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RESUMO: MILITARES NA ADMINISTRAÇÃO DA AERONÁUTICA

ESTADO: é uma criação humana destinada a manter a coexistência pacífica dos indivíduos, a
ordem social, de forma que os seres humanos consigam se desenvolver e proporcionar o bem-
estar a toda sociedade.

O ESTADO PODE SER DEFINIDO COMO: o exercício de um poder político, administrativo e


jurídico, exercido dentro de um determinado território e imposto para aqueles indivíduos que ali
habitam.

A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PODE SER DEFINIDA EM 2 VERTENTES:

-OBJETIVAMENTE: a atividade concreta e imediata que o Estado desenvolve para assegurar os


interesses coletivos.
-SUBJETIVAMENTE: o conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas aos quais a Lei atribui o
exercício da função administrativa do Estado.

SOB O ASPECTO OPERACIONAL, ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA É: o desempenho perene e


sistemático, legal e técnico dos serviços próprios do Estado, em benefício da coletividade.

A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PODE SER: direta ou indireta.

-DIRETA: composta pelas suas entidades estatais (União, Estados, Municípios e DF), que
possuem personalidade jurídica própria.
-INDIRETA: composta por entidades autárquicas, fundacionais, empresas públicas e sociedades
de economia mista.

SEGUNDO ENSINA MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO (2002), O CONCEITO DE


ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIVIDE-SE EM DOIS SENTIDOS:

-OBJETIVO, MATERIAL OU FUNCIONAL: a atividade concreta e imediata que o Estado


desenvolve, sob regime jurídico de direito público, para a consecução dos interesses coletivos.
(significa administrar os interesses da coletividade)

-SUBJETIVO, FORMAL OU ORGÂNICO: o conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas aos quais


a lei atribui o exercício da função administrativa do Estado. (significa o conjunto de entidades,
órgãos e agentes que executam a função administrativa do Estado)

GOVERNO: o conjunto de órgãos constitucionais responsáveis pela função política do Estado.

O GOVERNO EXERCE QUAL FUNÇÃO: direção suprema do Estado, determina a forma de


realização de seus objetivos, estabelece diretrizes que pautarão sua atuação, os planos
governamentais, sempre visando a conferir unidade à soberania nacional, ou seja, função política
de comando, de coordenação, de direção e de fixação de planos e diretrizes de atuação do
Estado. (as denominadas políticas públicas)

ELEMENTOS DO ESTADO: O Estado é constituído de três elementos originários e


indissociáveis: Povo, Território e Soberania.

-POVO: é o elemento humano, grupamento social organizado.


-TERRITÓRIO: Espaço geográfico onde reside determinada população.
-SOBERANIA: É o exercício do poder do Estado, internamente e externamente.

=> “Atenção” População: é o conjunto de residentes no território, sejam eles nacionais ou


estrangeiros (bem como os apátridas ou heimatlos). É um conceito meramente demográfico,
mais amplo do que a definição de povo.

PODERES DO ESTADO: Executivo, Legislativo e Judiciário.

A NOÇÃO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES FOI INTUÍDA POR: Aristóteles, porém sua
formulação definitiva, porém, foi estabelecida por Montesquieu, na obra “O Espírito das Leis”,
publicada em 1748.

ADMINISTRAÇÃO BUROCRÁTICA: vê o interesse público como o interesse do próprio Estado.

ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL: nega a visão burocrática, identificando este interesse com o


dos cidadãos, passando os integrantes da sociedade a serem vistos como clientes dos serviços
públicos.

PRINCÍPIOS EXPRESSOS CONSTITUCIONALMENTE: legalidade, impessoalidade, moralidade,


publicidade e eficiência. (LIMPE)

-PRINCÍPIO DA LEGALIDADE: nasceu com o Estado de Direito e constitui uma das principais
garantias de respeito aos direitos individuais.

-PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE: Administração Pública tem que manter uma posição de


neutralidade em relação aos seus administrados, não podendo prejudicar nem mesmo privilegiar
quem quer que seja.

-PRINCÍPIO DA MORALIDADE: refere-se à ideia de probidade e boa-fé.

-PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE: a administração tem o dever de oferecer transparência de todos


os atos que praticar e de todas as informações que estejam armazenadas em seus bancos de
dados referentes aos administrados.

-PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA: impõe à Administração Pública direta e indireta e a seus agentes a


persecução do bem comum, por meio do exercício de suas competências de forma imparcial,
neutra, transparente, participativa, eficaz, sem burocracia, e sempre em busca da qualidade,
primando pela adoção dos critérios legais e morais necessários para a melhor utilização possível
dos recursos públicos, de maneira a evitar desperdícios e garantir-se uma maior rentabilidade
social.

PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: Supremacia do interesse público,


Indisponibilidade do interesse público, Autotutela, Razoabilidade, Proporcionalidade e
Continuidade dos serviços públicos. (PRINCESA)

-SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO: toda a atuação do Poder Público seja


consubstanciada pelo interesse público primário, ou seja, o interesse público deve se sobressair
sobre os interesses particulares dos administrados.

-INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO: dele derivam todas as restrições especiais


impostas à atividade administrativa. Tais restrições decorrem do fato de não ser a Administração
Pública “dona” da coisa pública, mas mera gestora de bens e interesses alheios (do povo). Por
isso, são vedados ao administrador qualquer ato que implique em renúncia a direitos da
administração, ou que, onerem a sociedade.

- AUTOTUTELA: o controle se exerce sobre os próprios atos, com a possibilidade de anular ou


convalidar os atos ilegais e revogar os inconvenientes ou inoportunos, independentemente de
recurso ao Poder Judiciário.
- RAZOABILIDADE: atuação administrativa deva se dar de maneira equilibrada e coerente, com
bom senso, a partir de limites racionalmente aceitos.

- PROPORCIONALIDADE: este possui os seguintes elementos essenciais:

a) adequação: o meio utilizado deve ser compatível com o fim buscado (equilíbrio entre meios e
fins);
b) exigibilidade: a conduta deve ser necessária, sendo o único meio menos gravoso para
alcançar o fim público;
c) proporcionalidade em sentido estrito: as vantagens têm de superar as desvantagens.

CONTINUIDADE DOS SERVIÇOS PÚBLICOS: Os serviços públicos não podem parar, devendo
manter-se sempre em funcionamento, dentro das formas e períodos próprios de sua regular
prestação, dada sua importância para a coletividade.

PODERES NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: Vinculado, Discricionário, Hierárquico, Disciplinar,


Regulamentar e Poder De Polícia. (HI-PO-DI-RÉ-DI-VI-NO)

CARACTERÍSTICAS DOS PODERES ADMINISTRATIVOS:

a) são irrenunciáveis, ou seja, o administrador não pode nunca abrir mão deles.
b) são condicionados, ou seja, restritos aos limites da lei.
c) são aplicados sempre para a promoção da coletividade, para o Estado atingir, de fato, os
objetivos que a sociedade deseja.

PODER VINCULADO: a lei tipifica, de forma objetiva e clara, a situação em que o agente público
deve agir e que comportamento deve ser adotado.

PODER DISCRICIONÁRIO: o administrador tem a liberdade de praticar a ação, observando


critérios de conveniência, necessidade, oportunidade e conteúdo do ato, mas dentro dos limites
impostos pela lei.

PODER HIERÁRQUICO: é o poder de que dispõe o Executivo para distribuir e escalonar as


funções de seus órgãos e a atuação de seus agentes, estabelecendo assim a relação de
subordinação dentro de uma mesma pessoa jurídica.

PODER DISCIPLINAR: o poder de punir internamente não só as infrações funcionais dos


servidores, sendo indispensável não só à apuração regular da falta, mas também as infrações de
todas as pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços da Administração. (não há
discricionariedade)

PODER REGULAMENTAR: caracteriza-se como uma das formas pelas quais se expressa a
função normativa do Poder Executivo. (editar normas complementares à lei)
Admitem-se dois tipos de regulamentos:
a) executivo: complementa a lei para a fiel execução. (não pode inovar na ordem jurídica e
manifesta-se, ordinariamente, por meio de Decretos, além de resoluções, portarias, instruções,
deliberações editadas não editadas pelo chefe executivo)
b) independente ou autônomo: inova na ordem jurídica, porque estabelece normas sobre
matérias não disciplinadas em lei. (ele não completa nem desenvolve nenhuma lei prévia)

