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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA (UNEB)

Autorização Decreto nº 9237/86. DOU 18/07/96. Reconhecimento: Portaria 909/95, DOU 01/08-95
GABINETE DA REITORIA
UNIDADE ACADÊMICA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (UNEAD)
Criação e Implantação Resolução CONSU nº 1.051/2014. DOU 20/05/14

CURSO: LICENCIATURA EM GEOGRAFIA

ALUNOS:

CICERO ALVES PARNAÍBA


JAIRACI LEITE DE SOUZA
JANE SILVA DE JESUS

PROJETO DE INTERVENÇÃO DO ESTÁGIO II


ESPAÇOS NÃO FORMAIS DE EDUCAÇÃO.

CONSCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL NA COMUNIDADE LEANDRINHO.

DIAS DÁVILA, BA.

MAIO/ 2023
ALUNOS:
CÍCERO ALVES PARNAÍBA
JAIRACI LEITE DE SOUZA
JANE SILVA DE JESUS

PROJETO DE INTERVENÇÃO DO ESTÁGIO II


ESPAÇOS NÃO FORMAIS DE EDUCAÇÃO.

CONSCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL NA COMUNIDADE LEANDRINHO.

Projeto apresentado à Universidade do Estado


da Bahia-UNEB, como requisito de avaliação
parcial da disciplina Estágio Supervisionado em
Geografia II do Curso de Licenciatura em
Geografia (UNEAD).

Orientador: Jean Santos

DIAS DÁVILA, BA.

MAIO/ 2023
INTRODUÇÃO:

Atualmente, a educação ambiental consiste em um dos principais aliados para


a conscientização da realidade climática que o mundo atravessa, por meio
dela, temos a possibilidade de mostrar a todos que diante da realidade atual,
se nada for feito, o planeta e consequentemente a humanidade corre sério
risco em um futuro próximo. Ao pararmos para pensar em uma Educação
Ambiental como ato político, concordamos com Reigota quando diz que ela é a
“análise das relações políticas, econômica, sociais e culturais entre a
humanidade e a natureza e as relações entre os seres humanos, visando a
superação de mecanismos de controle e de dominação que impedem a
participação” (REIGOTA, 2012, p.13).

Para Jacobi (2003).

“Os grandes desafios para os educadores ambientais são, de


um lado, o resgate e o desenvolvimento de valores e
comportamentos (confiança, respeito mútuo, responsabilidade,
compromisso, solidariedade e iniciativa) e de outro, o estímulo
a uma visão global e crítica das questões ambientais e a
promoção de um enfoque interdisciplinar que resgate e
construa saberes”. (JACOBI, 2003, p.196-197).

Neste sentido, a ciência geográfica desde sua origem vem demonstrando


preocupações com as questões ambientais, iniciando através do estudo da
relação homem x natureza até uma construção do conceito de meio natural e
da interferência humana neste ambiente. Assim, na origem da ciência
geográfica “O homem era entendido como externo ao meio, ou externo à
natureza. Ao longo do tempo, a geografia vai transformando sua compreensão
e passa a pensar o ambiente como homem/sociedade e seu entorno”.
(SUERTEGARAY, 2002, p. 116). Portanto, a educação ambiental em uma
perspectiva geográfica deve estar adaptada aos novos momentos, pois tem um
papel importante nesse contexto de conscientização e mudança de
mentalidade dos indivíduos para, desta forma, construir a tolerância e erradicar
a semente do individualismo e da agressão ao meio ambiente. A promoção da
consciência ecológica, da paz, da solidariedade e do coletivismo são
atribuições da educação ambiental, daí, sua importância justifica a realização
de projetos, em espaços formais e não formais de educação. Neste sentido,
acreditamos que discutir, informar e produzir conhecimento sobre
sustentabilidade é essencial para informar e qualificar as ações que levarão à
construção de um mundo melhor, com respeito ao planeta e seus habitantes.

