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UNIDADE I - O PDDE E AS AÇÕES

INTEGRADAS: UM COMEÇO DE
CONVERSA
TÓPICO 1: O HISTÓRICO DO PDDE

Objetivo de aprendizagem: Conhecer o contexto de criação do PDDE,


mostrando sua configuração nos dias atuais.

A origem do Programa Dinheiro na Escola (PDDE) se insere na história


do financiamento da educação pública brasileira. Sabemos que as formas de
financiar a educação são construções históricas vinculadas às instituições
políticas, à organização econômica e à cultura do país, seguindo as condições
contextuais e a realidade do seu momento histórico. Por esse motivo, ao
longo dos anos, o financiamento da educação teve várias oscilações e, nem
sempre, pôde atender a contento às demandas educacionais do seu tempo.

Desde um prisma histórico, podemos tomar como marco a Constituição


de 1934, que, sob a influência do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova,
normatizou a primeira vinculação de percentuais mínimos da receita
resultante de impostos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos
municípios, para a Manutenção e o Desenvolvimento do Ensino (MDE). A

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Constituição Brasileira de 1946 reafirma essas aplicações em prol da

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MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
educação. Na Constituição de 1967, surgiu a contribuição social do salário-
educação, mas o grande marco foi a Constituição Federal de 1988, porque
assegura a vinculação dos recursos destinados à educação e preconiza a
garantia da universalização da oferta do ensino básico, incluindo a
valorização dos docentes.

Os anos de 1990 delineiam um contexto de reformas estruturais,


políticas e educacionais, fatores que propiciam o estabelecimento de novas
formas de distribuir os recursos voltados para a educação, agora de forma
equânime entre os estados e os municípios da Federação, com vistas a
atender às novas demandas educacionais. Nesse contexto, marcado por
mudanças, tendo como referência, no plano político e no econômico, a
reforma do Estado e a influência internacional das grandes conferências
educacionais, destaca-se a Conferência Mundial de Educação para Todos
(EPT), realizada em Jomtien, na Tailândia, em março de 1990, da qual o
Brasil é signatário.

O Plano Decenal de Educação para Todos - 1993-2003, alinhado com os


princípios educacionais traçados em Jomtien, firmou o compromisso de
desenvolver ações voltadas, principalmente, para universalizar o ensino
fundamental e erradicar o analfabetismo no Brasil (BRASIL, 1993). Para isso,
partiu-se de um diagnóstico da educação brasileira, destacando os obstáculos
a serem enfrentados, as estratégias, as medidas e os instrumentos a serem
implementados para o alcance das metas definidas ao longo da década
(BRASIL, 1993). Devido a isso, os problemas dosistema educacional
brasileiro, historicamente acumulados, passaram a ter mais visibilidade, com
destaque para os altos índices de repetência; problemas com a qualidade da

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MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
educação manifestada pelo fraco desempenho escolar; desvalorização e
despreparo do corpo docente para assumir uma educação competitiva e
atualizada; exclusão de alunos e de professores do acesso e do benefício das
tecnologias; desvalorização da carreira docente; salários defasados; falta de
uma rotina de avaliação do desempenho; material didático de péssima
qualidade; distorção idade série; efeito negativo de uma política de
centralização de recursos e falta de autonomia das escolas para gerir as
próprias atividades regulares (BOMENY, 1999).

HIPERLINK

Para conhecer as ações voltadas para a Educação Básica no


Brasil, no período de 1993 a 2003, consulte o Plano Decenal de
Educação para Todos. Acesse o link:
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me0015 23.
pdf

Nos anos de 1990, no contexto de democratização do país, a sociedade


brasileira clamava por mudanças e por participação, principalmente, nos
rumos da educação nacional. Nesse momento, ocorriam amplas mudanças
globais na economia, com impactos nas organizações dos sistemas
educacionais de vários países, seguindo as prioridades das políticas
educacionais orientadas pela UNESCO e pelo Banco Mundial (VIANA, 2020).
Nos aspectos financeiros, as orientações estavam centradas no investimento

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MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
em educação, com vistas a atender às demandas da sociedade e, ao mesmo
tempo, propiciar uma educação que contemplasse as necessidades das
escolas, do alunado e da comunidade e, sobretudo, a formação para o
mercado de trabalho.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996, na esteira


na Constituição de 1988, preconizava a democratização da gestão do ensino
público, expressa na progressiva descentralização didático-pedagógica e dos
recursos financeiros, assim como na ampliação da participação da
comunidade no processo de tomada de decisões, visando fortalecer a
autonomia financeira, administrativa e pedagógica da escola, como previsto
no Artigo 15 da LDB.

Nesse cenário, com o objetivo de desenvolver ações voltadas para o


atendimento das necessidades básicas de aprendizagem, foi criado, no ano
de 1996, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental
e de Valorização do Magistério (FUNDEF) - Lei nº 9.424/1996 - um fundo de

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natureza contábil, formado por um conjunto de impostos e transferências

constitucionais, no âmbito dos estados, do Distrito Federal e dos municípios,


e com aporte da União, com o objetivo de melhorar a educação básica,
através da garantia de mais investimentos no ensino fundamental e na
valorização do Magistério (BOMENY, 1999). Implantado em 1º de janeiro de
1998 em todo o Brasil, o FUNDEF estabeleceu medidas para o repasse
automático dos recursos, tendo como base o número de alunos matriculados
e registrados no Censo Escolar.

De fato, o FUNDEF pode ser considerado o grande indutor da


democratização do acesso ao ensino fundamental no período de sua
vigência, ou seja, 1996 a 2006, uma vez que ampliou as receitas do ensino,
principalmente, nos estados e nos municípios mais pobres da Federação, com
vistas a garantir a universalização do ensino fundamental e a remuneração
condigna do Magistério.

Vamos saber como o PDDE foi criado?

Foi nessa conjuntura dos anos de 1990 que o Ministério da Educação


(MEC) criou o Programa de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino
Fundamental – PMDEF, por meio da Resolução de nº. 12, de 10 de maio de
1995 (BRASIL, 1995). Inicialmente, em 1995, o repasse de recursos para

uma Unidade Executora não era obrigatório. Em 1998, por meio da Medida
Provisória (MP) nº. 1.874, de 14 de dezembro de 1998, o PMDFE passou a
ser denominado de Programa Dinheiro Direto na Escola – PDDE. A partir

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desse momento, passaram a ser obrigatórias a criação e a implantação das
Unidades Executoras nas escolas de ensino fundamental, o que demandou
intensa mobilização no país.

Em 24 de agosto de 2001, por meio da MP nº. 2.178-36, novamente o


PDDE foi instituído, objetivando prestar “assistência financeira para as
escolas, em caráter suplementar, a fim de contribuir para a manutenção e a
melhoria da infraestrutura física e pedagógica, com consequente elevação do
desempenho escolar [...] fortalecer a participação social e a autogestão”
(Portal online do FNDE). Esse programa, que foi criado com o objetivo de ser
um ato provisório por tempo determinado, entretanto ainda perdura (VIANA,
2020). Foi o primeiro programa brasileiro que adotou um modelo de gestão
pública dito como inovador, ao disponibilizar recursos financeiros diretamente
para as escolas beneficiárias.

Sua concepção, desde sua gênese sob a custódia do FNDE, em parceria


com os entes federados e as organizações sociais, teve como base a
descentralização dos recursos federais, em caráter suplementar, sem a
necessidade de convênio, acordo ou ajuste, mediante crédito em contas
bancárias abertas pelas unidades executoras. A partir do ano de 2003, o
PDDE assumiu um formato denominado de universal ou básico, tendo como
foco a remessa de recursos para a escola, a fim de manter o espaço escolar,
adquirir materiais pedagógicos e de infraestrutura e direcionar a
responsabilidade para a prestação de contas dos recursos enviados às
unidades de execução beneficiadas.

Entre 2003 e 2011, durante os dois períodos do governo Luiz Inácio


Lula da Silva, mudanças ocorreram na organização da educação nacional e

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MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
na política de financiamento. Destacamos a substituição do FUNDEF pelo
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de
Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB, abrangendo toda a
educação básica, e não, apenas, o ensino fundamental, no ano de 2006.

DESTAQUE

O FUNDEB foi instituído como instrumento permanente de


financiamento da educação pública por meio da Emenda
Constitucional n.° 108, de 27 de agosto de 2020, e encontra-se
regulamentado pela Lei nº 14.113, de 25 de dezembro de 2020.

Outro aspecto marcante foi a elaboração do Plano de Desenvolvimento


da Educação (PDE), lançado em 2007, que oportunizou ampliar o volume de
recursos destinados diretamente às escolas públicas e realizar atividades
adicionais, o que resultou em uma melhoria em seu funcionamento.

Em 2009, a Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009, revogou a MP de


2001. Nesse contexto, em 2009, surgiu o PDDE Escola do Campo (Resolução
nº 61, de 30 de agosto de 2009) e, em 2010, o PDDE Água na Escola
(Resolução nº 30, de 10 de novembro de 2010). A partir de 2012, o PDDE
passou a financiar, também, os polos presenciais do Sistema - UAB, com
investimentos em formação inicial e continuada a profissionais da educação
básica (Lei nº 12.695/2012), deixando de financiar tais ações a partir da

edição da Resolução nº 15, de 16 de setembro de 2021.


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MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
Em 2013, durante a primeira gestão do governo Dilma Roussef, o

Programa, além de atender às escolas públicas da educação básica, ampliou


sua atuação para as escolas privadas (de educação especial) mantidas por
entidade beneficente de Assistência Social ou de atendimento direto e
gratuito ao público, seguindo o Artigo 3º. da Resolução /CD/FNDE nº. 10, de
18 de abril de 2013. Nesse ano, também foi criado o PDDE Escola
Sustentável, seguindo-se em 2014, do PDDE Atletas na Escola e do PDDE
Mais Cultura.

Imagem 1 – Faixada de escola no Brasil

Fonte:
https://www.fnde.gov.br/media/k2/items/cache/af0578fb9c8a1e1f83358bb59d3dc13b_M.jpg?t=1365619331
.

Em 2020, o PDDE atingiu 118.877 escolas e 33.660.774 alunos e

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repassou um valor de 1.795.252.453,57, distribuídos entre os valores do
PDDE Básico, Especial e das Ações Integradas ao PDDE. Essas ações -
algumas delas organizadas entre os anos de 2020 e 2021 - como o PDDE

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MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
Emergencial (destinado a auxiliar atividades no contexto da situação de

pandemia provocado pelo Covid-19), Educação Conectada, Novo Ensino


Médio, Água e Esgotamento Sanitário e Escola Acessível, Novo mais
Educação e Novo Mais Alfabetização; Salas de Recursos e PDDE Educação do
Campo, vêm se acoplando, ao longo dos anos, ao PDDE Básico, e se
configurando como necessárias ao atendimento das demandas emergenciais
e de uma educação básica de melhor qualidade.

