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Monarquia

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Nota: "Monarquismo" e "Monarquista" redirecionam para este artigo. Para o
conceito teológico cristão, veja Monarquianismo.
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Monarquia

Conceitos[Expandir]

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Tópicos relacionados[Expandir]

Portal da Política

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Parte da série sobre política

Formas de governo básicas

Estrutura de poder

Separação
 Estado associado
 Domínio
 Chefatura

Federalismo
 Federação
 Confederação
 Devolução

Integração
 Estado associado
 Monarquia
 Colônia
 Domínio
 Império
 Hegemonia
 Estado regional
 Estado tributário
 Estado unitário
 Protetorado
 Estado tampão
 Estado vassalo
 Estado satélite
 Estado fantoche
 Talassocracia

Gerenciamento
 Ocupação
 Área disputada

Divisão administrativa

Fontes de poder

Democracia
poder de muitos

 Representativa
 Liberal
 Direta
 Demarquia
 Social
 Ateniense
 Celular
 Militar
 Iliberal
 Totalitária
 Semidemocracia
 Multipartidária
 Separação de poderes
 Fusão de poderes
 Sistema de Westminster
 Império da lei
 outros

Oligarquia
poder de poucos

 Aristocracia
 Junta militar
 Caquistocracia
 Cleptocracia
 Noocracia
 Estratocracia
 Plutocracia
 Corporatocracia
 Geniocracia
 Timocracia
 Teocracia
 Critarquia
 Partidocracia
 Meritocracia
 Tecnocracia
 Bipartidarismo

Autocracia
poder de um

 Despotismo
 Ditadura
o civil
o militar
 Semiautoritarismo
 Unipartidarismo
 Sistema de partido dominante

Híbridas
 Anocracia
 Eleitoralismo
 Semidemocracia
 Democracia guiada
 Teodemocracia

Ideologia do poder

Monarquia vs. República


ideologias sócio-politicas

 Monarquia absolutista
 Constitucional/parlamentarista
 Federal
 Eletiva
 Diarquia
 República coroada
 Federal
 Constitucional
 Democrática
 Socialista
 Diretorial
 Legalista
 Parlamentarista
 Semipresidencialista
 Presidencialista

Autoritarismo vs. Libertarianismo


ideologias sócio-econômicas

 Colonialismo
 Capitalismo
o Estatal
o Clientelista
 Corporativismo
 Anticapitalismo
 Anarcocomunismo
 Anarcocapitalismo
 Comunismo
o Marxismo-leninismo
o Marxismo
o Maoismo
o Estalinismo
o Leninismo
o Trotskismo
 Fascismo
o Nazismo
o Neonazismo
 Fundamentalismo islâmico
o Salafismo
o Wahhabismo
 Fundamentalismo cristão
 Socialismo
 Centrismo
 Liberalismo
o Clássico
o Neoliberalismo
 Conservadorismo
o Tradicional
o Paleo
o Neo
 Populismo
 Nacionalismo
 Chauvinismo
 Militarismo
 Imperialismo
 Distributivismo
 Feudalismo
 Tribalismo
 Pluralismo

Anarquismo vs. Estatismo


ideologias civil-liberais

 Anarquia
 Anarcocomunismo
 Anarcocapitalismo
 Minarquia
 Estado policial
 Autoritarismo
 Totalitarismo

Global vs. Local


ideologias geoculturais

 Globalismo
 Cosmopolitismo
 Supranacionalismo
 Pan-nacionalismo
 Nacionalismo
 Regionalismo
 Localismo
 Cidade-Estado
 Organização intergovernamental
 Governo mundial

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Monarquia é uma forma de governo em que um monarca (tal como um rei ou


imperador) exerce a função de chefe de Estado e mantém-se em tal cargo até
a sua morte ou abdicação. Existem duas principais formas de monarquia:
a absoluta, em que o poder do monarca vai além do de chefe de Estado e é
superior ao dos outros órgãos do governo, e a constitucional ou parlamentar,
em que o poder do monarca é limitado por uma Constituição, podendo ser
meramente cerimonial. A primeira é considerada um regime autoritário,
enquanto a segunda normalmente ocorre num contexto democrático e
representa a maior parte das monarquias atuais. Formas de governo sem
um monarca são denominadas repúblicas.
A maioria das monarquias é hereditária, mas também existem e
existiram monarquias eletivas, tais como a do milenar Sacro Império Romano-
Germânico, a República das Duas Nações (república aristocrática, precursora
da ideia de monarquia constitucional), e os
atuais Vaticano, Andorra, Camboja, Emirados Árabes
Unidos, Essuatíni, Kuwait e Malásia. Nas monarquias hereditárias, o monarca é
parte de uma família real (ou imperial) e existe uma linha de sucessão de seus
descendentes com direito ao trono.
Das 45 monarquias existentes no mundo atualmente, 20
são reinos da Commonwealth e 16 destes reconhecem o monarca do Reino
Unido como chefe de Estado, tendo as restantes 4 monarcas próprios. Há no
total 29 famílias reais no poder. E ainda 33 são monarquias subnacionais. A
maioria são monarquias constitucionais, existindo atualmente apenas, e
oficialmente, 5 monarquias absolutas no mundo (Arábia
Saudita, Brunei, Essuatíni, Omã, Vaticano), ainda que o Catar, sendo
oficialmente uma monarquia constitucional, possua propriedades de absoluta.
Uma monarquia pode ser um Estado Federal, por exemplo o Canadá,
a Austrália e a Malásia são reinos federais sob a forma de monarquias
constitucionais.

