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CASO CLÍNICO 01

V.A.S, 37 anos, do lar, união estável, G7P6A1, DUM: 03/04/2019 e DPP:


09/01/2020, residia no bairro de Santo André, Santarém-Pará. No dia
14/08/2019 fez inscrição no pré-natal na UBS de Santo André com 18 semanas,
na qual realizou 04 consultas, sendo 02 com medico e 02 com enfermeiras, fez
os testes rápidos de HIV, Sífilis e HBSAG: negativos, foram solicitados os
exames de rotina do pré-natal, mas a grávida nunca apresentou os resultados
para serem avaliados nas consultas subsequentes. Ultima consulta de pré-natal
realizada no dia 18/11/2019, já com 32 semanas, durante a gravidez tomou
sulfato ferroso e acido fólico, apresentou lombalgia e algia por apresentar
varizes.
No dia 12/12/2019, as 20h deu entrada no Hospital Regional do Baixo
Amazonas, transferida do Hospital Municipal de Santarém, para realizar
tratamento cirúrgico de pós-operatório tardio de cesariana e colecistectomia e
quadro de icterícia a esclarecer, na admissão paciente com diagnostico de
colelitíase/colangite, orientada, consciente, respirando ar ambiente, eupneica,
afebril, taquicardica, ictérica, debilitada, com acesso venoso periférico,
apresentando secreção sanguinolenta e deiscência de sutura da ferida
operatória da colecistectomia, referindo dor na região abdominal. Sinais Vitais:
Fc 106, T 36,7º C, P 78kg, PA 120x70MMHg, SPO2 98%, mantem quadro de
coluria e constipação.
No dia 16/12/2019 paciente relata dor na panturrilha esquerda e no abdome,
difusa e intensa, atendida pelo medico horizontalista que descreve que a
paciente estava apresentando sinais de peritonite, sinais vitais: T37,7º C, PA
140x100MMHg e icterícia ++++4+, taquicardia. As 11:45hs foi instaurado o
protocolo de sepse, iniciando antibiótico terapia (Tazocin), realizado
colangioressonância de urgência e solicitado transfusão de concentrado de
hemácia.
No dia 17/12/2019, apresentou piora clinica, com maior distensão abdominal,
foi submetida a uma laparotomia exploradora de urgência com colocação de
dois drenos de Kher e Black, em ambos os flancos e trocado ATB para
piperacilina/Tazobactam. Segundo relato cirúrgico foi encontrado grande
qualidade de liquido livre em cavidade direita-bilioso. Após procedimento foi
encaminhada a UTI, respirando por ventilação mecânica com acesso central,
sonda vesical de demora e nasogástrica. Glicemia capilar com resultado de
97mg/dl, sinais vitais: Fc 139, FR 20, T35,7ºC, PA 120x70MMHg, SPO2 100%.
Mantendo quadro gravíssimo, taquicardia, evolui hipotensa e com hipoglicemia
capilar de 57mg/dl.
No dia 18/12/2019, as 05h50 paciente evolui com parada cardiorrespiratória,
iniciado manobra de reanimação sendo revertida, apresentando queda brusca
de HB. As 12h30 apresentou parada cardiorrespiratória não responsiva as
manobras de ressuscitação. As 13h15 foi constatado o óbito. DO: Septicemia
não especificada, Abscesso hepático, Doenças do aparelho digestivo
complicando a gravidez, o parto e o puerpério, Colecistite aguda, Outras
intervenções ou procedimentos cirúrgicos.
Investigação domiciliar: segundo o relato da irmã, a paciente começou a sentir
dores abdominais, vômitos, olhos amarelados. Procurou HMS realizados
exames (ressonância detectaram tumor no fígado devido a pedra na vesícula
que deslocou). Deu entrada no HMS no dia 17/11/2019, realizado a cirurgia no
dia 21/11/2019, tanto a cesariana quanto a colecistectomia e depois foi
transferida para o HR do Baixo Amazonas. Repercussão do óbito na família:
sentimento de tristeza

AVALIAÇÃO DO CASO

1. PROBLEMAS ENCONTRADOS
2. ONDE FALTOU RESOLUTIVIDADE
3. CONDUTAS QUE DEVERIAM SER ADOTADAS
CASO CLÍNICO 02
A.L.A.P, 21 anos, do lar, 2º ano do ensino médio, união estável. Iniciou pré-
natal com 13 semanas de gestação no Posto de Saúde localizado na zona rural
do município. G2; P0; A1, realizou 07 consultas 05 com enfermeira, 02 com
medico, resultados de exames: 06/08/2020: HB: 11,3g/dl, glicemia em jejum:
58,5mg/dl, ABO: O Rh+, Toxoplasmose IGM não reagente, urina rotina: 23 a 25
piocitos p/campo; Teste Rápido para HIV, Sífilis, HBSA e HCV (não reagente).
19/11/2020: HB: 10,6 g/dl, glicemia em jejum: 60,4mg/dl, urina rotina: 26 a 28
piocitos p/campo. Foi indicado uso de sulfato ferroso, acido fólico e antibiótico
terapia. Manteve durante as consultas pressão arterial de 100x60 mmHg e
110x60mmHg, teve ganho de 13,700g, BCF140 a 144, na ultima consulta com
36 semanas (10/12/2020), verificado edemas em MMII, foi encaminhada e
orientada a realizar o parto em outro cidade, já que o município não possui
maternidade. No dia 13/12/2020, a paciente apresentou em visita domiciliar da
enfermeira PA: 160/100mmHg, sendo encaminhada a UBS na zona urbana do
município onde foi medicada e liberada.
Investigação Domiciliar:
Residia com o marido em casa própria na comunidade da zona rural, sem
dificuldade de acesso ao posto de saúde e as medicações indicadas, se
deslocava ate a cidade para realizar exames de rotina do pré-natal. Aos 14 anos
sofreu aborto, gravidez atual DUM: 06/04/2020, PDD: 03/01/2021. Após
encaminhamento para o parto hospitalar apresentou PA: 160/100 mmHg no
dia 16/12/2020 se deslocou para a cidade vizinha onde iria ser realizado o
parto no dia seguinte, ficando hospedada em casa de familiares, segundo
informações da mãe da paciente “começou a inchar cada dia mais”. No dia
22/12/2020 deu entrada no hospital em trabalho de parto, realizado cesariana
por indicação medica, após o parto apresentou sangramento vaginal intenso, e
passou por histerectomia no dia 23/12/2020 por provável atonia uterina, e foi
solicitado encaminhamento para o município de referencia da região, para
onde foi transferida no dia 29/12/2020, passando por novo procedimento
cirúrgico, e sendo internada na UTI do hospital, indo a óbito no dia 31/12/2020.
A família não sabe avaliar o atendimento do pré-natal e informa que o
atendimento no hospital onde ocorreu o parto foi ruim e ocorreu demora para
encaminhamento ao hospital de referencia. Causa do óbito na DO: Causa
Básica: Pré-eclâmpsia não especificada Septicemia não especificada Choque
hipovolêmico Hiperosmolaridade e hipernatremia Insuficiência renal crônica
não especificada Transtorno Hemorrágico devido a anticoagulante circulantes.

AVALIAÇÃO DO CASO

1. PROBLEMAS ENCONTRADOS
2. ONDE FALTOU RESOLUTIVIDADE
3. CONDUTAS QUE DEVERIAM SER ADOTADAS

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