Se, de um lado, o princípio norteador do PDDE consiste em possibilitar


o envio dos recursos direto à escola sem que sejam necessárias tramitações
nas esferas estaduais e municipais, de outro, é preciso que a instituição
monte seu sistema de autonomia, através de uma Unidade Executora (UEx)
e da constituição de equipes que envolvam pais, alunos e membros da
comunidade escolar para atuarem na execução e no controle social sobre a
execução do recurso. Tudo isso será objeto de estudo neste curso de
formação a distância.

O PDDE é importante, principalmente, para quem atua na gestão dos


recursos financeiros de uma escola pública e para quem participa do seu dia
_ a dia. Para conhecer bem mais esse Programa, sugerimos que consulte a
Resolução nº 15/2021, que revogou algumas resoluções anteriores, e assista
aos vídeos disponíveis na playlist PDDE no Canal do FNDE no Youtube.

Vamos conhecer o FNDE!

A década de 1960 demarcou-se na história da sociedade brasileira,

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MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
como um período de grandes ocorridos, nos campos político, econômico,
social e educacional, registrados na transição do regime democrático para o
autoritário. Na contingência do regime militar e tendo como base a
organização do Plano Nacional de Educação – PNE (1968), que previa a
criação de órgão destinado a promover e controlar recursos dos Fundos
Nacionais de Ensino Primário e Médio e do salário-educação, transferidos
para os entes federados, como enunciava o PNE (TORRES, 2020), surgiu o
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), através do
Decreto-Lei nº. 872, de 15 de setembro de 1969 (TORRES, 2020).

O FNDE é uma autarquia federal, responsável por captar recursos


financeiros e distribuí-los para o financiamento e a execução de projetos e
programas educacionais vinculados ao Ministério da Educação (MEC), visando
melhorar a qualidade do ensino público. Nessas condições, executa, de forma
descentralizada, a função de administrar os recursos destinados ao
financiamento da educação básica, “observando os princípios da legalidade,
da impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da eficiência” (Artigo 37,
da CF/1988 apud TORRES, 2020, p. 100).

GLOSSÁRIO

Autarquia: “4 ECON, JUR Entidade estatal com recursos


patrimoniais próprios e vida autônoma, criada e tutelada pela
União, para constituir-se em órgão auxiliar de seus serviços”
(MICHAELIS, online, 2021).

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MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
O FNDE, a partir dos anos 2000, ampliou suas atribuições e precisou
aprimorar a eficiência e a efetividade na aplicação dos recursos e a qualidade
e a transparência de sua atuação. Como é um órgão vinculado ao Poder
Executivo, o FNDE deve disponibilizar para todos informações sobre seu
orçamento e investimentos efetuados em cada programa ou ação, dentre os
quais, o PDDE.

Nos últimos anos, a Autarquia vem se firmando, cada vez mais, como
excelência organizacional na execução das políticas educacionais emanadas
do MEC, cujo alcance remonta a toda a organização político-administrativa da
República Federativa do Brasil, compreendida pela União, pelos Estados, pelo
Distrito Federal e pelos Municípios, os chamados entes da Federação
(BRASIL, 2014).

No âmbito de suas funções, a Autarquia tem se tornado fundamental


para a educação escolar, especialmente no apoio aos estudantes por meio de
vários insumos didático-escolares como recursos complementares ao
princípio da gratuidade, a saber:

a)o financiamento da educação;

b)os programas de apoio à educação básica;

c)os programas de assistência ao estudante; e;

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MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
os mecanismosdedesenvolvimentodepolíticas
d) educacionais.

Sua atuação tem se fundamentando cada vez mais nos princípios da


gestão de desempenho para resultados sistêmicos e sociais e na promoção
do engajamento dos cidadãos, por reconhecer que eles são criadores de
valor público. Nesse sentido, à medida que os programas e as ações foram
evoluindo, os princípios passaram a enfatizar os resultados, a
responsabilização, a autonomia, o estabelecimento de parcerias
responsáveis, o trabalho em rede, a utilização da informação como
instrumento gerencial, o diálogo público, o controle social, o monitoramento,
a avaliação, a articulação e o relacionamento de alto nível com estados e
municípios (BRASIL, 2014).

Esse modelo de realizar a gestão dos recursos públicos educacionais é


centrado nos resultados sociais e sistêmicos de atuação (CATELLI, 2001) e
parceria e requer uma boa capacidade de execução por parte dos estados e
municípios, além da ampliação dos canais de controle, por meio dos
conselhos, que exercem o controle social da aplicação dos repasses
financeiro.

Mas, de onde vêm os recursos utilizados pelo FNDE para


financiar suas ações?

De acordo com o Decreto-Lei nº 872/1969, várias são as fontes de


recursos que compõem a receita do referido Fundo, dentre elas, a

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MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
proveniente do Fundo Especial da Loteria Federal (Lei nº 5.525/1968) da

receita líquida da Loteria Esportiva (Decreto-Lei nº 594/196), da Petrobrás


Além de arrecadar as receitas dessas e de outras fontes, o FNDE tem
autonomia para administrar os recursos e definir critérios e estratégias para
financiar os programas e os projetos voltados para a educação básica e a
superior.

Imagem 2 – Professora em sala de aula para alunos do ensino básico

Fonte:
https://www.fnde.gov.br/media/k2/items/cache/235dc64fa9f92cc45d5bf241e186f82e_M.jpg?t=1612558933

Desde que foi criado, o FNDE tem sido responsável por executar parte
das ações do MEC, relacionadas à educação básica e ao ensino superior,
prestando auxílio financeiro e assistência técnica aos estados, ao Distrito
Federal e aos municípios e executando ações que contribuam para uma
educação pública de boa qualidade. Dessa forma, o FNDE é responsável pela
execução da política educacional do MEC, por meio da canalização dos

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recursos para a educação brasileira, promovendo a implantação de diversos
programas educacionais.

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MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
No contexto dos anos de 1990, o Brasil assumiu compromissos
internacionais com a universalização da Educação Básica, e o FNDE
diversificou, a partir desse período, suas ações por meio de uma série de
programas. Trata-se de Programas de formação continuada que foram (ou
ainda são) cobertos pelo FNDE, ao longo da história, além do PDDE, do
PNATE e do Caminho da Escola. Citamos, ainda: Escola da Terra; Escola de
Gestores; E-tec Brasil; Formação pela Escola; Formação de Tutores; Pacto
Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC); Pacto Nacional pelo
Fortalecimento do Ensino Médio; Rede Nacional de Formação de Profissionais
da Educação (Renafor); Saberes Indígenas na Escola e o Brasil Carinhoso.

Destaca-se, ainda, o relevante papel do FNDE na atualização


profissional de professores, gestores e funcionários das redes públicas de
ensino, além da concessão de bolsas de estudo e de pesquisa destinadas a
incentivar a participação de formadores, tutores, coordenadores etc. no
desenvolvimento das atividades de formação continuada (BRASIL, 2021a).

O Programa Dinheiro Direto na Escola destina, por meio do Fundo


Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE, destina recursos
financeiros, em caráter suplementar, às escolas públicas estaduais,
municipais e distritais de educação básica, às escolas de educação especial
qualificadas como beneficentes de assistência social ou de atendimento
direto e gratuito ao público, com vistas à melhoria de sua infraestrutura física
e pedagógica, bem como incentivar a autogestão escolar e o exercício da
cidadania com a participação da comunidade no controle social. (BRASIL,
2021a). Ele é considerado um dos programas de financiamento educacional
mais duradouro no conjunto das políticas de financiamento da educação
básica do nosso país.

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MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
SAIBA MAIS

Consulte o Portal do FNDE: https://www.gov.br/fnde/pt-


br/acesso-a-informacao/institucional/biografia

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MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
ATIVIDADE AVALIATIVA

Sobre o PDDE, assinale (V) para afirmação VERDADEIRA ou


(F), para FALSA:

a) ( V) O PDDE estimula a participação da comunidade escolar no


processo de tomada de decisão sobre os usos dos recursos, bem como
no controle social da aplicação dos repasses financeiros.
b) (V ) O PDDE, financiado pelo FNDE, tornou-se possível com a
adoção, no país, de uma política de descentralização de recursos
financeiros federais, estaduais e municipais para o desenvolvimento da
educação básica.
c) (F ) O recursos financeiros passaram a ser transferidos diretamente
para as escolas por meio de convênio ou contrato estabelecido
diretamente com a escola, sem necessitar mediação das Secretarias de
Educação.
d) ( V) O PDDE, financiado pelo FNDE, tem o objetivo de melhorar a
estrutura física e pedagógica das escolas, visando aprimorar a
educação pública e elevar o desempenho escolar dos estudantes.

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MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO 1

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ATIVIDADE AVALIATIVA
TÓPICO 2: EM QUE CONSISTE O PROGRAMA
DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA (PDDE)?

Objetivodeaprendizagem:Compreender os objetivos e os princípios do


Programa Dinheiro Direto na Escola - PDDE.

O PDDE é uma política pública educacional implementada pelo FNDE,


com o objetivo de prestar assistência financeira, em caráter suplementar, às
escolas públicas de educação básica de todo o país, incluindo as de educação
especial qualificadas como beneficentes de assistência social ou de
atendimento gratuito. O propósito desse Programa é destinar recursos
financeiros diretamente aos estabelecimentos educacionais beneficiários de
forma a contribuir para o provimento das suas necessidades prioritárias de
forma a garantir seu funcionamento e promover melhorias em sua
infraestrutura física e pedagógica, bem como incentivar a autogestão escolar
e o exercício da cidadania com a participação da comunidade no controle
social.

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MÓDULO I – Unidade i – TÓPICO
LEMBRE-SE

Os recursos do PDDE podem ser usados para a aquisição de


material de consumo e permanente, objetivando realizar
manutenção e pequenos reparos, adequações e serviços
necessários para manter, conservar e melhorar a estrutura física
da unidade escolar, a avaliação da aprendizagem, a
implementação do projeto pedagógico e o desenvolvimento de
atividades educacionais.

É bom lembrar que só a partir de 2009 foi que os recursos do FNDE


passaram a ser destinados a toda a educação básica, incluindo a educação
infantil e o ensino médio.

Para melhorar a gestão dos recursos do PDDE, é necessário que a


comunidade escolar conheça o Programa, seu funcionamento e sua
operacionalização na escola, para executá-lo de modo a obter os resultados
esperados. Nesse sentido, é fundamental que as informações sobre o PDDE
sejam socializadas, discutidas e refletidas, com responsabilidade, com a
participação de todos (gestores, professores, funcionários, estudantes, as
famílias e outros segmentos sociais), para que possam colaborar com o
planejamento do uso dos recursos e da tomada de decisões. Nesse contexto,
a gestão escolar tem um papel determinante no que se refere à criação de
estratégias para mobilizar e incentivar a participação da comunidade escolar.