Etimologia
A palavra monarca (do latim: monarcha) vem do grego μονάρχης (monarkhía,
de μόνος, "um/singular," e ἀρχων, "líder/chefe"), posteriormente
no latim, monarcha, monarchìa, referindo-se a um soberano único. Atualmente
a palavra monarquia é geralmente usada para se referir a um sistema
hereditário tradicional de governo, sendo que monarquias eletivas são
consideradas, no geral, exceções.

História
Monarquia absoluta
Monarquia Semiconstitucional
Monarquia constitucional
Reinos da Commonwealth (monarquias constitucionais em união pessoal)
Monarquias subnacionais (tradicionais)

Monarquia é uma das mais antigas formas de governo, com ecos na liderança
de chefes tribais.
Desde 1800, têm vindo a ser abolidas diversas monarquias, por grande
influência das ideias trazidas pela Revolução Francesa e das invasões
ocorridas nas Guerras Napoleónicas, e, a maior parte das nações que a
mantêm, são monarquias constitucionais. Entre os poucos Estados que
mantêm aspetos de monarquia absoluta são a Arábia Saudita, o Brunei,
o Catar, Omã, Essuatíni e o Vaticano. O monarca também mantém um poder
considerável na Jordânia e em Marrocos. A mais recente nação a abolir a sua
monarquia foi o Nepal, que se tornou uma república em 2008.
África
Faraós governaram o Antigo Egito ao longo de mais de trinta séculos (ca.
3150–31 a.C.) até à altura em que o Egito foi anexado pelo Império Romano.
No mesmo período, vários reinos floresceram na região vizinha, a Núbia.
O Corno de África, desde o Império de Axum (séculos IV - I a.C.) e,
posteriormente, o Império Etíope (1270–1974), foi governado por uma série
de monarcas. Hailé Selassié, o último imperador da Etiópia, foi deposto num
golpe de Estado. O Império de Canem (ca. 700–1387) estava na África
Central. Reinos como o Reino do Congo (1400–1914) existiam no sul da África.
Tanto os Califados Árabes quanto o Império Turco-Otomano tiveram territórios
ao norte da África, e criaram protetorados com certa autonomia. Tanto
a Partilha da África quanto, após a derrocada do Império Turco-Otomano
na Primeira Guerra Mundial, a assinatura do Tratado de Sèvres, depois
substituído pelo Tratado de Lausana, acabaram com esses territórios.
Com a Partilha de África, vários reinos europeus conquistaram e apoderaram-
se de vastos territórios, fazendo deles suas colônias.
Europa
Dezenas de monarquias existiram na História da Europa. Destacam-se o Sacro
Império Romano-Germânico, o Reino da França, o Reino Unido de Grã-
Bretanha e Irlanda, o Reino da Prússia, o Reino de Espanha, o Reino de
Portugal (tanto Portugal quanto Espanha são precursores da exploração
do Novo Mundo), o Império Alemão e o Império Russo. Muitas monarquias
foram abolidas: algumas monarquias dissolveram-se originando Estados
independentes (Áustria-Hungria), outras foram desmanteladas pela revolução
(Império Russo terminou após a Revolução Russa de 1917), e outras foram
fundidas numa única coroa (por exemplo, a Coroa de Aragão e a Coroa de
Castela fundiram-se dando origem ao Reino de Espanha).[1] A Noruega, ao
tornar-se independente da Suécia, em 1905, optou pela monarquia. A
Espanha, que já teve duas repúblicas, após o governo franquista, restabeleceu
a monarquia ao transitar para a democracia.
Hoje, na Europa, continuam a existir sete reinos,
três principados (Liechtenstein e Mónaco, sendo Estados independentes,
e Gales, incorporado no Reino Unido), um ducado (Ilhas do Canal, do Ducado
da Normandia), um Grão-Ducado (Luxemburgo), e um Estado soberano como
cidade-estado (Cidade do Vaticano). Além disso, há o caso peculiar de Andorra
(em que o bispo de Urgel e o líder francês, atualmente o Presidente da
França são copríncipes).
Ásia
Na Ásia dezenas de monarquias existiram. No Oriente Médio os Califados que
surgiram com Maomé, os reinos instaurados nas Cruzadas, como o Reino de
Jerusalém e o Império Otomano merecem destaque. Merecendo também
destaque na região mais oriental do continente, o Império Sino-Indiano;
o Império Corásmio; o maior Império da história, o Império Mongol e os Dez
Reinos que depois formaram o Império Chinês. Na China, "rei" é a tradução
para o termo usual Wang (王), nome dado ao soberano antes da Dinastia Qin e
durante o período dos Dez Reinos. Durante o início da Dinastia Han, a China
tinha um número de pequenos reinos, cada um com o tamanho de um
concelho e subordinado ao imperador da China. Na Tailândia, no Camboja,
no Butão e no Tibete (apesar de atualmente não ser independente, por fazer
parte da República Popular da China, o Dalai Lama é reconhecido como
líder de jure) há também monarquias atualmente. Além dela o Japão, é hoje a
única monarquia em que o monarca continua a usar o título de Imperador.
América
Ver artigo principal: Monarquias na América
As monarquias existiram entre os povos indígenas das Américas, muito antes
da colonização europeia.
Os títulos utilizados no Novo Mundo incluíam Cacique (em Hispaníola e Porto
Rico) Tlatoani (no Império Asteca), Ajaw (no Império Maia), Inca (no Império
Inca), Morubixaba (na antiga língua tupi para designar o "Chefe") e muitos
outros.
A época dos Descobrimentos e a colonização europeia trouxe extenso território
aos monarcas europeus. Algumas colónias romperam com os seus impérios e
declararam independência (como os Estados Unidos na Revolução
Americana e as guerras de independência hispano-americanas na América
Latina). O Canadá e outras colónias britânicas na América, tornaram-se
autónomas, permanecendo sob a monarquia britânica no domínio
da Commonwealth britânica ou como territórios ultramarinos até a edição
do Estatuto de Westminster, em 1931, fato que unia as ex-colônias ao Reino
Unido via Ministério do Exterior. (Veja Confederação Canadense).
Outros Estados monárquicos também emergiram. Agustín de Iturbide declarou-
se Imperador do México, em 1822, depois da independência da Nova
Espanha. Maximiliano do México governou como imperador mexicano de 1863
a 1867 até ser executado por um Golpe Militar.
Dois membros da Casa de Bragança, Pedro I e Pedro II, governaram
o Brasil como imperadores, de 1822 a 1889, separando-se do Império
Português, até o Golpe Militar de 15 de Novembro de 1889 que implantou a
República do Brasil.
O Haiti também conheceu diferentes períodos monárquicos após sua
independência. Jean-Jacques Dessalines intitulou-se imperador e governou o
Haiti de 1804 a 1806; foi sucedido por Henri Cristophe, mantido como rei de
1811 a 1820; posteriormente, vieram Faustin-Élie Soulouque, que governou de
1849 a 1859, e Fabre-Nicholas Geffrard, que se manteve no poder de 1859 a
1867.

