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EXAME DE FAIXA PRETA E GRAUS SUPERIORES METODOLOGIA DE AULA APLICADA AO ENSINO DO JUDÔ
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Federação Pernambucana de Judô Clayton Alves de Souza - 2º Dan
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................ 5
2. BREVE HISTÓRICO DO JUDÔ .................................................................. 6
3. OS BENEFICIOS DO JUDÔ PARA CRIANÇAS ....................................... 7
4. A CIÊNCIA DA MOTRICIDADE HUMANA E A LUDICIDADE ........... 8
5. A BRINCADEIRA E O LÚDICO ................................................................ 9
6. PLANEJAMENTO DE AULAS ................................................................... 10
7. APRENDIZAGEM DO JUDÔ ..................................................................... 10
8. CAPACIDADES FISICAS E COORDENATIVAS NECESSÁRIAS
À PRÁTICA DE JUDÔ ................................................................................ 10
9. O ENSINO DO JUDÔ PARA CRIANÇAS .................................................. 13
10. TREINAMENTO EM LONGO PRAZO ...................................................... 14
11. CONSIDERAÇÕES GERAIS ...................................................................... 17
12. BIBLIOGRAFIA ........................................................................................... 18
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1. INTRODUÇÃO
Este tema é interessante, pois o esporte nessa faixa etária é pouco trabalhado em escolas
e, quando trabalhado, na maioria das vezes, é como atividades extracurriculares, onde
nem todas as crianças participam. Para a sociedade, os esportes de combate na educação
infantil não exploram o lúdico e sim influenciam a violência, mas, para os educadores e
estudiosos nessa área, eles auxiliam na formação cognitiva, afetiva e motora das
crianças, além de promoverem a interação entre elas. São duas instituições de ensino
nas quais nos baseamos, para apontar as diferenças sobre a prática do Judô na educação
infantil.
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Tratar da história do Judô é importante para que possamos entender o modelo atual de
ensino, e assim analisar as progressões devidamente contextualizadas com cada período
histórico.
O Judô foi criado no Japão em 1882, por um grande estudioso japonês chamado Jigoro
Kano, este esporte é fruto de uma sistematização técnica e filosófica oriunda do Ju
Jutsu, sistema de luta dos samurais, praticada pelo mesmo e que posteriormente buscou
modificar sua base, enfatizando fim educacional para este esporte de combate no Japão.
Literalmente, o significado do Judô é “caminho suave”, esse conceito contextualiza-se
através dos seus princípios filosóficos, que são: Prosperidade e benefícios mútuos; ceder
para vencer e máxima eficiência, que foram criados para que pudessem reger de forma
diferenciada a prática do Judô e para que influenciassem também nas atitudes extra-
judô. Devido aos seus fins educacionais, filosóficos e esportivos, o Judô ganha o mundo
através de demonstrações feitas pelos alunos enviados por Jigoro Kano, depois desta
larga difusão o Judô chega às olimpíadas, contextualizado como esporte olímpico.
O Judô já conquistou um importante “status” quanto aos benefícios que pode oferecer
aos seus praticantes, segundo a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a
educação, a Ciência, e a Cultura) é um dos esportes mais aconselhados na fase que
compreende desde a infância até os quatorze anos de idade, pois permite mediante o
jogo e a diversão, conjugar fatores essenciais para o desenvolvimento do indivíduo,
como por exemplo, a coordenação de movimentos, a psicomotricidade, o equilíbrio, a
expressão corporal e a situação espacial (percepção sinestésica). Além disso, devido à
sua capacidade didático-pedagógica, o Judô que é um esporte olímpico dos mais
difundidos através de projetos sociais, favorece também à sua prática por deficientes
visuais, autistas e portadores de Síndrome de Down.
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Esta arte marcial de diferencia das outras artes marciais porque consegue atender
crianças de todas as faixas etárias.
