Você está na página 1de 3

EPIDEMIO II | AV2 | LARA CHRISTIE DE L.

ALMEIDA

AULA 6: ESTUDOS CLÍNICOS RANDOMIZADOS I

 O QUE CARACTERIZA UM ESTUDO DE INTERVENÇÃO?

-O pesquisador manipula o fator de exposição (intervenção);

-Provoca uma modificação intencional em algum aspecto do estado de saúde (profilático ou


terapêutico);

-Não necessariamente tem um grupo de controle;

-Pode referir-se a indivíduos ou a comunidades;

 COMO SÃO CLASSIFICADOS OS ESTUDO DE INTERVENÇÃO?

-Quanto ao objetivo:

1) profilático (prevenção)

2) terapêutico (foca em um tto)

-Quanto à unidade de análise

1) Clinical trials: indivíduos.

2) Community trials: comunidades.

 QUAIS SÃO AS FASES DOS ENSAIOS CLÍNICOS E SUAS CARACTERÍSTICAS?

-Fase 1) farmacologia clínica|relacionados à segurança e não à eficácia| em geral, realizados


em voluntários normais, depois em pctes|nem randomizado, nem controlado: monitorado|
obj: achar uma dose aceitável da droga que está em teste que não cause efeito colateral muito
sério.| estudos do metabolismo e da biodisponibilidade (20 a 80 pctes e indivíduos);

-Fase 2) investigação clínica do efeito| investiga pequena escala da eficácia e segurança


(estudo piloto de eficácia)| seleciona quais drogas vão pra fase 3 (100 a 200 pcte/droga)| não
randomizados.

-Fase 3) avaliação em larga escala do tto| compara a droga potencialmente eficaz com os ttos
padrões que já existem pra aquela finalidade|milhares de pctes |maioria é randomizado.

-Fase 4) fase de vigilância pós-comercialização | após ser aprovada pela ANVISA ou FDA| ainda
monitora efeito adverso- farmacovigilância| não são ensaios clínicos randomizados;

-Fase Pré-clínica) deve preceder os ensaios clínicos: Síntese de novas drogas; Estudos em
animais (metabolismo, eficácia e toxicidade potencial); Fase de maior gasto estimado em
pesquisas sobre drogas.

QUAIS AS CARACTERÍSTICAS E MANEIRAS DE DELINEAR OS ENSAIOS CLÍNICOS


RANDOMIZADOS?

-Randomização (simples, em blocos, pareada, estratificada ou por minimização)


EPIDEMIO II | AV2 | LARA CHRISTIE DE L. ALMEIDA

-Comparatibilidade

Imprevisibilidade

-Reprodutibilidade.

-Tamanho da amostra (quando a amostra tem que ser muito grande- ensaio
multicêntrico/mega trial: objetivo - atingir um maior poder estatístico e uma maior
probabilidade de generalização de resultados).

Ensaio N-of-1 (em um indivíduo): não permite generalizações, mas é bom pra doenças
raras em que não se tem um ensaio específico.

-Organização: Seleção de participantes, tto a ser avaliado, desfecho a ser analisado, resposta
de cada pcte.

-Monitoramento: adesão ao protocolo, efeito adverso, processamento dos dados, análises


interinas da comparação.

QUAIS MEDIDAS DE ASSOCIAÇÃO PODEM SER EMPREGADAS NA ANÁLISE DE DADOS E SUAS


INFERÊNCIAS?

- analise entre os grupos que terminaram o tto de cada um dos grupos

-análise segundo a intenção de tratar: todos os escolhidos pro grupo participam, independente
de terem completado o tto ou não. | manutenção dos grupos aleatórios e avalia inclusive com
as imperfeições| precisa de infos sobre os que não concluíram pra evitar viés.

-Análise de subgrupo: riscos- nº de pcte final diferente do inicial, risco de viés e qd tem muito
subgrupo, pode ter uma difereça (equivocada) muito grande.

COISAS QUE NÃO ESTÃO NAS QUESTÕES NORTEADORAS, MAS QUE VALE SABER:

-Estudos Quase- experimentais: o fator de interesse (intervenção) é manipulado pelo


investigador e seleção de quem vai participar não é aleatória, ou seja, é manipulado pelo
investigador.

-Clinical trials: Ensaio Clínico Randomizado Estudo prospectivo em seres humanos, que
compara oefeito e o valor de uma intervenção (profilática ou terapêutica) com controles;

Investigador distribui o fator de intervenção de forma aleatória por técnica de


randomização (grupos experimental e controle formados por processo aleatório de decisão);

Intervenção pode ser: fármaco, técnicas ou procedimentos;

Melhor fonte de determinação da eficácia de uma intervenção (MBE).

Mascaramento (ocultação cega/ocultação): Objetivo: evitar que os participantes do


ensaio saibam o tratamento administrado (evitar viés);
EPIDEMIO II | AV2 | LARA CHRISTIE DE L. ALMEIDA

Duplo-cego: todos os participantes estão cegos quanto à condição de tratamento;


objetiva evitar a mudança de comportamento dos indivíduos quando conhecem as
informações sobre a intervenção.

Ensaio aberto (open label): Quando não há uso de mascaramento; Não é possível
quando a intervenção envolve: avaliação dos efeitos de cirurgias, radioterapia ou dieta.

Placebo: Recurso para se alcançar o mascaramento;

Ética: não pode ser utilizado se existe um tratamento padrão alternativo de eficácia
estabelecida.

Algo usado como controle em estudos de experimentos, uma substância ou


procedimento destituído de atividade para a condição a ser avaliada.

Risco relativo (RR): razão entre o risco


no grupo tratado (RT) e o risco no grupo-
controle (RC).

Interpretação: Interpretação: representa


quanto o risco do grupo tratado é maior
ou menor que o risco do grupo
controle.- “O grupo tratado com X
apresentou risco de morte Y vezes em
relação ao grupo que não foi tratado”.

Redução absoluta de risco (RAR):


diferença de risco entre o grupo-controle (RC) e o grupo tratado (RT) em termos absolutos.

Interpretação: representa a diminuição, em termos absolutos, do risco no grupo tratado. – “O


tratamento com X reduziu Y% a mortalidade” Obs: RAR SEMPRE EM PORCENTAGEM.

Redução relativa de risco (RRR): expressa a redução percentual de eventos no grupo tratado
(RT) em relação ao grupo-controle (RC). Também conhecida como eficácia.

Interpretação: redução relativa do risco obtida com a intervenção- “A mortalidade foi reduzida
em X% no grupo tratado em relação ao grupo que não foi tratado.”

Número necessário para tratar (NNT): expressa o número de pacientes que devem ser tratados
para que um se beneficie. É o inverso da redução absoluta de risco. É um meio de medir o
impacto da intervenção.

Interpretação: número de pacientes que devem ser tratados para que um se beneficie. – “A
cada X pessoas com tal condição, Y mortes seriam evitadas pelo tto tal” ou “o uso de tal coisa
evita a morte de X em Y pessoas com tal condição”.

Odds ratio (OR) ou razão de chances: razão entre as chances de apresentar o desfecho
esperado no grupo de intervenção e no grupo-controle.

Você também pode gostar