Características e papel

Catarina, a Grande por Fyodor Rokotov

Atualmente, a extensão dos poderes reais do monarca varia:

 Numa monarquia absoluta, o monarca governa como um autocrata, com


poder absoluto sobre o Estado e governo – por exemplo, o direito para
governar por decreto, promulgar leis, e impor punições. As monarquias
absolutas não são necessariamente autoritárias; os absolutistas
esclarecidos do Iluminismo(como Frederico o Grande e Catarina, a Grande)
eram monarcas que permitiam diversas liberdades e foram conhecidos por
grandes eficiência e feitos durante seus reinados.
 Numa monarquia constitucional, o monarca é totalmente uma figura
representativa sujeita à Constituição. A soberania reside formalmente e é
aplicada em nome da Coroa, mas politicamente reside no povo (eleitorado),
representado pelo parlamento ou outra legislatura.
Os Monarcas constitucionais possuem pouco poder político real, e são
constituídos pela tradição, opinião popular, ou por códigos legais e
estatutos. Eles servem como símbolos de continuidade e de Estado e
atuam como líderes de opinião, representantes de um país no estrangeiro,
e em funções cerimoniais. Ainda assim, muitos monarcas constitucionais,
como o Príncipe de Liechtenstein, mantiveram reservas de poderes, à
semelhança da maioria dos presidentes da república, cujo poder político
real é mínimo, tais como: a prerrogativa para demitir o primeiro-ministro,
recusar-se a dissolver o parlamento, negar-se a conceder a permissão real
para legislação, efetivamente vetando-a.
Quase todos os Estados possuem um único monarca num determinado
momento, apesar de existir casos de monarcas que governaram
simultaneamente em alguns países (diarquia), como na antiga cidade-
Estado grega de Esparta, assim como casos de soberania conjunta de esposos
ou parentes (como Guilherme III e Maria II de Inglaterra, Escócia e Irlanda). Um
exemplo atual de diarquia constitucional é Andorra. Um regente também pode
governar pelo monarca.

Isabel II, líder da Igreja Anglicana e Fidei defensor("Defensora da Fé")

A monarquia, especialmente a monarquia absoluta, é algumas vezes ligada a


aspetos religiosos; muitos monarcas já reivindicaram o direito para governar
segundo a vontade de Deus ("direito divino dos reis" ou "mandato do Céu"),
uma especial ligação com Deus (rei sagrado) ou mesmo uma pretensa
encarnação dos próprios deuses (culto imperial, rei divino). Muitos monarcas se
intitulam Fidei defensor ("Defensor da Fé"); alguns mantêm cargos oficiais
relacionados com a religião de Estado ou com a Igreja estabelecida.
Os monarcas possuem diversos títulos, incluindo os de rei ou rainha, príncipe
ou princesa (Príncipe do Mónaco, por exemplo), imperador ou imperatriz
(Imperador do Japão), ou mesmo duque ou grão-duque (Grão-Duque de
Luxemburgo). Muitos monarcas também são distinguidos por tratamentos,
como Sua Majestade, Alteza Real ou Pela Graça de Deus. Os títulos de
monarcas soberanos (existem outros, intermediários, mas estes são os mais
conhecidos) conforme a tradição ocidental, do mais alto para o mais baixo são:

 Imperador
 Rei
 Príncipe
 Grão-Duque
No Vaticano, o título atribuído ao monarca é Papa. Nos países do Golfo
Pérsico e no Brunei são atribuídos títulos de Sultão e Emir. Os títulos
intermediários (da nobreza, mas não da família real)
são: Duque, Lord, Marquês, e Conde.