PODER DE POLÍCIA: Administração limita o exercício dos direitos individuais e coletivos com o
objetivo de assegurar a ordem pública, estabelecendo assim um nível aceitável de convivência
social.
-PODER DE POLÍCIA ADMINISTRATIVA (PM, PRF, PMAR): manter a ordem pública em geral,
atuando em situações em que é possível a prevenção (ostensiva) de possíveis cometimentos de
infrações legais. (sanções do Direito Administrativo: multa administrativa; demolição; apreensão;
interdição; embargos)

-PODER DE POLÍCIA JUDICIÁRIA (PF, PC): atribuições de auxiliar o Poder Judiciário,


cumprindo ordens judiciárias relativas à execução de mandados de prisão, busca e apreensão,
condução coercitiva de testemunhas. (Regulada pelo COM e CPPM)

-PODER DE POLÍCIA INVESTIGATIVA (PF, PC): atribuições ligadas à colheita de elementos


informativos quanto à autoria e materialidade das infrações penais. (Regulada pelo COM e
CPPM)

CARACTERÍSTICAS DO PODER DE POLÍCIA: Discricionariedade, Coercibilidade,


Autoexecutoriedade e o LIMITE do poder de polícia. (DIS-CO-AUTO+LIMITE)

-AUTOEXECUTORIEDADE: são aqueles que podem ser materialmente implementados pela


administração, de maneira direta, inclusive mediante o uso de força, caso seja necessário, sem
que a Administração Pública precise de uma autorização judicial prévia.

-COERCIBILIDADE: imposição coercitiva das decisões adotadas pela Administração Pública,


objetivando a garantia do cumprimento, mesmo que forçado, do ato emanado mediante o Poder
de Polícia.

-DISCRICIONARIEDADE: a Administração Pública pode praticar com certa liberdade de escolha


e decisão, sempre dentro dos termos e limites legais, quanto ao seu conteúdo, seu modo de
realização, sua oportunidade e conveniência administrativa.

-LIMITES DO PODER DE POLÍCIA: não sendo o Poder de Polícia um poder absoluto, visto que
encontra limitações legais.

ABUSO DE PODER: exercício ilegítimo das prerrogativas conferidas pelo ordenamento jurídico à
Administração Pública, ou seja, conduta ilegal cometida pelo agente público.

FORMAS DO ABUSO DE PODER: Comissiva (ativa) e omissiva.

O ABUSO DE PODER PODE OCORRER DE DUAS MANEIRAS: excesso de poder ou desvio de


poder (desvio de finalidade).

a) Excesso de Poder: o agente público atua fora dos limites de sua competência prevista em lei.
b) Desvio de Poder (Desvio de Finalidade): a atuação do agente é pautada dentro dos seus
limites de competência, mas contraria a finalidade administrativa que autorizou a sua atuação.

ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA: conduta ilegal ou contrário aos princípios básicos


da administração, praticada por agentes públicos, que cause danos à administração pública.
Além de qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade,
legalidade e lealdade às instituições, e notadamente:

a) visando fim proibido;


b) retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;
c) revelar fato que deva permanecer em segredo;
d) negar publicidade a atos oficiais;
e) frustar a ilicitude de concurso público;
f) deixar de prestar contas quando esteja obrigado;
g) revelar informação antes da divulgação oficial de teor de medida política ou econômica.
h) descumprir normas de parcerias firmadas da Adm Pública com entidades privadas; e
i) deixar de cumprir a exigência de requisitos de acessibilidade previstos em legislação.

AS SANÇÕES DO ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA: perda da função pública,


indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao erário. Além disso, pode resultar em ação penal.

A NATUREZA JURÍDICA DA IMPROBIDADE: ação civil.

ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA:

a) sujeito passivo: Adm direta/indireta, estados, municípios, território,empresas públicas.


b) sujeito ativo: agente público ou terceiro.
c) ocorrência do ato danoso descrito na lei: enriquecimento ilícito ou prejuízo ao erário, etc.
d) elemento subjetivo: dolo ou culpa.

FORÇAS ARMADAS: são constituídas por Marinha, Exército e Aeronáutica.

a) são instituições nacionais permanentes (não podem ser dissolvidas) e regulares;


b) são organizadas com base na hierarquia e na disciplina;
c) sob a autoridade suprema do Presidente da República;
d) destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de
qualquer destes, da lei e da ordem;
e) não podem ser abolidas, suprimidas ou extintas por meio de emenda constitucional, mas, tão
somente, por Assembleia Nacional Constituinte;
f) trata-se de comando político, pois o comando tático e operacional compete aos Comandantes
da Marinha, do Exército e da Aeronáutica;
g) atuando preventiva e repressivamente contra ameaças internas ou externas. Preventivamente,
por meio do poder de dissuasão.