JUSTIFICATIVA:

Nas últimas décadas, vêm se intensificando as preocupações com a temática


ambiental e, semelhantemente, as iniciativas dos vários setores da sociedade
para o desenvolvimento de atividades e projetos no intuito de educar a
sociedade, buscando trazer uma sensibilidade para as questões ambientais a
fim de modificar atitudes nocivas ao meio ambiente e desenvolver posturas
benéficas ao equilíbrio ambiental. Por isso mesmo acreditamos na eficácia da
Educação Ambiental e concordamos com Rodriguez (2009, p. 176) quando diz
que:

A Educação Ambiental surge como uma necessidade no


processo de salvar a humanidade de seu próprio
desaparecimento e de ultrapassar a crise ambiental
contemporânea. É um dos meios para se adquirir as atitudes,
as técnicas e os conceitos necessários à construção de uma
nova forma de adaptação cultural aos sistemas ambientais [...].

Cabe ressaltar que conscientizar consiste em mostrar algo ou algum conceito


sobre algo de forma a convencer a fazer o que se conhece como certo, tendo a
pessoa que recebe estas informações uma opinião já formada sobre o objeto,
podendo ou não mudar sua opinião.

A grande relevância do tema educação ambiental nos meios educacionais


formais e não formais, hoje, é uma consequência das políticas de impacto
estimuladas no mundo todo e da sucessão de medidas ambientais no âmbito
internacional. No Brasil, ela apresenta objetivos e metodologias de ação
estabelecidas na legislação pertinente e os problemas ambientais são
debatidos em várias áreas ligadas à comunicação e à educação, entre estes, a
geografia é de suma importância já que seu objeto de estudo é exatamente
(mas não somente), o nosso planeta e a relação dos seus habitantes com a
transformação do ambiente, dito isto, fica clara a necessidade de uma posição
ativa de toda a sociedade quanto à educação ambiental e nós, licenciandos em
Geografia da UNEB, conscientes da importância deste tema, propomos
desenvolver um trabalho na comunidade do Leandrinho, zona rural do
município de Dias D´ávila, Bahia, a fim de auxiliar a formação de uma
conscientização ambiental e política dos membros da Associação de
Moradores, visando formar multiplicadores que fomentem no cotidiano a
mudança de atitudes com foco na preservação do meio ambiente.

PUBLICO ALVO:

Nosso público-alvo são os Membros da Associação de Moradores Leandrinho


Melhor. São moradores da comunidade que se associaram com intuito de
buscar melhorias para a comunidade como um todo.Leandrinho é um Distrito
da Zona Rural da cidade de Dias D’Ávila, que pertence a região metropolitana
de Salvador. Está localizado as margens da rodovia BA−512, fazendo divisa
com o município de Camaçari, ficando bem ao lado do polo petroquímico; e
também com São Sebastião do Passé, fazendo divisa com outro distrito rural, o
de Lamarão do Passé.

A localidade possui recursos naturais que precisam ser preservados. Tem


potencial turístico, que poderia ser explorado, pois é banhada pelo Rio Joanes.
Contudo é uma periferia onde se encontram terrenos mais baratos, sendo a
maioria dos moradores nativos, mas também tem aqueles que migraram em
busca uma vida mais próxima da natureza (alguns para morar e outros apenas
para descanso), ou por conta da sua localização, pois está próximo de
empresas como Águas minerais, fabricas de pisos e revestimentos e as
indústrias do polo petroquímico. Alguns moradores ainda vivem da pesca e da
agricultura familiar, e são verdadeiramente os mais prejudicados pelo descaso
das autoridades e pelas agressões a natureza, que muitas vezes são
provocadas por eles mesmos, movidos pela falta de informação.

No ano de 2022, foram realizadas algumas iniciativas através da Associação


de moradores Leandrinho Melhor, que visavam conscientizar a comunidade
através de ações em parceria com algumas empresas, sobre a questão do
descarte inadequado do lixo e a tentativa da implantação de coleta seletiva,
mas que não conseguiram ter o alcance necessário para a preservação dos
recursos naturais da localidade, por conta da sua extensão e por ser uma
comunidade bastante negligenciada pelo poder público, acumulando assim
vários problemas que impedem uma ação mais efetiva por parte da
associação.

OBJETIVOS:

Transmitir conhecimento acerca do tema sustentabilidade e conservação aos


membros e associados, complementando a educação ambiental formal.

Promover uma tomada de consciência ambiental dos moradores para que


possam ser multiplicadores do conhecimento ambiental e da preservação.