A coroação de Carlos VII de França

Monarcas também fazem parte de certas cerimónias, como a coroação e


a aclamação real. A monarquia é associada a um governo político ou
sociocultural, onde os monarcas governam por toda a vida (contudo o Yang di-
Pertuan Agong da Malásia, que serve um termo de cinco anos, e outros são
considerados monarcas apesar de não possuírem posições que perdurem por
uma vida inteira) e passam as responsabilidades e o poder da posição para os
seus filhos ou família quando falecem garantindo assim a continuidade da
nação e salvaguardas das tradições únicas de cada povo. Muitos monarcas,
tanto historicamente como atualmente, nasceram e cresceram pertencendo a
uma família real, a uma Casa real ou à corte. Os monarcas que cresceram
numa família real (quando existente há várias gerações, chamada de dinastia)
são quase sempre educados para assumir suas futuras obrigações, servir o
seu país e os interesses do seu povo.
As monarquias constitucionais (atualmente 54 das 68 existentes no mundo)
consideram irresponsável o facto de haver um Chefe de Estado de uma cor
política (como acontece nas repúblicas, nas quais o presidente responde aos
interesses do seu partido, antes de o fazer relativamente aos interesses da sua
nação). Quando um presidente possui uma cor política e o chefe de
governo outra, dá-se um conflito democrático que cria clivagens internas ou
desentendimentos que só prejudicam o regular funcionamento das Instituições
Democráticas. Nas monarquias Constitucionais a Coroa protege essas
Instituições Democráticas e evitam-se os conflitos dado que o monarca não
obedece a cores políticas e sim aos interesses da nação. Apesar de não ter
nenhuma obrigatoriedade, não é comum um Monarca no geral ter afiliação
política.
Diversos sistemas de sucessão têm sido utilizados, tais como proximidade de
sangue, primogenitura e parentesco agnático (Lei Sálica). Apesar de
tradicionalmente a maior parte dos monarcas terem sido homens, existem
diversos casos de mulheres que reinaram na história, que neste caso, são
chamadas de rainhas reinantes, enquanto rainha-consorte refere-se à esposa
de um rei reinante. Em 2022 existe uma rainha reinante: Rainha Margarida II da
Dinamarca.
Há formas de governos que podem ser hereditárias sem serem consideradas
monarquias, tais como a de famílias de governos autoritários(como a República
Popular Democrática da Coreia ou famílias políticas em muitas democracias.
Algumas monarquias não são hereditárias. Numa monarquia eletiva, o monarca
é eleito, mas para todos os efeitos atua como qualquer outro monarca.
Exemplos históricos de monarquia eletiva incluem os Sacro Imperadores
Romanos (escolhidos por príncipes-eleitores, mas normalmente sendo
provenientes da mesma dinastia) e as eleições da chamada democracia dos
nobres, da República das Duas Nações. Exemplos modernos incluem o papa
da Igreja Católica Apostólica Romana (que governa como Soberano da Cidade-
Estado do Vaticano e é eleito para toda a vida pelo Colégio de Cardeais), e
o Yang di-Pertuan Agong da Malásia.
As monarquias existiram por todo o mundo, apesar de nos últimos duzentos
anos muitos países terem abolido a monarquia e terem-se tornado repúblicas.
A defesa das repúblicas é chamada de republicanismo, enquanto a defesa de
monarquias é chamada de monarquismo. As principais vantagens das
monarquias hereditárias são o facto da imediata continuidade da liderança,
com um curto interregno (como visto na frase clássica "O Rei está morto.
Longa vida ao Rei!") dado o direito sucessório evitar todo o gasto das
campanhas e eleições presidenciais, o facto de uma casa real, por norma, ser
muito mais barata de sustentar do que um palácio presidencial (com todos os
assessores e máquinas políticas que o mesmo exige), o facto do príncipe
herdeiro ser educado para servir a nação, conhecendo todas as regras e
protocolos desde a nascença e sendo educado a conhecer e respeitar a
história e tradições do seu país, respondendo aos interesses do povo sem
possuir ligações políticas. Segundo o estudo da OCDE de 2008 os países onde
há mais Justiça Social na Europa são países monárquicos, A República
Portuguesa, nesta lista, ocupa o último lugar. Segundo o mesmo estudo da
OCDE dos 10 primeiros países com maior poder económico, 7 são monarquias
(Reino Unido, Espanha, Noruega, Dinamarca, Suécia, Países Baixos, Bélgica).
Em alguns casos as monarquias são dependentes de outros poderes
(como vassalos, suserania, protetorados, estados fantoches, hegemonia).
Em outros casos o poder do monarca não é limitado devido a restrições
constitucionais mas sim à eficácia militar. Nos últimos tempos do Império
Romano,[2] a guarda pretoriana depôs várias vezes imperadores e nomeando
um novo imperador. Os reis helénicos da Macedónia e do Epiro eram eleitos
pelo braço, que foi semelhante, em composição, à ecclesia das democracias, o
município de todos os cidadãos livres; o serviço militar era muitas vezes ligado
à cidadania, entre os membros do sexo masculino da Casa Real. A dominação
militar do monarca ocorreu na Tailândia moderna e no Japão medieval (em que
um chefe militar hereditário, o Shogun, era o governante de facto, embora o
imperador japonês nominalmente governasse). Na Itália fascista, uma
monarquia coexistiu com o partido fascista de Benito Mussolini, tal como
aconteceu na Romênia ou na Grécia. A Espanha, chefiada por Francisco
Franco, foi oficialmente uma monarquia, embora não houvesse nenhum
monarca no trono. Após a sua morte, Franco foi sucedido, como chefe de
Estado, pelo herdeiro Bourbon, Juan Carlos I.
Napoleão I, Imperador dos Franceses por Jacques-Louis David

