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História
Ver artigo principal: História de Angola
Primeiros habitantes
Ver artigo principal: Reino do Dongo
Colonização europeia
Ver artigo principal: África Ocidental Portuguesa
A partir do fim do século XV, Portugal seguiu na região uma dupla estratégia. Por um lado,
marcou continuamente presença no Reino do Congo, por intermédio de (sempre poucos,
mas influentes) padres cultos (portugueses e italianos) que promoveram uma lenta
cristianização e introduziram elementos da cultura europeia. Por outro, estabeleceu em
1575 uma feitoria em Luanda, num ponto de fácil acesso ao mar e à proximidade dos
reinos do Congo e de Dongo. Gradualmente tomaram o controle, através de uma série de
tratados e guerras, de uma faixa que se estendeu de Luanda em direcção ao Reino do
Dongo. Este território, de uma dimensão ainda bastante limitada, passou mais tarde a ser
designado como Angola. Por intermédio dos Reinos do Congo, do Dongo e da Matamba,
Luanda desenvolveu um tráfico de escravos com destino a Portugal, ao Brasil e à América
Central que passou a constituir a sua base económica. [16] Esse processo tem que ser visto
contra o pano de fundo de um sistemático tráfego de escravos a partir de Luanda. [17]
Os holandeses ocuparam Angola entre 1641 e 1648, procurando estabelecer alianças com
os estados africanos da região. Em 1648, Portugal retomou Luanda e iniciou um processo
de conquista militar dos estados do Congo e Dongo que terminou com a vitória dos
portugueses em 1671, redundando num controle sobre aqueles reinos. [18]
No entanto, Portugal tinha começado a estender a sua presença no litoral em direcção ao
Sul. Em 1657 estabeleceu uma povoação perto da actual cidade de Porto Amboim,
transferida em 1617 para a actual Benguela que se tornou numa segunda feitoria,
independente da de Luanda. Benguela assumiu aos poucos o controle sobre um pequeno
território a norte e leste, e iniciou por sua vez um tráfego de escravos, com a ajuda de
intermediários africanos radicados no Planalto Central da Angola de hoje. [15]
Embora tenha, desde o início da sua presença em Luanda e Benguela, havido ocasionais
incursões dos portugueses para lá dos pequenos territórios sob o seu controle, esforços
sérios de penetração no interior apenas começaram nas primeiras décadas do século XIX,
abrandado em meados daquele século, mas recomeçando com mais vigor nas suas
últimas décadas.[19] Estes avanços eram em parte militares, visando o estabelecimento de
um domínio duradouro sobre determinadas regiões, e tiveram geralmente que vencer,
pelas armas, uma resistência maior ou menor das respectivas populações. [20] Em outros
casos tratou-se, no entanto, apenas de criar postos avançados destinados a facilitar a
extensão de redes comerciais. Formas particulares de penetração económica foram
desenvolvidas no Sul, a partir de Moçâmedes (hoje Namibe). [21] Finalmente, houve naquele
século a implantação das primeiras missões católicas para lá dos perímetros controlados
por Luanda e Benguela.[22]