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Monarquia
Monarquia
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Nota: "Monarquismo" e "Monarquista" redirecionam para este artigo. Para o
conceito teológico cristão, veja Monarquianismo.
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Monarquia
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Portal da Política
v
d
e
Estrutura de poder
Separação
Estado associado
Domínio
Chefatura
Federalismo
Federação
Confederação
Devolução
Integração
Estado associado
Monarquia
Colônia
Domínio
Império
Hegemonia
Estado regional
Estado tributário
Estado unitário
Protetorado
Estado tampão
Estado vassalo
Estado satélite
Estado fantoche
Talassocracia
Gerenciamento
Ocupação
Área disputada
Divisão administrativa
Fontes de poder
Democracia
poder de muitos
Representativa
Liberal
Direta
Demarquia
Social
Ateniense
Celular
Militar
Iliberal
Totalitária
Semidemocracia
Multipartidária
Separação de poderes
Fusão de poderes
Sistema de Westminster
Império da lei
outros
Oligarquia
poder de poucos
Aristocracia
Junta militar
Caquistocracia
Cleptocracia
Noocracia
Estratocracia
Plutocracia
Corporatocracia
Geniocracia
Timocracia
Teocracia
Critarquia
Partidocracia
Meritocracia
Tecnocracia
Bipartidarismo
Autocracia
poder de um
Despotismo
Ditadura
o civil
o militar
Semiautoritarismo
Unipartidarismo
Sistema de partido dominante
Híbridas
Anocracia
Eleitoralismo
Semidemocracia
Democracia guiada
Teodemocracia
Ideologia do poder
Monarquia absolutista
Constitucional/parlamentarista
Federal
Eletiva
Diarquia
República coroada
Federal
Constitucional
Democrática
Socialista
Diretorial
Legalista
Parlamentarista
Semipresidencialista
Presidencialista
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Capitalismo
o Estatal
o Clientelista
Corporativismo
Anticapitalismo
Anarcocomunismo
Anarcocapitalismo
Comunismo
o Marxismo-leninismo
o Marxismo
o Maoismo
o Estalinismo
o Leninismo
o Trotskismo
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o Nazismo
o Neonazismo
Fundamentalismo islâmico
o Salafismo
o Wahhabismo
Fundamentalismo cristão
Socialismo
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Liberalismo
o Clássico
o Neoliberalismo
Conservadorismo
o Tradicional
o Paleo
o Neo
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Anarcocomunismo
Anarcocapitalismo
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Pan-nacionalismo
Nacionalismo
Regionalismo
Localismo
Cidade-Estado
Organização intergovernamental
Governo mundial
Portal da Política
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e
Etimologia
A palavra monarca (do latim: monarcha) vem do grego μονάρχης (monarkhía,
de μόνος, "um/singular," e ἀρχων, "líder/chefe"), posteriormente
no latim, monarcha, monarchìa, referindo-se a um soberano único. Atualmente
a palavra monarquia é geralmente usada para se referir a um sistema
hereditário tradicional de governo, sendo que monarquias eletivas são
consideradas, no geral, exceções.
História
Monarquia absoluta
Monarquia Semiconstitucional
Monarquia constitucional
Reinos da Commonwealth (monarquias constitucionais em união pessoal)
Monarquias subnacionais (tradicionais)
Monarquia é uma das mais antigas formas de governo, com ecos na liderança
de chefes tribais.
Desde 1800, têm vindo a ser abolidas diversas monarquias, por grande
influência das ideias trazidas pela Revolução Francesa e das invasões
ocorridas nas Guerras Napoleónicas, e, a maior parte das nações que a
mantêm, são monarquias constitucionais. Entre os poucos Estados que
mantêm aspetos de monarquia absoluta são a Arábia Saudita, o Brunei,
o Catar, Omã, Essuatíni e o Vaticano. O monarca também mantém um poder
considerável na Jordânia e em Marrocos. A mais recente nação a abolir a sua
monarquia foi o Nepal, que se tornou uma república em 2008.
África
Faraós governaram o Antigo Egito ao longo de mais de trinta séculos (ca.
3150–31 a.C.) até à altura em que o Egito foi anexado pelo Império Romano.
No mesmo período, vários reinos floresceram na região vizinha, a Núbia.