O Judô também auxilia àquelas crianças que são extremamente tímidas e tem
dificuldade de socialização. Apesar de ser uma modalidade individual, o Judô prioriza o
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trabalho em grupo, a amizade e a disciplina. O judô, nesse caso, deve ser usado como
um meio para desenvolver a criança, tendo como objetivo final vencer a timidez e
melhorar os relacionamentos. Outro cuidado que se deve ter com a prática, não só desta
modalidade, mas de todas, é com a competição precoce, o objetivo maior nessa idade é
incentivar e fazer com que a criança tome gosto pelas atividades físicas e
principalmente pela modalidade.
Desta forma como um meio para auxiliar o desenvolvimento das crianças, e sua prática
deve refletir em casa, na escola e na vida social, possibilitando que seus praticantes
tenham uma vida harmoniosa com seus semelhantes.
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5. A BRINCADEIRA E LÚDICO
Conclui-se assim, que cada faixa etária tem suas características específicas e especiais
do desenvolvimento, que devem ser respeitadas. Para cada fase deve ser trabalhada uma
metodologia diferente, levando a criança ou adolescente a ter um prazer e bem estar nas
atividades.
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O planejamento das aulas é uma ferramenta usada por um professor, que facilita o seu
trabalho. Tem como objetivo melhorar a qualidade do ensino.
7. APRENDIZAGEM DO JUDÕ
Faz-se necessário que o professor (instrutor) de judô, tenha conhecimento sobre quais as
capacidades físicas e coordenativas exigidas pela modalidade para que de uma forma
mais adequada possa selecionar as atividades de acordo com a faixa etária.
Capacidades Físicas necessárias para praticas esportivas são definidas como, todos os
atributos físicos treináveis num organismo humano. Em outras palavras, são todas as
qualidades físicas motoras passíveis de treinamento comumente classificadas em
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Agilidade: É a qualidade física que permite mudar a direção do corpo no menor tempo
possível. Conhecida como velocidade de “troca de direção”. Para a agilidade, a
flexibilidade é importante.
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Capacidade de diferenciação
Capacidade de acoplamento
O termo acoplar traz a ideia de unir e refere-se justamente a esta característica de unir
movimentos parciais diferentes do corpo, tornando-os um movimento único, acoplados
entre si, coordenados. Este termo refere-se, também, à sequência correta de execução.
Capacidade de reação
Refere-se à velocidade com que um sinal é detectado, e ocorre uma resposta a este
estímulo. Quanto mais rápida e melhor for a resposta a um sinal, melhor a capacidade
de reação.
Capacidade de orientação
Capacidade de equilíbrio
Esta capacidade pode ser observada quando há adaptação a novas situações, posições,
direções.
Tem como característica básica a variação, sem que se perca a continuidade do gesto.
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Capacidade de ritmo
O professor deve ter em mente que é um educador, que deve formar pessoas de bem; no
Judô, em casa, na escola, ou em qualquer lugar. Seu objetivo é que a criança saia de sua
aula com uma formação eficaz, tornando-se assim um adulto saudável e íntegro.
Destacando, assim que o professor é a peça principal na formação de seu aluno.
Devemos nos lembrar, que cada indivíduo tem uma diferença em relação à maturidade
biológica. Cada um desenvolve no seu tempo, por fatores internos e/ou externos do
meio no qual esta inserido.
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DESENVOLVIMENTO OBSERVAÇÕES
Resistência Aeróbia Atividade Bilateral - Ex.: Corrida Lúdica.
Pode ser desenvolvida com atenção especial ao
Resistência Anaeróbia Aláctica tempo máximo de 15 seg, evitando o acúmulo de
lactato. Ex. estafeta.
Não desenvolver, pois, nesta fase, o indivíduo não
Resistência Anaeróbia láctica possui as enzimas necessárias para uma eficiente
remoção do lactato.
Desenvolvida de forma natural, sem sobrecarga,
Força privilegiando a força rápida, não trabalhando
estaticamente. Ex. rastejar, fuga quadril e etc.
Não trabalhar esta valência devido ao
desenvolvimento natural da criança nesta fase.
Flexibilidade Importante ressaltar que o desenvolvimento desta
valência não acarretará ganhos, podendo causar
prejuízos ao equilíbrio postural.