Promover ações de sustentabilidade através da mudança de atitude e


incentivar a pesquisas sobre o tema.

METODOLOGIA:

Neste trabalho, serão trabalhadas as bases da sustentabilidade, conhecida


como “triple bottom line”, ou o “tripé” da sustentabilidade, que se baseia no
equilíbrio entre os recursos financeiros, sociais e ambientais. Na versão em
inglês é conhecido como os 3Ps da sustentabilidade, sendo eles
respectivamente, People, que representa as pessoas, o social; Planet, que
representa o meio ambiente e os recursos naturais; e Profit, que representa a
parte econômica e financeira do tripé.

Inicialmente, pretende-se aplicar uma pesquisa de sustentabilidade ao público-


alvo para verificar seu nível de consciência ambiental. Essa pesquisa será
aplicada a todos os participantes. Com o intuito de estimular a participação de
todos, será realizado um concurso cultural em conjunto com a pesquisa, onde
os moradores expressarão sua visão atual em relação à preservação do meio
ambiente local e brasileiro como um todo. A melhor frase de cada grupo será a
vencedora, recebendo como prêmio um brinde, uma medalha ou um certificado
de participação do concurso.

Serão elaboradas apostilas para uma aula preparatória para o trabalho de


campo. Dentro desta aula serão discutidos conceitos, como: Educação
Ambiental e sua importância; poluição e contaminação; mata ciliar e o papel da
vegetação na formação e manutenção do solo; Importância da existência de
vida na água dos rios; exploração dos recursos naturais predatória versus
sustentada; etc.

METAS:

Promover uma maior interação entre a comunidade e a natureza, despertando


a percepção dos temas que impactam o ambiente.

Estimular a tomada de ações com foco na preservação e na sustentabilidade,


buscando, desta forma a promoção da conscientização e da sensibilidade ao
meio ambiente.

Motivar ações para melhoria e manutenção da qualidade de vida, ensejando o


engajamento nas atividades que buscam a solução dos problemas ambientais.
DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES:

As atividades serão realizadas em forma de aulas expositivas e oficinas


práticas sobre o tema.

1ª oficina:

TEMA: Educação Ambiental e sua importância;

DURAÇÃO:
 1 aula de 240 minutos

OBJETIVOS:
 Entender o que é Educação Ambiental e qual a sua importância;
 Visualizar práticas ligadas ao desenvolvimento sustentável;
 Estimular práticas ecológicas.

MATERIAL NECESSÁRIO:
 Data Show

DESENVOLVIMENTO:
1. Começaremos explicando aos alunos o que é Educação Ambiental.
Explicando o conceito e de onde surgiu o termo. Usando uma linha do tempo
parauma melhor compreensão.

2. Mostraremos aos alunos/moradores práticas que eles podem seguir e que


são sustentáveis. Fazendo uma exposição dos 5 Rs da Sustentabilidade
(repensar, recusar, reduzir, reutilizar e reciclar), trazendo para o diálogo
exemplos de práticas simples que sejam acessíveis a todos. Uso de lâmpadas
fluorescentes, pois são mais baratas e economizam mais energia.
Diremos aos alunos que o papel é um item que é necessário a derrubada de
florestas nativas para a plantação de eucalipto para a obtenção da celulose
para sua fabricação, portanto economizar papel é benéfico a natureza.
Uso do transporte coletivo, explicamos aos alunos que o uso do transporte
coletivo proporciona uma redução na emissão de gases do efeito estufa. Esses
gases são responsáveis pelo aquecimento do planeta.

2ª oficina:

TEMA: Poluição e contaminação;

DURAÇÃO:
 1 aula de 240 minutos
OBJETIVOS:
 Conhecer os tipos de poluição existentes e refletir sobre os efeitos que
elas causam no meio ambiente e os danos que causam ao homem.

MATERIAL NECESSÁRIO:
 Cartaz com recortes de imagens de poluentes;

DESENVOLVIMENTO:
1. Criaremos um mapa mental que mostre os diferentes tipos de poluição e os
danos que eles causam ao nosso meio ambiente.Começaremos explicando
que poluição é a adição de substâncias ao meio ambiente que podem ser
prejudiciais aos seres vivos, sendo vários os seus tipos.