Além de manter os recursos para serem aplicados nas demandas


educacionais, a “comunidade escolar deve se preocupar com as formas de
participação dos estudantes e professores na gestão e no desenvolvimento

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MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
integral dos educandos” (VIANA, 2020, p. 397). Nas palavras de Viana
(Idem, p. 402/403), se, de um lado, o PDDE merece ser reconhecido como
um Programa “democratizado quantitativamente, que foi instituído legal e
institucionalmente, ao longo de mais de vinte anos de implantação,
atendendo escolas de todo o Brasil” falta, ainda “democratizá-lo
qualitativamente, em seu sentido social e político, em consonância com seus
objetivos legais”.

Imagem 3 – Crianças da educação infantil brincando no chão

Fonte:
https://www.fnde.gov.br/media/k2/items/cache/aad2f2057d1998b84902f79728c6ee6d_M.jpg?t=1413234192

A descentralização de recursos financeiros fortalece a autonomia das

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escolas e melhora o ensino. É uma autonomia relativa porque a
regulamentação do uso dos recursos e o modo de gerir os Programas estão
nas escolas que permanecem sob o controle do FNDE.

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MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
Para conhecer um pouco mais sobre a relevância do PDEE, no
atendimento de suas ações às diferentes regiões do país, é necessário
verificar e analisar os desdobramentos de suas políticas de descentralização
de recursos para escolares em todo o país, contextualizando seus alcances e
seus limites.

SAIBA MAIS

Descubra, em seu município, em seu bairro e em sua escola,


experiências sobre a dinâmica do PDDE, para que possamos
aprender com o outro. Para conhecer uma experiência
desenvolvida na escola pública da rede estadual de ensino do
Maranhão, Centro de Ensino Deputado Luiz Rocha, na cidade de
São Domingos do Maranhão, acesse:
https://www.educacao.ma.gov.br/escola-publica-de-sao- domin
gos-do-maranhao-da-exemplo-de-boas-praticas-na- gestao-escol
ar/

Você sabia que o PDDE tem um público e um destino certos para o


repasse dos recursos financeiros?

Segundo a Resolução CD/FNDE n.° 15, de 16 de setembro de 2021, em


seu Art. 3º (BRASIL, 2021b), os recursos financeiros do PDDE destinam-se a
beneficiar estudantes matriculados nas:

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MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
escolas públicas de educação básica das redes estaduais,
I municipais e do Distrito Federal;

escolas públicas de educação especial das redes estaduais,


II
municipais e do Distrito Federal;

escolas privadas de educação especial qualificadas como


IIIbeneficentes de assistência social ou de atendimento direto e gratuito ao público.

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MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
ATIVIDADE AVALIATIVA

O FNDE, por meio do PDDE, destina recursos financeiros


dSiroebtarme eontPeDDpaEr,a asassineaslceol(aVs)
ppúabralicaafsirmdeaçeãdoucVaEçRãoDAbDáEsiIcRaA, oviusa(nFd)o,
m e l h or a r s u a infraestrutura física e pedagógica. Com
p a rPrograma,
esse a F A Lmudanças
S A : importantes na gestão escolar têm sido
exigidas. A seguir,
você identifica alternativas relacionadas às mudanças na gestão escolar
decorrentes do PDDE, exceto uma delas. Assinale a alternativa
FALSA:

a) (v ) O PDDE incentiva a autogestão escolar e o exercício da


cidadania com a participação da comunidade no controle social.
b) (v ) O PDDE é um instrumento de fortalecimento dos princípios
democráticos na gestão escolar inserido na política de descentralização
administrativa e pedagógica da escola.
c) (f ) O PDDE fortalece a figura do gestor escolar, que tem autonomia
para decidir sobre o uso dos recursos financeiros do PDDE recebidos e
sua aplicação correta.
d) ( v ) Para planejar o uso adequado dos recursos do PDDE, a gestão
da escola precisa desenvolver estratégias de mobilização e incentivo à
participação da comunidade escolar.

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TÓPICO 3: PDDE: BENEFÍCIOS E OPORTUNIDADES
PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA

Objetivodeaprendizagem:Identificarosbenefícioseas oportunidades do
PDDE para a educação básica.

O Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) é uma importante política


de descentralização de recursos financeiros para a educação básica. Você
compreendeu que o seu objetivo central é garantir melhorias na
infraestrutura física e pedagógica escolar e incentivar a autogestão e o
exercício da cidadania com a participação da comunidade no controle social
dos recursos repassados pelo Programa.

Antes da criação do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), as


escolas públicas NÃO possuíam recursos financeiros próprios, o que
prejudicava seu funcionamento e o desenvolvimento de suas ações
educativas. Para os recursos federais chegarem às escolas, era preciso
estabelecer convênios com municípios e estados, que mediavam o processo
de realização de compras e a contratação de serviços, o que prejudicava o
atendimento às necessidades imediatas das unidades escolares e restringia
sua autonomia financeira. Com o PDDE, os recursos financeiros passaram a

ser transferidos diretamente para as escolas, por meio de suas UEx, sem
necessidade de convênio ou contrato, o que lhes conferia autonomia da

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MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
gestão financeira.

Para ter acesso ao recurso do PDDE, considerado como uma política


universal destinada a todas as escolas de educação básica brasileiras, a
escola precisa fazer os procedimentos de adesão ao Programa: constituir
uma Unidade Executora (UEx) para gerir os recursos (isso para unidades
escolares com mais de 50 alunos matriculados); manter atualizado seu
cadastro no PDDEWeb e não ter pendência na prestação de contas com o
FNDE.

DESTAQUE

Segundo a Resolução CD/FNDE nº 15/2021, a atualização do


cadastro pelas UEx deverá ocorrer nos seguintes termos:
As UEx deverão atualizar os cadastros, obrigatoriamente, ao final
do mandato de seu representante legal, configurando-se como
condição para recebimento de recursos o previsto na alínea "b",
do inciso II, deste artigo e, anualmente, apenas quando houver
necessidade de atualizar dados da entidade, do domicílio
bancário e do percentual a ser aplicado nas categorias
econômicas de custeio e capital.

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MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
LEMBRE-SE

Mesmo sem obrigatoriedade, recomenda-se às escolas públicas


com até 50 (cinquenta) estudantes matriculados que constituam
sua UEx, para assim poderem ser beneficiadas com recursos
referentes ao Valor Fixo/ano (VF/a) e de capital do PDDE, pois
sem UEx essas escolas somente serão beneficiadas com recursos
de custeio.

Um ponto essencial no PDDE para potencializar seu uso é considerar a


destinação dos recursos, transferidos segundo a categoria de despesas:
custeio e capital. A Resolução FNDE/MEC nº. 15/2021, determina que as
UEx, representativas de escolas públicas e as EM, de escolas privadas de
educação especial, devem informar ao FNDE, até o dia 31 de dezembro de
cada exercício, por intermédio do sistema PDDEWeb, os percentuais de
recursos que desejarão receber em custeio e/ou capital no exercício
subsequente ao da informação. Caso não o façam, a destinação seguirá
nesses termos (BRASIL, 2021b):

I Escolas públicas com UEx, 80% (oitenta por cento) em recursos


de custeio e 20% (vinte por cento) em recursos
de capital;

50
3
MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
EM, 50% (cinquenta por cento) em recursos de custeio e
II
50% (cinquenta por cento) em recursos de capital.

Os valores liberados podem ser utilizados para adquirir material


permanente (capital), como computadores, eletroeletrônicos,
eletrodomésticos, mobiliários, e para o custeio, para adquirir material de
consumo necessário ao funcionamento da escola, como material de
expediente, produtos de limpeza, contratação de serviços para reparos na
infraestrutura em sua estrutura física (elétrica e hidráulica, serviços de
jardinagem), dentre outros.

Os recursos do PDDE também podem ser utilizados para implementar


projetos educacionais, desenvolver ações pedagógicas, dentre outras, como
avaliação de aprendizagem, implementação do projeto pedagógico,
implementação do Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE-Escola), dentre
outros (VIANA, 2020).

51
3
MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
PARA REFLETIR

Observe a importância do PDDE e quantas coisas as


escolas podem conseguir com ele! Em 2020, conforme
dados do FNDE, o valor do repasse para os Programas
PDDE Básico, Especial e Ações Integradas, no Brasil, foi da
ordem de R$. 1.795.252.453,75 (um bilhão, setecentos e
noventa e cinco milhões, duzentos e cinquenta e dois mil,
quatrocentos e cinquenta e três reais e setenta e cinco
centavos). Para a Região Nordeste, foram repassados R$
810.496.532,36, para executar as ações do PDDE. Muitas
escolas recebem os valores repassados pelo PDDE e não
gastam porque, entre outros motivos, têm dúvidas sobre
como podem usar esses recursos. O acesso às informações
e às formações dos gestores educacionais é fundamental
para que essa política pública alcance seus objetivos e para
que a realidade das escolas públicas possa ser
transformada com a descentralização de recursos
financeiros e a implantação da gestão democrática. Você é
um agente fundamental para que essa mudança aconteça
em sua escola!

O PDDE possibilita à comunidade escolar investir bem os recursos


recebidos ano a ano para realizar melhorias na escola pública. As escolas
precisam aproveitar essa oportunidade para construir uma relativa autonomia
financeira que contribua para transformar sua realidade.

Com a publicação da MP nº 455, de 28 de janeiro de 2009, e,


posteriormente, da Lei n.° 11.497, de 16 de junho do mesmo ano, o
Programa passou a atender também ao Ensino Médio e à Educação Infantil,
visto que, até o exercício de 2008, só atendia ao Ensino Fundamental
(BRASIL, 2013).
52
3
MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
Em 2012, ocorreram mais mudanças com a edição da Lei n.° 12.695, de 25
de julho, que ampliou a atuação do PDDE.

Desde que o PDDE foi criado, vem alargando as ações que financia. A
ele foi vinculado um conjunto de Ações Agregadas, hoje conhecidas como
Ações Integradas, que propiciam às escolas o recebimento, a gestão e a
prestação de contas dos recursos públicos destinados a propósitos
específicos. As Ações Integradas ampliam o alcance do Programa Dinheiro
Direto na Escola, mas essas ações não se destinam a todas as escolas de
forma universal. Há um conjunto de ações com demandas específicas, que
destinam recursos adicionais a algumas Unidades Executoras, que são
elegíveis a cada uma delas, considerando suas respectivas finalidades e os
critérios de adesão.

Para que a escola seja contemplada com mais essa forma de repasse de
recursos financeiros do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
(FNDE), é preciso seguir os mesmos moldes operacionais do PDDE e as
orientações específicas referentes a cada Ação Integrada, considerando as
finalidades e o público-alvo específico.