A monarquia autoproclamada é estabelecida quando uma pessoa se declara


um monarca e não tem laços históricos a uma dinastia anterior. Napoleão I da
França declarou-se Imperador dos franceses e governou durante o Primeiro
Império Francês, depois de previamente se ter autointitulado Primeiro
Cônsul após o golpe de poder em 18 de Brumário. Jean-Bédel
Bokassa do Império Central Africano declarou-se "Imperador". Yuan
Shikai coroou-se imperador durante a curta duração do "Império da China",
alguns anos após a fundação da República Popular da China.
Numa união pessoal, a mesma pessoa serve como monarca em distintos
Estados independentes.
Às vezes os títulos são usados para expressar pretensões a territórios que não
são efectivamente da pessoa (por exemplo, os pretendentes ingleses para o
trono francês) ou títulos não reconhecidos (antipapas). Um pretendente é um
requerente para um trono já abolido ou ocupado por outra pessoa. Abdicação é
quando um monarca se demite.
Únicas ou invulgares situações existem em vários países:

 Na Malásia, o rei federal, chamado de Yang di-Pertuan Agong ("Governante


Soberano") é eleito para um mandato de cinco anos entre os governantes
hereditários (principalmente sultões) de nove dos estados da federação
constitutiva, em toda a península malaia.
 Andorra é o único coprincipado do mundo. Localizada
nos Pirenéus entre Espanha e França, tem dois copríncipes: o bispo de
Urgel (um bispo-príncipe), pela Espanha e o líder francês, atualmente
o presidente da França. É a única situação em que um país independente
tem um monarca eleito democraticamente pelos cidadãos de outro país.

Monarquia e direito
Thomas Hobbes, filósofo do contratualismo (ou do contrato social), defensor da autoridade
centralizada e uma forma de postular a origem legítima dos governos e, portanto, das obrigações
políticas dos governados ou sú(b)ditos

Política

Poderes[Expandir]

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A verdadeira monarquia foi frequentemente oposta à tirania que é um poder de


forma monárquica, mas não fundamentado no direito. A soberania do monarca
deve ser limitada por um conjunto normativo que a distingue do despotismo:
seja as leis de Deus, seja as regras de justiça natural, seja as leis fundamentais
do Estado.
A monarquia não é assim o governo de um só; ela supõe o respeito de normas
superiores ou levar em conta o interesse geral, o bem comum. Não somente as
atribuições dos monarcas, mas também a sua sucessão, obedecem a normas.
A monarquia pode ser eletiva ou hereditária. Na monarquia hereditária, o
monarca é chefe de Estado por nascimento e durante o tempo de sua vida. A
história e a tradição desempenham um grande papel na legitimidade das
monarquias em vigor. Um dos princípios antigos da legitimidade que
fundamentavam uma monarquia hereditária é o direito divino, a ideia de que
Deus escolhe a pessoa do rei pela regra da sucessão.
Sucessão
Ver artigo principal: Sucessão monárquica

Príncipe Jorge Frederico da Prússia, considerado legítimo herdeiro do trono do Império Alemão e
do Reino da Prússia

As regras para a seleção dos monarcas variam de país para país. Em países
cuja forma de governo é a monarquia constitucional as regras de sucessão são
geralmente consubstanciadas em uma lei aprovada por um órgão de
representação, como um Parlamento.
Numa monarquia eletiva, os monarcas são eleitos ou nomeados por algum
corpo (um colégio eleitoral) de forma vitalícia. Por exemplo, Pepino, o
Breve (pai de Carlos Magno) foi eleito Rei dos Francos por uma assembleia de
líderes francos; Estanislau II da Polônia foi eleito rei, assim como Frederico I da
Dinamarca e Noruega. Os Povos germânicos tinham monarquias eletivas, e
os imperadores do Sacro Império Romano-Germânico eram eleitos
por príncipes-eleitores, embora muitas vezes estas votações fossem apenas
uma mera confirmação da regra de hereditariedade. Existem atualmente sete
monarquias eletivas: Andorra, Camboja, Emirados Árabes
Unidos, Kuwait, Malásia, Essuatíni e Vaticano. O Papado existe há quase dois
milénios.
Numa monarquia hereditária, a posição de monarca é herdada por um parente,
de acordo com os costumes e as regras de ordem de sucessão, na qual
usualmente se traça uma linha desde a família real até uma dinastia histórica
pelo parentesco consanguíneo. No caso Português, o pretendente ao trono, D.
Duarte Pio de Bragança, pertence à última dinastia reinante, Dinastia de
Bragança, e tem ligações genealógicas com o primeiro rei de Portugal, D.
Afonso I. No Brasil, caso seja restaurado o sistema monárquico de governo, o
Imperador a ser coroado deverá ser Dom Bertrand de Orléans e Bragança, ou
seus sucessores, por ser o legítimo sucessor direto do último imperador
soberano, D. Pedro II.
Às vezes a ordem de sucessão é afetada por regras em matéria de género.
A regra de sucessão paterna proíbe, atualmente em poucos casos, sucessores
do sexo feminino (tal como o caso do Mónaco), e em alguns sistemas uma
mulher só pode herdar quando, pela linha masculina, não há nenhum
descendente que remonte a um ancestral comum. Em 1980, a Suécia tornou-
se a primeira monarquia a declarar iguais os direitos de primogenitura, o que
significa que o filho mais velho do monarca, independentemente do sexo,
ascende ao trono.[3] Outros reinos (tais como os Países Baixos, em
1983, Noruega, em 1990, e Bélgica em 1991) têm seguido este exemplo. Às
vezes a crença religiosa afeta a sucessão. Como exemplo, desde a Lei de
Compensação de 1701, todos os católicos romanos são inelegíveis para ser
o monarca britânico e são ignorados na ordem de sucessão.[4]
A primogenitura, em que o filho mais velho do monarca é primeiro na linha de
se tornar monarca, é o sistema mais comum. No caso de ausência de filhos, o
membro mais próximo na linha colateral (por exemplo, um irmão mais novo)
torna-se monarca. Outros sistemas incluem tanistry, que é semieletivo e se
baseia no mérito e na Lei sálica. Em casos complexos, especialmente durante
a Idade Média, o sistema de primogenitura entrou em conflito com o princípio
de proximidade sanguínea e os resultados foram idiossincráticos. Em algumas
monarquias, como a da Arábia Saudita, a sucessão ao trono normalmente
passa primeiro para o irmão mais velho do monarca, e, só depois, para os
filhos do monarca.
A nomeação, feita pelo atual monarca é um outro sistema, utilizado
na Jordânia. Neste sistema, o monarca escolhe o seu próprio sucessor, que
pode ou não ser um parente.