2. No item poluição do solo mostramos imagens de um aterro


sanitário;Poluição da água: Falaremos nesse momento sobre o esgoto não
tratado e suas conseqüências para o meio ambiente; Poluição do ar;
mostraremos quais setores são responsáveis pelos gases de efeito estufa
produzidos no Brasil;

3. Falaremos sobre a chuva ácida– O dióxido de enxofre e o óxido nitroso;


Assistiremos nesse momento ao vídeo de um experimento em:
http://www.youtube.com/watch?v=jonWmJSfIK0&feature=youtu.be

3ª oficina:

TEMA: Mata ciliar e o papel da vegetação na formação e manutenção do solo;

DURAÇÃO:
 1 aula de 240 minutos

OBJETIVOS:
 Entender o que é Mata ciliar e o papel da vegetação na formação e
manutenção do solo;
 Compreender que as matas ciliares são essenciais para o equilíbrio dos
ecossistemas, sobretudo os aquáticos.

MATERIAL NECESSÁRIO:
 Apostilas com materiais impressos sobre o tema;

DESENVOLVIMENTO:
1. Mostraremos aos alunos/moradores práticas e algumas técnicas que
podem ser aplicadas para preservar as matas ciliares, a exemplo de
plantio direto de mudas nativas;cuidar das nascentes para preservar as
matas ciliares e o entorno das bacias hidrográficas.
2. Faremos uma visita no rio que banha a localidade, buscando reconhecer
os problemas para que juntos possamos apontar soluções possíveis.

4ª oficina:

TEMA: Importância da existência de vida na água dos rios;

DURAÇÃO:
 1 aula de 240 minutos

OBJETIVOS:
 Ajudar os participantes a descobrirem os sintomas e as causas reais dos
problemas que o Brasil vem enfrentando com a poluição e a falta de água,
para que eles possam perceber as interferências negativas e positivas que
o homem pode fazer na natureza;
 A partir de sua realidade social, reconhecer que a qualidade de vida está
ligada às condições de higiene e saneamento básico, à qualidade do ar e
do espaço;
 Adotar em suas atitudes cotidianas, medidas de valorização da água, a
partir de uma postura crítica, entender que o equilíbrio e o futuro do nosso
planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos, conscientizar
que a água não deve ser desperdiçada, nem poluída, etc.

MATERIAL NECESSÁRIO:
 Projetor e tela para a apresentação dos slides;

DESENVOLVIMENTO:
1. Estimularemos a turma a falar sobre a relação que eles têm com os rios
da sua localidade e como eles percebem a relação que sua comunidade
tem com os cursos d’água de seu local.
2. Cada aluno deve expor as ideias de preservação do rio, desenvolvidas
depois da visita de campoque fizemos, e discutir como colocar as mais
viáveis em prática?

5ª oficina:

TEMA: Exploração dos recursos naturais predatória versus sustentada.

DURAÇÃO:
 1 aula de 240 minutos

OBJETIVOS:
 Reconhecer atividades predatórias de exploração dos recursos naturais;
 Conscientizar a cada participante do fato de que os recursos naturais
são essenciais para sobrevivência, mas, se forem consumidos em um
ritmo mais rápido do que a sua regeneração natural, como acontece
atualmente, eles podem acabar;
 Explanar aos participantes da oficina a importância de proteger o
patrimônio natural do Planeta.

MATERIAL NECESSÁRIO:
 Quadro e giz onde fizemos o relacionamento das ações predatória
versus ações sustentáveis;

DESENVOLVIMENTO:
1. Conversaremos sobre a exploração criminosa e predatória trazendo ao
debate o exemplo dos garimpos ilegais nas terras yanomami;
2. Também traremos como exemplo de exploração sustentável a agricultura
familiar e o turismo natural, como a abertura de prainhas no rio.
3. Discutiremos formas de sustentabilidade dentro da comunidade, ações que
os mesmos já praticam e algumas que pretendem implementar.

Detalhamento das oficinas:

Por se tratar da abertura dos trabalhos e apresentação, no primeiro dia a


conversa inicial será ministrada por todos os três palestrantes, sendo que serão
feitas as apresentações e cada um poderá explanar a um pouco sobre os
temas que serão abordados nas oficinas seguintes, também poderão discorrer
um pouco sobre a educação ambiental.