O Corno de África, desde o Império de Axum (séculos IV - I a.C.) e,
posteriormente, o Império Etíope (1270–1974), foi governado por uma série
de monarcas. Hailé Selassié, o último imperador da Etiópia, foi deposto num
golpe de Estado. O Império de Canem (ca. 700–1387) estava na África
Central. Reinos como o Reino do Congo (1400–1914) existiam no sul da África.
Tanto os Califados Árabes quanto o Império Turco-Otomano tiveram territórios
ao norte da África, e criaram protetorados com certa autonomia. Tanto
a Partilha da África quanto, após a derrocada do Império Turco-Otomano
na Primeira Guerra Mundial, a assinatura do Tratado de Sèvres, depois
substituído pelo Tratado de Lausana, acabaram com esses territórios.
Com a Partilha de África, vários reinos europeus conquistaram e apoderaram-
se de vastos territórios, fazendo deles suas colônias.
Europa
Dezenas de monarquias existiram na História da Europa. Destacam-se o Sacro
Império Romano-Germânico, o Reino da França, o Reino Unido de Grã-
Bretanha e Irlanda, o Reino da Prússia, o Reino de Espanha, o Reino de
Portugal (tanto Portugal quanto Espanha são precursores da exploração
do Novo Mundo), o Império Alemão e o Império Russo. Muitas monarquias
foram abolidas: algumas monarquias dissolveram-se originando Estados
independentes (Áustria-Hungria), outras foram desmanteladas pela revolução
(Império Russo terminou após a Revolução Russa de 1917), e outras foram
fundidas numa única coroa (por exemplo, a Coroa de Aragão e a Coroa de
Castela fundiram-se dando origem ao Reino de Espanha).[1] A Noruega, ao
tornar-se independente da Suécia, em 1905, optou pela monarquia. A
Espanha, que já teve duas repúblicas, após o governo franquista, restabeleceu
a monarquia ao transitar para a democracia.
Hoje, na Europa, continuam a existir sete reinos,
três principados (Liechtenstein e Mónaco, sendo Estados independentes,
e Gales, incorporado no Reino Unido), um ducado (Ilhas do Canal, do Ducado
da Normandia), um Grão-Ducado (Luxemburgo), e um Estado soberano como
cidade-estado (Cidade do Vaticano). Além disso, há o caso peculiar de Andorra
(em que o bispo de Urgel e o líder francês, atualmente o Presidente da
França são copríncipes).
Ásia
Na Ásia dezenas de monarquias existiram. No Oriente Médio os Califados que
surgiram com Maomé, os reinos instaurados nas Cruzadas, como o Reino de
Jerusalém e o Império Otomano merecem destaque. Merecendo também
destaque na região mais oriental do continente, o Império Sino-Indiano;
o Império Corásmio; o maior Império da história, o Império Mongol e os Dez
Reinos que depois formaram o Império Chinês. Na China, "rei" é a tradução
para o termo usual Wang (王), nome dado ao soberano antes da Dinastia Qin e
durante o período dos Dez Reinos. Durante o início da Dinastia Han, a China
tinha um número de pequenos reinos, cada um com o tamanho de um
concelho e subordinado ao imperador da China. Na Tailândia, no Camboja,
no Butão e no Tibete (apesar de atualmente não ser independente, por fazer
parte da República Popular da China, o Dalai Lama é reconhecido como
líder de jure) há também monarquias atualmente. Além dela o Japão, é hoje a
única monarquia em que o monarca continua a usar o título de Imperador.
América
Ver artigo principal: Monarquias na América
As monarquias existiram entre os povos indígenas das Américas, muito antes
da colonização europeia.
Os títulos utilizados no Novo Mundo incluíam Cacique (em Hispaníola e Porto
Rico) Tlatoani (no Império Asteca), Ajaw (no Império Maia), Inca (no Império
Inca), Morubixaba (na antiga língua tupi para designar o "Chefe") e muitos
outros.
A época dos Descobrimentos e a colonização europeia trouxe extenso território
aos monarcas europeus. Algumas colónias romperam com os seus impérios e
declararam independência (como os Estados Unidos na Revolução
Americana e as guerras de independência hispano-americanas na América
Latina). O Canadá e outras colónias britânicas na América, tornaram-se
autónomas, permanecendo sob a monarquia britânica no domínio
da Commonwealth britânica ou como territórios ultramarinos até a edição
do Estatuto de Westminster, em 1931, fato que unia as ex-colônias ao Reino
Unido via Ministério do Exterior. (Veja Confederação Canadense).