Tipologia
Ao longo da história têm existido diferentes tipos de monarquia.
Monarquia sagrada ou religiosa
A forma mais antiga que se conhece sagrada ou a religiosa, que encontramos
nas culturas primitivas. Neste tipo de monarquia, o rei era considerado como de
origem divina e possuía um poder ilimitado. Tal modelo pode encontrar-se
em Israel, na Roma Antiga, no Império Asteca e no Antigo Egito.
Monarquia feudal
Ver artigo principal: Feudalismo

Luís de Tarento e cavaleiros da Ordem do Espírito Santo

A partir da Idade Média, o regime monárquico espalhou-se por toda a Europa,


normalmente pela necessidade de um dirigente forte, capaz de formar e
comandar exércitos para defender o país. As monarquias feudais europeias
eram assim dinásticas, o trono sendo geralmente transmitido ao filho mais
velho ou ao descendente masculino mais próximo. Os soberanos medievais
procuravam armas e soldados com os senhores feudais, e não se mantinham
no poder que graça à fidelidade da nobreza. Assim, na monarquia feudal,
apresenta-se a característica de uma limitação do poder do monarca, segundo
a própria estrutura feudal do reino. O poder era entregue ao rei, com o acordo
dos senhores feudais, e estava dependente da colaboração destes, sendo
estabelecido segundo regras bem definidas e mútuas. O rei possuía um poder
efetivo concedido pelos seus iguais, conservando estes um poder da mesma
ordem nos seus domínios. Este tipo de monarquia caracterizou, com algumas
variantes, a França dos séculos X ao XIV, o Japão dos séculos XV ao XVIII,
a China da dinastia Ming, etc.
Monarquia absoluta
Ver artigo principal: Monarquia absoluta
Luís XVI de França, último Rei de França antes da Revolução Francesa

