca de informações técnicas relacionadas com a adaptação do
produto e a sua utilização
Comunicação
Na indústria existem poucas situações nas quais a decisão de compra seja tomada
impulsivamente ou provocada por algum criativo apelo de publicidade ou promoção;
Por si só, porém, esses elementos nunca fecham uma venda e raramente chegam sequer a
proporcionar uma vantagem competitiva, por mais dispendiosos ou brilhantemente
concebidos que sejam;
Só o vendedor pode levar até o fim a demorada transação que caracteriza a venda
industrial e finalmente obter a promessa de compra.
1. Adquirir tecnologia
2. Explorar a tecnologia
3. Gerir estes dois processos convenientemente
Aquisição Interna
Neste caso a empresa “faz” (desenvolve) a sua própria tecnologia através de centros
de investigação próprios.
Este método pode ser lento, arriscado e caro, mas é muito importante para manter a
capacidade de investigação da empresa e uma posição competitiva
Aquisição Externa
I. Pode comprar uma licença a outra empresa (ex: franchising). Significa que a empresa
adquire tecnologia que também está disponível para os seus concorrentes.
II. A empresa pode comprar a outra empresa que tem a tecnologia que ela necessita.
Esta solução pode ser cara e muitas vezes não se consegue transferir toda a tecnologia
que se necessita, como também pode ser em excesso, mas por outro lado, comprar a
uma empresa pode dar acesso ao seu conjunto de relacionamentos.
III. A empresa pode também contratar uma empresa de investigação para desenvolver
uma tecnologia. Este tipo de contratos tende a ser rápido, mas caro e a empresa que
adquirir não ganha a capacidade a desenvolver futuras gerações da tecnologia por si
própria.
IV. Pode alternativamente adquirir especialistas da empresa que tem as tecnologias que
ela pretende.
V. Pode entrar numa joint-venture com outra empresa onde cada uma contribui com
parte do investimento. A entrada numa joint-venture implica a perda de algum
controlo.
VI. Finalmente pode tentar desenvolver o “reverse-engineer” (Engenharia reversa) – é o
processo de descobrir os princípios tecnológicos e o funcionamento de um dispositivo,
objeto ou sistema, através da análise de sua estrutura, função e operação (ex:
desmontar uma máquina para descobrir como ela funciona). É objeto de estudo em
universidades e faculdades principalmente ligada à área de tecnologia.
Exploração de tecnologia
Exploração Interna: É a forma mais óbvia da empresa explorar as suas tecnologias, usando-as
nos seus próprios processos e ofertas.
Tipos de tecnologia
1. Tecnologias de Produto
2. Tecnologias de Processo
o Estão ligadas à capacidade de transferência.
o É sempre necessária uma combinação de tecnologias de produto e processo para
satisfazer o problema do cliente.
o As tecnologias podem estar em diferentes partes. O desenho de um carro tem pouco valor
se não existir alguém que o consiga produzir.
o Há várias combinações possíveis entre tecnologias de produto e de processo.
o As tecnologias de produto e de processo de uma empresa afetam a sua posição na rede, as
suas relações e a sua capacidade de competição.
o Exemplos: Boeing (desenha, ou seja, tem product tecnologies, e depois subcontrata
process tecnologies) e Airbus (trabalha com fornecedores que desenham e executam de
acordo com certas características)
Nem todas as tecnologias têm igual importância, sendo necessário saber como é que as suas
tecnologias são vistas pelos seus clientes e quais são mais ou menos importantes para o seu
sucesso.
Tecnologias básicas – São tecnologias das quais uma empresa depende e sem as quais não
pode operar numa rede particular; no entanto, apesar de necessárias, não são suficientes para
o sucesso competitivo.
Tecnologias distintivas – Estas tecnologias são vistas pelos clientes como sendo de alguma
formas especiais e são fonte de vantagens competitivas.
Tecnologia e ciclos
Em algum ponto a empresa vai ter de redefinir ou mudar radicalmente a oferta. É
importante que isso seja feito antes que a concorrência.
O tempo que uma nova oferta leva a ser desenvolvida significa que o desenvolvimento da
oferta 2 deverá começar mesmo antes da primeira oferta ser lançada.
As empresas também enfrentam a importante decisão de desenvolver uma nova geração
baseada na mesma tecnologia ou mudar para novas tecnologias.
Isso significa que não é apenas suficiente a introdução de sucessivas novas gerações de
ofertas, mas também outras decisões mais críticas.
É provável que no início de uma relação o fornecedor tenha mais conhecimento do que o
cliente sobre a tecnologia em que a oferta se baseia. Ao longo do tempo o conhecimento
do fornecedor aumenta, mas o mesmo acontece com o cliente.
Esta diferença de conhecimento poderá diminuir e eventualmente cruzar, caso o cliente
passe a conhecer mais sobre a tecnologias em que a oferta do fornecedor se baseia.