Outros Estados monárquicos também emergiram. Agustín de Iturbide declarou-
se Imperador do México, em 1822, depois da independência da Nova
Espanha. Maximiliano do México governou como imperador mexicano de 1863
a 1867 até ser executado por um Golpe Militar.
Dois membros da Casa de Bragança, Pedro I e Pedro II, governaram
o Brasil como imperadores, de 1822 a 1889, separando-se do Império
Português, até o Golpe Militar de 15 de Novembro de 1889 que implantou a
República do Brasil.
O Haiti também conheceu diferentes períodos monárquicos após sua
independência. Jean-Jacques Dessalines intitulou-se imperador e governou o
Haiti de 1804 a 1806; foi sucedido por Henri Cristophe, mantido como rei de
1811 a 1820; posteriormente, vieram Faustin-Élie Soulouque, que governou de
1849 a 1859, e Fabre-Nicholas Geffrard, que se manteve no poder de 1859 a
1867.
Características e papel
Imperador
Rei
Príncipe
Grão-Duque
No Vaticano, o título atribuído ao monarca é Papa. Nos países do Golfo
Pérsico e no Brunei são atribuídos títulos de Sultão e Emir. Os títulos
intermediários (da nobreza, mas não da família real)
são: Duque, Lord, Marquês, e Conde.
Monarquia e direito
Thomas Hobbes, filósofo do contratualismo (ou do contrato social), defensor da autoridade
centralizada e uma forma de postular a origem legítima dos governos e, portanto, das obrigações
políticas dos governados ou sú(b)ditos
Política
Poderes[Expandir]
Formas de governo[Expandir]
Regimes e sistemas[Expandir]
Tipos de poder[Expandir]
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Conceitos[Expandir]
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Cargos[Expandir]
Disciplinas[Expandir]
Espectro político[Expandir]
Ideologias[Expandir]
Atitudes[Expandir]
Portal • Categoria
v
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e
Príncipe Jorge Frederico da Prússia, considerado legítimo herdeiro do trono do Império Alemão e
do Reino da Prússia
As regras para a seleção dos monarcas variam de país para país. Em países
cuja forma de governo é a monarquia constitucional as regras de sucessão são
geralmente consubstanciadas em uma lei aprovada por um órgão de
representação, como um Parlamento.
Numa monarquia eletiva, os monarcas são eleitos ou nomeados por algum
corpo (um colégio eleitoral) de forma vitalícia. Por exemplo, Pepino, o
Breve (pai de Carlos Magno) foi eleito Rei dos Francos por uma assembleia de
líderes francos; Estanislau II da Polônia foi eleito rei, assim como Frederico I da
Dinamarca e Noruega. Os Povos germânicos tinham monarquias eletivas, e
os imperadores do Sacro Império Romano-Germânico eram eleitos
por príncipes-eleitores, embora muitas vezes estas votações fossem apenas
uma mera confirmação da regra de hereditariedade. Existem atualmente sete
monarquias eletivas: Andorra, Camboja, Emirados Árabes
Unidos, Kuwait, Malásia, Essuatíni e Vaticano. O Papado existe há quase dois
milénios.
Numa monarquia hereditária, a posição de monarca é herdada por um parente,
de acordo com os costumes e as regras de ordem de sucessão, na qual
usualmente se traça uma linha desde a família real até uma dinastia histórica
pelo parentesco consanguíneo. No caso Português, o pretendente ao trono, D.
Duarte Pio de Bragança, pertence à última dinastia reinante, Dinastia de
Bragança, e tem ligações genealógicas com o primeiro rei de Portugal, D.
Afonso I. No Brasil, caso seja restaurado o sistema monárquico de governo, o
Imperador a ser coroado deverá ser Dom Bertrand de Orléans e Bragança, ou
seus sucessores, por ser o legítimo sucessor direto do último imperador
soberano, D. Pedro II.
Às vezes a ordem de sucessão é afetada por regras em matéria de género.