É importante destacar que as Ações Integradas ao PDDE não têm um


caráter permanente, portanto, podem descontinuar e até ser extintas,
conforme se entenda ser pertinente, caso o fato motivador de sua criação
deixe de existir. Veja, a seguir, como se organiza o PDDE e suas Ações
Integradas:

53
3
MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
Infográfico 6 –O PDDE e suas Ações Integradas

PDDE
BÁSICO

PPDDDDE PDDE Novo Mais Educação


E PDDE Mais Educação
INTBEÁGS
RICAOL

PDDE PDDE Água e Esgotamento


Sanitário
PDDE Campo
PDDE PDDE Desenvolvimento
ESTRUTURA Sustentável
PDDE Escola Acessível/ Sala de
Recursos Funcionais

PDDE Mais Alfabetização / Tempo de


Aprender
PDDE PDDE Novo Ensino Médio
QUALIDADE PDDE Médio Inovador
PDDE Brasil Escola
PDDE Educação e Família
PDDE Mais Cultura nas Escolas
PDDE Atleta na Escola
PDDE Emergencial
Educação Conectada

Fonte: FNDE (Elaborado pelos autores).

No Eixo PDDE Estrutura, as Ações Integradas visam melhorar as


condições de infraestrutura física de escolas públicas municipais, estaduais e
distritais de Educação Básica da zona rural (campo, indígenas e quilombolas),
por meio da adequação dessas unidades educacionais à realização das

54
3
MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
atividades de ensino com vistas a melhorar a qualidade do ensino e elevar o
desempenho escolar.

No Eixo PDDE Qualidade, estão as Ações Integradas relacionadas


diretamente à função precípua do PDDE: melhorar a educação pública e
elevar o desempenho escolar. Os Programas vinculados a esse eixo investem
em ações voltadas para melhorar a qualidade do ensino no âmbito do
desenvolvimento de determinadas políticas e programas de ensino.

No Eixo PDDE Integral, destacamos os programas destinados à


educação integral em jornada ampliada, com o desenvolvimento de
atividades pedagógicas no contraturno escolar e a possibilidade de ações
para os finais de semana.

A transferência dos recursos do PDDE e das Ações Integradas é feita


em contas bancárias específicas, abertas pelo próprio FNDE, exclusivas para
movimentar os recursos decorrentes dos repasses do Programa e de cada
Ação Integrada. Cada conta criada pelo FNDE tem uma finalidade própria,
atrelada a cada Ação ou Programa específico, e não pode haver qualquer
movimentação financeira diferente da destinada em sua criação.

O repasse é feito por meio de transferência bancária diretamente para


as Unidades Executoras (UEx), representativas das unidades escolares
beneficiárias do PDDE ou da Ação Integrada específica, que irão receber,
executar e prestar contas dos recursos financeiros e ela repassados. O PDDE,
como uma política de descentralização financeira, é indutor da política
educacional da União, que possibilita mudanças significativas na estrutura
física e didático-pedagógica das escolas, melhora as condições de
atendimento e a qualidade do processo de ensino-aprendizagem e eleva os

55
3
MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
índices do desempenho da educação básica.

Podemos dizer que, além dessas mudanças, o PDDE vem dando


destaque ao papel social da escola, ao trabalho coletivo da comunidade
escolar, à gestão e à tomada de decisões sobre o uso dos recursos
financeiros recebidos. Isso fortalece as práticas da gestão democrática e
imprime uma nova dinâmica às escolas públicas brasileiras, que passam a ser
valorizadas por meio das políticas públicas para a educação básica, visando
melhorar a qualidade do ensino em nosso país.

HIPERLINK

O PDDEWeb está com layout mais moderno e integrado com o


sítio GOV.BR!
Acesse o passo a passo da atualização cadastral em
https://www.gov.br/fnde/pt-br/acesso-a-informacao/acoes- e-pr
ogramas/programas/pdde/media-pdde/area-para- gestores/202
1/passo-a-passo-pddeweb-18_03_2021_- acesso-via-gov-br.pdf

56
3
MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
ATIVIDADE AVALIATIVA

Considerando o conteúdo trabalhado neste tópico, escolha a


aSltoerbnraetiovaPDquDeE,aapsresisneanltea (aVs) (qFu)e,
ppaarlaavraafsirm(nauçmãoerVadEaRsDAdDe E1IRaA o5u)
complementam corretamente o sentido do texto:
para FALSA:
Até antes do PDDE, as escolas públicas NÃO possuíam recursos
financeiros próprios. O Programa conferiu à escola autonomia..., pois
passou a receber recursos diretamente em suas contas,
de convênio ou de contrato. Um dos critérios principais para transferir
os recursos financeiros do PDDE para as escolas é a constituição de
uma , responsável por planejar, executar e prestar contas
dos recursos do PDDE e de suas Ações Integradas.

a) (F ) 1-FNDE; 2-públicas e privadas; 3-poder decisório; 4-com a


necessidade; 5-Entidade Executora (EEx);
b) ( F) 1-PDDE; 2-públicas; 3-independência financeira; 4-por meio ; 5-
Unidade Executora (UEx);
c) (F ) 1-PMDE; 2-públicas; 3-autonomia da gestão financeira; 4-com a
necessidade; 5-Entidade Executora (EEx).
d) (V ) 1-PDDE; 2-públicas; 3-autonomia da gestão financeira; 4-sem a;
5-Unidade Executora (UEx).

57
TÓPICO 4: O QUE SÃO AS AÇÕES INTEGRADAS?

Objetivo de aprendizagem: Conhecer o conjunto de Ações Integradas


do Programa Dinheiro Direto na Escola, suas características e finalidades.

Você já viu que o PDDE vem se diversificando e ampliou sua


abrangência por meio das Ações Integradas, que se organizam por eixos:
Estrutura, Qualidade e Integral. São ações de natureza não continuada, com
repasse limitado em determinado período de tempo, que visam financiar
necessidades pontuais e específicas das escolas públicas.

Diferentemente do PDDE Básico, as Ações Integradas não são


destinadas a todas escolas, como faz o PDDE. Trata-se de uma iniciativa do
MEC de diversificar o leque de ações financiadas, supletivamente, com olhar
para demandas e/ou públicos específicos. Essas Ações atendem a políticas
educacionais das Secretarias do Ministério da Educação, com critérios de
atendimento por elas definidos, e respondem às demandas e às
necessidades que surgem no âmbito das escolas públicas municipais,
estaduais e distrital de educação básica, como, por exemplo:

A constatação de que há escolas públicas do campo sem


a)água e/ou esgotamento sanitário; escolas com problemas de
conectividade; escola sem acessibilidade;

58
4
MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
A necessidade de apoiar a implementação de determinadas
b) políticas e/ou programas no âmbito das escolas públicas,
como, por exemplo, o Novo Ensino Médio;

A necessidade de apoiar o acesso e a permanência de


c) novos segmentos estudantis na escola pública, provocadas
pelas políticas educacionais que são editadas, como a
inclusão de estudantes com deficiência em classes comuns
do ensino regular;

Ou, em casos excepcionais, como o decorrente do estado


d) de calamidade pública causado pela pandemia da COVID-
19, que exigiu das nações medidas de proteção e de
segurança relativas à vida e à saúde dos cidadãos. No
âmbito da educação, é necessário adaptar a estrutura física
e pedagógica das escolas para o retorno às aulas
presenciais.

Isso demonstra que as Ações Integradas ao PDDE podem dinamizar a


política pública educacional e fazer com que, provocadas por novas
demandas e situações, possam ser concebidas novas formas de investir e de
dar apoio financeiro às escolas públicas, partindo da finalidade última de
todas as Ações Integradas: contribuir para promover ações que visem
melhorar a qualidade do ensino e o desempenho escolar. Cada Ação que
integra um desses eixos tem finalidades e processos de adesão e habilitação
próprios. Existem resoluções e orientações sobre a execução financeira para
definir os repasses por categoria econômica (custeio e capital) que precisam
ser seguidas.

59
4
MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
Para ser beneficiado com as Ações Integradas, é preciso estar atento ao
período destinado à adesão e observar se a escola atende aos critérios
estabelecidos pelo programa. Lembre-se de que essas ações não são
destinadas a todas as escolas universalmente, pois têm um público-alvo
determinado, cujas demandas específicas são consideradas.

A adesão às Ações Integradas ocorre por meio de dois sistemas e se


inicia no PDDEWeb (Exigência do PDDE Básico), gerenciado pelo FNDE. A
maioria das Ações Integradas utiliza-se do PDDE Interativo, sob a gestão da
Secretaria do MEC à qual esteja associada, como, por exemplo, o PDDE Novo
Ensino Médio, sob a gestão da Secretaria e Educação Básica (SEB/MEC) e do
PDDE Escola Acessível, gerido pela Secretaria de Modalidades Especializadas
de Educação (Semesp/MEC). Por isso, a adesão funciona por meio de dois
sistemas que se complementam: a gestão dos recursos pelo FNDE e a gestão
pedagógica pelas Secretarias do MEC.

De acordo com a Resolução CD/FNDE nº 15/2021, os saldos


remanescentes nas contas bancárias das Ações Integradas ao PDDE, poderão
ser utilizados nas finalidades gerais do PDDE: material de consumo,
manutenção e realização de pequenos investimentos para melhorar a
infraestrutura física e pedagógica da escola, observando as categorias
econômicas de custeio e de capital.

60
4
MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
DESTAQUE

Quando a escola, de forma participativa, for decidir em que usar


esse saldo de recurso da Ação Integrada encerrada ou
executada, deve certificar-se da composição dos saldos no
momento em que for definir sobre sua utilização, verificar as
categorias econômicas de custeio e capital, discutir sobre as
prioridades da escola e registrar em ata as deliberações. Essa
Ata, com as justificativas e os motivos para mudar e a nova
destinação dada aos recursos, será necessária para quando a UEx
for prestar contas dos recursos recebidos.

Antes de conhecer um pouco de cada uma dessas Ações Integradas ao


PDDE, vamos apresentar as condições iniciais para que sua escola possa ser
elegível a esses Programas. Isso mesmo! Como o atendimento dessas ações
não é universal, há critérios para que a escola possa aderir ao conjunto das
Ações Integradas em geral, mas ainda há critérios de adesão específicos para
cada uma delas. As condições específicas para adesão serão tratadas na
sequência quando apresentarmos as características de cada programa.