No segundo dia a oficina terá como tema a poluição e contaminação dos rios,
do solo e do ar, e terá como palestrante Jane Silva, que abordará o tema de
forma que os ouvintes possam entender e participar. Os outros componentes
da equipe, Jaira e Cícero terão e responsabilidade de auxiliar na apresentação.

A terceira oficina será sobre a Mata ciliar e o papel da vegetação na formação


e manutenção do solo e terá ministração da palestrante Jaira Sousa, que fará
sua apresentação abordando as questões ambientais presentes na
comunidade já que se trata de um tema que os moradores e a própria
palestrante estão bastante familiarizados pois, a comunidade fica as margens
do um reservatório construído para o abastecimento de água para as empresas
do pólo petroquímico e das cidades da região metropolitana de Salvador. Neste
dia ficarão como auxiliares Cícero e Jane.

Já a quarta oficina será ministrada por Cícero Parnaíba e terá como tema a
Importância da existência de vida na água dos rios, este tema é muito
importante visto que muitos moradores da comunidade vivem da pesca e
dependem do reservatório da represa para exercer suas atividade e dali tirar o
seu sustento. Nesta oficina, seguindo o roteiro predeterminado, ficarão como
auxiliares Jane e Jaira.

A quinta e última palestra será o encerramento e terá como tema principal a


Exploração dos recursos naturais predatória versus sustentada, este foi o tema
escolhido para finalizar as atividades na comunidade pois permite encerrar o
ciclo de palestras com propostas de atitudes que possam melhorar o
comportamento da comunidade em relação ao meio ambiente. Neste encontro
todos os palestrantes e ouvintes/moradores farão contribuições e poderão
externalizar sua visão e concepção dos temas expostos e o que pode ser feito
para colocar as idéias em prática.

CRONOGRAMA:

Data. Atividade. Resultado.


15/04/23 Reunião virtual para tomada Decidido o tema Educação
de decisão e efetivação do Ambiental.
projeto.
21 a 23/04/23 Pesquisa na comunidade Reconhecimento da área e
para coleta de informações e obtenção da permissão da
viabilidade do projeto e associação de moradores
apresentação da para o uso de suas
documentação á presidente dependências nas aulas do
da associação de projeto.
moradores.
24 a 28/04/23 Pesquisa sobre os temas e Obtido as bases para a
as oficinas em sites, jornais, efetivação do projeto.
e blogues sobre
sustentabilidade e educação
ambiental.
29/04 a 03/05/23 Reuniões virtuais e Escopo do projeto pronto e
encontro presencial para a definição da data de início
elaboração e estruturação do projeto.
do projeto.
06/05/23 Reunião com a associação Divulgação entre os
de moradores para moradores das datas,
divulgação do projeto. horários, local e temas do
projeto.
22 a 26/05/23 Aplicação do projeto com Aceitação e entusiasmo da
aulas teóricas e práticas na comunidade em relação
sede da associação de aos temas abordados.
moradores.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Por meio da educação ambiental, a Geografia sempre esteve ligada às


transformações ocorridas no espaço geográfico que envolveu a sociedade no
decorrer da história, buscando analisar e compreender as modificações
ocorridas ao longo do tempo. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais
(PCN’s) de Geografia,

“a proposta de Geografia para estudo das questões ambientais


favorece uma visão clara dos problemas de ordem local,
regional e global, ajudando a sua compreensão e explicação,
fornecendo elementos para a tomada de decisões e permitindo
intervenções necessárias” (BRASIL, 1998, p.46).

Por isso mesmo, todos os conteúdos relacionados ao meio ambiente podem ser
abordados pelo olhar geográfico, e deste modo, inseridos no cotidiano escolar dessa
disciplina, mas também podem, e devem ser abordados em espaços não formais de
educação. Neste sentido a Educação Ambiental, deve ser vista pela Geografia
como uma excelente ferramenta de reflexão para que os cidadãos tornem-se
seres mais críticos e com capacidades de ação diante de suas
responsabilidades. Essa criticidade só será adquirida a partir da
conscientização da realidade vivenciada pelos educandos a fim de facilitar o
seu processo de conhecimento a partir do seu cotidiano. Segundo Penteado
(1997, p. 53).