Trabalhar em distâncias curtas, não ultrapassando 15
Velocidade
seg. . Ex. conteste.
Não trabalhar esta valência devido ao
desenvolvimento natural da criança nesta fase.
Flexibilidade Importante ressaltar que o desenvolvimento desta
valência não acarretará ganhos, podendo causar
prejuízos ao equilíbrio postural.
Trabalhar em distâncias curtas, não ultrapassando 15
Velocidade
seg. . Ex. estafeta.
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CAPACIDADES COORDENATIVAS
Devem ser trabalhadas até aos 10 anos de idade em decorrência da formação do Sistema
Nervoso Central (SNC), levando em consideração, que após esta idade dificilmente
serão desenvolvidas com a mesma eficiência.
DESENVOLVIMENTO OBSERVAÇÕES
CAPACIDADES CONDICIONANTES
DESENVOLVIMENTO OBSERVAÇÕES
Utilizar o princípio da carga individual. Exercícios
Resistência Aeróbia com intensidade média. Ex. corrida contínua com
velocidade regular.
Pode ser desenvolvida com atenção especial ao
Resistência Anaeróbia Aláctica tempo máximo de 15 seg, evitando o acúmulo de
lactato. Ex. estafeta.
Não desenvolver pois nesta fase o indivíduo não
Resistência Anaeróbia láctica possui as enzimas necessárias para uma eficiente
remoção do lactato.
Desenvolvida de forma natural, sem sobrecarga,
privilegiando a força rápida, não trabalhando
Força estaticamente. Ex. rastejar, fuga quadril e etc.
Fortalecimento do aparelho postural e motor.
Ex. Treinamento em circuito.
Inicio das atividades de flexionamento,
Flexibilidade
principalmente atividades de quadril e ombro.
Fase em que ocorre .maior desenvolvimento.
Velocidade
Trabalhar velocidade de reação.
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CAPACIDADES COORDENATIVAS
Desenvolvimento Observações
Equilíbrio Movimentos em direção a um alvo.
Coordenação Óculo-Manual Ex. amarração rápida da faixa
Coordenação Motora Fina Ex. desenho do judô
Ex. atividades lúdicas em geral ou realização de
Coordenação Motora Global
um golpe.
Desenvolvimento Observações
Equilíbrio Movimentos em direção a um alvo.
Coordenação Óculo-Manual Ex. amarração rápida da faixa
Coordenação Motora Fina Ex. desenho do judô
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O professor deve buscar, por meio de suas aulas, o cumprimento de vários objetivos,
como: sociabilização dos alunos; ampliação de repertório motor diversificado; educação
através da prática contextualizada dos princípios filosóficos do Judô; aprendizagem
técnica; formação em longo prazo e seleção de talentos esportivos; diminuição da
agressividade em crianças através de jogos de contato com regras; possibilidade de
conscientização para a formação de estilo de vida saudável; entre outros infinitos
objetivos que podemos vivenciar através da prática do Judô. Contudo, cabe ao professor
definir os objetivos, levando em consideração a realidade na qual está inserido, para que
através do Judô, possa ser efetuada uma prática mais significativa para as crianças.
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12. BIBLIOGRAFIA
http://www.efdeportes.com/efd175/os-beneficios-do-judo-na-educacao-infantil.htm
Os benefícios do judô na educação infantil - Adrieli Regina Benedicto
http://www.efdeportes.com/efd18b/judo.htm
A importância do treino das capacidades coordenativas na infância
http://www.efdeportes.com/efd132/treino-das-capacidades-coordenativas.htm
Treinamento de Judô a longo prazo - Leonardo José Mataruna dos Santos* e Mariana
Vieira de Mello
http://www.efdeportes.com/efd18b/judo.htm
FRANCHINI, Emerson. I prêmio INDESP de literatura esportiva. Bases para detecção e
promoção de talentos na modalidade judô. Publicações INDESP, vol. I, 1999.
http://www.judoctj.com.br/a-preparacao-fisica-no-judo/
ROZA, Francisco cordeiro, JUDÔ INFANTIL, Uma Brincadeira séria! São Paulo, 2010.
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