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IV CONGRESSO IBERO-AMERICANO DE HUMANIDADES, CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO:

Desafios contemporâneos das Sociedades Ibero-Americanas


23 à 27 de agosto de 2021

GT58: Metodologias Ativas na Educação Básica e Ensino Superior:


jogos e atividades extracurriculares

Educação 4.0 com turmas de


9º ano do ensino fundamental

Sessão 3 - Sala virtual


GT58 - Dia 26/08/2021 das 14:00 às 17:30 Luciano Roberto Padilha de Andrade (Faculdade Senai Cetiqt)
Código do trabalho Geneci Alves de Sousa (Faculdade Senai Cetiqt)
5242983 Nathallia de Vasconcellos Guimarães (Faculdade Senai Cetiqt)
Relato de experiência
Experiência desenvolvida em sala de aula, com uma turma
de 9º ano do Ensino Fundamental (EF) de uma escola
pública estadual do Rio de Janeiro, utilizando os
laboratórios de informática da faculdade Senai Cetiqt,
unidade Riachuelo, Rio de Janeiro, para apoiar a aula de
Matemática.
Objetivo
Apresentar, aos alunos da rede pública estadual, um
ambiente de ensino diferenciado da sua realidade, focado
no desenvolvimento da indústria 4.0, e verificar que tais
ambientes podem modificar, contribuir ou até mesmo
estimular a construção do conhecimento.
Metodologia

A metodologia utilizada para o desenvolvimento desse


artigo foi a sala de aula invertida, metodologia Senai de
educação profissional e metodologia ativa (utilização de
softwares).
Desenvolvimento
O trabalho foi dividido em duas etapas: uma na escola de
origem, onde foi aplicado um pré-teste, e outra na IES
(Senai Cetiqt), onde foi apresentado um ambiente da
educação 4.0 e houve a aplicação de um segundo teste
(pós-teste), com o auxílio do programa Python.
Por que indústria 4.0?
A 4ª Revolução Industrial, cuja denominação é Indústria 4.0,
tem criado transformações que convergem, entre outras
coisas, para uma digitalização fabril inteligente. Conceitos
como Internet das coisas, Internet Industrial, Manufatura
baseada na nuvem e manufatura inteligente baseiam-se
nessa revolução.
Novas competências estão sendo criadas para que se
possa atender a Indústria 4.0.
Questionamentos
● Como preparar o cidadão diante dessas novas
competências?
● Quais são as competências adequadas para atender à
Indústria 4.0?
● Como preparar nossos alunos para essa nova
realidade, sendo que grande parte das escolas onde
estudam não a favorecem?
Referencial teórico
SCHWAB (2016): “...a quarta revolução industrial é algo que considero
diferente de tudo aquilo que já foi experimentado pela humanidade.”
PCN (BRASIL): reconhecimento das diferentes aplicações da informática,
em particular nas situações de aprendizagem, e valorização da forma como
ela vem sendo incorporada nas práticas sociais.
DATIG, RUSWICK (2013): “em uma sala de aula invertida, grande parte da
instrução ocorre fora do horário de aula.
MERCADO (2004): “As novas tecnologias surgem com a necessidade de
especializações dos saberes, um novo modelo surge na educação, com ela
pode-se desenvolver um conjunto de atividades com interesses didático-
pedagógica”.
Referencial teórico
GAROFALO, (2018): O professor 4.0 deve ter percepção e flexibilidade
para assumir diferentes papéis: aprendiz, mediador, orientador e
pesquisador na busca de novas práticas.
MORAN(2008) As tecnologias permitem mostrar várias formas de captar
e mostrar o mesmo objeto, representando-o sob ângulos e meios
diferentes:
SENAI(2013) Formar para as competências pressupõe ruptura com
alguns conceitos e práticas educacionais tradicionais.
Desenvolvimento da atividade
Quantidade inicial de alunos (prevista): 30 alunos
Quantidade real de alunos (fatores naturais): 15 alunos
Perfil dos alunos: 9º ano do E.F. da E.E. Mestre Hiran; meninos
e meninas (13 a 15 anos); vida acadêmica em escola pública.
1ª etapa: Pré-teste aplicado na escola, uma semana antes da
visita, sem consulta e individual; resolução de duas questões,
ambas discursivas. Os alunos foram incentivados a registrar o
raciocínio e os cálculos empregados nas resoluções.
Desenvolvimento da atividade

