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Existem quatro forças que que explicam o facto de vários governos terem usados
certas estratégias de forma agressiva ao mesmo tempo:
a) Políticas: após a guerra fria, muitos países debatiam com a questão do papel do
governo. Países que estiveram atras da cortina de ferro transformaram seus
sistemas básicos de governo, criando instituições mais democráticas; criando uma
sociedade civil e redefinindo suas relações com o cidadão. Países em
desenvolvimento viram-se pressionados a fazer tais reformas, uma vez que sua
economia e seus cidadãos os pressionaram ao verem o desenvolvimento
económico dos outros países.
b) Social: alguns países levaram a cabo transformações sociais, como é o caso da
África do Sul, que após o fim do Apartheid, o governo teve de encontrar formas
de incluir negros segregados nas suas políticas. E por toda parte houve uma luta
para lidar com as mudanças de uma sociedade industrial para uma sociedade de
informação.
c) Económica: a crise financeira asiática no final dos anos 1990, desafiou a estrutura
financeira dos países do leste asiático. A liderança corporativa em vários países
acusou o governo de reduzir o crescimento económico, especialmente por meio da
tributação e da sua política regulatória.
d) Institucional: todos os governos estavam dentro do ambiente económico global.
A reforma da nova gestão pública moderna iniciou na Nova Zelândia, nos finais dos
anos 1970 e início dos anos 1980. A crise económica levou à perda da maioria parlamentar
por parte do partido nacional. Com isto, Roger Douglas assume o cargo de ministro das
finanças. Douglas pressionou o governo para que mudasse sua política e sua gestão. Sua
estratégia estava baseada no mecanismo de mercado, que se caracteriza pela competição; e
uma visão de reformas fortemente influenciada por teorias económicas neoinstitucionalistas.
Os reformadores neozelandeses desenvolveram uma estratégia multifacetada que conseguiu
privatizar programas públicos, onde foi possível.
e) A fase gerencialista, período entre 1978 e 1985, que introduziu uma gestão do
tipo privado nas operações governamentais;
f) A fase da mercantilização, entre os anos1986 e 1991, que introduziu teorias
económicas à gestão, incluindo contratos, competição e incentivos baseados no
interesse individual;
g) A fase estratégica, entre os anos 1992 e 1996, na qual o governo teve uma visão
global dos programas para reduzir a fragmentação encorajada pela
mercantilização.
Estas reformas não eram antigovernamentais. Pelo contrário, seu objetivo era reduzir
as funções do governo, para definir como executa-las e como usar os resultados como medida
da sua ação. A estratégia neozelandesa englobava quatro aspetos:
A administração Clinton tinha a sua atenção voltada para os problemas que o governo
apresentava; e por conta do conflito político que isto gerava, focava-se no comportamento
dos burocratas, em vez de transformar estruturas e processos governamentais fundamentais.
Foi criada uma equipa cuja missão era identificar oportunidades de se reduzirem os
gastos e melhorar a gestão. As propostas desta equipa foram reunidas num documento, do
qual constavam 384 recomendações que prometiam uma redução de 108 milhões de dólares,
e reduzir a força de trabalho em 12%, em cinco anos. Embora fosse uma ideia inteligente, o
lema desta fase deu origem a um dilema: melhorar o desempenho implicava motivar e
empoderar os funcionários, a fim de que estes trabalhassem melhor; enquanto os baixos
custos implicavam a redução do número de funcionários.
Apesar das disclusões que o downsizing causou, foram criadas outras duas iniciativas:
o Procurement da reforma e o serviço ao cliente. Em 1994, foram simplificadas as normas de
aquisição de bens para o Estado, e foi dada aos gestores para adquirir bens. E as agências
tiveram que criar um plano de serviços públicos.
O objetivo desta fase era criar a era da informação, com um governo gerido pelas
melhores empresas americanas; criar um governo da era da informação tao bem gerido
quanto as melhores empresas americanas. A tática usada foi o uso das reformas do processo
para motivar as pessoas dentro dos objetivos políticos, a fim de atrair os que estão fora.
Esta fase foi marcada por um dilema: o governo focou-se em melhorar o desempenho
do governo federal, enquanto seu governo exterior prometia resultados que o governo federal
tinha pouco envolvimento na sua produção. Nesta fase, as promessas do governo não podiam
ser diretamente cumpridas por ele, e os funcionários focavam-se em problemas que não
podiam resolver.
Os realistas defendem que a revisão do desempenho nacional não cumpriu com todas
as promessas, enquanto os pragmáticos defendem que os objetivos da revisão são parte de
uma busca infinita.
1.6 Resumo
Na última estivemos a falar acerca dos modelos de reforma do sector ao nível global.
As reformas iniciadas nos anos 1980 tiveram caracter global porque foram iniciadas em todo
o mundo. Tais mudanças tiveram seis componentes, cada uma visando, responder a uma
pergunta: produtividade, que se preocupava com a questão de como o governo pode produzir
mais com menos dinheiro; mercantilização, cuja preocupação era como o governo pode usar
estratégias de mercado para erradicar as patologias da sua burocracia; orientação para o
serviço, como o governo pode se relacionar melhor com o cidadão; descentralização: como o
governo pode criar programas mais responsivos e eficazes; politicas: como o governo pode
criar e implementar políticas públicas; responsabilização: como o é que o governo poder
melhorar as suas capacidades de cumprir suas promessas?
Para além das componentes, as reformas foram ditadas por quatro forças: politicas, os
cidadãos de alguns países assistiam ao desenvolvimento económico de outros países, daí que
faziam pressões ao governo no sentido de implementar mudanças em favor do
desenvolvimento económico; a força social caracterizou-se por mudanças como foi o caso da
adoção de estratégias de inserção dos negros segregados durante o Apartheid; económica;
institucional