A regra de sucessão paterna proíbe, atualmente em poucos casos, sucessores
do sexo feminino (tal como o caso do Mónaco), e em alguns sistemas uma
mulher só pode herdar quando, pela linha masculina, não há nenhum
descendente que remonte a um ancestral comum. Em 1980, a Suécia tornou-
se a primeira monarquia a declarar iguais os direitos de primogenitura, o que
significa que o filho mais velho do monarca, independentemente do sexo,
ascende ao trono.[3] Outros reinos (tais como os Países Baixos, em
1983, Noruega, em 1990, e Bélgica em 1991) têm seguido este exemplo. Às
vezes a crença religiosa afeta a sucessão. Como exemplo, desde a Lei de
Compensação de 1701, todos os católicos romanos são inelegíveis para ser
o monarca britânico e são ignorados na ordem de sucessão.[4]
A primogenitura, em que o filho mais velho do monarca é primeiro na linha de
se tornar monarca, é o sistema mais comum. No caso de ausência de filhos, o
membro mais próximo na linha colateral (por exemplo, um irmão mais novo)
torna-se monarca. Outros sistemas incluem tanistry, que é semieletivo e se
baseia no mérito e na Lei sálica. Em casos complexos, especialmente durante
a Idade Média, o sistema de primogenitura entrou em conflito com o princípio
de proximidade sanguínea e os resultados foram idiossincráticos. Em algumas
monarquias, como a da Arábia Saudita, a sucessão ao trono normalmente
passa primeiro para o irmão mais velho do monarca, e, só depois, para os
filhos do monarca.
A nomeação, feita pelo atual monarca é um outro sistema, utilizado
na Jordânia. Neste sistema, o monarca escolhe o seu próprio sucessor, que
pode ou não ser um parente.
Tipologia
Ao longo da história têm existido diferentes tipos de monarquia.
Monarquia sagrada ou religiosa
A forma mais antiga que se conhece sagrada ou a religiosa, que encontramos
nas culturas primitivas. Neste tipo de monarquia, o rei era considerado como de
origem divina e possuía um poder ilimitado. Tal modelo pode encontrar-se
em Israel, na Roma Antiga, no Império Asteca e no Antigo Egito.
Monarquia feudal
Ver artigo principal: Feudalismo
Ver também
Prerrogativa real nas monarquias Triarquia Pentarquia
constitucionais Triarquia de Poliarquia
Autocracia Negroponte
Diarquia Tetrarquia
Referências
1. ↑ Houaiss, Antônio, Pequeno Dicionário Enciclopédico Koogan Larousse, editora Larousse
do Brasil Ltda., Rio de Janeiro, 1979, pág. 566
2. ↑ Houaiss, Antônio, Pequeno Dicionário Enciclopédio Koogan Larousse, editora Larousse
do Brasil Ltda., Rio de Janeiro, 1979, pág. 1500
3. ↑ SOU 1977:5Kvinnlig tronföljd, p.16.
4. ↑ Houaiss, Antônio, Pequeno Dicionário Enciclopédico Koogan Larousse, editora Larousse
do Brasil Ltda., Rio de Janeiro, 1979, pág. 797
5. ↑ Ir para:a b c d e f Significado de monarquia, Significados.com.br
6. ↑ Houaiss, Antônio, Pequeno Dicionário Enciclopédio Koogan Larousse, editora Larousse
do Brasil Ltda., Rio de Janeiro, 1979, pág. 1333
7. ↑ Bobbio, Norberto. Thomas Hobbes and the Natural Law Tradition. Chicago: University of
Chicago Press: [s.n.] pp. 93
8. ↑ Houaiss, Antônio, Pequeno Dicionário Enciclopédico Koogan Larousse, editora Larousse
do Brasil Ltda., Rio de Janeiro, 1979, pág. 1464
9. ↑ Houaiss, Antônio, Pequeno Dicionário Enciclopédico Koogan Larousse, editora Larousse
do Brasil Ltda., Rio de Janeiro, 1979, pág. 925
Bibliografia
Sousa, Manuel, "Reis e Rainhas de Portugal", editora SporPress, 1.ª
edição, Mem Martins, 2000, páginas 11 a 15, ISBN 972-97256-9-1
Houaiss, Antônio, Pequeno Dicionário Enciclopédico Koogan Larousse,
editora Larousse do Brasil Ltda., Rio de Janeiro, 1979