Duração: 50 minutos
Objetivo: Determinar o nível de conhecimento inicial dos alunos,
ao resolverem as questões do teste, em sua escola de origem.
Desenvolvimento da atividade

2ª etapa: Visita à Faculdade Senai Cetiqt e pós-teste.


Duração: 8h dividida em dois momentos de 4 h.
1º momento: Visita à planta piloto de confecção 4.0, ao Fashion
Lab (figura 2) e ao laboratório de experimentação LEGO (figura
1), todos ambientes de ensino da educação 4.0.
Desenvolvimento da atividade
Desenvolvimento
2º momento: visita ao laboratório de simulação e ferramentas da
engenharia química (figura 3); contato com a linguagem de programação
Python; foram estimulados a confeccionarem um programa que pudesse
resolver problemas de aplicação do Teorema de Pitágoras e pós-teste.
Análises de resultados
Participação: No pré-teste, o número de participantes foi muito
superior ao que participaram da visita, 60 para o EF; no pós-
teste, o quantitativo foi 16.
Atividade 1

Objetivo: Verificar se o aluno seria capaz de, a partir de uma figura, aplicar o Teorema de Pitágoras para
determinar o valor que faltava na figura, que determinava o comprimento da haste. A resposta 50 cm representa
que o aluno identificou corretamente o valor do desconto.
Atividade 2

Objetivo: Verificar se o aluno seria capaz de, a partir da figura 5, aplicar o Teorema de Pitágoras para
determinar o valor que faltava, desenvolvendo a álgebra, que determinava o comprimento da haste. A resposta
50 cm representa que o aluno identificou corretamente o valor do desconto.
Análise dos resultados
Codificação utilizada: A codificação utilizada para as duas
atividades do EF, representada na tabela 1 abaixo.
Análise de resultados
Análise dos resultados
● Podemos observar que, em todos os códigos, houve um progresso nos
resultados, principalmente quanto ao código 15, nas duas atividades.

• Todos apresentaram uma resolução coerente, mesmo que parcial.


Análise dos resultados
● O código 10, na atividade I, comparando-se os resultados, foi o que
apresentou melhor progresso, pois, no pré-teste, tínhamos três
ocorrências e passaram para 13. O mesmo ocorreu na atividade II, em
que o aumento foi de 300%, mesmo a questão apresentando um grau de
dificuldade um pouco maior, pois havia a necessidade de se desenvolver
uma parte algébrica seguida da resolução de uma equação de segundo
grau.

● Acreditamos que a construção de algoritmo para o desenvolvimento do


programa para a resolução dos problemas auxiliou na compreensão das
atividades.
Análise dos resultados
● No código 11, alguns alunos com conhecimento do terno pitagórico
utilizaram a ferramenta. Dessa forma, não efetuamos nenhuma
observação a respeito, pois apresentou resultado de forma direta. sem
qualquer memória de cálculo.

• Na atividade II, apresentaram uma resolução coerente, mesmo que parcial,


errando, porém, na resolução da equação de 2º grau.
Análise dos resultados
● No código 12, não houve registro de nenhuma ocorrência na atividade II
do pós-teste. Ou seja, alunos que tentaram resolver a questão, no pré-
teste, e, por algum motivo, pararam no meio do caminho no pós-teste,
conseguiram desenvolver corretamente a questão.

• Todos apresentaram uma resolução coerente, mesmo que parcial.