“Uma coisa é ler sobre o meu meio ambiente e ficar informado


sobre ele, outra é observar diretamente o meu meio ambiente,
entrar em contato direto com os diferentes grupos sociais que o
compõem, observar como as relações sociais permeiam o meio
ambiente e o exploram, coletar junto às pessoas informações
sobre as relações que matem com o meio ambiente em que
vivem, enfim, apreender como a sociedade lida com ele”.

Desta forma, através da análise das pesquisas e do referencial teórico, do


comprometimento do público-alvo, da aceitação por parte da associação e do
empenho dos ministradores das palestras e oficinas, podemos entender que a
Educação Ambiental Crítica, pode ser trabalhada pela Geografia em uma
perspectiva interdisciplinar e em espaços formais e não formais de educação.
Serão abordados vários temas de diversas áreas do conhecimento, como
Ciências, Biologia, Física, Química, História, Geografia e Artes. A integração
dos participantes e ministradores com o espaço não formal através do uso de
recursos de uma associação de moradores deverá ser algo novo e prazeroso e
uma experiência enriquecedora que, por um lado, estimulará e ampliará as
bases pedagógicas dos estudantes/ministradores, e por outro, levará
conhecimento e uma visão crítica sobre o meio ambiente aos moradores.
Entendemos que a utilização de oficinas e palestras com propostas ecológicas
e educacionais são uma maneira eficiente de proporcionar a sociedade uma
maior percepção sobre a importância do uso da terra e de seus recursos
naturais, da conservação e preservação da água doce, inclusive em uma
abordagem transversal, ajudando a estabelecer e construir novas concepções
a respeito da interação homem-ambiente. Diante da realidade vivenciada,
percebemos que através de práticas pedagógicas interdisciplinares em
espaços não formais de educação abre um leque imenso que possibilita a
sociedade um olhar mais profundo e crítico sobre a realidade que lhe é
apresentada, refletindo sobre os problemas ambientais e buscando alternativas
para solucioná-los. É certo que abordar a educação ambiental no ambiente não
formal por meio de oficinas pedagógicas interdisciplinares, estimulando a
sociedade à reflexão sobre os problemas socioambientais contemporâneos,
contribuirá para que se tornem possíveis multiplicadores de uma ideologia de
respeito ao meio ambiente, concebendo a natureza não como um recurso a ser
usufruído indiscriminadamente e sim como um bem a ser conservado e
garantido a outras gerações. Só através de conscientizações, boas palestras,
debates, levando o assunto para a comunidade, e permitir que os mesmos
participem, que será possível promover mudança nas práticas diárias
relacionadas ao meio ambiente.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, assinou no dia


13/02/2023, dois decretos para promover o protagonismo dos catadores no
processo de reaproveitamento de materiais recicláveis e reutilizáveis no
Brasil. Os atos também permitem uma mudança no modelo atual de economia
circular e logística reversa do país (WWW.GOV.BR)

BIBLIOGRAFIA:

AZEVEDO, G.C. Uso de Jornais e Revistas na Perspectiva da Representação Social de Meio


Ambiente em Sala de Aula. In: REIGOTA, M. (org.). Verde Cotidiano: o meio ambiente em
discussão. Rio de Janeiro: DP&A, 1999, p. 67- 82.

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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9795.htm. Acesso em: 29/Abr/2023.

CANALI, N.E. Geografia Ambiental: desafios Epistemológicos. In: MENDONÇA, F.; KOZEL, S.
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INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL & ASSOCIAÇÃO DE PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE


E DA VIDA. Pequeno Manual para Elaboração de Projetos. Texto de Prochnow, M. e Schäffer,
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LEFF, E. Saber Ambiental: sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder. Tradução de


Lúcia Mathilde Endlich Orth. 7. ed. Petrópolis: Vozes, 2009.

MILANI, S. M. [et al.]. Roteiro de sistematização de práticas de desenvolvimento local.


Salvador: CIAGS, 2005

ROSA, A.V. Projetos em Educação Ambiental. In FERRARO-JR, L.A. (Org.); Encontros e


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