Condições iniciais para que a escola se torne elegível às


Ações Integradas

Como o próprio nome indica, as ações são integradas ao PDDE. E para

61
4
MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
que possam ser beneficiárias de quaisquer uma dessas ações, as escolas
devem atender aos seguintes critérios de adesão ao PDDE:

a)Devem constituir uma Unidade Executora própria – UEx;

Não ter pendências de prestação de contas ao FNDE;


c)

Manter atualizado o cadastro no PDDEWeb.


d)

As escolas que não conseguirem constituir sua Unidade Executora


própria (UEx), para não perder parte dos recursos oriundos do PDDE (parcela
variável), podem participar de um consórcio de escolas. Sendo assim
representada, a unidade escolar também atende a um dos critérios para ser
beneficiária das Ações Integradas ao PDDE.

No PDDEWeb, é cadastrado o consórcio de escolas, que pode ser


constituído de até cinco unidades escolares da mesma Rede de Ensino. O
dirigente eleito em Assembleia como Presidente do Consórcio atualiza o
cadastro e pode vincular outras escolas, anexando a Ata referente à sua
formação.

62
4
MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
PARA REFLETIR

Se a UEx que irá compor o consórcio já tiver sido constituída, e


seu CNPJ já estiver cadastrado no PDDEWeb, o dirigente não vai
conseguir vincular a escola e seus integrantes ao Consórcio a ser
criado. Para isso, deve-se encaminhar ao FNDE uma mensagem
solicitando essa vinculação e anexar a Ata que cria o consórcio
para o e- mail: pdde@fnde.gov.br, com identificação do assunto:
CONSTITUIÇÃO DE CONSÓRCIO

Como se organizam as Ações Integradas em cada um dos


eixos? Quais são elas?

Apresentaremos, a seguir, informações gerais sobre as finalidades dos


Programas por Eixo, com ênfase nos que se encontram ativos (em
execução), deixando referências gerais em relação aos que estão em
andamento, extintos ou em fase de finalização, anunciando os novos, em
fase de implantação.

Eixo estrutura

No Eixo PDDE Estrutura, encontramos as Ações Integradas voltadas


para melhorar as condições de infraestrutura física de escolas públicas, a
saber: o PDDE Campo; PDDE Água na Escola e Esgotamento Sanitário; PDDE
Escola Acessível e PDDE Escolas Sustentáveis.

A importância do PDDE para as escolas no e do campo


A exclusão de direitos à educação, saúde, moradia, trabalho, terra,

63
4
MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
dentre outros, ao longo da história brasileira, motivou a organização de
movimentos sociais do campo em processos reivindicatórios para reconhecer
sua condição de sujeitos de direitos. As mobilizações vêm em defesa de um
projeto de campo mais humano, que favoreça condições de vida digna ao
homem e à mulher do campo.

Imagem 4 – Crianças da educação básica abraçadas para foto

Fonte:
http://www.fnde.gov.br/media/k2/items/cache/a8a00919b0728c3df39d234e974db40c_M.jpg?t=1428408345

As políticas de educação do e no campo, com as ‘Diretrizes


Operacionais para Educação Básica das Escolas do Campo’, Resolução
CNE/CEB 1, de 3 de abril de 2002, representam um considerável avanço no
campo das políticas públicas de educação para as comunidades campesinas.
Nesse cenário, o PDDE Campo se insere como uma política de

64
financiamento voltada para a educação do campo, com o olhar para a
estrutura física dessas escolas, como condição de funcionamento para
viabilizar uma educação de boa qualidade.

65
4
MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
Com a Resolução nº CD/FNDE nº 32, de 02 de agosto de 2013, previu-
se o investimento na infraestrutura física das escolas públicas de educação
básica localizadas no campo, nos moldes operacionais e regulamentares do
PDDE. Atualizada pela Resolução CD/FNDE nº 05, de 20 de abril de 2021,
constatou-se um avanço em termos de direitos para os povos campesinos,
porquanto avança quanto à abrangência da atuação do programa, já que
garante os recursos às escolas do campo e amplia para as escolas indígenas
e quilombolas (BRASIL, 2021a).

A aprovação desse dispositivo legal tem possibilitado a adequação e a


benfeitoria na infraestrutura física das escolas do campo, indígena e
quilombola e a aquisição de mobiliários, necessários à realização de
atividades educativas e pedagógicas que garantam uma significativa melhoria
da qualidade do ensino e a elevação do desempenho escolar dos povos que
vivem no e do campo.

Imagem 5 – Crianças da educação básica em sala de aula

Fonte: https://www.fnde.gov.br/educacaocorporativa/images/multimidia/PDDE.JPG

65
4
MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
Para aderir ao PDDE Campo, além de atender aos critérios definidos
pelo PDDE Básico, a escola deve cumprir também os específicos do
Programa, que serão apresentados a seguir no Infográfico 7, juntamente
com informações sobre o processo de adesão e a cobertura de despesas por
categoria de recursos (custeio e capital).

Infográfico 7 – Eixo Estrutura - PDDE Campo

Estar localizada na zona rural (campo, indígenas e


quilombolas);

Constar como ativa e com matrícula no Censo Escolar do


ano anterior ao do repasse de recursos;

Funcionar em edificação própria da rede pública a que está


CRITÉRIOS vinculada;

Ter Unidade Executora própria (UEx) ou pertencer a um


consórcio de escolas.

Resolução nº 05, de 20 de abril de 2021.

66
4
MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
A escola, de forma coletiva, deverá definir como e em
que investirá os recursos, considerando as categorias
custeio e capital. Elaborar seu Plano de Atendimento
(documento orientador da execução dos recursos).

Providenciar os seguintes documentos: Termo de


Declaração e Compromisso, Ata de Reunião e três fotos
dos locais onde serão realizadas as benfeitorias nas
escolas.

ADESÃO
Após a análise e a aprovação dos Planos de
Atendimento, a Semesp/MEC encaminha a lista das
escolas ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação - FNDE, para adotar os procedimentos
operacionais e financeiros necessários para efetivar os
repasses dos recursos às respectivas UEx.

Importante! Consulte o Guia de Orientações Operacionais –


PDDE Campo, que sai a cada edição do Programa.

Categoria Custeio (70%): contratação de mão de


obra para a realização de manutenção, pequenas
reformas e/ou reparos no prédio e em suas
instalações (elétricas, rede hidráulicas); reforma do
mobiliário escolar; aquisição de material de
construção; pagamento de mão de obra; aquisição
de material escolar para atividades pedagógicas
previstas no Projeto Pedagógico da Escola (PPP) e
outras ações de apoio a atividades pedagógicas.

RECURSOS
Categoria Capital (30%): aquisição de materiais
permanentes, como equipamentos de cozinha,
mobiliário escolar, bomba elétrica para poço ou
cisterna, colete salva-vidas, bomba de rabeta, por
exemplo

Fonte: FNDE (Elaborado pelos autores).

67
4
MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
DESTAQUE

A escola só poderá aderir ao PDDE Campo, por meio de


sua UEx ou Consórcio de escolas, se o seu nome estiver
indicado na listagem que sai por ocasião de cada edição do
Programa, vez que as condições de adesão são verificadas
pelo MEC. Se localizar-se no espaço rural e atender aos
critérios de adesão apresentados no infográfico anterior,
fique atento aos comunicados do FNDE e mantenha seus
endereços de e-mail e telefones atualizados para facilitar os
contatos e receber os informes. Consultar sempre o site do
FNDE, pois a adesão é feita em períodos definidos. Não
perca o prazo!

Vamos conhecer bem mais o PDDE Água na Escola e


Esgotamento Sanitário?

Outra Ação Integrada vinculada ao Eixo Estrutura é o PDDE Água na


Escola e Esgotamento Sanitário. Coerente com as políticas de educação
do e no campo e com o entendimento de que o acesso à água limpa e
segura e ao saneamento é um direito humano essencial à vida, o conhecido
PDDE Água na Escola tem como foco o financiamento dessa estrutura nas
escolas.

68
4
MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
DESTAQUE

A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU)


reconheceu o direito à água potável segura e ao saneamento
adequado, em 28 de julho de 2010, por meio da Resolução nº
A/RES/64/292. É considerado um direito fundamental para
reduzir a pobreza e promover o desenvolvimento sustentável.

Esse Programa destina recursos financeiros, nos moldes operacionais e


regulamentares PDDE, para garantir o abastecimento de água em condições
apropriadas ao consumo e o esgotamento sanitário nas unidades escolares
beneficiadas. Visa, com esse investimento, prover condições necessárias para
melhorar a qualidade do ensino e, consequentemente, elevar os índices de
desempenho apresentados por estudantes dessas escolas.

A Resolução CD/FNDE nº 02, de 20 de abril de 2021, que revoga a


Resolução nº 32, de 13 de agosto de 2013, amplia o atendimento pelo
Programa às escolas públicas municipais, estaduais e distritais da educação
básica, que antes só era previsto para as escolas do campo, passou a
incorporar as indígenas e os quilombolas.

69
4
MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
LEMBRE-SE

Como no caso do PDDE Campo, para a escola aderir ao


PDDE Água na Escola, por meio de sua UEx ou do
Consórcio de escolas, seu nome tem que estar indicado na
listagem que sai por ocasião de cada edição do Programa,
vez que as condições de adesão são verificadas pelo MEC.
Caso sua escola atenda aos critérios de adesão
apresentados no infográfico anterior, fique atento aos
comunicados do FNDE, mantenha seus endereços de e-
mail e telefones atualizados para facilitar os contatos e
receber os informes e consultar o site do FNDE, pois a
adesão é feita em períodos definidos. Não perca o prazo!

DESTAQUE

Segundo o Censo Escolar 2020, 9,6 mil escolas (7,02%) não têm
acesso à água potável e 8,5 mil (6,19%) não têm esgoto.

De forma similar ao PDDE Campo, para aderir ao Programa, o PDDE


Água na Escola e Esgotamento Sanitário, além de atender aos critérios
definidos pelo PDDE Básico, precisa contemplar também os critérios próprios,
que serão apresentados a seguir, no Infográfico 8, juntamente com

70
4
MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
informações sobre o processo de adesão e a cobertura de despesas por
categoria de recursos (custeio e capital):

Infográfico 8 – - Eixo Estrutura - PDDE Água na Escola e Esgotamento Sanitário


Escola pública do campo, indígena ou quilombola sem abastecimento continuado de água própria
para o consumo ou esgotamento sanitário;.

Ter estudantes matriculados na educação básica;

Ter Unidade Executora Própria (UEx) ou pertencer a um consócio de escolas;

CRITÉRIOS
Não ter sido beneficiada em anos anteriores pelo Programa;

Funcionar em edificação própria da rede pública a que está vinculada.

ResoluçãoCD/FNDEnº 02de20de abril de2021; Resolução 33, de 09 de


agosto de 2013..

71
4
MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
Até a edição do Programa de 2019, as escolas
selecionadas aderiam por meio do Formulário PDDE
Água na Escola, disponibilizado via e-mail, que era
preenchido pelo(a) diretor(a) e enviado à
Semesp/MEC junto com a documentação exigida:
Termo de Declaração e Compromisso, Ata da
Reunião, além de três fotos identificando os locais
onde serão feitas as benfeitorias na escola.

