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Existem cinco fontes que pressionam o governo a fazer reformas: em primeiro temos
as pressões do eleitorado. Estas pressões são eficazes em sistemas eleitorais competitivo, nos
quais o partido no poder é obrigado a cumprir as suas promessas políticas, sob pena de não
conseguir um outro mandato. Em segundo vêm as pressões da sociedade civil, que faz
demanda ao Estado para que este melhore a qualidade dos serviços públicos, bem como o
acesso aos mesmos. Em terceiro estão as pressões do sector privado, que se preocupa com o
impacto do serviço público nos negócios, como é o caso dos diversos obstáculos
burocráticos. Em quarto encontram-se o stress fiscal e a pressão dos credores (que depende
do grau de dependência do país beneficiário). A pressão fiscal pode ser interna, quando é
causada por recorrentes défices orçamentais, o que leva à redução da despesa do Estado, por
exemplo a redução do número de funcionários públicos. A quinta e última fonte de pressão é
a corrupção, que cria necessidade de reformas quando os doadores receiam que seu dinheiro
seja desviado, e quando no mesmo país existe liberdade de expressão. A corrupção dá espaço
para a reforma do sistema de prestação de contas.
Estas pressões podem gerar diferentes objetivos, dentre eles a melhoria da eficiência;
a melhoria dos serviços; e garantir a legitimidade do governo diante dos credores e dos
cidadãos.
1.3 Problemas para os quais as reformas são desenhadas
1.9 Resumo
O setor público é definido de acordo com o contexto. O que é público num país pode
não ser público no outro, porque a fronteira entre o público e o privado depende das políticas
e da trajetória histórica dos países. Em relação à finalidade dos serviços, os serviços prestados
por entidades privadas podem ser públicos, como é o caso dos serviços de transporte e de
saúde, em Moçambique.
Existem cinco fontes de pressão que fazem com que os governos adotem reformas:
As reformas do sector público são feitas para resolver diferentes problemas, e embora
o problema seja o mesmo, as causas podem ser diferentes, daí que a ideia de one size fits all
não é aplicável. Os governos devem antes de mais entender o problema, só depois é que
escolheram a reforma a adotar, mas tendo em conta as suas capacidades financeiras.
Estado-nação é a instituição soberana que serve de base para o sistema global em que
vivemos. Difere-se do Estado porque é o ente político no centro das demais nações, enquanto
o Estado é uma organização dentro de um país com poder de legislar e tributar a respetiva
sociedade, com quatro objetivos fundamentais: a ordem ou estabilidade social, a liberdade, o
bem-estar, e a justiça social.
Existem três teorias que explicam o Estado. A teoria histórica, que tem origem em
Aristóteles, na qual se vê o Estado um fenómeno histórico decorrente da luta pela apropriação
do excedente. Nas civilizações hidrográficas da antiguidade, o Estado surge quando um grupo
poderoso se dá conta de que podia se apropriar do excedente da produção usando um sistema
administrativo e de comunicações que organize minimamente a produção e a distribuição
sobre um determinado território, aproveitando assim os ganhos de eficiência decorrentes do
comércio e da divisão do trabalho que essa ordem possibilita, em vez da violência.