CRIAÇÃO DO ANTIGO MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA: em 20 de janeiro de 1941,


denominado, Forças Aéreas Nacionais.

MILITAR DA ATIVA SEJA EMPOSSADO EM CARGO, EMPREGO OU FUNÇÃO PÚBLICA


CIVIL:

a) será transferido para a reserva; e


b) militar da área da saúde permite a acumulação com outro da saúde.

MILITAR DA ATIVA QUE TOMAR POSSE EM CARGO, EMPREGO OU FUNÇÃO PÚBLICA


CIVIL TEMPORÁRIA, NÃO ELETIVA: ficará agregado ao respectivo quadro, sendo, depois de
dois anos de afastamento, contínuos ou não, transferido para a reserva.

ADMINISTRAÇÃO DA AERONÁUTICA:

a) é parte integrante da Administração Pública Federal;


b) administra os seus negócios e tem como competência principal preparar-se para o
cumprimento de sua destinação constitucional; e
c) através do RADA: definir as atribuições dos Agentes da Administração, disciplina atribuições e
encargos e estabelecer procedimentos para a Adm das OM.

RESPONSABILIDADES NA ADMINISTRAÇÃO DA AERONÁUTICA:

a) decorre do Princípio da Prevalência e Relevância do Interesse Público e do Princípio da


Transparência dos atos e dos fatos administrativos.
b) disposições do RADA são aplicáveis, também, àquele que, mesmo não sendo Agente da Adm,
induza ou concorra para a prática de atos de improbidade ou que dele se beneficie.
c) a responsabilidade civil (ressarcimento) não isenta o responsável da sanção administrativa
e/ou criminal.
d) oficiais, graduados e os servidores civis, poderão ser designados para integrarem grupos,
comissões, etc, desde que seja compatível com sua habilitação e hierarquia.
e) agentes da Adm são obrigados a zelar observância dos Princípios da Legalidade,
Impessoalidade, Moralidade, Publicidade, Transparência, Eficácia, Economicidade e Eficiência.
f) apuração de irregularidades será realizada mediante Sindicância ou IPM.

RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA: em uma mesma obrigação, houver mais de um responsável


pelo seu cumprimento, só não abrangendo aquele que, por meio de registro escrito, deixar
definida a sua discordância com relação ao caso. (em iqual intensidade). Incorre também tomar
conhecimento de irregularidade adm e não adotar, as providências cabíveis junto à autoridade
competente.

RESPONSABILIDADE INDIVIDUAL OU PESSOAL: o Cmt/OD/AD que decidir com fundamento


em informações/parecer incompleto, incorreto ou inverídico, a responsabilidade recairá no autor.

a) as sanções adm do RADA não elide (elimina) a sanção disciplinar do RDAer.


b) Os Agentes Auxiliares da Adm respondem perante os respectivos Chefes diretos.
c) Compete ao AD ou Cmt da OM determinar a realização dos descontos ex-ofício.
d) quem por ação/omissão/negligência/imprudência, causar prejuízos à União ou a terceiros,
responderá por suas condutas nas esferas administrativa, civil e criminal.
e) o COMAER responderá pelos danos que os Agentes da Administração causarem a terceiros,
cabendo-lhe ação regressiva contra os agentes responsáveis, nos casos de culpa ou dolo. (a
responsabilidade do Estado é objetiva)

CASOS FORTUITOS E MOTIVOS DE FORÇA MAIOR: podem ser considerados para fins de
isenção de responsabilidade do Agente da Adm, se verificar-se que seus efeitos não eram
possíveis de serem evitados ou impedidos.

a) exemplos para fins de isenção de responsabilidade: incêndio, sinistro aéreo, fluvial, marítimo
ou terrestre, inundação, submersão, terremoto, epidemia, saque ou destruição pelo inimigo,
estrago produzido em armas, por explosão ou acontecimento imprevisível.
b) Ocorrendo a situação, o responsável levará o fato ao conhecimento da autoridade a que estiver
diretamente subordinado, por escrito.
c) a situação será objeto de apuração (procedimento adm), quanto à ação, à omissão, à falta de
atenção, cuidado ou erro na execução, após isso publicada em boletim interno.

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