A partir de 2021, já sob o regramento da Resolução


ADESÃO CD/FNDE nº 2/2021, para as novas edições do PDDE
Água, as escolas selecionadas, por meio de suas
Unidades Executoras, fazem a adesão pelo Sistema
on-line (http://pddecampo.mec.gov.br/login), que
favorece e agiliza o desenvolvimento das etapas antes
realizadas com o apoio do formulário on-line e do e-
mail do FNDE.

Importante! Consulte o Guia de Orientações Operacionais –


PDDE Água, que sai a cada edição do Programa.

Categoria Custeio (80%): instalação ou reparo


de rede hidráulica; pagamento de mão de obra;
aquisição de material de construção; perfuração de
poço artesiano ou cisterna; colocação de bomba
elétrica; caixa d’água; fossa séptica; vaso sanitário e
pia; aquisição de equipamentos, instalações
hidráulicas e contratação de mão de obra para a
‘construção de poços, cisternas, fossa séptica e
outros meios para provimento contínuo de água
adequada ao consumo humano e esgotamento
sanitário.

RECURSOS
Categoria Capital (20%): aquisição de
equipamentos (materiais permanentes) que
componham a estrutura necessária para o
provimento contínuo de água adequada ao consumo
humano e o esgotamento sanitário, como bomba
elétrica para o poço artesiano ou cisterna.

Fonte: FNDE (Elaborado pelos autores).

72
4
MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
LEMBRE-SE

A Resolução CD/FNDE nº 02/2021 prevê que a escola só seja


contemplada pelo PDDE Água uma vez, mas é prevista a
possibilidade de um novo atendimento a escolas já beneficiadas
pelo Programa em anos anteriores com recursos exclusivamente
para o abastecimento de água, desde que os recursos da nova
adesão sejam destinados ao esgotamento sanitário.

Outra Ação Integrada do Eixo Estrutura é o PDDE Escola Acessível,


que se integra a iniciativas voltadas para a construção de um sistema
educacional inclusivo, com foco em escolas públicas com matrículas de
alunos da educação especial em classes comuns do ensino regular
contempladas com salas de recursos multifuncionais. O repasse de recursos
financeiros destina-se à promoção da acessibilidade e à inclusão de alunos
com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades e
superdotação matriculados em classes comuns de ensino regular.

A Resolução CD/FNDE nº 19, de 21 de maio de 2013, destina recursos


financeiros para escolas públicas municipais, estaduais e do Distrito Federal
da educação básica, cujo público-alvo são alunos da educação especial em
classes comuns do ensino regular, que tenham sido contempladas com salas
de recursos multifuncionais. Os recursos financeiros se destinam ao
investimento em adequações arquitetônicas, aquisição de mobiliários,

materiais, equipamentos e produtos que favoreçam a acessibilidade, nos moldes operacionais e


regulamentares do PDDE.

73
4
MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
O PDDE Escola Acessível parte do entendimento da acessibilidade
como um direito que deve ser garantido pelo Estado. A Organização das
Nações Unidas (ONU) aprovou, em 30 de março de 2007, a Convenção sobre
os Direitos das Pessoas com Deficiências, da qual o Brasil foi um dos
signatários e assumiu, perante a comunidade internacional, o compromisso
de implementar políticas públicas para atender a esse público específico,
como o Plano Viver sem Limite, criado pelo Decreto nº 7.612, de 17 de
novembro de 2011, que, dentre suas finalidades, visa garantir um sistema
educacional inclusivo e que os equipamentos públicos de educação sejam
acessíveis para as pessoas com deficiência.

Imagem 6 – Mãos de criança fazendo leitura Braille

Fonte: http://www.fnde.gov.br/media/k2/items/cache/e6af2db3b6073e3d601f12b6d1ff9a58_M.jpg?t=1609943481

74
O PDDE Escola acessível segue umas das linhas do Plano Viver sem
Limite, que prevê a plena promoção da acessibilidade arquitetônica e a

75
4
MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
inclusão escolar dos alunos público-alvo da educação especial matriculadas
em classes comuns. Visa, então, proporcionar a esses estudantes o acesso
ao ensino e à aprendizagem em ambientes acessíveis quanto à estrutura
física do ambiente escolar, aos recursos didáticos e pedagógicos, às
comunicações e às informações (BRASIL, 2013).

Criado em 2008, no âmbito da Política Nacional de Educação Especial


na Perspectiva da Educação Inclusiva, o Programa PDDE Escola Acessível,
com a Resolução CD/FNDE nº 19, de 21 de maio de 2013, destina recursos
financeiros para escolas públicas da educação básica, com matrículas de
alunos da educação especial em classes comuns do ensino regular que
tenham sido contempladas com salas de recursos multifuncionais, nos
moldes operacionais e regulamentares do Programa Dinheiro Direto na
Escola (PDDE).

A organização da Sala de Recursos deve prover a condição adequada


para o atendimento dos alunos com deficiência, dispondo de equipamentos
de informática, ajudas técnicas, materiais pedagógicos e mobiliários
adaptados.

Em 2020, com a Resolução CD/FNDE nº 15, de 7 de outubro de 2020,


foi prevista a destinação de recursos financeiros para equipar salas de
recursos multifuncionais específicas ou de bilíngues de surdos. Umas das
principais mudanças trazidas por essa Resolução foi em relação à forma de
repasse de verbas pelo PDDE e o sistema de gerenciamento realizado por
meio do PDDE Interativo.

Para aderir ao Programa, além de atender aos critérios definidos pelo


PDDE Básico, as escolas devem cumprir também os específicos do Programa.

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MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
que serão apresentados a seguir, no Infográfico 9, juntamente com
informações sobre o processo de adesão e a cobertura de despesas por
categoria de recursos (custeio e capital):

Infográfico 9 – Eixo Estrutura - Escola Acessível

I - Escolas que funcionam em prédio próprio, conforme o


Censo Escolar - Inep/MEC do ano anterior ao da adesão;

II - Escolas que não tenham sido contempladas


anteriormente pelo programa; e

III - Escolas, prioritariamente, com maior número de


CRITÉRIOS matrículas de alunos da Educação Especial identificadas no
Censo Escolar - Inep/MEC do ano anterior ao da adesão.

Resolução CD/FNDE nº 19 de 21 de maio de 2013.


Resolução CD/FNDE nº 15, de 07 de outubro de 2020.

I - Adesão das secretarias municipais, estaduais e do


Distrito Federal de Educação (Entidades Executoras - EEx
ao Programa Escola Acessível, por meio do módulo Plano
de Ação Articuladas do Sistema Integrado de
Monitoramento, Execução e Controle - PAR/SIMEC, com a
indicação das escolas que estarão habilitadas a aderir ao
Programa; e

II - Adesão das UEx representativas das escolas indicadas


ADESÃO pelas EEx, por meio da elaboração do Plano de
Atendimento do Programa Escola Acessível no PDDE
Interativo.

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4
MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
Categoria Custeio (80%): A escola pode adquirir materiais
e jogos pedagógicos e contratar serviços para adequação
arquitetônica das instalações físicas da unidade escolar
para acessibilidade (rampas, alargamento de portas e
passagens, corrimão, construção e adequação de
sanitários e sinalização visual, tátil e sonora).

RECURSOS Categoria Capital (20%): Adquirir cadeiras de rodas,


bebedouros e mobiliários acessíveis, além de recursos de
alta tecnologia assistiva operados por meio de programas
especiais de software.

Fonte: FNDE (Elaborado pelos autores).

SAIBA MAIS

Para saber mais sobre o Programa Escola Acessível, ação


integrante do eixo acesso à educação, do Plano Nacional dos
Direitos da Pessoa com Deficiência – Viver sem Limite, acesse o
Documento Orientador do Programa Escola Acessível.

Eixo Qualidade, destacamos as Ações Integradas voltadas diretamente


para a função precípua do PDDE: a melhoria da educação pública e a
elevação do desempenho escolar. Os Programas vinculados a esse eixo
investem em ações para melhorar a qualidade do ensino no âmbito do
desenvolvimento de determinadas políticas e programas de ensino, com
destaque para as Ações Integradas que se encontram em execução: Novo

Ensino Médio; PDDE Alfabetização e Educação Conectada.

77
4
MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
Vamos conhecer o PDDE Novo Ensino Médio!

Antes de apresentar o PDDE Novo Ensino Médio, cabe fazer referência


ao Programa Ensino Médio Inovador (ProEMI), que o antecedeu. Criado
por meio da Portaria nº 971, de 9 de outubro de 2009, o ProEMI foi
atualizado e regulamentada por meio da Resolução CD/FNDE nº 04, de 25 de
outubro de 2016, que destinou recursos financeiros, nos moldes operacionais
e regulamentares do Programa Dinheiro Direto na Escola - PDDE, às escolas
públicas estaduais e do Distrito Federal, visando apoiar e fortalecer o
desenvolvimento de propostas curriculares inovadoras para o Ensino Médio.

Com a Resolução CD/FNDE nº 21, de 14 de novembro de 2018, que


revogou a Resolução CD/FNDE nº 04/2016, os recursos financeiros passaram
a apoiar a implementação do Novo Ensino Médio e a realização da
avaliação de impacto do Programa de Fomento às Escolas de Ensino Médio
em Tempo Integral (EMTI).

O PDDE Novo Ensino Médio é uma reformulação do Ensino Médio


Inovador. Trata-se de um Programa cujas ações contribuem para elaborar o
redesenho curricular no Ensino Médio. Mantém o objetivo de contribuir para
disseminar a cultura para o desenvolvimento de um currículo mais dinâmico
e flexível, numa perspectiva interdisciplinar articulada à realidade dos
estudantes, suas necessidades, expectativas e projetos de vida, em
consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio –
DCNEM (Resolução nº 3, de 21 de novembro de 2018), aprovadas pelo
Conselho Nacional de Educação – CNE.

Para aderir ao PDDE Novo Ensino Médio, além de atender aos critérios

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MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
definidos pelo PDDE Básico, a escola deve cumprir os específicos do
Programa, que serão apresentados a seguir, no Infográfico 10, juntamente
com informações sobre o processo de adesão e a cobertura de despesas por
categoria de recursos (custeio e capital):

Infográfico 10 – Eixo Qualidade - PDDE Novo Ensino Médio

Escolas públicas: I - com estudantes matriculados no ensino médio, conforme dados do último Censo
Escolar da Educação Básica do ano anterior à edição do Programa;

- mantidas por Secretarias de Educação dos Estados e do Distrito Federal que aderiram ao Programa
de Apoio ao Novo Ensino Médio;

CRITÉRIOS
- selecionadas por sua respectiva EEx; e/ou

- participantes da ação de avaliação de impacto do


EMTI (Portaria MEC nº 1.023, de 2018).