Considerações finais
● Problemas durante o desenvolvimento: devido à mudança de data e
horário de uma reunião dos funcionários da faculdade, foi necessário
realinhar os horários das atividades, antecipando o encerramento em 3h.
Portanto, o tempo útil de realização das atividades passou a ser de 5h.
Dessa forma, o processo didático-pedagógico foi comprometido, por não
contemplar todas as etapas previstas do experimento.
● O ambiente de visitação gerou um grande entusiasmo nos alunos. O
contato com o laboratório de Simulação e Ferramentas de Engenharia fez
com que os alunos estivessem empenhados e focados, principalmente na
construção do algoritmo.
● Acreditamos que o fato de estarem aprendendo uma linguagem de
programação serviu como estímulo para que pudessem se empenhar na
resolução das atividades propostas corretamente.
Considerações finais
● Ao término do tempo destinado à aula de programação e, até mesmo, o
pós-teste, os alunos não queriam deixar o laboratório, empolgados
pela utilização dos equipamentos e pela possibilidade de
desenvolverem pequenos novos programas.

● Continuaremos convidando novas escolas para efetuarem parcerias,


de forma a viabilizar a participação de seus alunos e podermos, com
coletas de novas e mais informações, validar ou não os nossos
resultados.
Referências Bibliográficas
● BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática / Secretaria de Educação Fundamental.
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/matematica.pdf. Acesso em: 06 fev. 2020.
● KAREN, Andrade. A Educação 4.0 já é Realidade! Disponível em: https://www.positivoteceduc.com.br/educacao-4-0/a-educacao-40-ja-e-
realidade/. Acesso: em: 05 fev. 2020.
● DATIG, Ilka.; RUSWICK, Claire. Four Quick Flips: Activities for the Information Literacy Classroom. College & Research Libraries News, v. 74,
n. 5, p. 249-251, 257, 2013. Disponível em: https://crln.acrl.org/index.php/crlnews/article/view/8946/9679. Acesso em: 03 de fev. 2020.
● EDUCAÇÃO EM ALVO: OS EFEITOS DA VIOLÊNCIA ARMADA NAS SALAS DE AULA. FGV, 2018, Disponível em:
http://dapp.fgv.br/educacao-em-alvo-os-efeitos-daviolencia-armada-nas-salas-de-aula/. Acesso em: 14 mar 2020.
● GAROFALO, Débora. Que Habilidades Deve ter o Professor da Educação 4.0? Disponível em:
https://novaescola.org.br/conteudo/11677/que-habilidades-deve-ter-o-professor-daeducacao-40. Acesso em: 05 fev. 2020.
● GRAVINA, Maria Alice. Geometria Dinâmica: Uma Nova Abordagem para o Aprendizado da Geometria. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE
INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO, 7., 1996. Belo Horizonte. Anais […]. Belo Horizonte, 1996. p. 1-13. Disponível em:
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/EDUCACAO_E_T ECNOLOGIA/GEODINAMICA.PDF. Acesso em:
14 mar. 2020.
● MERCADO, Luiz Paulo Leopoldo. Formação docente e novas tecnologias. In: MERCADO, Luís Paulo Leopoldo Mercado (org.). Novas
Tecnologias na Educação: Reflexões Sobre a Prática. Maceió: Edufal, 2002.
● MORAN, José Manoel. Desafios na Comunicação Pessoal: Gerenciamento integrado da comunicação pessoal, social e tecnológica. 3ª Ed.
São Paulo: Paulinas, 2008.
● NASCIMENTO, Eimard Gomes Antunes. Avaliação do uso do software Geogebra no ensino de geometria: reflexão da prática na escola. In:
Conferência Latinoamericana de GeoGebra, 1., 2012, Uruguai. Anais […]. Uruguai, 2012. Disponível em:
http://www.geogebra.org.uy/2012/actas/67.pdf. Acesso em: 06 fev. 2020.
● SCHWAB, Klaus. A Quarta Revolução Industrial. 1a Edição ed. São Paulo: Edipro, 2016. SENAI. Departamento Nacional. Metodologia
SENAI de educação profissional. Brasília: SENAI/DN, 2013.
Obrigado!
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