A monarquia absoluta foi estabelecida em face das dificuldades de


responsabilização dos grandes senhores feudais que condicionavam
excessivamente o seu apoio ao rei.[5] A monarquia absoluta é, por essência,
centralizadora.
O absolutismo moderno começou a desenvolver-se com o nascimento dos
Estados-nação no século XVI, a fim de estabilizar o poder real em reação
ao feudalismo. Com o declínio do feudalismo, o poder é centralizado nas mãos
dos soberanos. Estes dirigentes são apoiados por uma crescente classe média,
ou burguesia, que beneficia de um governo central forte, capaz de manter a
ordem e criar um clima propício para o florescimento do comércio.
Neste tipo de monarquia, o rei era o chefe supremo da nação, exercendo
o Poder Executivo e Legislativo. Era o principal responsável pelo destino
do povo.
O absolutismo, como sistema político, implica todos os poderes detidos por
um monarca e distingue-se de outras monarquias pelo facto de que o poder
encontrar a sua justificação essencial nele mesmo.
A monarquia absoluta designa os regimes em que o monarca exerce um poder
sobre os seus súbditos, só limitado pelo direito natural, mas que, para além
disso, iguala a sua vontade à lei e impõe sobre os seus domínios um poder em
que o monarca figura como o responsável final ou exclusivo. Assim, o rei
governa só, mas deve respeitar os privilégios dos corpos e das ordens que
compõem o país, e ele deve tomar conselho.
Foram monarquias absolutas a maior parte dos estados europeus ocidentais,
entre os séculos XVI e XVIII, sobretudo
em França, Espanha, Áustria, Saboia e Portugal, que se caracterizaram pela
inexistência de qualquer outro poder político alternativo, exceto a lei e os
costumes, sem prejuízo da identificação da vontade real com a lei.
Luís XIV, rei da França (1643-1715),[6] é o representante arquétipo e a mais
perfeita ilustração do absolutismo. A célebre a sua frase “o Estado sou eu”, que
reproduz a forma excessiva de governar de certos monarcas absolutistas
desse tempo como ele.[5]
O princípio da relação entre o monarca e Deus (o rei como representação de
Deus na Terra) dava ao monarca regras morais e de direito natural que não
pode transgredir. No caso de Portugal, o essencial era garantir que o rei
pudesse ser a última voz que resolvesse quaisquer diferendos internos.
Despotismo esclarecido do século XVIII
Ainda durante o século XVIII, a monarquia absoluta mudou de carácter, foram
tentadas reformas no sentido de introduzir novos organismos necessários
("despotismo esclarecido").[5] Nesse modelo de monarquia, o monarca continua
sendo um representante do absolutismo ao partilhar a exaltação do estado em
seu modo centralizador de governar, porém era animada pelos ideais de
progresso, reforma e filantropia do Iluminismo, mas, por outro, não eram
aceitas todas as ideias do Iluminismo. O argumento para legitimar o poder dos
déspotas esclarecidos não era uniforme. Grande parte deles legitimou o seu
poder com base na teoria do contrato social de Thomas Hobbes, na qual se
falava sobre a necessidade de um soberano se sobrepor a outras pessoas para
assegurar a ordem e evitar a guerra de todos contra todos. [7] Também
legitimaram o seu poder com o argumento de que governam por saberem fazê-
lo e que, consequentemente, têm que assegurar o progresso de seus povos –
de acordo com o novo ethos das Luzes. Frederico II da Prússia, Gustavo III da
Suécia, Maria Teresa da Áustria, e o Marquês de Pombal, ministro do rei D.
José I de Portugal, são alguns dos expoentes máximos do 'despotismo
esclarecido' desenvolvido no século XVIII.
A monarquia absoluta ocidental tinha fortes limites. Por um lado obedecia
às leis fundamentais do reino (sucessão masculina, leis regionais, legitimidade,
princípios de regência, etc.). Em Espanha, a monarquia absoluta nasceu com
os reis católicos, os quais conseguiram a unidade religiosa e territorial. Em
Portugal, a tendência para este sistema já era sensível no reinado de D. João
I e tomou forma definitiva com D. João II. O seu sucessor, D. Manuel I, proveu-
a de instrumentos burocráticos necessários para o seu exercício concreto.
Uma série de revoluções, iniciadas com a Revolução Gloriosa, levaram
progressivamente os monarcas da Europa a ceder seus poderes a regimes
parlamentares. Na Inglaterra, e depois em França, o princípio de um rei que
governa só, é questionado pelos parlamentos, composto dessa burguesia que
pretende, não somente ser consultada, mas tomar o lugar de classe dominante
dos nobres e governar.
Monarquia parlamentarista
Ver artigo principal: Monarquia parlamentarista
Palácio de Westminster, sede do Parlamento Inglês