Resolução CD/FNDE nº 21, de 14 de novembro de 2018

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MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
Pelas EEx: I - confirmação de participação, por meio
do Sistema Integrado de Monitoramento Execução e
Controle do Ministério da Educação - Simec;

II - Seleção das escolas que poderão participar, com


base na lista de escolas elegíveis disponibilizada no
Simec pela Secretaria de Educação Básica do
Ministério da Educação - SEB-MEC; e
ADESÃO

III - ratificação, no Simec, das escolas sorteadas.

A segunda etapa corresponde à adesão, por meio do PDDE


Interativo, das escolas selecionadas e ratificadas na primeira
etapa pela EEx, para a avaliação de impacto do EMTI.

Categoria Custeio (60%): aquisição de material


de consumo e na contratação de serviços necessários
à elaboração e implementação das PFC; realização de
pequenos reparos e adequações de infraestrutura
necessários à implementação da PFC.
Categoria Capital (40%): aquisição de
equipamentos e mobiliários necessários à
implementação PFC.

Repasse de recursos: três parcelas:


I - primeira parcela (20% do valor total a ser
repassado), condicionada à validação da SEB-MEC
das escolas que aderiram ao sistema PDDE
Interativo;

II - Segunda parcela (40% do valor total a ser


RECURSOS
repassado), condicionada à elaboração do Plano de
Acompanhamento das Propostas de Flexibilização
Curricular (PAPFC) pela Secretaria e seu envio à SEB-
MEC e à aprovação da PFC da escola, pela EEx, em
sistema específico indicado pela SEB-MEC; e

III - terceira parcela (40% do valor total a ser


repassado), condicionada à apresentação de nova
Matriz Curricular, com quadro de horário de aula e
projeto pedagógico reelaborado, em sistema
específico indicado pela SEB-MEC.
Fonte: FNDE (Elaborado pelos autores).
80
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MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
LEMBRE-SE

Valor fixo de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) por unidade escolar,


acrescido de um valor per capita de R$ 170,00 (cento e setenta
reais), calculado com base no número de matrículas de ensino
médio registrado pela escola registradas no último Censo
Escolar/INEP.

O PDDE Mais Alfabetização (PMALFA) fez parte da Política Nacional


de Alfabetização (PNA), instituída pelo Decreto nº 9.765, de 11 de abril de
2019, que prevê a implementação de programas e ações voltados para uma
alfabetização baseada em evidências científicas, tendo em vista melhorar sua
qualidade e combater o analfabetismo absoluto e o analfabetismo funcional
nas diferentes etapas e modalidades da educação básica e da educação não
formal.

O foco do PMALFA consistiu em fortalecer e apoiar as unidades


escolares no processo de alfabetização dos estudantes regularmente
matriculados no 1º e nos 2º anos do ensino fundamental, por meio de
acompanhamento pedagógico específico, e investir na prevenção do
abandono, da reprovação e da distorção idade/ano, com a intensificação de
ações pedagógicas para apoiar e fortalecer o processo de alfabetização.
Fundamentou-se na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB,
Lei nº 9.394/1996, que determina o desenvolvimento da capacidade de
aprender, tendo como meio básico o pleno domínio da leitura, da escrita e do
cálculo.

81
4
MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
Esse programa priorizou o acompanhamento pedagógico em Língua
Portuguesa e Matemática e o desenvolvimento de atividades no campo das
artes, da cultura, do esporte e do lazer. Em fase de finalização, não são
previstas para o PMALFA novas adesões ou novos repasses. Caso sua escola
tenha saldo de recursos desses programas, o que fazer?

A escola poderá usar esses recursos para as ações previstas PDDE


Básico, desde que elas se enquadrem na categoria de despesas de custeio.
Assim, cabe à escola voltar a discutir sobre suas necessidades e definir
prioridades que possam ser atendidas pelo uso desse recurso na categoria
custeio (materiais de consumo).

Em 2020, surgiu o Tempo de Aprender, criado pela Portaria MEC nº 280,


de 19 de fevereiro daquele ano, cujo fundamento são as abordagens
cientificamente fundamentadas, conforme prevê o PNA. O Programa objetiva
elevar a qualidade do ensino e da aprendizagem no âmbito da alfabetização,
da literacia e da numeracia, com atenção aos anos iniciais do ensino
fundamental, assegurando o direito à alfabetização, de forma a impactar
positivamente a aprendizagem no decorrer de toda a trajetória educacional.

GLOSSÁRIO

Literacia: Capacidade de ler, de escrever, de compreender e de


interpretar o que é lido.
Numeracia: Habilidades de matemática que permitem resolver
problemas da vida cotidiana e lidar com informações
matemáticas. (PNA, 2019).

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4
MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
O Tempo de Aprender se estrutura a partir dos seguintes eixos:
Formação continuada de profissionais da alfabetização; Apoio pedagógico
para a alfabetização; Aprimoramento das avaliações da alfabetização e
Valorização dos profissionais da Alfabetização, por meio da instituição de
premiação para professores alfabetizadores.

No eixo Apoio pedagógico para a alfabetização, insere-se o PDDE


Alfabetização, criado por meio da Resolução CD/FNDE nº 6, de 20 de abril
de 2021. Essa Ação Integrada apoia a implementação do Tempo de Aprender,
com o fornecimento de recursos para a atuação de assistentes de
alfabetização e a cobertura de outras despesas de custeio, nos moldes
operacionais e regulamentares do Programa Dinheiro Direto na Escola -
PDDE.

O assistente de alfabetização, selecionado por processo seletivo, deverá


realizar o Curso Online de Práticas de Alfabetização do Programa Tempo de
Aprender, a fim de garantir apoio e suporte pedagógico orientador e
formativo ao processo de alfabetização. Sua atuação é de natureza
voluntária, na forma definida na Lei nº 9.608, de 18 de fevereiro de 1998. A
celebração do Termo de Adesão e Compromisso do Voluntário é obrigatória.

Para aderir ao PDDE Alfabetização, além de atender aos critérios


definidos pelo PDDE Básico, as escolas devem cumprir também os específicos
do Programa, que serão apresentados a seguir, no Infográfico 11,
juntamente com informações sobre o processo de adesão e a cobertura de
despesas, que é exclusivamente na categoria de custeio.

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MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
Infográfico 11 – Eixo Qualidade - PDDE Alfabetização

Escola, representada por uma UEx, indicada pelas


secretarias municipais, estaduais e distrital de
educação, dentre as que possuam ao menos uma
turma com, no mínimo, dez matrículas no 1º ano
e/ou 2º ano do ensino fundamental, e que tenham
sido validadas pela Secretaria de Alfabetização do
CRITÉRIOS Ministério da Educação - Sealf/MEC.

Resolução CD/FNDE nº 6, de 20 de abril de 2021.

EEx: As secretarias de educação deverão manifestar


interesse por meio do módulo de sistema específico
do MEC, indicando as unidades escolares de sua rede
aptas a receberem os recursos, e adesão, por meio
do módulo de sistema específico do MEC, das
unidades escolares.

UEx: as unidades escolares indicadas, representadas


pelas UEx, deverão preencher e enviar à Sealf/MEC,
ADESÃO por meio do módulo de sistema específico do MEC, o
Plano de Atendimento, indicando o quantitativo de
turmas que serão acompanhadas por assistente de
alfabetização, fins de ressarcimento das suas
despesas com alimentação e transporte.

Custeio (exclusivamente): ressarcimento de


despesas do assistente de alfabetização (transporte e
alimentação); a aquisição de material de consumo
para fins pedagógicos a serem utilizados em sala de
aula, jogos educativos; contratação de serviços
necessários às atividades complementares com foco
na alfabetização (acompanhamento individualizado
de alunos com dificuldade na aprendizagem,
desenvolvimento de atividades específicas de
alfabetização, verificação ou avaliação individual de
habilidades, entre outros).

RECURSOS Os montantes das transferências corresponderão ao


valor estimado anualmente, calculado em função do
número de matrículas e do número de turmas
definidos no Plano Atendimento aprovado, e serão
transferidos, em parcela única para as UEx
representativas das unidades escolares beneficiárias.

Fonte: FNDE (Elaborado pelos autores).


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MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
Saiba como é calculado o valor de transferência, estime o valor a ser recebido por
sua escola e consulte a Resolução CD/FNDE Nº 06, de 20 de abril de 2021..

Fonte: FNDE (Elaborado pelos autores).

DESTAQUE

O PDDE Alfabetização, diferentemente das demais Ações


Integradas, não admite a adesão de escolas consorciadas,
portanto, não é elegível ao Programa e não pode ser beneficiária
dele.

PDDE Educação Conectada

O Programa de Inovação Educação Conectada (PIEC) é uma política


pública educacional do governo federal, instituída no ano de 2017 pelo
Decreto nº 9.204, de 23 de novembro de 2017, e tem como objetivo apoiar a
universalização do acesso à Internet de alta velocidade, por via terrestre ou
satelital - para as escolas situadas na zona rural - bem como fomentar o uso
pedagógico de tecnologia digital na educação básica. Também é objetivo
desse Programa formar professores por meio do ambiente virtual de
aprendizagem do Ministério da Educação (MEC).

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MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
O Programa Educação Conectada é um programa de grande
importância para as escolas públicas, pois possibilita o acesso à Internet e a
inserção e a utilização da tecnologia como ferramenta pedagógica em seu dia
a dia, visando contribuir com o processo de inclusão digital. Na esteira do
PEIC, o apoio à inserção da tecnologia como ferramenta pedagógica de uso
cotidiano escolar surgiu com o PDDE Escola Conectada. Por meio da
Resolução CD/FNDE nº 09, de 13 de abril de 2018, são destinados recursos
financeiros, nos moldes operacionais e regulamentares do PDDE, às escolas
públicas de educação básica. Informações sobre o Programa quanto a
critérios, adesão e recursos serão apresentados, no´Infográfico 10, a seguir:

Infográfico 12 – Eixo Qualidade - Educação Conectada

Escolas públicas municipais, estaduais e distritais,


selecionadas no âmbito do Programa de Inovação
Educação Conectada.

Os critérios são definidos em documento orientador


específico, a cada edição do Programa.
CRITÉRIOS

Resolução CD/FNDE nº 09, de 13 de abril de 2018.


Portaria MEC nº 1.602, de 28 de dezembro de 2017.

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MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
EEx: adesão das Secretarias de Educação municipais,
estaduais e distrital ao módulo Educação Conectada do
Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e
Controle do Ministério da Educação – SIMEC-MEC;

Seleção das escolas, a partir de listas de escolas pré-


selecionadas pela SEB-MEC, para serem contempladas com
os recursos, por meio do módulo Educação Conectada do
SIMEC
ADESÃO
indicar, pelo menos, um Articulador Local.

UEx das escolas selecionadas: formalizar a adesão no módulo


Educação Conectada do Sistema PDDE Interativo mediante a
elaboração e envio à SEB/MEC de plano de aplicação financeira.

Os recursos são para cobrir as despesas de custeio,


capital ou ambos e devem ser empregados:

I – na contratação de serviço de acesso à Internet ofertada


por via terrestre; e

II – na implantação, nas dependências da escola, de


infraestrutura para distribuição interna do sinal da
RECURSOS Internet.

Ações previstas: (i) contratação de acesso à Internet;


(ii) aquisição de dispositivos eletrônicos e/ou recursos
educacionais digitais ou suas licenças e aquisição de
infraestrutura para uso tecnológico.

Fonte: FNDE (Elaborado pelos autores).

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MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
DESTAQUE

Conheça as ações do Programa de Inovação Educação Conectada


a que as escolas e as redes de educação básica poderão ter
acesso. Essas ações são previstas no campo do apoio técnico,
financeiro, de implantação de infraestrutura, de oferta de
cursos, publicação de parâmetros para a contratação do serviço
de acesso à Internet referenciais técnicos, disponibilização de
materiais pedagógicos digitais gratuitos e fomento ao
desenvolvimento e à disseminação de recursos didáticos digitais,
preferencialmente, em formato aberto.

HIPERLINK

Para monitorar a conexão de Internet, recomenda-se às redes de


ensino que instalem o medidor de velocidades da banda larga
nas escolas que tenham conexão com a Internet e naquelas que
tenham contratado a conexão no âmbito do PIEC. É fácil e
gratuito: http://medidor.educacaoconectada.mec.gov.br/

PDDE Emergencial

Ainda em relação ao PDDE Qualidade, em caráter excepcional, devido à

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4
MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
pandemia da Covid-19, foi criado, no ano de 2020, por meio da CD/FNDE nº
16, de 07 de outubro de 2020, o PDDE Emergencial, para atender às
escolas públicas das redes estaduais, municipais e distrital, com matrículas
na educação básica. O Programa prevê, de forma supletiva, a cobertura de
despesas de custeio e capital referentes à manutenção física e pedagógica da
instituição, considerando o protocolo de segurança com vistas ao retorno às
atividades presenciais.

HIPERLINK

Para orientar as escolas no planejamento, com vistas ao retorno


às atividades presenciais, o Ministério da Educação lançou o Guia
de Implementação de Protocolos de Retorno das Atividades
Presenciais nas Escolas de Educação Básica. Para consultar, basta
acessar:
https://www.gov.br/mec/pt- br/assuntos/GuiaderetornodasAtivi
dadesPresenciaisnaEduc aoBsica.pdf

Recursos

Os recursos destinados ao Programa tiveram como objetivo


proporcionar condições para as unidades escolares cumprirem os protocolos
de biossegurança no retorno às atividades presenciais:

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MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
Infográfico 13 – Recursos destinados ao Programa

aquisição de equipamentos

30% paraamelhoria
conectividade e o acesso à
de 30%

para capital:
Internetparaalunose

alunoseprofessoreseaquisiçãode
70%
materiais permanentes.

reestruturação dos projetos pedagógicos; desenvolvimento das


70% atividadeseducacionais;realização de pequenos reparos,

para custeio: adequações ou serviços necessários à manutenção dos


procedimentos de segurança; contratação de serviços

especializados na desinfecção de ambientes; aquisição de itens de consumo para higienizar o


ambiente e as mãos; contratação de serviços para melhorar a
conectividade e acesso à internet para alunos e professores.

Fonte: FNDE (Elaborado pelos autores).

Outras Ações Integradas que integram o Eixo Qualidade foram


criadas em 2021, como Brasil na Escola e Educação e Família. O Brasil
na Escola foi criado por meio da Portaria nº 177, de 30 de março de 2021,
com o objetivo precípuo de induzir e fomentar estratégias e inovações no
ensino que assegurem a permanência, as aprendizagens e a progressão
escolar na idade certa, com atenção aos estudantes matriculados nos anos
finais do Ensino Fundamental, em observância ao princípio da equidade.

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MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
O Programa se estrutura a partir de três eixos: ‘Apoio técnico e
financeiro às escolas’, ‘Boas práticas’ e ‘Inovação’.

VÍDEO

Conheça o Programa, assistindo ao webinário Programa Brasil na


Escola promovido pela Secretaria de Educação Básica (SEB), do
Ministério da Educação (MEC), nos dias 31 de março e 1° de abril de
2021, na ocasião de seu lançamento:
1º dia:
https://www.youtube.com/watch?v=aRhbWE5ypoY&t=1145s

2º dia: https://www.youtube.com/watch?v=P_kvagZ_06U

Já o Programa Educação e Família, criado por meio da Portaria nº


571, de 2 de agosto de 2021, tem o objetivo de fomentar e qualificar, no
âmbito das escolas públicas de educação básica, a participação da família na
vida escolar do estudante e na construção do seu projeto de vida.

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MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
A seguir, assinalamos outras Ações Integradas também vinculadas ao
PDDE Qualidade. Convidamos você a buscar mais informações e conhecer
cada uma delas:

PDDE Atleta na Escola – O objetivo desse programa é de


a)
difundir a prática desportiva entre os estudantes brasileiros
e desenvolver valores olímpicos e paraolímpicos entre os
jovens e os adolescentes. Visa identificar jovens talentos,
numa perspectiva de formação educativa integral, que
colabore para elevar o desempenho escolar e esportivo dos
estudantes.

PDDE Mais Cultura na Escola - Programa que destina


b)
recursos financeiros às escolas públicas municipais,

estaduais e do Distrito Federal, com o fim de assegurar a


realização de atividades culturais que promovam a
interlocução entre experiências artísticas locais e o Projeto
Político Pedagógico da escola. Seu público-alvo são os
alunos matriculados no Ensino Fundamental e no Médio.

Por fim, temos o EIXO PDDE Educação Integral, com dois


Programas que se sucederam com propósitos similares. Vamos conhecê-los!

Mais Educação

O Programa Mais Educação, criado por meio da Portaria Normativa


Interministerial nº 17, de 24 de abril de 2007, e do Decreto nº 7.083, de 27

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MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
de janeiro de 2010, teve como objetivo ampliar a jornada escolar, na
perspectiva da educação integral, visando melhorar a qualidade da educação
pública.

Por meio de uma ação conjunta entre o Ministério da Educação, o


Ministério da Cultura, o Ministério do Esporte, Meio Ambiente,
Desenvolvimento de Combate à Fome, dentre outros, o Programa se
vocacionou a promover ações para reduzir as desigualdades educacionais,
por meio da implementação de ações socioeducativas, e a valorização da
diversidade cultural em escolas públicas de todo o país. No ano de 2016,
esse Programa foi substituído pelo Novo Mais Educação.

Imagem 7 – Alunos de educação básica em carteiras posicionadas juntas

Fonte: http://portal.mec.gov.br/images/stories/noticias/2016/alfabetizacao_foto11out.jpg

Novo Mais Educação

O Novo Mais Educação foi instituído por meio da Portaria n.° 1.144, de
10 de outubro de 2016, e regido pela Resolução n.° 17, de 22 de dezembro

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MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
dezembro de 2017, que teve o prazo de transferência financeira prorrogado
pela Resolução nº 17, de agosto de 2018.

Com o Novo Mais Educação, o alvo da melhoria da aprendizagem dos


estudantes recaiu sobre Língua Portuguesa e Matemática no ensino
fundamental. Manteve-se a ampliação da jornada escolar de crianças e
adolescentes com a complementação da carga horária no turno e
contraturno escolar de cinco ou quinze horas semanais.

O Programa Novo Mais Educação está em fase de finalização e não há


previsão de novos repasses nem de adesões. Se houver algum recurso
remanescente dessa Ação na conta de sua escola, pode ser utilizado para as
finalidades do PDDE Básico, contanto que seja na categoria custeio.

Neste tópico, foi possível identificar e conhecer os programas


educacionais financiados pelo governo federal, cujas ações visam contribuir
para melhorar a qualidade da educação e a gestão democrática. Com essas
ações, a escola pública terá condições de elaborar e executar, de forma
coletiva, o próprio orçamento.

SAIBA MAIS

Para saber mais sobre esses programas e ações, consulte o


site do FNDE: https://www.gov.br/fnde/pt-br/acesso-a- informac
ao/acoes-e-programas/programas/pdde

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4
MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
PARA REFLETIR

Sua escola desenvolve alguma dessas ações integradas ao PDDE?


Você conhece o trabalho e os resultados dessas ações? Você
sabe se outra escola pública, em seu município ou estado, realiza
alguma dessas ações? Que tal se informar e conhecer na prática
como essas ações são executadas pelas escolas?

HIPERLINK

PDDE Emergencial Resolução CD/FNDE 16/2020


https://www.gov.br/fnde/pt-br/acesso-a-informacao/acoes- e-p
rogramas/programas/pdde/media- pdde/comunicados/comunic
ado-eletronico-no-16-2021- parcela-complementar-pdde-emerg
encial.pdf

VÍDEO

As Ações Agregadas, atualmente chamadas de ‘Ações


Integradas’,atendemanecessidadesespecíficasdas
escolaspúblicasdeeducaçãobásicaeampliamas possibilidades de
elas receberem repasses financeiros do FNDE. Para conhecer
mais, assista ao webinar sobre Ações Integradas ao PDDE
https://www.youtube.com/watch?v=FrIyHfRa_fs

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MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO
ATIVIDADE AVALIATIVA

As Ações Agregadas, atualmente chamadas de ‘Ações Integradas’,


aSteonbdreemo PàDs
DnEe,caessssiidnaadlees(Ve)sppeacríaficaafsirmdaaçsãoesVcEolRaDs
AeDEaIRmAplioaum (Fa)s,
ppoassraibiFliAdaLdSeAs: de receber repasses financeiros do FNDE
para as escolas públicas de educação básica. Associe
corretamente as Ações
Integradas abaixo, identificando o Eixo a que pertencem:

( 1 ) PDDE Estrutura (2) Novo Ensino Médio


( 2 ) PDDE Qualidade (3) Novo Mais Educação
( 3 ) PDDE Integral (1) Escola do Campo
( 2) Mais Cultura na Escola
(2) Educação Conectada
(2) Brasil na Escola
(1) Escolas Sustentáveis
(2) PDDE Alfabetização
(1) Escolas Acessíveis
(2) Educação e Família
( 1 ) Água na Escola
(2) PDDE Emergencial

96
MÓDULO I – Unidade I – TÓPICO 4

97
ATIVIDADE AVALIATIVA

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