A monarquia parlamentar é uma das formas de governo existente nos países


ocidentais atuais, na que o Rei exerce a função de Chefe de Estado sob o
controle do Poder Legislativo (Parlamento) e do Poder Executivo (Governo),
isto é, o Rei reina, mas não governa. As normas e decisões emanadas do
Parlamento regulam não só o funcionamento do Estado mas também a
atuação e funções do próprio Rei.
Monarquia constitucional
Ver artigo principal: Monarquia constitucional
Embora o Japão seja um monarquia constitucional e esta seja a monarquia
mais antiga do mundo,[5] apenas surgiu na Europa nos finais do século XVII,
com a Revolução Gloriosa inglesa, em 1688.
Na monarquia constitucional, também conhecida por monarquia parlamentar,
existe um Parlamento (eleito pelo povo) que exerce o Poder Legislativo. Não
tendo papel legislativo, exercício da autoridade do rei está em garantir o normal
funcionamento das instituições do Estado. O monarca personifica a autoridade
do Estado. Como chefe do Governo é eleito um primeiro-ministro cujas acções
são fiscalizadas por um parlamento.[5]
Aqui a sucessão monárquica pode estar regulamentada pela legislação estatal
ou por preceitos de ordem familiar. Desde meados do século XIX, a monarquia
constitucional apresenta frequentemente uma forma democrática de estado,
com as regras constitucionais daí decorrentes. A sucessão pode ser eletiva
ou hereditária, conforme os países ou épocas.
A monarquia inglesa, desde o século XVII, adotou este tipo de monarquia,
tornando-se na mais antiga democracia do mundo e servindo de modelo a
todas as democracias atuais (sejam elas monárquicas ou republicanas).
A Constituição deve emanar da nação e estabelecer as regras do governo. O
parlamento, e especialmente a Câmara dos Comuns que representa a nação,
personifica o direito face ao monarca. As monarquias francesas de 1790 a
1792 e, em seguida, a partir de 1815 a 1848, baseiam-se neste princípio.
Nestas formas de monarquia, ao passo que o sistema parlamentar se
desenvolve gradualmente, a soberania passa do rei para a nação.
No Reino de Portugal,[8] a monarquia constitucional foi adotada no reinado
de D. João VI, que aceitou a Constituição portuguesa de 1822. No ano
seguinte, no entanto, D. João VI suspende a sua vigência e nomeia uma
comissão encarregue de elaborar um novo texto constitucional. Após o
assassínio de D. João VI, em Março de 1826, D. Pedro IV outorga
a Constituição portuguesa de 1826/Carta Constitucional de 1826, que vem a
ser suspensa por D. Miguel I, aclamado rei em Cortes reunidas, segundo as
regras tradicionais. A Carta Constitucional de D. Pedro veio a ser reposta no
final da guerra civil (1828-1834), vencida pelos liberais contra os absolutistas.
Uma revolução, em Setembro 1836, derruba a Carta e reinstala
provisoriamente a Constituição de 1822, em vigor até à aprovação de nova
Constituição, em 1838. Em 1842, um golpe de Estado põe fim à vigência da
Constituição de 1838, reimplantando a Carta Constitucional de 1826, que será
o texto constitucional da monarquia até ao golpe de Estado que impõe a
República, em 1910.
No Brasil, dois anos após a declaração de independência em relação
ao Império Português, D. Pedro I outorgou, em 1824, a primeira Constituição
Brasileira, que lhe deu amplos poderes. Esta manteve-se em vigor até
à proclamação da República em 1889.
Na Europa, após a Primeira Guerra Mundial foram derrubadas as monarquias
do Império Russo, por causa da Revolução Russa de 1917; O Império Alemão,
encerrado após a derrota na Grande Guerra, em um golpe de caráter
comunista que obrigou a abdicação do cáiser Guilherme II, formando a tão
criticada República de Weimar e a do Império Austro-Húngaro, após um
desmantelamento sumário de seus territórios pelos membros da Entente, na
qual o Imperador Carlos I nada pode fazer, além de fugir enquanto se formava
o novo estado da República da Áustria Alemã. Atualmente existem monarquias
constitucionais no Reino Unido, Países
Baixos, Suécia, Dinamarca, Noruega, Espanha, Mónaco, Liechtenstein, Luxem
burgo, e Bélgica, todas constitucionais.
Monarquia popular
Ver artigo principal: Monarquia popular
A monarquia popular é uma forma de governo cuja governança do Estado está
sob a responsabilidade do Monarca, que geralmente detém o título de Rei,
através de um mandato popular.
Monarquia eletiva
Ver artigo principal: Monarquia eletiva
A monarquia eletiva é a forma de governo na qual o monarca desempenha o
seu cargo por toda a vida e o seu sucessor é eleito por um conselho através
de votação.
Este sistema de sucessão foi praticado durante a Idade Média, representando
uma evolução do modelo germânico. Na monarquia visigótica encontramos
exemplos disso.
O rei era eleito por um conselho composto pelos príncipes ou grandes
responsáveis eleitores. Depois da escolha, o novo monarca devia jurar as
capitulações governativas, que continham as condições impostas pelo
conselho eleitoral para o monarca exercer o poder.
Este sistema ainda vigora atualmente em alguns estados, como, por exemplo,
no Vaticano, onde o Colégio de Cardeais escolhe um novo papa e vitalício.[5]
Monarquia federal
Ver artigo principal: Monarquia federal
Uma monarquia federal é uma federação de estados com um
único monarca como Chefe Geral da Federação, mas pode reter
diferentes monarcas ou um sistema não-monárquico de governo, nos vários
estados que aderiram à federação.
Monarquia hereditária
Ver artigo principal: Monarquia hereditária
A monarquia hereditária é a forma monárquica pela qual o soberano é
estabelecido por sucessão hereditária. A ordem sucessória tanto pode apoiar-
se no regime familiar da casa reinante (por exemplo, a dinastia de
Avis, Hohenzollern,[9] Hanôver, etc.), como na lei do reino (Espanha ou Reino
Unido). Atualmente a maioria das monarquias modernas são hereditárias.

Lista das monarquias atuais


Ver artigo principal: Lista de Estados monárquicos atuais

Ver também
 Prerrogativa real nas monarquias  Triarquia  Pentarquia
constitucionais  Triarquia de  Poliarquia
 Autocracia Negroponte
 Diarquia  Tetrarquia

Referências
1. ↑ Houaiss, Antônio, Pequeno Dicionário Enciclopédico Koogan Larousse, editora Larousse
do Brasil Ltda., Rio de Janeiro, 1979, pág. 566
2. ↑ Houaiss, Antônio, Pequeno Dicionário Enciclopédio Koogan Larousse, editora Larousse
do Brasil Ltda., Rio de Janeiro, 1979, pág. 1500
3. ↑ SOU 1977:5Kvinnlig tronföljd, p.16.
4. ↑ Houaiss, Antônio, Pequeno Dicionário Enciclopédico Koogan Larousse, editora Larousse
do Brasil Ltda., Rio de Janeiro, 1979, pág. 797
5. ↑ Ir para:a b c d e f Significado de monarquia, Significados.com.br
6. ↑ Houaiss, Antônio, Pequeno Dicionário Enciclopédio Koogan Larousse, editora Larousse
do Brasil Ltda., Rio de Janeiro, 1979, pág. 1333
7. ↑ Bobbio, Norberto. Thomas Hobbes and the Natural Law Tradition. Chicago: University of
Chicago Press: [s.n.] pp. 93
8. ↑ Houaiss, Antônio, Pequeno Dicionário Enciclopédico Koogan Larousse, editora Larousse
do Brasil Ltda., Rio de Janeiro, 1979, pág. 1464
9. ↑ Houaiss, Antônio, Pequeno Dicionário Enciclopédico Koogan Larousse, editora Larousse
do Brasil Ltda., Rio de Janeiro, 1979, pág. 925

Bibliografia
 Sousa, Manuel, "Reis e Rainhas de Portugal", editora SporPress, 1.ª
edição, Mem Martins, 2000, páginas 11 a 15, ISBN 972-97256-9-1
 Houaiss, Antônio, Pequeno Dicionário Enciclopédico Koogan Larousse,
editora Larousse do Brasil Ltda., Rio de Janeiro, 1979

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